I bet my life escrita por hidechan


Capítulo 3
Capítulo III: Baby I don't know


Notas iniciais do capítulo

o/ enjoy #preguiça.

AH! Gente, a new pop vai lançar Calling s2 um yaoi lindinho! #finalmente algum que presta. E... pra quem está lendo 19 days um recado: FINALMENTE!!!!!!!!!!!!!!! s2s2s2s2



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– Ok pessoal! Descansar! _Joey ergueu o apito até os lábios e deu um silvo longo _reunião por favor, tenho uma novidade para vocês.

Aomine, Taiga e outros 10 integrantes formaram uma fila ao redor do técnico.

– Nossa passagem pelo Japão rendeu bons resultados e agora, depois de dois meses e alguns jogos interessantes, chegamos ao fim de mais uma corrida. Aomine, Kagami por favor me acompanhem o resto do time, fazer as malas e dispensados.

A dupla olhou com desconfiança para o loiro a sua frente, eles o seguiram até a arquibancada onde se sentaram e esperaram com olhares curiosos.

– Garotos não tenho o que reclamar, se saíram muito bem. Meus parabéns _seu sorriso deixou em evidência os dentes brancos e perfeitos do Americano _o que acharam do time? Dos jogos? Dos treinos?

– Ah... _Aomine pensou por um segundo _foi legal, quero dizer, é realmente difícil encontrar pessoas que consigam seguir o nosso ritmo.

– Exato! _Joey exclamou animado cortando o resto da resposta _mas saibam que na NBA vocês não são Deuses, são apenas peças especiais que podem chegar ao mesmo nível que aqueles caras. Estão cientes disso? _e com um gesto rápido de confirmação ele continuou _isso significa que temos muito pela frente. A partir de agora, a jornada continua. Somos um time desconhecido e por ainda não estar completo não temos patrocínio. Uniformes, transporte e hotel sempre são pagos do próprio bolso. Estão cientes disso também?

– Já deixou isso claro no primeiro dia _resmungou Taiga perdendo a paciência aos poucos, detestava pessoas repetitivas.

– Ótimo, resumindo sairemos do Japão em busca do nosso 13º integrante, o time todo viaja junto. Aomine, Kagami, qual a decisão de vocês? Como já disse foi uma fase de teste, por enquanto estou bastante satisfeito! Não são obrigados a continuar conosco, porém se partirem daqui o contrato começa a valer; nos abandonar vai causar a perda da quantia estabelecida, porém quando começarmos a ganhar, ganham também.

– Próxi-

– Então? _tesourou o ruivo _bom, podem pensar com calma. Vamos partir só dia três de Janeiro. Dispensados!

Aomine rolou os olhos tirando do namorado uma reação parecida, Joey era péssimo em ouvir as pessoas por isso acabava sempre irritando a ambos, mas se acostumaram com o jeito hiperativo do mesmo.

Ainda no mesmo lugar, porém agora sozinhos, Taiga olhou para o nada, pensativo. O que faria? O time era bom, estavam ganhando visibilidade e como o próprio Joey disse eles ainda eram inexperientes diante os jogadores da NBA, jamais teriam uma chance logo de cara. Sua mente saiu do foco, atém meses atrás a ideia de sair do Japão era absurda, de repente aquilo se tornou quase necessário.

– E ai? _Aomine o cutucou _você vai né?

– Não sei... será que vai ser promissor? _girou a bola de basquete nas mãos _e se der tudo errado?

– ...se der tudo errado é só voltar pra casa _roubou a bola do mesmo o fazendo acordar.

– Hey!

– E casa você tem duas, a sua em Los Angeles e aqui no Japão, ao meu lado. Então se der errado... _arremessou para a cesta _você já sabe.

– Mas você... _ficou a observar a bola quicar no chão e atingir a parede oposta _e você?

– Já discutimos isso.

Kagami passou os olhos pela quadra, depois em seu pulso e por último no anel que dera para o moreno de Natal. Estaria deixando para trás parte de si em prol de seu sonho ou era apenas uma ilusão? A decisão difícil fez seu coração apertar, o medo não era somente de sair de sua zona de conforto, mas também de acabar se metendo em alguma encrenca.

Eles deixaram o local depois de alguns minutos, mais calmo, Taiga contava como tinha sido sua última visita a Las Vegas com seu pai. O rico dono de uma empresa amava o cassino e acabou fazendo boas economias no carteado, contou que o senhor apesar da idade viajava ao redor do mundo a negócios e também para encontrar bons jogadores. Taiga acabou se espelhando no pai por alguns segundos e tal como não deveria ter medo de arriscar. Deixou o assunto de lado por alguns instantes para entrelaçar seus dedos com os de Daiki.

