Chaos escrita por Diane


Capítulo 14
Capítulo 14 - Espelho




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Perspectiva de Christine

 

Uma coisa é clara: Caos não tem criatividade.

Veja, nos meus primeiros pesadelos, fiquei horrorizada. Eram cenas semelhantes ao inferno de Dante. Pessoas morrendo, alguns cadáveres conhecidos, corpos em decomposição, um caos total. Mas depois que perdeu a surpresa.

Era sempre a mesma coisa. Uns mortinhos por aí. Algumas grandes construções da humanidade caindo. Horrível, sei. Mas depois de um tempo, é igual a um filme de terror que você assiste várias vezes, por mais assustador que seja, se torna monótono.

“Um pouco de mais criatividade, por favor. Eu nunca vi a sua versão de destruição das pirâmides”, pensei, em um momento quando a torre Eiffel caia no cenário do meu sonho.

“Você quer se assustar?”, uma voz estranha, vinda do nada ressoou.

“Ah, você sente prazer em assustar os outros. Cara, tente ser diretor de filmes de terror, vai ser melhor para o seu currículo do que deus do caos loucão”, sugeri amavelmente.

Ele não respondeu.

Ok, nada de diretor de cinema.

A cena no meu pesadelo mudou. Nada de gente morrendo. Bom, já era um avanço considerável.

Era um quarto, luxuosamente decorado, as janelas estavam fechadas e dava uma aparência de escurinho que me dava vontade de dormir. Ah, espera, eu estava dormindo. Mas eu queria dormir de verdade, sabe, sem pesadelos ou sonhos.

Na cama tinha alguém dormindo, mas ele estava oculto por cobertores, provavelmente dormindo tranquilamente. Senti uma leve inveja.

A porta de madeira negra do quarto se abriu e uma mulher entrou. E caramba, era eu. Só que aparentando ser um pouco mais velha, talvez vinte e um anos. Era Diana, obviamente, pelo estilo de roupas antigas.

E Diana, eu, sei lá, estava ansiosa. É tão estranho se referir em terceira pessoa.

Ela caminhou na direção da cama rapidamente e afastou os cobertores. Bom, se eu conseguisse sentir meu corpo, eu daria um pulo. Era Alec, só que um pouco mais velho.

— Edmund — Diana sussurrou.

Ele permaneceu dormindo. Diana sorriu maldosamente e se inclinou na direção dele e beijou levemente pescoço dele. Ainda sorrindo, ela continuou beijando ele até chegar à boca dele, então ela pressionou os lábios contra os dele.

Não irei comentar nada sobre isso. Ah, ele era muito bonito, mesmo. Mas isso não é da sua conta.

E ele não acordou.

Ela se afastou, irritada. Aí ela socou o ombro dele com força. Aquilo deve ter doído.

Então ele acordou.

— Neurótica, psicótica, maluca — ele murmurou e se inclinou para beija-la

Mas Diana se afastou da cama, se segurando para não rir. Ele rosnou, expondo os dentes brancos, levemente afiados.

— Vamos se levante — ela o encarou com raiva — Eu disse para você ficar acordado, não era nem para ter dormido.

Edmund revirou os olhos.

— Só foi cinco minutos.

— Temos que ir até lá, cinco minutos faz diferença. Talvez a entrada feche! — Ela falou, jogando uma capa negra, quase igual a que ela usava para ele.

Ele jogou o capuz sobre os ombros e pegou uma espada na estante e colocou em um cinto preso na cintura.

— Vamos!

Diana praticamente saiu correndo porta afora, percorrendo um corredor luxuoso com uma rapidez surpreendente, Alec, quer dizer, Edmund, estava seguindo ela.

— Pare de ser apressada. Se você fosse mortal, já iria ter rugas — Ele levantou uma sobrancelha.

Eles passaram pela outra porta e foram parar em um lugar coberto de neve. Havia uma floresta próxima, incrivelmente grande e um penhasco um pouco mais longe, onde o barulho do mar ressoava.

Ah, meus deuses, era o lugar onde fica o Campo de Treinamento agora.

