Chaos escrita por Diane


Capítulo 10
Capítulo 10 - A pior forma de acordar.




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Perspectiva de Christine.

Às vezes, acho que as pessoas querem me internar em um hospício.

Eu estava, lá, no sofá vendo a televisão enquanto Ilithya fazia os seus discurso s“A violência não leva a nada — Sabemos, Ilithya, sabemos” e “Não devemos influenciar as pessoas serem violentas — Engraçado, ela estava me encarando enquanto falava isso”.

Acho que em uma parte do discurso hipócrita, eu acabei dormindo. Se Ilithya não fosse uma feiticeira de renome, ela devia tentar ser uma palestrante. Iria ter sucesso.

Cair no sono no sofá, nada demais, certo?

No início, foi aquele sono legal que você não sonha com nada. Nem com pessoas mortas, aves maníacas e nem com unicórnios. É aquele tipo de sono que eu adoro.

Aí, do nada, eu estava me afogando em névoa.

Uma vez, quando eu tinha seis anos, entrei na piscina dos adultos na aula de natação. A piscina devia ter uma profundidade de dois metros e, obviamente, quase morri afogada graças a minha exibição. Até hoje me lembro de como é a sensação de querer respirar e só conseguir inalar e engolir água. E pior, água de piscina, cheia de bactérias. Só de pensar que eu estava bebendo água que passou nas axilas e outras partes mais nojentas das pessoas me fazia querer morrer afogada logo.

A sensação era quase igual. A névoa branca estava ao meu redor. Se fosse névoa normal, seria como respirar ar, mas por algum motivo ela era densa demais, mais pesada que a água. Parecia que ia me esmagar.

Ah, Caos, era o que estavam falando. Um deus do caos, literalmente.

Estava mais parecendo o deus da nevoazinha branca para mim.

O primeiro minuto e mais um pouco não foi tão desesperador. Eu estava rodeada de névoa esquisita. Claro que eu não respirei.

 Comecei a correr procurando uma saída, ou uma parte com ar, mas só tinha névoa para todo canto. Nada de portas, janelas, eu nem mesmo conseguia ver o teto.

Uma hora não deu para prender tanto a respiração. Eu só via coisas brancas, o que era bem irritante.

Era pior do que respirar água. Queimava minha garganta. Nunca tentei beber fogo, é claro, mas imagino que deve ser uma sensação parecida.

Tossi. Naquele ponto, parecia que eu estava dentro de um forno. Quando passei a mão perto da boca, ela saiu molhada. Sangue.

Dei dois passos para trás. Nenhuma saída e fumaça tóxica.

Chutei o ar só para testar se a fumaça iria se afastar. Nada.

— Que droga, Christine! Eu estava passando de nível — Uma voz gritou de longe.

Senti meu tornozelo doer como se tivesse pequenas agulhas cravadas nele.

Quando acordei, tinha uma cena maravilhosa me esperando. Rosie estava segurando o celular quebrado, a TV tinha uma rachadura. O pior de tudo era o cachorro, que estava grudado no meu tornozelo.

A sala estava quase vazia, já que o relógio estava marcando três da madrugada. Só tinha Vanessa e Thanatos olhando uma Tv quebrada e Rosie com o celular destroçado. Não vamos mencionar o animal dos infernos.

— Você destruiu minha TV — Vanessa falou, como se eu ainda não tivesse descoberto — Estava passando meu programa favorito de como criar pinschers saudáveis.

Na minha opinião, esse programa deve ser bom, porque o pinscher que estava grudado no meu tornozelo tinha dentes afiados e bem saudáveis. Sacudi a perna para ele me soltar, mas o bichinho continuou lá, com os dentinhos grudados.

— Saí, animal dos infernos — Balancei a perna mais uma vez.

Eu normalmente gosto de cachorros. Presidente Au-au não é um cachorro. Ele é um alienígena que veio para dominar a Terra.

— Saí, chispa. Xô.

Abaixei-me e tentei afastar ele com as mãos, mas ele só me largou o suficiente para poder morder minha mão. Sério, sei que sou contra violência aos animais, mas fiquei bem tentada a dar um pontapé no bichinho.