– Vou pensar no assunto depois, agora me diga, o que a senhora Dinah estará fazendo para o jantar?

– Não sei _cantarolou.

– Besta! Disse para não pedir nenhum prato, não quero dar trabalho.

– Relaxa, minha mãe é de boa _parou em frente ao portão de casa para procurar a chave correta _mãaaaaae! Ah achei _passou pelas grades brancas e destrancou a porta da frente _chegamos mulher.

– Olá meus queridos _a menor acenou enquanto tirava apressadamente o avental _seja bem vindo, Kagami-kun.

– Como a senhora está? Obrigado pelo convite.

– Estou bem, obrigada. O jantar está quase pronto, tomem um banho, deixei toalhas sobre a sua cama filho.

– Valeu, vem Taiga.

– Ah... s-sim, com licença! _se curvou rapidamente para seguir Daiki pelo corredor.

O quarto já tão conhecido atualmente estava com um ar diferente, deu um risinho baixo ao perceber que Dinah tinha feito grande esforço para deixar o ambiente limpo para sua visita; no geral ele se sentia num ninho de ratos com as roupas sujas espalhadas pela cama e os milhares de livros no chão.

– Sua mãe é bem guerreira de limpar esse quarto _comentou se jogando na cama.

– Cala boca, nem é tão bagunçado assim! _abriu o guarda roupas velho tirando da pilha menor duas camisetas limpas, depois partiu para as gavetas à procura de bermudas.

– Uhum... _alcançou o Ipad o namorado para matar o tempo _...se eu aceitar o contrato, vamos nos ver bem pouco.

– Taiga... _disse num tom de voz cansado, tinham discutido aquilo durante os dois últimos meses _pelo menos tente, sabe que vai acabar se lamentando.

– Eu sei.

– Com medo de não ser bom o suficiente sem mim em quadra uh? _o provocou jogando agora as roupas limpas sobre a cama _eu entendo.

– Vai se ferrar! _mostrou os caninos brancos tentando parecer ameaçador _vem cá agora pra eu morder essa bu- ... essa... é isso ai mesmo _se conteve ao lembrar que Dinah estava no cômodo ao lado.

– Idiota _se aproximou o suficiente para alcançar seus lábios _vamos discutir isso mais tarde, pode ir tomar banho primeiro.

O almoço em família foi pacífico, o ruivo amava estar na companhia da sogra e se sentia em casa; eram aqueles momentos que lhe davam a segurança de tomar decisões difíceis, pois sabia que receberia todo e qualquer apoio que precisasse.

Depois da louça lavada e uma deliciosa torta de morangos, Dinah pediu ao filho que fosse até a loja de conveniência comprar pinceis para terminarem a pintura da parede externa – fora uma ideia repentina e logo se animaram a correr atrás dos materiais – Taiga ficou para ajudar a forrar o chão e tirar o que estivesse no caminho. Enquanto o serviço era feito, a mulher aproveitou o momento para cumprir o pedido do filho de conversar com o ruivo sobre a oportunidade que estavam tendo.

– Kagami-kun você está mesmo certo do time?

– ...não, não sei. Estava falando com o Daiki, e se não der certo?

– Ah meu querido, muitas coisas na vida não dão certo _seu sorriso se desfez por alguns instantes _quando o pai do Daiki desapareceu, achei que nada mais teria sentido, mas veja... acabamos indo bem. Se eu não tivesse arriscado tantas vezes, não estaríamos aqui hoje.

– Ele era pequeno, né?

– Tinha quatro anos _brincou com a pulseira em seu braço, a joia de ouro branco fora o último presente que ganhara antes do incidente _o que eu quero dizer, é que a vida é... curta. Faça as coisas enquanto pode, se não der certo, basta voltar para o ponto de partida. Estaremos sempre aqui.

– Obrigado _e apesar do rosto em chamas, não desviou o olhar.

O senhor Aomine desapareceu após o aniversário de sua mulher, não se sabe realmente o que aconteceu, apenas que saiu para trabalhar como fazia rotineiramente e nunca mais voltou. As buscas iniciaram no dia seguinte, infelizmente se tornou apenas mais um caso nos registros sem solução do governo. Não havia muito mais o que se contar.

– Não queria deixá-lo pra trás _comentou enfim _mas entendo a situação.

– ...hn, nós sabemos querido. Não se preocupe com isso, o Daiki irá te encontrar se assim o destino quiser.

