E na frieza dos meus braços... escrita por LauraCazuza


Capítulo 2
Bom dia, flor do dia


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a menina (que não gravei o nome, sorry) por comentar logo no primeiro cap ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/659319/chapter/2

P.O.V Annabeth Chase

E eu estava correndo, correndo e correndo. Não conseguia parar de correr.

O estranho era que eu não estava correndo de nada, nem de ninguém. E sim atrás de alguém.

Eu não conseguia enxergar direito, por estar em movimento e por causa de toda a neblina da noite em volta da gente. Aliás, estávamos em uma floresta sem fim. Mas aparentemente, era uma garota.

Estatura média, pele bem branca e cabelos loiros ondulados, assim como eu.

Ela parecia assustada, e eu me sentia determinada. Determinada a alcançá-la para, depois... eu não sei o que aconteceria depois. Não sabia quem era a garota, por que estava correndo de mim ou por que eu estaria correndo atrás dela. Muitas dúvidas, nenhuma resposta.

Ela corria desesperadamente sem olhar pra trás. O que estava acontecendo? O que eu deveria querer com ela? Ou por que ela estaria fugindo de mim?

(...)

Eram sempre as mesmas perguntas, durante 1 mês inteiro. Sim, eu estava tendo o mesmo sonho durante 1 mês e não sabia nada sobre o que ele poderia significar. Toda noite era a mesma coisa, eu correndo atrás da garota sem conseguir alcançá-la.

Não era atoa que eu estava sempre acordando cansada, como se tivesse acabado de correr em uma maratona. E eu sempre acordava com a respiração ofegante, suando, fora a cara de quem não dormiu a noite inteira. Meus irmãos no chalé ficavam preocupados, mas eu os assegurava que estava bem.

E eu realmente estava, a adrenalina passava em menos de 2 minutos e meu corpo estava funcionando bem de novo. Menos a cabeça. Eu não conseguia entender o que esse sonho estava tentando dizer pra mim, e isso me enlouquecia.

— Annie?

Meus pensamentos foram interrompidos por uma voz masculina, mas doce, da qual eu gostava muito.

— Posso entrar? — Percy estava na entrada, segurando a porta e olhando pra mim. Eu tentava assimilar o movimento dos meus irmãos pra lá e pra cá pelo chalé e a imagem do meu namorado parado na porta contra a luz.

— Entra — falei, sentando na cama e esfregando os olhos —, que horas são?

— Qualquer coisa aí. — disse Percy, com uma cara de quem não fazia ideia do que estava dizendo. Aliás, a cara de sempre.

— São 9h22, Annie. — disse uma irmã minha que passava pela gente.

— Eu perdi o café? — perguntei, arregalando os olhos e dando um tapa no braço de Percy.

— Ai, ow! — ele gritou — Por que você me bateu?

— Por que você não veio me chamar?

— Eu vim, mas você estava dormindo que nem pedra então eu preferi não te atrapalhar.

— Ok, ok. Eu preciso tomar um banho e organizar minhas coisas, posso te encontrar nos campos de morango em 40 minutos? — perguntei, olhando pra ele.

— Você que manda. — Percy piscou, comprimentou os outros e saiu do chalé.

Fui fazer o básico: tomei banho, escovei os dentes e penteei o cabelo, em seguida sentei na cama.

— O que você tem, Annie? — perguntou Melany (Mel), uma irmã minha que chegara ali no último verão, enquanto sentava ao meu lado na cama.

— Eu estou tendo sonhos péssimos, Mel. — suspirei. — Mas depois te conto com calma, agora tenho que ir ver o Percy. — disse, levantando e arrumando a cama para poder sair.

— Tudo bem, mas não vai comer nada?

— Eu cuido disso depois, obrigada pela preocupação. — terminei a frase já gritando, do lado de fora do chalé.

O caminho do chalé 6 aos campos de morango não é nem curto, nem longo. Comprimentei vários campistas pelo caminho e ainda tive de explicar para alguns o motivo de não ter aparecido no café da manhã. Mas quando cheguei perto de uma árvore ao lado dos campos de morango, lá estava Percy, me esperando pacientemente.

— Bom dia, flor do dia. — disse Percy com uma voz engraçada.

— Uma hora dessa, Cabeça-de-Alga? — eu respondi enquanto sentava no chão e ele riu.

— Aqui, sirva-se. — Percy colocou no meio de nós dois, uma cesta de piquenique, que eu não tinha reparado que estava ali até aquele momento. — Não é um piquenique nem nada, é só porque eu sabia que você ia sair do chalé e vir direto pra cá, sem comer nada.

— Obrigada, Percy. — agradeci enquanto abria a cesta e já pegava um sanduíche, mordendo-o com toda vontade do mundo. Eu estava faminta.

— Acordando ofegante, fisicamente e psicologicamente mais cansada do que o normal e faminta. Não quer me explicar? — disse Percy, enquanto me observava morder outro sanduíche e tomar um gole de suco.

— Eu já te expliquei, Percy. — Engoli o que estava na boca. — É aquela coisa com o sonho em que eu corro atrás de uma garota que eu não faço a mínima ideia de quem seja. O fato é, eu sempre acordo exausta. Eu não aguento mais isso.

— Isso é muito estranho, mas você sabe... estamos acostumados com coisas estranhas, ainda mais sonhos. — disse Percy, segurando minha mão. — O que é realmente bizarro nisso, é o sonho estar demorando tanto pra ser entendido. Você está quase 1 mês sonhando com isso e até agora, nada.

— Já fez um mês.

—Pois é, isso é terrível. — Percy acariciava minha mão enquanto olhava pro nada.

— Mas essa noite teve algo diferente, Percy... Eu ouvi vozes. — quando ele pareceu acordar do "transe" e começar a prestar atenção em mim, continuei — Eram várias coisas sendo ditas, ou melhor, gritadas ao mesmo tempo. Mas eu consegui reconhecer uma voz e entender o que outra dizia.

— E...? — disse Percy, esperançoso por um final.

— A voz que eu reconheci era a minha, gritando enquanto corria atrás dela.

— Só gritando ou você falava alguma coisa?

— Só gritando. Mas eu não estava com medo, desesperada ou com raiva, Percy. Eu parecia gritar tentando protegê-la, eu senti isso.

— Sei... — disse Percy, agora fitando seu olhar no além. É um cabeça-de-alga mesmo. — E a outra voz, o que você entendeu ela dizer?

— Era como um sussurro, desesperado e sombrio. Ele repetia "salve Luna Scott, salve Luna Scott".

Percy me olhou estranho, parecendo entender a situação.

— Quem é Luna Scott, Annie?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Percabeth peoplesss! Hahahhah



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "E na frieza dos meus braços..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.