— Vem cá, amor da minha vida — Vanessa chamou, e o bichinho desgrudou do meu pé e foi correndo alegremente para o colo dela.

Amor da sua vida? — Thanatos perguntou, parecendo ligeiramente chocado — Eu não sou o amor da sua vida.

— Presidente Au- au chegou primeiro.

— Lisonjeador. Toda aquela conversa de que me ama, mas prefere o cachorro.

— Você me deve um novo celular — Rosie fez questão de mostrar os restos mortais do celular quebrado.

Pisquei.

— O que eu fiz, exatamente?

— Do nada, você chutou Rosie e mandou-a voando na direção da TV — Thanatos sorriu, parecendo achar muito engraçado — Então o cachorro grudou no seu tornozelo...

— Cadê o resto das criaturas e meus gatos? — perguntei.

— Todos estão dormindo. Exceto Kim, Jake e Thomas, que foram embora com minha tia — Vanessa falou, parecendo ressentida. Eu comemorei internamente: Sem loiras oxigenadas e Neandertais! — Era para você estar dormindo na sua cama.

— Onde não ia chutar ninguém — Rosie me lembrou, não parecendo nada feliz. Eu não tenho culpa que ela fica a madrugada inteira jogando Candy Crush. Devemos mandar ela para uma clínica de reabilitação para viciados.

Eu disse um tchau para eles e um “Vai para o inferno” para o cachorro e subi para meu quarto.

Caí na cama e praticamente desmaiei. Eu poderia dormir por dias, mas um tempo depois ouvi um barulho esquisito. Tipo metal farfalhando.

 “Que porcaria é essa?”, pensei.

Abri os olhos lentamente. Se fossem Sam e Damien tentando a aprender tocar bateria pela segunda vez, eu iria mata-los.

Idia e Mingau estavam dormindo tranquilamente na cama, como todos os gatos fazem, enrolados igual uma bola. Então, de repente, Mingau mexeu as orelhas.

— Barulho esquisito — O gatinho murmurou e enfiou a cara nas cobertas.

Então o farfalhar de metal virou o som de uma marcha.

Eu estava xingando quando abri a janela e vi um exército. Não, eles não vestiam dourado, a cor de Trivia. Eles vestiam armaduras, cada uma diferente da outra. Eles não eram soldados de Trivia. Eram descendentes de deuses que a Pirâmide mandou para me matar. Uma das exigências do acordo de paz de Trivia era a minha cabeça.

Idia e Mingau se empoleiraram na janela.

— Podemos comer eles? — Mingau e a gata perguntaram ao mesmo tempo.

Eu daria ketchup para eles se quisessem.

[...]

 

Desci as escadas pulando alguns degraus e fui até a sala. O barulho da marcha acordou todos. Mas que gente discreta, não é? Sorrateiramente provavelmente não faz parte do vocabulário deles. E que tipo de pessoa resolve invadir a casa de alguém com um exército? Uma falta de cortesia do caramba.

— É Trivia que está atacando? — Sam perguntou, pálido e descabelado. Não o juguei, devia ter pelos de gato no meu cabelo.

Para falar a verdade, todos estavam descabelados. Eram 03h50min da madrugada!

— É a Pirâmide. Lembra dos acordos de Trivia? — Vanessa disse, observando a janela — São uns tremendos filhos da puta.

Eu concordava com ela.

— É 3:50 da madrugada! — Mary protestou.

— Sabemos disso — falei.

Não é grosseria, mas a minha paciência tinha se esgotado. Você não sabe como é acordar com um exército atrás de você.

— Vamos incendiar eles? — Alec perguntou.

Alec está precisando de um psicólogo. Ele gosta de incendiar as coisas demais para ser saudável.

Tudo bem, uma pequena parte minha queria incendiar aquelas criaturas também e dar oque sobrar para Iíí e Mingau comerem. Só que não era culpa deles, a grande parte ali eram subordinados aos generais da Pirâmide. E eles estavam do nosso lado contra Caos. Seria perda de soldados à toa.

— Se não saírem, iremos derrubar o portão — Os gritos ecoaram.

— Se derrubarem meu portão, eu vou fritar eles.