– Ele disse que vai parar de jogar _se lamentou _ah Dinah... isso está me matando.

A mulher fechou os olhos por um segundo.

– Me desculpe, Kagami-kun. Me tornei um peso para ele, realmente me desculpe...

– N-não! Nunca vimos o problema dessa forma _deixou cair o vaso que tinha em mãos, se abaixou rapidamente para recuperar o objeto que por sorte estava inteiro _sério, não é culpa de ninguém. Ter uma família é algo maravilhoso! Vamos dar um jeito.

–------- + -------------------

– Osu! Terminei _comemorou sozinho ao lacrar a última caixa.

Kise olhou ao redor e suspirou pensativo: o apartamento vazio era proporcional ao vazio que sentia no coração no exato momento, gostava muito daquele lugar.

– Kise-san, está pronto?

– Ah sim! _respondeu dando sinal de positivo ao funcionário da transportadora.

– Ok, iremos carregar e a previsão de entrega é no final da tarde _estendeu a prancheta que tinha em mãos _assine aqui por favor e obrigado por usar nossos serviços.

Dois dias para o ano novo e Kise ainda estava com a mudança em caixas, teve que correr para conseguir uma transportadora antes que vencesse seu contrato. A nova vida em Tóquio não parecia ruim, começaria o ano na faculdade que escolheu cursando design de moda e morando num apartamento perto do campus; a agitação e cores vibrantes da capital trazia para si bastante conforto.

O espaço escolhido não tinha o ar Frances que estava acostumado, porém era igualmente delicado: os arcos das janelas eram brancos e todas elas possuíam floreiras com petúnias vermelhas e amarelas. As paredes foram repintadas de bege, na sala o papel de parede escolhido tinha listras com a mesma palheta em aquarela do apartamento anterior – ciano, lilás, verde, marrom e amarelo – e na cozinha azulejos com leve adorno de flores. A antiga dona do apartamento se desculpou pela decoração feminina, o loiro não se importou agradecendo pelo desconto no preço e prometendo cuidar de cada cantinho.

Desceu as escadas pela última vez, se despediu do dono da confeitaria lhe entregando as chaves e ganhando em troca uma caixa de doces. O dono, cerca de 35 anos e muita irreverência, disse ao menor que ele seria sempre bem vindo. A viajem até Tóquio não era longa, 40 minutos de trem e alguns minutos de caminhada até sua rua, entrou na estação sozinho não deixando para trás nenhum rastro de sua existência.

– Ah... ah, que preguiça _resmungou sozinho tomando para si um dos bancos azuis do trem. Adormeceu em seguida.

...

“Próxima estação: Tóquio. Tóquio. Por favor, cuidado com o vão entre o trem e a plataforma e não esqueçam seus pertences pessoais”.

Kise despertou assustado ao ouvir a campainha, se levantou de súbito correndo para fora antes que as portas se fechassem. Enfim na capital. Caminhou lentamente até se recuperar da moleza e dores no corpo, assim que ganhou a rua seu animo melhorou: tudo estava cheio de pessoas alegres e cores vibrantes, ninguém o notava apesar das roupas chamativas e do cabelo cor do sol; todos eram descolados, diferentes.

Depois da breve caminhada encontrou seu novo prédio, deu bom dia para o porteiro e subiu o lance de escadas.

– Estou em casa _anunciou para ninguém ao abrir a porta de madeira clara e entrar não se esquecendo nunca de deixar os sapatos no hall de entrada, ainda estava vazio e precisando de limpeza _legal.

Sua voz ecoou pelo ambiente pequeno, abriu as janelas e fechou as portas dos armários começando a arrumação por ali, limparia o chão rapidamente antes de a mudança chegar; previamente deixou comprado todos os itens para tal tarefa.

Somente por volta das 21 horas tudo ficou mais ou menos em ordem, as caixas, agora empilhadas na sala, formavam uma segunda parede ao redor do loiro que improvisou uma mesinha e um banco para comer seu cup noodles e comemorar a mudança.

– Parabéns pela mudança _resmungou para si mesmo enquanto mexia o macarrão.

O silêncio da resposta que nunca viria desfez seu sorriso, não era todos os dias que sentia aquele vazio estranho. Se virava perfeitamente bem sozinho, amava ter a companhia de si mesmo o dia todo – totalmente autossuficiente – entretanto ainda não passava de um ser humano e a falta de um amigo naquelas horas fazia sua garganta embolar. Puxou o celular sabendo exatamente o que gostaria de fazer naquele momento, Aomine Daiki estava logo nas primeiras conversas do whatsapp.

