Rain escrita por LyaraCR


Capítulo 9
Capítulo Nove


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, depois de uma fase ruim, a perda de todos os meus peixinhos coloridos e um tanto de problemas com "amigos", aqui estou mais uma vez... Espero que o capítulo tenha ficado ao menos decente. Obrigada pelas reviews e pela presença.



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Tudo parecia bem. Há alguns dias a chuva havia saído de cena e tudo havia voltado a aparente normalidade. O show da tarde havia sido um sucesso, e agora desfrutavam aquele paraíso tropical, onde ficariam presos durante todo o fim de semana. Já estavam pelo fim da tarde, o sol com um perfeito brilho alaranjado, contrastando com o azul forte do mar, a brisa característica dos trópicos e Bill... Ah, como estava perfeito. Apenas uma bata imensa, branca, por sobre sua roupa de banho, uma boxer, também branca. Seus cabelos estavam disformes, sem quaisquer tipos de penteado, soltos, molhados. O ir e vir do Iate não o incomodava. Assentado na beirada do mesmo, desfrutava de todo aquele cenário paradisíaco e daquele delicioso drink que nem mesmo sabia do que se tratava. Estava leve, quente, querendo fazer coisas com qualquer um que aparecesse na sua frente. Os garotos estavam espalhados por ali, Tom provavelmente preparando mais bebidas enquanto Gustav aprendia a realmente pilotar aquela coisa sem um manual. Georg, bom, Georg estava... observando.

Da parte superior, ele olhava o Kaulitz mais novo. Há certo tempo, sua mais nova obsessão. Podia sentir o calor da adrenalina tomar conta de seu ser quando dava ouvidos aos seus pensamentos impuros... Queria prová-lo. Tudo o que precisava fazer, era se livrar por um instante de qualquer empecilho que pudesse arruinar seu momento. Bill era alguém fácil de se influenciar, principalmente em momentos regados a álcool, justo como agora...  Georg podia jurar que estava vendo a pele de Bill se arrepiar com a brisa... Deus, aquilo era provocação demais... Esperaria a escuridão da noite mais ansioso que tudo no mundo... Sentia, por mais difícil que parecesse, seria recompensado mais tarde.

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Estava tudo escuro demais, sua vista embaçada, seu corpo leve demais e o balanço do barco fazendo tudo parecer ainda pior, ainda mais difícil... Tom estava apagado onde deitaram pouco antes, Gustav provavelmente tomando banho e Georg provavelmente aprontando alguma com ele...

Sorriu de canto ao pensar. Sua mente estava tão confusa que nem mesmo sabia por que diabos estava pensando nessas coisas... Bom, talvez fosse pelo fato de estar quente, quente demais... Só por haver deitado ao lado de Tom e terem começado o que de fato não terminaram, agora pagava o preço de estar totalmente alterado...

Praticamente apoiando-se à parede, se arrastou até um dos quartos do Iate. Desde sempre, nunca conseguira entender como apenas os quatro faziam tanta baderna, sobreviviam ao som tão alto, a tantas bebidas e tanta liberdade...

Sorriu bobo quando encontrou a porta do que parecia ser seu quarto. A maçaneta era tão dourada, tão bonita, mas ainda assim tão inútil! Grunhiu qualquer coisa antes de tentar empurrar mais uma vez. Nada. Praguejou.

— O que foi? Não consegue abrir?

Uma voz macia atrás de sí, bem perto pra dizer a verdade...

— Georg... N-não... Está.. emperrada... Maldito hotel..

Tentou mais uma vez. O mais velho sorriu ante a situação de Bill... por sinal estava embriagado o bastante para pensar estar em um hotel e forçar uma maçaneta decorativa...

— Não é assim... — colou-se às costas do mesmo, tomando-lhe as mãos delicadas entre as suas — Essa maçaneta é de mentira... E não estamos em um hotel...

Ele riu, baixinho, como se estivesse com medo de ser pego alí, enquanto suas mãos eram levadas até a fechadura eletrônica.

— Estamos num motel?

A pergunta fez o mais velho rir e sussurrar a resposta de modo provocante, a boca colada ao ouvido de Bill... Por Deus, se Tom o pegasse, provavelmente seria morto por ele.

— Não...