— Você me tirou da cama para ter que enfrentar a neve — Edmund murmurou — Criaturinha perversa.

— Pare de reclamar, você só dorme.

— Ah, pare de ser hipócrita.

— E você também. Está fingindo, mas está tão ansioso para chegar ao oráculo quanto eu — Ela deu um sorrisinho de lado.

— Não sei, estou começando a achar que prefiro a minha cama quentinha, os meus adoráveis travesseiros. E talvez se uma feiticeira malvada quiser...

— Depois.

Ele suspirou. Diana olhou para o céu e para a floresta.

— Só temos alguns minutos antes da entrada fechar — Os olhos dela brilharam — Então corra. Só pode entrar um por vez, quem chegar primeiro...

Ele começou a correr antes dela terminar a frase. Diana rosnou e começou a correr.

— Trapaceiro... — Ela disse, quando estava quase o alcançando.

— Falou a honestidade e bondade em pessoa.

Eles corriam tão rápido que pareciam dois meteoritos cruzando as árvores e o branco da neve, cada vez mais se embrenhando dentro da floresta.

Diana pulou uma pedra grande e seus olhos brilharam quando a viu e teve uma ideia. Chutou a pedra para o lado, fazer Edmund ter que saltar para não ser atingido, e nesse momento ela tomou largada e o ultrapassou, gargalhando.

Ela parou quando quase topou com uma gruta. A mesma gruta que vi uma vez que entrei na floresta.

Edmund chegou apenas dois segundos depois que ela, balançando a cabeça tristemente.

— É, então, primeiro as damas.

— Que damas?

Diana gargalhou e entrou dentro da gruta rapidamente. Atrás dela, pedras cobriram a entrada. Ela ergueu uma sobrancelha para a entrada selada e prosseguiu.

De repente, as paredes de pedra rustica sumiram e deram lugar ao mármore. De alguma forma estranha, a gruta tinha virado um salão de um palácio feito de mármore escuro e algum metal dourado.

Ok, aquilo era estranho.

Havia uma espécie de altar, mas não tinha nenhuma estatua lá, apenas algumas velas apagadas. Quando Diana se aproximou, as velas se acenderam.

Filha de Nyx... — Uma voz rouca e lenta ecoou pelo lugar.

— Algum vislumbre do meu futuro? — Os olhos dela brilhavam.

 Eu tinha certeza do que ela queria ouvir. Queria que o oráculo dissesse que ela venceria Trivia, que ela seria poderosa, que seria a rainha. Quase dava para mim escutar os pensamentos dela.

As velas se apagaram, deixando uma escuridão completa. Mas tanto eu quanto como o meu “eu do passado” conseguia ver no escuro. Tudo continuava normal, as mesmas formas, mas certamente isso teria assustado alguém que não pudesse ver no escuro.

Uma espécie de espelho surgiu na frente dela. A imagem refletida no espelho era a dela. Diana mexeu o braço, mas o reflexo não, apenas continuou vidrado e olhando para ela.

“De prata foram suas armas ensanguentadas”.

E de prata será sua mortalha”.

O mais terrível ou irritante, era o fato que a voz que falava a profecia era a mesma de Diana.

Ela encarou o espelho.

— Eu não vou morrer— Diana disse, fixando os olhos no espelho.

A cena do espelho mudou, não era mais o reflexo dela. Era um lugar pedregoso, coberto com um grama rala e verde. Tinha duas silhuetas caídas na grama. Uma moça loira, com olhos dourados inertes e olhando para o céu. Tinha um punhal cravado no pescoço dela.

A outra era Diana. Não parecia estar ferida gravemente, exceto alguns arranhões, mas estava morta. Definitivamente morta. Talvez a coisa que causou os arranhões nela tivesse algum veneno.

“De prata foram suas armas ensanguentadas.

E de prata será sua mortalha”.

A voz se repetiu novamente.

Diana se virou e começou a sair da gruta com passos firmes. Estava irritada, muito irritada. Ninguém deveria gostar de receber uma profecia dizendo que iria morrer.