– Hn... e agora? _releu o conteúdo da ultima conversa, nada de especial, era difícil puxar assunto apesar de se darem bem _itadakimasu _disse antes de comer e continuar a vasculhar alguma coisa em sua rede social.

O vídeo não interessava muito, assim que terminou acendeu um cigarro e voltou a pensar em Aomine fechando o aplicativo.

– Yo Aominecchi! _começou com a mensagem de voz_ me mudei para Tóquio! Venha pra cá qualquer dia para darmos uma volta pela capital. Até mais.

Olhou sem animo a mensagem sendo carregada. Agora só restava dormir.

–------------ + -----------

A parede externa ficou impecável com os últimos retoques de Daiki. Taiga e Dinah olharam com orgulho para o trabalho feito em equipe.

– Garotos, vou preparar um lanchinho. Kagami-kun, se você precisar de alguma coisa peça ao Daiki, sim?

– Ah cl-claro! Obrigado _sorriu um pouco encabulado.

Dinah entrou deixando os garotos para trás, Taiga agachou ao lado do namorado para ajudá-lo com as latas de tinta e pinceis.

– Obrigado pela ajuda, Taiga _se sentou na grama olhando com tranquilidade para o céu agora repleto de estrelas.

– Não foi nada, Oe! _fora arrastado para trás se aconchegando entre as pernas do outro _sua mãe não precisa de ajuda lá dentro?

– Me deixa ficar um pouquinho assim com você _beijou sua nuca sentindo o gosto salgado do suor _...quero se você se dê bem no basquete _declarou tremendo de leve pelo vento gelado, intensificou o abraço.

– O contrato é de uma temporada, quero entrar para a seleção nacional do Japão então com certeza não vou ficar pra sempre com eles. Prometo que volto! Então podemos jogar juntos.

Daiki suspirou.

– Já conversamos sobre isso, Taiga. Não quero continuar a jogar... sinceramente o basquete só tem graça pra mim quando é contra você. Você me entende, não é?

– ...sim _murmurou desapontado _achei que tinha se animado quando começamos a treinar.

– Pois então, tenho que te contar uma coisa sobre isso _fez um segundo de silêncio antes de continuar_ aceitei jogar nesses dois meses, mesmo sabendo que não ia continuar, mesmo não tendo a maior vontade do universo... por que eu apostei meu sonho em você.

– Como assim? _Taiga virou o pescoço tão rapidamente que o sentiu estalar.

– Te ensinei tudo o que eu sei sobre basquete. Testei você sem... você perceber e tenho certeza que me superou. Leve o meu estilo no seu basquete e vença todos eles, amor!

No rosto do moreno um sorriso animado, sincero. Taiga podia simplesmente deixar suas emoções fluírem e chorar, mas preferiu abraçar a pessoa que mais amava na vida e agradecer.

– Obrigado! Por tudo, Daiki, meu caralho... não vou te decepcionar.

– Sei que não vai!

Mesmo tremendo de frio, o casal deitou na grama num caloroso abraço e alguns beijos leves espalhados pelo rosto. Não demorou muito para Dinah chamá-los para o jantar – a noite estava apenas no começo.

Após muita comida e risos, Taiga se concentrava em passar uma das fases de Resident Evil enquanto o namorado rolava de um lado do outro pela cama, com câimbra na perna. O sono estava longe de vir.

– Olha, o Kise se mudou para Tóquio _ouviu o áudio com mais atenção, a voz suave do loiro preencheu o quarto chamando a atenção do ruivo.

– Acabaram os vestibulares?

– Sim... acho _seus dedos correram o teclado pequeno do celular _poderíamos ir pra lá antes de você viajar. O que acha?

– Vamos!

– Beleza. Ele vai ficar feliz _comentou para o nada agora continuando a conversar com o loiro.

– Isso me lembra... _retomou uma falsa atenção no jogo _o que foi fazer na casa dele no Natal?

– Hum?

– Na véspera, chegou atrasado para os fogos... _deu mais dois passos com o Leon e parou, se avançasse sem pensar iria acabar sendo atacado.

– Nada demais... uma tia dele faleceu então fui dar condolências. Só isso _ergueu os olhos do celular mirando as costas de Taiga.

– Ah... hn, deve ter sido bem ruim pra ele.

Daiki não podia ver, mas a expressão do ruivo era de alívio não condizendo com suas palavras. O assunto morreu ali, Daiki logo o agarrou pela cintura para vê-lo jogar; amava seu rosto de pânico quando aparecia qualquer zumbi.

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