I bet my life escrita por hidechan


Capítulo 4
Capítulo IV: Say Good Bye


Notas iniciais do capítulo

Olá! *-* ain estou tão flz com meu presente de Natal ~ só isso que tenho a dizer! UHAUAHAUHAUHAUAHAU.

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– Oe! Não faça isso comigo.

Assim que entrou no quarto de seu namorado, Taiga fora obrigado a tapar os olhos para não ter uma deliciosa ereção. Véspera de ano novo e tal como a regra de etiqueta previa ambos estavam se arrumando para a festa, a camisa branca contrastando com a pele morena de Daiki fez os olhos do ruivo brilharem e o calor subir se espalhando por todo o corpo.

– O que foi? _ficou sem entender mirando com curiosidade a expressão exagerada do outro.

– Está ótimo de branco. Sério.

– Obrigado _estendeu o pulso _abotoa a manga pra mim, por favor.

– Cl-claro...

O silencio longo chamou a atenção de Daiki.

– Não vai se trocar, amor?

– Hum _concordou com um aceno contradizendo suas ações, continuou em pé ao lado da cama.

– O que está passando nessa cabeça oca ai?

Taiga apenas sorriu e pegou sua camiseta que estava previamente separada sobre o móvel, demorou alguns minutos para se trocar enquanto ambos ouviam Dinah cantar no cômodo ao lado. Daiki estranhou, respirou fundo antes de puxá-lo pela cintura num abraço apertado.

– Não faz essa cara de melancólico. Vamos comemorar de boa hoje, ok?

– Eu sei... _deu um beijo estalado em seus lábios fazendo o mesmo rir _sua mãe ficará bem sozinha?

– Ela vai na casa dos amigos _resmungou distraído, seu foco agora era mordiscar o pescoço de Taiga _você ficou gostoso nessa camiseta branca sabia?

A cena de desenrolou de forma natural, Daiki empurrou Taiga contra o guarda-roupa e desceu sua mão até a cintura.

– Podemos?

O olhar que ganhou fora resposta suficiente.

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– Feliz ano novo! _disse para o nada, debruçado na janela olhando as pessoas andarem de um lado para o outro _...hum, mais uma taça.

Kise pendeu o corpo para a direita alcançando a garrafa de champanha e, ignorando a taça, virou o resto do conteúdo até sentir as ultimas gotas escorrerem pelo canto dos lábios. Era o primeiro réveillon que passava sozinho, bom, ele não conhecia ninguém em Tóquio e em meio as caixas de mudança que ainda restavam na sala, estourar um espumante foi o máximo que conseguiu fazer; diferente do Natal, estava totalmente animado e bêbado.

– Meu desejo de ano novo é... _sorriu um pouco envergonhado _Aomine Daiki. Pela última vez eu juro, vai ser isso a mudança da minha vida... afinal... _deixou o restante da frase no ar.

Ficou a fitar mais alguns minutos os prédios bem iluminados da cidade, se perdeu em pensamentos aleatórios até sua atenção ser capturada por uma música familiar vinda do som na sua sala de estar, cambaleando, correu até o cômodo com um sorriso enorme no rosto.

– Ah Demi! _pegou o microfone e mudou para a função de karaokê. Ficou alguns segundos apenas resmungando o ritmo antes de cantar.

Sua voz estava um pouco mais grave por conta da alegria de horas antes, quando já bêbado passou vários minutos rindo e desejando feliz ano novo para seus amigos no whatsapp.

Nunca coloquei meu amor em jogo

Nunca disse "sim" para o cara certo

Nunca tive problemas em conseguir o que quero

Mas quando se trata de você, nunca sou boa o bastante.

E a cada frase o sorriso diminuía e os lábios tremiam. Era como contar a história fracassada de seu amor.

Mas você

Me faz querer agir como uma garota

Pintar as unhas e usar salto alto

Sim você

Me deixa tão nervosa

Que não consigo segurar sua mão

Se lembrou das vezes que olhou de canto para Daiki sem ter a coragem de chamá-lo, de tocá-lo. Sentiu o gosto metálico do piercing em sua língua que na época colocou só para se sentir mais atraente. Talvez despertar qualquer curiosidade no moreno.

Você me faz brilhar

Mas eu disfarço

Não vou demonstrar

Então estou armando minhas defesas

Porque não quero me apaixonar

Se alguma vez fizesse isso

Acho que teria um ataque cardíaco

E então como um passo de mágica pelas altas doses de álcool, tirou todo o ar dos pulmões num refrão forte, voltando a se animar. Sentindo que um ataque cardíaco não seria tão absurdo assim se tivesse uma chance na vida.

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Taiga e Daiki desembarcaram na estação de Tóquio e, em meio a uma leva de pessoas, ganharam as ruas do centro. Passariam a virada no lugar mais cobiçado do país para comemorarem a entrada do ruivo no time e também sua despedida, a praça escolhida estava lotada, mas para eles nenhum empurrão ou pisada no pé importou. Dividiram uma garrafa de saquê e em meio a muitos beijos assistiram a queima de fogos ao vivo; os olhos do moreno brilharam mais uma vez com as luzes o que hipnotizou o namorado.

– Feliz ano novo, amor _sussurrou em seu ouvido tomando sua atenção por poucos instantes.

– Feliz ano novo!

Eles deram as mãos, felizes, satisfeitos com a vida. Após o show de luzes rumaram para a segunda parte da noite: um hotel perto da estação, com quarto para duas pessoas e café da manhã. Não chegava a ser luxuoso nem especial, apenas um lugarzinho para ficarem a sós diferente do sofá pequeno de Taiga ou da cama habitual do moreno. Fizeram o check-in e subiram de elevador até o quarto 46, a decoração simples contrastou logo de cara com o carrinho cheio de doces – pedido do ruivo – eles esbanjaram nas tortinhas de morango e bombons de licor.