— Se eles me verem aqui? — Thanatos perguntou — Ninguém está sabendo que sobrevivi às chicotadas. Eles vão querer me matar.

— Pare de ser egoísta — disse — Você viveu sei lá quantos mil anos. Eu vou fazer dezoito. Dezoito. Eu não posso morrer.

Eu tinha certeza que a pirâmide iria mandar apenas soldados experientes. Fiquei lisonjeada por terem mandado um exército só para me buscar.

Ouvi o som de metal sendo quebrado. O portão de ferro.

— O portão já era — Damien relatou, do lado da janela.

— Que tal se esconder em algum armário? — Rosie sugeriu.

— Eles devem ter mandado feiticeiros rastreadores — Alec disse.

Thanatos olhou para todos nós.

— Então estamos ferrados. Todos nós. Christine vai morrer. Eu vou morrer. E vocês vão ser condenados por abrigarem alguém da lista de morte da Pirâmide — ele disse — E eu não quero morrer. Sou lindo demais para morrer.

O barulho de metal retorcendo parou e o som das marchas aproximaram-se. Peguei duas espadas gêmeas que estavam presas na parede.

— Ninguém vai morrer hoje.

Virei-me e tinha um cara loiro sentado na poltrona atrás de mim, com os olhos prateados brilhando. Ele era incrivelmente parecido com a minha mãe. Depois de um tempo, lembrei que foi ele que impediu que eu chocasse contra os espinhos quando Thanatos me atacou.

Hipnos.

Ou seja, mamãe mandou-o para me tirar da enrascada.

Obrigado, mamãe, pensei.

— Christine. Thanatos.

Então um espiral prateado me sugou para dentro.

[...]

— Qual é o problema de abrir um portal normal e nos convidar a passar? — Thanatos resmungou — Tem que fazer isso?

Quando o portal se fechou, tropecei e quase caí de cara no chão de porcelana.

— Ingrato — Hipnos murmurou — Salvei sua vida e você está reclamando como uma velha resmungona.

Olhei ao redor. Era uma sala luxuosa, bem parecida com a sala da minha antiga casa, quando eu ainda achava que era mortal.

—Cadê a nossa mãe? — perguntei.

— Ela está ocupada — Hipnos disse, com um tom estranhamente sombrio que me fez pensar no que ela estava ocupada.

Para falar a verdade, eu não queria saber no que ela estava ocupada.

— Então, que lugar é esse? — Thanatos perguntou.

Hipnos se jogou no sofá.

— Vocês vão ficar aí por um tempo. Até ela decidir o que fazer com a Pirâmide — ele disse.

Eu poderia apostar que uma tempestade muito louca de meteoritos gigantes poderia atingir a Pirâmide a qualquer momento. Ou talvez um terremoto.

— Esse é meu apartamento? — Sorri.

Ah, eu sempre quis um apartamento só meu. Meu. Onde eu poderia entupir ele de livros e ver filme até duas da madrugada em volume máximo. Aquele apartamento não era nada mau. Talvez tivesse piscina lá embaixo. Ou uma hidromassagem no banheiro.

— Dos dois — Hipnos respondeu.

— Dois? — Ah, ele não estava falando isso...

— É. Você e Thanatos.

Olhei para Thanatos. Ele não parecia feliz, tampouco.

Eu devia parecer furiosa. De repente, o meu lindo apartamento não era só meu. Era do meu irmão psicopata. Caramba, ele iria tentar me matar quando eu estivesse dormindo.

Dei uns tapinhas amigavelmente no ombro de Hipnos.

— Hipnos, eu estava começando a gostar de você. Tipo, eu estava pensando que pelo menos tinha um irmão decente, aí você faz isso.

— O apartamento não é meu. Foi nossa mãe que pediu para colocar vocês aqui.

— Oras, eu prefiro dormir debaixo do viaduto do que dormir em um local onde ela possa me matar enquanto eu durmo — Thanatos disse.

Bati palmas.

— Sinta-se a vontade — falei.

Ele fica com o viaduto e eu fico com o apartamento. Nada mau.

— Foi uma metáfora.

— Que pena. Já estava ficando feliz.