A porta se destrancou e Bill perdeu o equilíbrio, quase tombando quarto adentro. Georg o segurou, colando os corpos, a porta se fechando atrás deles, a tranca sendo acionada pelo mais velho. Nossa... O corpo de Bill o estava intoxicando... Segurou-lhe os dois pulsos com apenas uma mão, enquanto a outra fez o favor de descer pela lateral de seu corpo, sentindo a pele arrepiar por sob o seu toque, sentindo a textura macia, ouvindo alguns ofegos...

— Gee...

— O que foi? Quer que eu pare?

O tocou onde não devia, displicentemente, provocando. Bill apenas gemeu algo arrastado o bastante para se assemelhar apenas a um “não”.

O corpo magro pressionou-se contra a alteração nas calças do outro, provocando, enquanto as pequenas mãos tentavam se soltar.

— Quero te dominar...

Ele sussurrou, e Bill quase perdeu as forças nesse instante, tamanha vontade de se deixar sucumbir. Gemeu e mais uma vez tentou se desvencilhar...

— Quero que me estupre...

Deus, se aquilo fosse um sonho, não estava nem um pouco a fim de acordar..

— Mesmo? E... — apertou o membro já alterado do outro — por que eu faria isso?

— Por que eu quero... transar.. agora...

Jamais, nem mesmo em suas fantasias mais obscuras, imaginara Bill falando daquela maneira... Ele parecia uma prostituta, e era tão quente! Tanto o jeito como se apertava contra seu corpo, provocando, rebolando, quanto os ofegos, gemidos... Ele realmente queria... E quem era Georg para negar...

O virou de frente para sí, tomando os lábios num beijo profundo, porém rápido... Estava ciente de que tinham pouco tempo alí, pouco tempo, muito o que fazer e mais um segredo para ser criado.

O empurrou com o próprio corpo até a cama, arrancando aquela boxer sem nem mesmo raciocinar... Deus, o cheiro de protetor solar misturado ao cheiro doce dos cabelos longos o estava dopando, enlouquecendo... O viu se afastar, recostar-se à cabeceira da cama e abrir bem as pernas, tocando-se, olhos semicerrados, olhar pesado, cheio de luxúria, face ruborizada... Mordiscava o lábio inferior vez ou outra.

Arrancou a própria camisa e foi em direção àquele convite chamado pecado, perigo, àquele convite chamado Bill.

Seus lábios encontraram os dele, sua mão substituiu a dele que o acariciava, e a coisa toda perdeu o controle. Tudo o que soube, foi que dentro de pouco tempo, ia e vinha invadindo aquele corpo exposto, corpo que se entregava com tanta devoção. E o sentia mordendo seu braço, o via arranhando o lençol... Estava prensando seu peito contra aquelas costas deliciosamente pálidas, o prendendo na cama, um braço por sob o abdômen dele, o tocando, e o outro apoiando seu peso sobre a cama, justo o braço que ele mordia de modo tão indecente... Bill de bruços, tanto quanto de frente, era a personificação do paraíso...

— Gee.. Eu.. Aah!

Nem mesmo conseguiu terminar o que provavelmente diria... Georg sentiu a umidade em sua mão, o calor... E sentiu aquele corpo apertado apertar-se ainda mais ao seu redor... Não teve como evitar... Mordeu com força o ombro que jamais deveria marcar, enquanto derramava-se com força dentro daquele corpo adorável.

— Bill...

Sussurrou o nome do mesmo. Tudo foi ficando lento demais, a bênção depois da batalha, o paraíso, a calmaria depois da tempestade...

Fez menção de afastar-se.

— Não... não sai ainda...

Ele pediu, e mais uma vez, estava impossibilitado de negar. Permaneceu por mais um bom tempo alí, mesmo sabendo que devia ir para longe o quanto antes...

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O beijou mais uma vez antes de deixa-lo entrar em sua suíte e sair do quarto cautelosamente. Estava feliz, realizado, mas ao mesmo tempo triste. A experiência havia sido perfeita, mas qual seria seu objetivo agora? Ainda não havia conseguido definir um novo. Talvez depois de tudo isso, precisasse descansar por um tempo e se dedicar à banda, esquecer e abstrair os problemas que não relacionados à mesma.


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Notas finais do capítulo

Continua...