— Profeciazinha dos infernos... — ela resmungava enquanto caminhava, fazendo os passos ressoarem pelo chão dourado — Eu deveria demolir essa gruta e depois fazer Edmund incendiar tudo.

O chão se tornou de pedra novamente e logo ela estava na entrada da gruta, que se abriu rápida mente, como se estivesse apressada para fazer Diana sair de dentro do local.

Edmund estava na entrada, quase cochilando, mas abriu os olhos quando a viu.

— E então? —perguntou.

— Ah, um espelho idiota me disse que eu irei morrer.

Edmund levantou uma sobrancelha.

— Sério?

— Sério.

Ele se encostou contra a parede de pedra da gruta.

— Acho que perdi a vontade de ver meu futuro, sabe — As pontas dos dedos dele se cobriram de chamas negras — O que acha?

Diana sorriu, tamborilando os dedos contra as paredes de pedra.

— Seja feliz, piromaníaco.

A cena se esvaiu em névoa branca e de repente eu estava em uma espécie de nevoeiro. Sabe quando você vai viajar em estradas que tem serra e neblina, só que a neblina neste caso era pior, não dava nem para eu ver um palmo na minha frente.

— E então? — Uma voz estranha, como se fosse várias vozes falando ao mesmo tempo, Caos, provavelmente, perguntou. — Um pouquinho mais assustada?

— Hum, não — disse — Eu já sabia que tinha morrido na minha vida passada, senão nem estaríamos aqui tendo essa conversa.

— E que tal isso?

A névoa se condensou e assumiu cores. Em pouco tempo, eu estava de frente com um painel que mostrava a cena de Diana morta, caída na grama entre as pedras de algum lugar.

Abri a boca para fazer algum comentário, tipo, “Ok, já vi isso, passe para a próxima”, mas a cena mudou antes.

Agora era eu, caída ali. Não era mais grama, mas sim um piso dourado e brilhante, no lugar da armadura, eu vestia roupas normais. Havia uma adaga dourada atravessando meu coração.

Então compreendi exatamente o porquê de Diana ter tacado fogo na caverna. Se Caos estivesse na minha frente, eu não pensaria duas vezes antes de tacar fogo na cara dele. Bom, pelo menos socar. Era horrível isso, saber exatamente como você talvez fosse morrer.

Talvez.

Bom, podia ser um truque dele. Mas Diana não tinha acreditado na profecia da caverna.

E ela morreu do mesmo jeito.

— E então? — Quando não respondi, ele continuou — Você é mais interessante que Trivia. A filhinha de Érebo é só um fantoche poderoso e tolo do pai. Espero que você não seja um fantoche também. Sabe, eu tenho coisas muito interessantes para contar sobre sua mãe...

O que quer que seja, eu não descobri, porque de repente, senti um choque e fui tirada do meu sonho.

Pisquei duas vezes, eu estava ensopada. Água fria. E na minha frente tinha dois felinos e um balde.

— Bom, você não queria acordar, estava se debatendo, então... — Idia disse, com a maior cara de santa.

Gatos... pequenos seres cruéis e perversos.

 

[...]

 

— Sam, você estava certo — Mary disse, por fim — Ela é psicopata.

— Fique quietinha e carregue as mala — falei, alegremente enquanto saltitava para a entrada da Pirâmide.

Agora, como uma proprietária de um exército. Lady Christine, como os descendentes de deuses que tinham exércitos e títulos eram chamados, deveria ir até a Pirâmide. Ah, aquilo era tão divertido. Um dia atrás eles mandaram um exército para me caçar e agora lá estava eu, proprietária de um dos maiores exércitos deles.

Bom, é claro que eu tinha que trazer Vanessa, Damien, Alec, Sam, Mary e Thanatos,  comigo, além dos meus gatos. Eu iria trazer Rose também, mas mortais não podem ficar nas Pirâmides. Thanatos é uma exceção.

Ilithya definitivamente iria surtar.