Hipnos nos encarou.

— Mamãe disse que não é para os dois se matarem.

Thanatos começou a rir.

Mamãe. — ele imitou Hipnos — Que menino bonitinho.

— Que engraçado, ainda mais vindo de você, um mortalzinho — Hipnos disse — Você não gostava de transformar mortais insolentes em cinzas? Pois é, agora quem tem o risco de virar cinzas é você.

A ideia de Thanatos virar cinzas não me parecia tão ruim.

— Filhotinho da mamãe — Thanatos retrucou.

— Mortal idiota.

Os móveis começaram a tremer, igual a filmes de terror. Transformar Thanatos em cinzas, bom, tudo bem. Mas quebrar meus moveis? Claro que não.

— É. E você ainda fica preocupado com a hipótese de eu mata-lo. Parece que você vai fazer o trabalho antes de mim — Comentei e pulei no outro sofá. Meu sofá.

Os móveis pararam de tremer.

— Por via das dúvidas, nenhum objeto dessa casa é cortante — Hipnos comentou — Vocês não vão se matar tão cedo.

— Eu ainda posso joga-la pela janela — Thanatos sorriu.

Excelente ideia, irmãozinho querido, pensei, fazer você voar uns trinta andares.

Hipnos estralou os dedos e uma grade surgiu detrás do vidro das janelas.

E daí? Eu ainda podia quebrar aquele vaso de vidro e produzir cacos cortantes, colocar arsênico na comida dela, sufoca-lo com um travesseiro, mata-lo à socos, mesmo. Tantas infinidades de coisas.

Hipnos me olhou feio.

— Eu sei o que você está pensando.

— Pensamentos são coisas privadas. Respeite minha privacidade.

— Se eu fosse você, realmente não iria fazer isso.

Minha mãe não iria me matar por ter matado Thanatos, certo?

— Eu tenho minhas dúvidas — Hipnos disse.

Ter gente lendo seus pensamentos é irritante.

Olhei para Thanatos.

— Antes que você fale alguma coisa, o quarto maior é meu.

Perspectiva de Alec Kroell.

Você pode imaginar o quão feliz Alec estava. Quando finalmente ele conseguiu dormir, um exército apareceu batendo na sua porta, e pior, querendo matar sua melhor amiga. E depois, os filhos da puta destruíram o portão. Ele queria tostar aqueles seres e mandar alguns restos carbonizados com lacinhos de presente para a Pirâmide.

Ok, Alexander, você já tem Trivia, Caos e mais sei lá quantos querendo te matar, você não precisa da Pirâmide também, ele disse mentalmente para si mesmo.

Ele não conseguiu se convencer inteiramente.

Vanessa estava do seu lado e soltou um ruído de raiva quando viu os restos do portão. Alec entregou um punhal de lançamento para ela. Os outros estavam dentro de casa. Caso o exército atacasse, Mary faria trepadeiras espinhosas surgirem no chão, Sam iria mandar umas flechas venenosas e Damien iria causar uns raiozinhos. Ah, e ele iria incendiar todo mundo!

— Se alguém fizer alguma coisa, jogue isso na testa dele, igual você faz com os saltos — ele murmurou.

Vanessa tinha uma excelente mira.

Ele contornou os restos mortais do pobre portão e encarou o exército na sua frente. Devia ter pelo menos setenta pessoas lá.

“Setenta soldados fortemente treinados só para matar você”, ele disse por telepatia a Christine.

Ele ouviu a risada dela ecoar e se segurou para não rir junto. Ele não deveria rir agora, deveria parecer mau.

“Eu devo ser muito ameaçadora”, Christine disse “Mamãe deu um apartamento para mim”.

“Uh, legal”.

“Tenho que dividi-lo com Thanatos”.

“Não deve ser tão legal assim”.

— Quem está no comando? — Ele perguntou.

— Eu.

Era o embaixador de Trivia que apareceu na reunião do conselho. Que adorável.

Não o incendeie, não incendeie, sem chamas, Alec repetiu para si mesmo.

“Eu adoraria ver aquela criatura pegando fogo”, Chris disse.

“Você não está ajudando muito”.

