A saga de Beatrice- A aprendiz de vampiro escrita por AnnabiaFreitas


Capítulo 3
O acordo




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Tomei coragem e quando todos em casa dormiram, pulei minha janela e fui até o antigo teatro, na esperança de encontrar o vampiro e torcendo para que ele não me matasse.

Entrei na sala onde tínhamos assistido ao show e ela estava vazia, no palco apenas uma poltrona e uma luminária grande, apagada.

–O que veio roubar dessa vez, ladra? –disse uma voz atrás de mim, profunda e inconfundível, que me fez saltar.

–Nada! –respondi imediatamente, virando-me e olhando nos olhos verdes e cortantes que brilhavam na expressão chateada do vampiro. –Nada! Olha, a Octa mordeu o meu melhor amigo e agora ele corre risco de vida por minha causa –ele ainda me olhava de perto, e eu não consegui dizer se estava com raiva ou não. Seu olhar era de assustar... Tinha os cabelos cacheados e relaxados de uma cor laranja estranha e estava bem vestido, em trajes escuros. – e... eu pensei que... talvez tivesse um antídoto!

–Eu tenho. –disse ele, com um sorriso malicioso nos lábios. –Mas por que eu gastaria com um psicopatazinho?

–Eu estou implorando! Desculpe-me por ter roubado a Octa, eu não sei o que deu em mim... eu nunca roubei nada e...

–Por que não? –perguntou, andando na minha direção como se pudesse ler minha mente, eu retrocedia.

–Porque é errado! –respondi.

–Então aprendeu uma valiosa lição de moral! –continuava.

–Aprendi sim!

–E você não fará mais nada errado enquanto viver! –disse e nesse momento fiquei confusa no que responder, ele notou e deu uma risada quase imperceptível . – O que o Sr. Tino queria?

–Quem? –perguntei confusa.

–O gordo na limusine!

–Ah sim! Alguma coisa sobre destino e ele sabia meu nome e onde eu morava. –respondi, e caiu a ficha de que era uma coisa muito estranha.

–Parece que está bem encrencada minha bela larapia! –disse Crepsley – o Tino não se interessa por ninguém a toa... e as pessoas por quem ele se interessa acabam mortas... ou pior!

–O que seria pior do que morrer? –perguntei

–Oh! Muitas coisas... –dito isso, abandonou sua expressão sombria e com um sorriso de lado disse : - eu dou o antídoto, mas proponho uma troca: vai se tornar minha aprendiz!

–Ah... Como?

–Transformo você em meio-vampira, vai poder andar à luz do sol, será útil pra mim! Trabalhará pra mim e guardará meu ataúde na estrada... –dizia, e parecia não ligar para a expressão de horror em meu rosto.

–O que?

–E em troca, vou manter o Sr. Tino longe de você! O que me diz?

–Vai salvar o Jhonatan? –perguntei ainda tentando entender o que estava acontecendo ali.

–E por que não? –disse.

–Se eu me tornar meio-vampira vou ter que machucar pessoas? –perguntei preocupada.

–Hum... se interessou? –perguntou andando a minha volta. –Vampiros não matam as vítimas de quem se alimentam, isso é coisa de vampixiita, mas estamos perdendo tempo! Quer se tornar vampira?

–Não posso tomar essa decisão agora! –tentei razoar

–Seu amigo não tem muito tempo não...

–Ta legal! Eu topo... Vai pegar o antídoto!

–Já está aqui. –disse surgindo no palco atrás de mim, com um frasco na mão –Mas antes, testaremos seu sangue!

Estendi-lhe a mão e ele furou um dos meus dedos com a unha, provou e me olhou por um longo tempo.

–O que foi? –perguntei, analisando sua expressão.

–Tem sangue bom. Vai servir! –disse ele, quebrando seu silêncio – Agora erga as mãos, vamos trocar sangue!

Fiz com mandou, e primeiro ele perfurou todas as pontas dos meus dedos com suas unhas e fez o mesmo com os dedos deles. Eu pensei que aquilo estava doendo até passar pela troca de sangue... A sensação era de que eu não conseguiria tirar meus dedos dos dele. Senti meu sangue fluindo para o corpo de sr. Crepsley e o dele fluindo para o meu. Parecia fogo correndo nas minhas veias e quando chegou ao coração ele me empurrou e eu caí de joelhos zonza. Ele me disse para dar-lhe as mãos e quando o fiz ele lambeu as pontas dos meus dedos, fazendo com que as feridas se curassem. Aquilo me impressionou!

–Suba nas minhas costas! –disse ele após vestir seu manto vermelho. –Vamos flitar até o hospital.

–Nós vamos o quê? –perguntei

–Pare de perguntar e suba nas minhas costas! –disse, e eu obedeci antes que ele me matasse.

Foi estranho flitar, era como se o mundo estivesse andando rapidamente enquanto estávamos parados. Chegamos ao hospital em segundos e subimos ao quarto de Jhon pela parede externa. Sua mãe não estava no quarto, o que era perfeito, e Crepsley foi rápido em injetar o antídoto nele. Imediatamente seu rosto começou a corar, o que me deu um alívio imenso e nesse momento era a hora de tentar me livrar do vampiro, afinal eu não estava com muita vontade de ser sua assistente. Ele estava voltando para a janela e me chamou, nesse momento uma enfermeira estava vindo na direção do quarto e eu olhei para ela desejando que chegasse logo.

–Você não virá não é mesmo? –disse Crepsley, antecipando minha ação. –Sabe que tudo mudou agora não sabe?

–Eu acho que posso me virar sozinha! –disse-lhe.

–Ok menina! Verá que está errada em no máximo uma semana. Estarei esperando você ir me procurar implorando por ajuda no Teatro! –disse petulante – E tenta não fazer nenhuma burrice como matar sua família! –advertiu e sumiu na noite.


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