A saga de Beatrice- A aprendiz de vampiro escrita por AnnabiaFreitas


Capítulo 6
Perigo à vista




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Voltamos para o acampamento e ele falava com Sr. Tall quando pousou os olhos em nós.

–Ora se não são Ofídio e Beatrice! Olá crianças! –disse isso com um sorriso dócil nos lábios. Respondemos e Sr. Crepsley vinha chegando.

–Olá Hibernius, pediu que eu... Desmond! –disse meu tutor com certo desprezo e foi lentamente se colocando a minha frente.

–Larten! –disse Sr. Tino como se visse um velho amigo –Justamente quem eu precisava encontrar.

–Não me diga! Aposto que não é coisa boa.

–Ora que isso? Assim você até me ofende!

–Vamos entrar para conversar. –disse Sr. Tall interrompendo os dois. –Crianças, vocês...

–Oh não! –disse Sr. Tino –Beatrice é a razão de minha visita! –olhou para mim, e aquilo não me pareceu legal. - Quero que fique para a conversa.

–Larten? –perguntou Sr. Tall, querendo saber o que Sr. Crepsley achava da ideia. A resposta era iminente.

–De jeito nenhum! Beatrice ficará com Ofídio bem longe de você, até que eu saiba o motivo de seu interesse na minha assistente!

Eu estava muito curiosa para saber o que estava havendo ali, mas a ideia de não ficar muito perto de Tino me agradava um pouco, diferentemente dele, que parecia querer voar no pescoço de Larten. Eles entraram na tenda e eu segui com Ofídio para a nossa.

NA TENDA DE TALL

–É um absurdo! Então agora, por conta da bagunça que a guerra das cicatrizes causou, virou moda sanguear crianças, Larten? Eu o acuso! –disse alto e teatralmente Sr. Tino.

Crepsley apenas o observava, irritado e andando de um lado para o outro.

–Aliás, ela tem bebido muito sangue? –perguntou Desmond, mudando o tom de voz.

–Ela não tem bebido sangue. –respondeu Crepsley secamente.

–Não tem bebido sangue? –olhou para Larten e depois para Hibernius, que estava de pé entre os dois. –Larten, você sabe que ela necessita! Ou está com medo que ela goste demais? Ou que acabe como Felipe?

–Adoraria que acontecesse né? –perguntou irritado Sr. Crepsley. –Adorou ver as raças em guerra! E aposto que está detestando o fato de que Ganem e Vancha agora lutam pela paz.

–Ora eu gosto de ver diversão! Mas vamos direto ao assunto...

–Finalmente! –disse Larten ironicamente.

–A garota não pertence a este lugar! Deve vir comigo.

–Nem por cima do meu cadáver! –disse Larten.

–Não me provoque Crepsley!

–Por qual motivo você a quer? Quer manipular suas próprias profecias?

–Filipe e Juan morreram, mas a guerra ainda segue. E você sabe! –disse Tino, começando a se irritar, mas logo com um doce sorriso disse –Ela estará mais segura comigo, e vocês estarão mais seguros se Beatrice estiver comigo!

Larten parou e olhou intrigado para Sr. Tino, e ao mesmo tempo com um brilho de fúria no olhar.

–Mas sr. Tall, quer ter o bom senso de me entregar a garota?

–Sabe que eu sempre fiz o que pediu, não gosto de confusões! –disse Sr. Tall – Mas preciso pensar a respeito. Não quero tomar decisões precipitadas!

–Vocês sabem que terei o que quero! Sempre tenho! –disse ameaçador, se despediu e saiu.

–O que ele quis dizer com seguros? –Perguntou Crepsley.

–Vai saber o que se passa pela cabeça dele... –disse Tall, sentando-se em sua poltrona.

–Vou dizer para Beatrice não sair do acampamento em hipótese alguma!

–Faça isso, e quanto ao problema do sangue? –perguntou Tall a Crepsley, que suspirou .- Sabe que ela morrerá se não tomar?

–Sei, e ela também! Mas parece ignorar esse fato. – disse chateado – Essa teimosia não vai durar, vou fazê-la beber sangue humano por bem ou por mal!

...

Fomos para a tenda e ficamos por lá, Ofídio começou a me contar mais sobre o tal Tino e eu disse-lhe sobre nosso encontro. Parecia , do jeito que Ofídio falava, tratar-se de um monstro. Eu não estava afim de conhecê-lo, na verdade, arrepiava-me toda de lembrar que estive no mesmo carro que Desmond Tino!

Conversamos bastante, e quando vi que Larten não voltaria, caí no sono.

Acordei de madrugada com uma sede terrível! Saí da tenda e fui, instintivamente, para perto do riacho que tinha por perto do acampamento. Na verdade tinha água na tenda e não sei o motivo de ter ido tão longe, mas logo eu descobriria!

Olhei para o meu reflexo na água iluminada pela lua, e aquela noite parecia a mais clara de todas da minha vida! Eu podia ver claramente meu cabelo preto, meus olhos castanhos, mas o que me assustou realmente foi o tom pálido que minha pele refletia na água. Curvei-me para observar mais de perto e por um instante pensei que poderia mergulhar naquele reflexo...

Então ouvi uma voz, que se confundia com meu subconsciente, dizer:

–Você sabe que ele esconde algo. –disse a voz, eu não sei como descrevê-la, mas o que dizia era claro.

–Sei . –respondi, achando que respondia a meus próprios pensamentos.

–E você quer que isso termine?

–Quero!

–Volte aqui amanhã, terá uma resposta! Mas não conte a ninguém. Não conte ao Larten!

–Não contar ao Larten.

–Deveria voltar para a tenda e dormir tranquilamente!

–Devo dormir! Sim, devo dormir! –levantei-me e voltei para a tenda.


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