Quem É Essa Garota? escrita por NerdCrazzy


Capítulo 5
Ei, você quer conversar?


Notas iniciais do capítulo

Kon'nichiwa gente. Me desculpem à demora, eu tive que estudar pra semana de avaliações, e depois disso, ainda tive um problema com a entrega de trabalhos.
MAS AGORA EU ESTOU DE FÉRIAS! TUTS TUTS!
Gomenasai se eu deixei de responder algum comentário, eu nem cheguei a olhar ainda, mas agora mesmo vou dar uma olhadinha.



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Jessie estava no porão escuro. Suspirou. A garota estava arrasada, de repente percebeu que jogara 4 anos de sua vida fora, tudo era demais para ela, todas as razões de acreditar que estava fazendo a coisa certa, de estar vivendo a própria vida do melhor jeito, todas as suas certezas, foram embora, ao mesmo tempo em que tomara um choque de realidade.

Encostou-se na parede fria de um daqueles cantos escuros, deslizou vagarosamente até encostar no chão, e tentou conter a imensa vontade de chorar. Pegou a sua enorme pasta, na qual guardava seus desenhos, depositou-a sobre seus joelhos, e começou a folhear cada página plastificada. Gostava de fazer isso, de olhar cada desenhos, de ver como evoluíra, não só nos sombreados ou traçados, mas cada simples detalhe presente ali, contava uma história de vida, ou simplesmente a maneira de como ela enxergava o mundo. Debruçou o rosto sobre a pasta aberta e fechou os olhos. Não sentiu quando as lágrimas começaram a cair, e quando sentiu, não se importou.

Ela apenas queria sumir de lá, gostaria que a vida tivesse os botões para avançar ou regredir em busca da felicidade, mas, infelizmente, isso não existia.

Continuou ali, sentada, chorando, e dizendo a si mesma que a sua vida era uma verdadeira porcaria. Não queria sai de lá, não queria demonstrar fraqueza diante dos olhos alheios. Mas, a quem ela queria enganar? Sempre se achou fraca e covarde. Definitivamente não sairia dali tão cedo, porém, sentiu alguma coisa encostar no seu ombro. Levantou a cabeça de vagar, e encontrou os olhos azuis de Armin, fitando-a com preocupação.

Ei, você quer conversar? — indagou o moreno, se sentando ao lado da amiga.

— Querer eu não quero, mas... — suspirou a garota.

— Sabe, faz mal. Nosso organismo não foi feito para guardar mágoas, e tanto o corpo quanto a mente vão pesando na medida em que elas se acumulam. Desabafar faz bem — demonstrou Armin, deixando o olhar curioso da garota pairar sobre ele. — Eu ando conversando muito com o Alexy, e ele quer ser psicólogo, mas isso não vem ao caso. Você quer desabafar?

— Eu simplesmente joguei quatro anos da minha vida fora, achei que eu estava vivendo do melhor jeito. Mas afinal, o que é viver? Como eu posso chamar isso de viver? Eu cansei de fazer isso, digo, de me esconder pelos cantos, cansei de ter medo das pessoas, de viver. Apenas isso. — em apenas dois minutos, um desabafo consideravelmente significativo.

— Eu nem sei o que aconteceu com você, mas...

A garota suspirou novamente, precisava falar sobre o começo da história, sabia que só assim se sentiria melhor.

— Eu era feliz, sabe? — surpreendeu o moreno, quando começou a falar. — Eu tinha amigos, era diferente, mais confiante.

— E como você deixou de ser assim? — o garoto perguntou por curiosidade, mas também estava preocupado com a amiga.

— Tinha um cara, ele era um grande amigo meu, Charlie Evans, nós sempre trocávamos mensagens, sempre estávamos conversando, saindo juntos. Mas ele simplesmente se foi, nem sequer um “tchau, se cuida” eu recebi. Mas o problema, é que depois que ele virou as costas, o restante dos meus “amigos” fez o mesmo. —o choro que cessara por um instante, logo voltou.

— Ei, não chora. Independentemente do que acontecer, somos amigos, não? Eu sempre vou estar aqui pra te apoiar. — Armin afirmou enquanto limpava uma das lágrimas que escorria pelo rosto angelical de Jessie, e colocara os seus óculos novamente. — Agora... vamos sair daqui? —o moreno se levantou e estendeu a mão para ajudar a amiga, a mesma guardou rapidamente a pasta na mochila, e segurou a mão de Armin, tendo apoio e se levantando.

Ambos se dirigiram à saída do porão, quando Jessie colocou a mão no ombro do amigo, e disse algo como “obrigada”. Já na escadaria, foram em direção aos corredores, e notaram que a escola se encontrava completamente vazia, apressaram o passo e saíram da escola. A essa altura, o sinal já havia batido.

— Droga! Perdi o ônibus.

— E eu perdi a perua. — a morena começou a caminhar.

— Aonde você vai?

— O jeito é ir andando. — continuou, e logo estava sendo seguida por Armin.


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Notas finais do capítulo

O capítulo não foi muito grande, mas prometo que agora que estou de férias vou postar com mais frequência.
Comentem, eu amo ler e responder seus comentários.
Bom, acho que é só isso. Beijos e até mais.