– Amo você _comentou Daiki, jogado na cama se acabando no último bombom.

– Estou sabendo! O que achou da surpresa?

– A.M.E.I, agora vem aqui pra eu te dar um beijo.

Taiga saiu da sacada para se deitar também.

– Vou sentir sua falta... promete que vai me esperar?

– Claro que vou, idiota _beijou a ponta de seu nariz _ deixe esse celular ligado o tempo todo, certo?

– Uhum... _mas a atenção do ruivo já estava longe, ele mirava cada traço do rosto do amado e acariciava cada parte dele.

A noite de intimidade do casal não teve um minuto sequer de descanso, o sono não veio e o sol banhava lentamente o colchão quando Daiki fechou os olhos por poucos minutos. Em dois dias Kagami Taiga sairia para a viagem de sua vida. Em dois dias eles estariam trilhando caminhos diferentes. Quantos amores começam e terminam na mesma velocidade? Hoje juntos, amanhã o banho de água fria é a única coisa que diminui o calor da saudade. Ele esperava que a distância não fosse realmente um problema e em breve estariam voltando ao estágio atual.

Os dias precederam a viajem de Taiga deu a eles um tempo diferente do usual, com muito mais carinho e atenção. Juntos arrumaram as malas, pensaram nos planos para o futuro e arriscaram trocar juras de um amor supostamente eterno. Jovens como eram. No aeroporto, meia hora antes do voo, Daiki já não suportava mais a ideia de voltar para casa sozinho; tortura de algo que mal havia começado.

– Boa viajem _disse pela segunda vez dando um beijo estalado em seus lábios, ao longe ambos podiam ver o time esperando.

– Sabe que volto assim que possível, não? _murmurou contra seu ouvido _e juízo ok?

– Eu que deveria estar dizendo isso, idiota _sorriu sem a menor convicção.

– Também sabe que só penso em basquete, então não se preocupe... _olhou ao redor _tenho que ir.

Com um último abraço o moreno o deixou partir.

– Cuidem bem desse idiota! _acenou para o técnico que sorriu de volta, o membro mais alto do time também acenou.

Daiki esperou que o namorado sumisse de sua vista antes de voltar-se para as enormes janelas do local a fim de observar o avião decolar, Taiga por sua vez embarcou entre lágrimas e sorrisos com os companheiros de time; olhava para trás todo o momento enquanto era puxado para seu assento.

2 meses depois.

Bom dia, Taiga! Tudo bem ai? Saiu o resultado da minha primeira prova na academia, me dei bem. Talvez role um curso de graça para complementar o estudo. Resolveu a parada com o camisa 3?

Daiki releu a mensagem e enviou, rolou para o lado se cobrindo a fim de tirar um breve cochilo antes de se levantar para o estágio. Estava enfim seguindo com sua carreira policial, o curso era legal e fizera um ou dois bons amigos, porém a falta de Taiga deixava sua vida bem tediosa; ele não estava mais ali para lhe roubar a atenção. O contato entre eles por enquanto estava fluindo bem, mensagens, ligações e vídeos pelas redes sociais ajudavam a não ficarem sem notícia um do outro.

Estava sendo bem mais fácil do que ele imaginou apesar do corpo sentir falta do contato físico, daquele amor libidinoso. Como iria sobreviver tanto tempo sem sexo?!

– Daiki querido! Venha tomar seu café.

– Hn... _resmungou, olhou para a porta vendo a senhora alta e esbelta girar um papel entre os dedos _o que é isso?

– Uma coisa da sua academia _e apesar da voz calma, seu olhar denunciava a ansiedade.

– ...juro que não fiz nada de errado.

O moreno abriu o envelope calmamente apenas para instigar ainda mais sua mãe, era uma carta simples. Um convite.

– Lembra da prova? Então... ganhei um curso de 20 dias em Tóquio! E dependendo do resultado dele, posso ficar mais 15 dias em extensão!!

– Que ótimo meu amor _afagou os cabelos macios enquanto o mesmo, envergonhado pelo gesto, tentava se livrar do carinho _e quando começa?

– Daqui a uma semana... mãe, não... onde vou ficar? Eles não vão pagar _Dinah tirou o papel de sua mão enquanto lia as informações.

– Daremos um jeitinho. Agora se arrume! Vai chegar atrasado.

Em vão, o moreno já estava grudado ao celular ávido para contar a novidade ao namorado, ela resolveu então se retirar em meio a uma ótima nostalgia. Seu marido, sempre quando tinha alguma novidade, contava para si no mesmo instante e isso a deixava imensamente feliz.

– Pombinhos _disse para si mesma rindo em seguida.

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– Taiga!!!

– Já estou indo _disse de forma distraída, em japonês, o companheiro de time ergueu uma das sobrancelhas sem entender.

– Hurry Tiger _repetiu agora usando o apelido dado ao ruivo _c’mon!

O ruivo rolou os olhos e voltou a jogar o celular dentro da mochila, tinha adorado a novidade e estava congratulando Daiki pela primeira vitória em sua carreira. Animado, resolveu que ia se esforçar ainda mais no treino e logo deu o salto mais forte que pode em direção à tabela.

– Let’s play! _chamou o camisa 02 com tom de desafio, o menino de cabelos longos correu em sua direção passando a bola para o mesmo.

O que Taiga só veria horas mais tarde era uma segunda mensagem, a pessoa que mandara um simples “olá” traria junto da frase simples algo maior do que qualquer curso grátis ou bolas encestadas.

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Notas finais do capítulo

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