Mas veja, Vanessa é maior de dezoito, Ilithya usa um pretexto bem fraco para mantê-la longe das Pirâmides. Alec, bom, da última vez que ficamos tanto tempo separados, ocorreram fatos não muito benéficos. Sam, Mary e Damien estavam separados dos pais que estavam nas Pirâmides e eles me ajudaram tantas vezes, eu tinha o direito de leva-los comigo. Os pais deles estavam no meio de uma guerra, eles tinham o direito de passar bastante tempo com os pais, alguma coisa poderia acontecer... talvez...

E Thanatos fez questão de lembrar que eu devia o meu exército a ele. E ele devia ter algum tipo de problema neurológico, porque parecia que esquecia que dizia e isso e ficava me relembrando do fato toda hora. Que engraçado.

Idia e Mingau caminhavam na forma de felinos gigantes ao meu lado, me flanqueando. Só para dar uma boa impressão.

Damien, Vanessa, Alec, Mary, Sam, todos eles estavam carregando as malas. Exceção de Thanatos, que me relembrou mais uma vez sobre meu exército quando entreguei uma mala para ele. Tanto as malas deles como algumas malas de livros meus. Eu tinha que trazer meus bebês, sabe. E bom, como eu já fiz um favor em recruta-los ao meu exército para eles poderem vir até aqui, eles me deviam alguns favores.

— Quantos livros tem nessas malas? —Sam perguntou.

— Sei lá, uns quinhentos.

Sam deixou as malas caírem no chão com um estrondo.

— Você está brincando!

— Vamos, Sam, volte a pegar as malas. Um pouquinho de musculação não vai fazer mal para você, elfinho — falei.

— Eu vou colocar arsênico nas suas pizzas, me aguarde — Sam falou, enquanto pegava as malas novamente.

“E eu vou ajudar ele”, Alec disse por telepatia “Estou me sentindo ofendido por ficar carregando suas malas”.

“Ah, cale a boca”.

“Eu caminhando do seu lado, com minha beleza sobrenatural, também iria causar uma boa impressão”.

“É. Mas metade das Pirâmides tem uma certeza convicta que você é meu amante. Não queremos que Ártemis fique desconfiada”.

E tipo, uma Ártemis desconfiada poderia transformar pessoas em guaxinins. E ninguém gosta de ser um guaxinim. Exceto guaxinins.

“Não quero virar um guaxinim”.

“O que será que guaxinins comem?”.

“Pare de pensar em mim como um guaxinim de estimação!”.

“Ok, ok”.

Sabe, desde que eu era pequena e fui para um sítio e vi um guaxinim, sempre quis ter um de estimação.

Durante o caminho inteiro, até a entrada da Pirâmide, Alec ficou me olhando de cara feia.

Parei diante da entrada da Pirâmide central. O portão estava fechado.

— Tem alguma campainha por aí? — Idia perguntou.

Não tinha nenhuma. Ah, mas nós nem precisamos chamar, porque mal chegamos e uma dezena de soldados armados até os dentes emergiu da Pirâmide.

— Se renda — Um deles falou, segurando uma besta.

Provavelmente Ilithya não teve a delicadeza de informa-los que eu tinha tomado um exército de um traidor deles.

— Abaixe esse arquinho idiota antes que eu o use como palito de dentes — Idia rosnou e o cara ficou branco. Ele abaixou levemente a besta — Isso, bem melhor assim.

Adoro Idia, mesmo.

— Bom, para começar, acho que seria interessante conversar com vocês sobre o meu novo e recém adquirido exército...

Eu provavelmente contaria a história do que aconteceu, e se eles não acreditassem... bom, aí eu iria chuta-los e entrar na Pirâmide de qualquer jeito.

Mas antes que eu pudesse abrir a boca e continuar a história, Ilithya, Raphael e Mikhail emergiram do portão, não pareciam estar nem um pouco surpresos com a recepção calorosa que eu havia recebido.

— Podem entrar, não precisamos de vocês aqui — Mikhail disse para os soldados.

— Mas... — Um deles protestou.

Tchau — Raphael cantarolou alegremente e acenou para eles saírem.

— Mas...

— Eu já falei “tchau”.

Então, em fila indiana, os soldados retornaram novamente para dentro do portão.