— Pode me explicar o porquê de vocês terem aparecido na minha casa à essa hora e destruído o meu portão? — Vanessa disse, girando o punhal entre os dedos.

Seria ligeiramente engraçado se Vanessa arremessasse o punhal na testa do embaixador. Mas se aquele exército revidasse... talvez isso não fosse ser tão engraçado. Alec viu vários soldados carregando arco. Ele não queria que sua irmã virasse um porco-espinho.

— Viemos verificar se vocês não estavam escondendo Christine Caudermoon.

— E vocês acharam que ela estava dentro do portão? — Alec perguntou, muito amavelmente.

O embaixador enrubesceu.

— Tivemos que quebrar o portão para entrar na casa.

— Existe campainha atualmente — Alec lembrou.

— Sabemos.

— E então por que diabos vocês quebraram meu portão de madrugada? — Vanessa quase gritou — Vocês sabiam que as pessoas tendem a ser lentas para levantar às três da madrugada? Ah, claro que não sabem. Porque nunca tiveram um exército na sua porta.

Alec definitivamente não queria saber oque Vanessa estava fazendo de madrugada.

— Talvez vocês estivessem escondendo Christine — A criatura falou — E talvez estejam.

— Pode entrar e verificar.

O embaixador lançou um olhar suspeito para a casa e deu dois passos para frente. Nada explodiu, então ele considerou caminho seguro.

Minutos depois, ele voltou e não achou nada.

— Não tem nada aqui — ele relatou.

—Tem certeza? — Alec perguntou — Talvez ela esteja escondida nas janelas, também.

O embaixador olhou para Alec, analisando.

— Alexander Kroell, não é?

— Não. Sou o Papa que rejuvenesceu setenta anos e está lindo.

— Sua mãe matou meu irmão.

— Que trágico para ele.

Vanessa soltou uma risadinha baixa. Alec pensou que talvez tivesse sido bom se sua mãe tivesse matado os dois irmãos. Iria dar menos trabalho para eles.

Obviamente, o embaixador não gostou do comentário e os encarou como se pudesse reduzir a pó.

— Sabemos que você tem uma ligação mental com Christine Caudermoon — ele falou lentamente — Então se não podemos acha-la... talvez podemos substitui-la por você.

As pontas dos dedos de Alec começaram a faíscas e ele ficou incrivelmente satisfeito quando a multidão na frente dele arfou. Chamas negras. Alguns diziam que era uma maldição, mas ele achava que era incrivelmente conveniente poder reduzir uma ameaça a um pouquinho de pó.

— Aposto que no seu formulário dizia para matar Christine — Alec falou bem devagar para a criatura entender — Meu nome não estava escrito lá. Então você está desobedecendo a Pirâmide. E eu posso fazer o que quiser contra e a Pirâmide não vai me atacar.

Fazer o que quiser era o mesmo que tacar fogo em todo mundo.

Ele ergueu a palma da mão e o fogo negro serpenteou como uma pequena fogueira. Então ele fez as chamas subirem pelo menos cinquenta centímetros com um estalo, o que fez o exército inteiro dar um pulinho engraçado para trás.

— Então, é isso — Vanessa disse — Tchau, boa noite — Pelo tom dela, parecia que estava dizendo ameaças.

O embaixador deu uma segunda olhada neles e na casa. Então virou as costas.

— Vocês são criancinhas bem impertinentes.

— Obrigado — Os dois responderam ao mesmo tempo.

Enquanto Alec observava o exército sumir no mesmo portal que veio, ele pensou que eles estavam ferrados. Não o exército. Todos. De um lado tinha um deus do Caos maluco tentando matar todo mundo. A Pirâmide se uniu a Trivia para lutar contra Caos. Se uniu com alguém que não pensaria duas vezes em matar eles. Como eles iriam lutar contra Caos se provavelmente entrariam em guerra entre si logo?

Caos, talvez, não tivesse que fazer nada. Era só sentar no camarote e comer pipoca enquanto os descendentes de deuses se matavam.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora. Teclado quebrado.

— E vocês acharam que ela estava dentro do portão? — Alec perguntou, muito amavelmente.

Ai, Alec...



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