A Força do Amor escrita por Ana Ackles


Capítulo 3
Ainda na casa de Bobby




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Ao ouvir estas palavras, Dean caiu de joelhos, pois sabia que eram verdadeiras. Lampejos de lembranças atravessavam sua mente. Deus aproximou-se e olhou em seus olhos. Acariciou a sua face como um pai amoroso. Com carinho o levantou, envolvendo seu corpo num abraço cheio de saudade. De suas mãos, surgiu uma espada, que parecia ter sido fabricada do mais puro ouro, mas não era de nenhum metal conhecido na terra. Ao segurá-la, Dean sentiu uma grande energia invadindo seu ser.

Deus sorriu e perguntou:

— Está preparado para dizer sim a quem você é?

Dean estava pela primeira vez sem palavras. De repente ele era um anjo, um dos seres que em seu conceito eram uns babacas presunçosos. Afinal, esta fora a experiência que ele tinha com os anjos na Terra.

Mas Deus estava esperando a sua resposta, pois era necessário não um sim, mas a aceitação. E Dean, sabia dessa condição. Apenas assentiu com a cabeça, pois o processo seria doloroso. Deus tocou o peito de Dean e uma grande luz de um branco brilhoso foi surgindo deste toque.

Quando essa grande luz cessou, Dean não se encontrava mais presente.

— Onde ele está? — Exclamou Bobby, que observava tudo calado.

— Ele é um general. Está organizando seus planos de ação. Logo ele estará aqui.

De repente, ventos fortes atravessaram a sala, luzes piscaram e algumas explodiram. A porta se abriu sozinha e Dean entrou. Em seu olhar e em seu jeito de caminhar havia algo diferente, uma segurança que apenas os homens que realmente sabem o que querem e até onde querem chegar possuem.

— Uhhh! Estava com saudade dessas entradas!

Deus sorriu.

— Seja bem-vindo, meu filho!

Dean aproximou-se e, como nos velhos tempos, ajoelhou-se, beijando a mão direita de Deus.

— Senhor! Que seja feita a vossa vontade!

Dean/Miguel caminha em direção a Bobby, e o velho caçador, pergunta curioso:

— Como devo chamá-lo agora: Dean ou Miguel?

— Você pode me chamar de Dean, Miguel, Idiota, cabeça dura, princesa, do que quiser.

— Então o que a princesa ainda não me tirou desta cadeira!

— Engraçado, estamos pronto para ir a luta e o que ainda está fazendo sentado ai? Está ficando velho!

Dean/Miguel estendeu a mão para Bobby, que o puxou para um abraço, cheio de amor para aquele que foi, é e sempre será seu pai de coração.

Aproximou-se de Cas e o abraçou. Assim como o abraço começou terminou.

— Chega de sentimentalismo.

— Sabe, Miguel, você continua tão Dean!

— Obrigado Cas!

Dean/Miguel concentrou-se e apareceram Zacharias e Rafael. Zacharias, surpreso, perguntou:

— Miguel! Como conseguiu que o cabeça-dura do Dean dissesse sim?

— Me admira muito, você Rafael, andar com um babaca desses, apesar de não ficar atrás!

— Miguel... Seu vocabulário piorou muito, irmão.

Quando Zacharias percebeu o que estava acontecendo, com arrogância quis tomar a frente:

— Bem! Chega de papo furado. Temos muita coisa para fazer. Esta cada vez mais tarde para agirmos e mandarmos de volta o nosso revoltado...

— CHEGA! Posso estar encarnado, Zac, mais ainda sou seu superior! Eu os chamei porque precisamos encontrar Sam antes dele dizer sim, caso contrário, a destruição será maior e os planos de Deus mais difíceis de serem executados.

— Senhor! Estamos prontos.

— Miguel! Sabe o que tem de fazer. Bobby ficará aqui comigo, recebendo algumas instruções.

Bobby quis protestar, mas Deus o olhou e disse:

— Você é uma das principais armas para que meu plano dê certo.

Bobby olhou para Dean/Miguel.

— Olha moleque, se cuida! Não vai achando que é o maioral e se distrair.

— Claro! Bobby! E eu não sabia dessa intimidade toda com chefão ai!!

— Miguel!

— Sim, meu pai!

— Está preparado? Sabe o que tem a fazer? Lembre que a certeza está em seu coração, pois só assim sairá vencedor.

— Sim, para todas as perguntas. Até a volta!

 

Detroit — Do lado de fora do depósito em que viram a ultima vez Sam.

 

— Miguel. Como vamos encontrá-lo, pois está a prova de anjos?

— Não se preocupe Cas, a força de nosso sangue será mais forte. Tenho que achá-lo e terei apenas uma chance de tirá-lo de junto de Lúcifer. E não poderei sair do prédio. A missão de vocês é não deixá-lo sair e impedir que nos ache. O que tenho de fazer irá me deixar temporariamente fraco. Sei que será muito difícil, mas confio em vocês.  E em você também, Zac!

Dean/Miguel se concentrou procurando perceber a presença de Sam. Quando encontrou o local, se transportou imediatamente, surgindo ao lado de seu irmão. Tomado pela surpresa, Lúcifer não teve nenhuma reação, pois da mesma maneira que Miguel entrou saiu levando Sam consigo.

Sam se assustou e encarou aquele que parecia seu irmão, mas estava tão diferente.

Dean/Miguel disse com um sorriso nós lábios:

— Olá, maninho?

Sam fechou os olhos.

— Dean disse sim para você, Miguel, por minha causa?

— Sam, não é bem assim. Eu sou Dean, mas também sou o Miguel.  Não dá para contar historinhas para bebê dormir agora. Tem apenas que confiar em mim.

— Deve ser mesmo o Dean. Continua mandão — Respondeu Sam e parecia magoado com a falta de explicação do irmão.

— Qual é, Sammy!? Precisamos resolver isso logo, antes que seja tarde, mas necessito de sua confiança. O processo será doloroso e depois vou precisar de sua proteção! — E sorrindo acrescentou — Terá a oportunidade de cuidar de mim maninho.

— O que eu tenho que fazer?

— Nada, apenas confiar.

Dean/Miguel puxou a faca da Ruby, olhou nos olhos do irmão e na altura do  peito rasgou sua camisa. Sam olhou assustado e Dean/Miguel repetiu:

— Confia, pois já sabe do meu amor. Nunca faria mal a você.

Sam relaxou e Dean/Miguel abriu um profundo corte em direção de seu coração, fazendo escorrer uma grande quantidade de sangue.

Dean/Miguel colocou a mão na ferida aberta e com outro braço segurou seu irmão.

Sam sentiu seu coração bater tão rápido como se estivesse drenando algo de fora para dentro do seu corpo. E o que fosse, entrava queimando, causando uma dor insuportável. Com força, tentava empurrar o seu irmão, que durante o processo o olhava com carinho. Parecia dizer “agüenta que já vai passar”. Desistindo de lutar, também o abraçou fortemente. Aos poucos, aquela sensação ia passando e quando aliviou de vez, percebeu que o forte abraço de seu irmão cedera. Se não o estivesse abraçando, este cairia.

— Dean!!

— Vou ficar bem, maninho, não se preocupe!

Neste momento a porta do compartimento onde se encontravam abriu e Lúcifer se aproximou rapidamente. E Dean/Miguel que perde a vida, mas não a piada diz: 

— Acho que está na hora de se preocupar, Sam!

— E aí, mano, não vai abraçar seu irmão?


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