— Isso é muito hipócrita — Thanatos falou — Eu quase me mato por eles, para livra-los de um traidor e de seu exército e eles mandam caras com bestas na minha direção.

Tudo bem, eu duvido seriamente que Thanatos tenha em algum momento se importado com o bem dos descendentes de deuses. Ele estava mais interessado em se manter vivo, mas vamos admitir que pelo menos ele fez uma coisa útil. Pela primeira vez na vida, provavelmente. Se Vanessa ouvisse meus pensamentos, estaria surtando encima de mim.

Ilithya ignorou ele, como de costume. E então olhou para mim. E não era um olhar que dizia “Bem-vinda à Pirâmide, tem pizza na geladeira”. Era mais do tipo “Sabe, agora ferrou”.

— O que eu fiz de errado? — perguntei, mais por instinto.

— Você? Nada — Mikhail disse — Bom, provavelmente, pelo que sei. Mas Trivia está conseguindo fazer um inferninho considerável.

Ah, fazer inferninhos. A especialidade de Trivia.

— O que ela quer? — Thanatos perguntou.

— Uma adaga na cara — Mingau disse. Adorei a ideia dele.

— Ela quer que você seja executada, com exército ou não — Ilithya falou — E vai ter, novamente, uma reunião no conselho, para ver o que fazer quanto a isso.

Admiro muito a hipocrisia de alguns descendentes de deuses. É mais ou menos assim: Na vida passada dela, Trivia queria acabar com todos os descendentes de deuses e governar sobre o que sobrasse e os humanos. Matou milhares, e eu, o anjo Diana (Nem tanto, mas melhor que Trivia) fui boazinha suficiente para tentar destruir Trivia. E então nessa vida, novamente, ela mata vários. E quando a situação fica feia, os idiotas ainda pedem ajuda dela e ainda fazem uma reunião para decidir o que fazer comigo.

Eu, que na minha vida passada, lutei para salvar a pele deles.

Sério, eu não entendo. Não entendo mesmo

Tudo bem que eu também queria o trono e tinha outros interesses além do bem maior, mas pelo menos fiz algumas coisinhas boas.

— E quando é a maldita reunião? — perguntei.

— Agora.

Isso não foi legal. Mesmo. Eu não teria nem tempo de tomar um banho, dormir, comer uma pizza e pensar em alguns argumentos irônicos.

— Bom, então vamos lá — falei — Taquem minhas coisas em algum quarto, depois eu arrumo.

— Estou me sentindo uma serviçal — Vanessa reclamou.

Damien suspirou.

— É assim mesmo, ela faz um favor e depois cobra pela vida inteira — ela falou baixo, acreditando que eu não tinha ouvido. Pobre iludido — Até hoje ela rouba salgadinhos meus usando o pretexto que salvou minha vida.

O que tem de errado nisso? Mas se ele achava que os salgadinhos dele valiam mais do que a vida... cada um com sua teoria, certo?

Estralei os ombros e segui Ilithya, Raphael e Mikhail para dentro da Pirâmide. Fiz questão de ter meus gatinhos tamanho GGG me seguindo. Só pro segurança, mesmo.

Segui por um corredor longo e sem decorações até chegar em uma porta grande e vermelha. Um tom de vermelho-amarronzado suspeito demais. E com um cheiro...

— Essa porcaria é tingida com o que? — perguntei, apesar de não querer saber a resposta.

Mikhail franziu o nariz, com nojo.

— Tingida com o sangue dos que foram condenados nessa sala.

— Mas que agradável.

Aposto que Trivia estava sonhando em manchar aquela porta com meu sangue. Pobre iludida.


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Notas finais do capítulo

Hey pessoal, desculpem a demora. As parcas conspiram contra mim. Uns sete dias atrás, o cap estava prontinho, lindo e maravilhoso. Aí o PC pifou e o cap sumiu. Fiquei desanimada, quem também escreve entende o que quero dizer. Reescrever um capítulo todo novamente exige uma animação. Bom, aqui está ele. Obrigada pela recomendação, Kath, eu estou pulando aqu kkkk. Espero que tenham gostado, eu acho Edmund e Diana um dos meus casais mais hot...