Prisão de Daulin-

Localizada na dimensão dos Demons, no castelo de Daulin, havia uma prisão para todos os Dashers capturados que seriam condenados para uso de seu sangue, que era usado para fazer armas, poções, remédios, e muitos outros materiais.

Um dia antes, dois Dashers completamente diferentes um do outro foram capturados. Um deles foi pego no território Jumper coletando estrelas, o outro, já foi pego numa floresta próximo a base Deadlocked dando tantos pulos que foi quase impossível captura-lo.

Os dois foram colocados na mesma cela na forma de cubo. Aquela cela bloqueava qualquer tipo de tecnologia Dasher. Levaram os equipamentos dos dois e os esconderam nos fundos do castelo. A temperatura beirava o insuportável.

–Cara, esse lugar é mais quente que o inferno. -Disse o caçador, tentando se manter vivo diante do calor que aumentava cada vez mais. Ele tinha a LennyFace, pulava mais alto que qualquer um. Olhos vermelhos, e pele branca. Tinha uns 25 anos como Derek e Stephen.

O mais longe possível do outro, o jovem tímido com uns 20 anos se mantinha quieto. Era do modelo The One, Pele vermelha com o resto do corpo branco. Pulava bem alto e ficava 1-2 segundos no ar, mas nem se comparava ao outro.

–Nem me fale, estou morrendo de calor. -Disse o jovem tentando resistir ao clima.

–Ainda bem que eles não devem nos dar comida até amanhã. A comida deles é horrível. E de comida eu entendo... -Retrucou o Caçador.

Houve um grande silêncio.

–Ei cara, acho que precisamos arrumar um jeito de não sermos mortos amanhã.

–E o que você pretende fazer? -Perguntou o jovem.

–Eu não sei... Talvez possamos convencer eles de que somos Demons como eles.

–Sério? Não temos nada a ver com eles! Eles são completamente negros enquanto eu sou vermelho e você é branco!

O outro fez uma cara parecida com '-'.

–Bem, se tivesse ao menos lama aqui agente poderia se disfarçar, já que a lama daqui é preta também.

Houve um grande silêncio, daqueles quando ninguém tem assunto.

–Ei, escute: Já que concerteza vamos acabar morrendo amanhã, não seria melhor você falar comigo?

Nenhuma reação. O jovem apenas virou os olhos para o lado olhando pela grade da janela.

–Certo. Eu tenho muita sorte mesmo: Estou esperando uma viagem para o céu, numa cela tão quente que parece Mercúrio, com um Herobrine que parece que se banhou com sangue.

–E você, que parece filho do The Vault com essa cara de paspalho.

–Eu sou filho do The Vault, mas quem tem cara de paspalho é você com esses olhos de Herobrine...

–HEIN? V-Você é filho do The Vault?

–Sim... Nada de mais...

O outro se interessou e começou a olhar fixamente para ele.

–Ele não é o Demon sem chifres, que é filho adotado de Daulin, é?

–Na verdade, é exatamente ele.

–Nossa... Não é atoa que você tem essa cara de paspalho.

O outro já estava cansado do companheiro de cela, chato de galocha.

–Eu juro que só não corto sua língua fora porque estou sem minha faca!

–Nossa... Que agressivo em.

O outro pensou em ir até ele, mas escolheu respirar fundo e se acalmar...

Mais uma doze de silêncio.

–Então cara, sem querer me intrometer na sua vida mas... Como foi que te capturaram? Bem, o que estava fazendo antes de te pegarem? -Perguntou o Caçador de estrelas, sem assunto.

–Eu estava tentando passar pela Deadlocked Base.

–Avá?

–É sério! Mas pelo menos não estava procurando estrelas em Jumper...

–Ao menos é melhor do que tentar ultrapassar Deadlocked.

Houve silêncio.

–E Depois?

–Depois do que?

–Depois que disse que estava tentando ultrapassar a base Deadlocked.

–Bem, eu consegui chegar no final e derrotar o Deadlock, mas quando fui pegar o robô o Diabo do Demon se recuperou e me nocauteou, e quando acordei eu vim parar aqui nessa dimensão.

–Eles te prenderam quando chegou?

–Não, basicamente eu parei numa floresta negra cheia de armadilhas. Depois que eu consegui sair dela eu enfrentei alguns Demons e os servos do Daulin descobriram que eu era um Dasher e me prenderam aqui.

–Nossa, ao menos você se divertiu um pouco. Eu quando cheguei nesse lugar maldito já estava dentro dessa prisão.

–Pois é, que azar.

Os dois olharam para baixo, considerando a dureza de um prisioneiro.

–Merda... -Disseram os dois ao mesmo tempo.

O caçador levantou e foi até as grades da cela gritar.

–Ei seus sem coração! Usar nosso sangue vocês querem né? Mas na hora de servir um copo d'água...

O jovem levantou e foi igualmente até a grades da cela, mas ao invés de berrar, emitiu sons em uma língua Demoníaca.

Na mesma hora um Demon Guard apareceu e bateu nas grades com uma espécie de lança. Os dois se afastaram e então o guarda foi embora.

–O que você fez?! Irritou ele mais ainda?

–Eu disse a ele que você está ficando louco e ia acabar morrendo de fome.

–Boa ideia! Falar isso pra quem ta afim de sugar todo nosso sangue e usar os restos no churrasco!

Dois guardas apareceram, um com várias chaves na mão e outro trazendo um prato de comida e uma jarra de água com dois copos. Um destrancou a cela e o outro deixou a jarra e o prato de comida.

O Caçador saltou sobre a jarra colocando água num dos copos, o outro que estava morrendo de fome foi direto para o prato de comida. Salada, feijão com arroz e carne de um animal que era melhor nem saber qual.

–Cara valew mesmo, já não conseguia nem falar mais.

–Sei...Sei...

Depois eles trocaram entre sí o prato de comida e a água.

–Ufa! Pelo menos vou morrer sem fome. -Disse o Caçador de estrelas bebendo mais um pouco d'água.

–Cara, tenha fé! Nem parece que você é filho do The Vault. -Disse o outro, comendo o resto da comida.

–Eu sou, mas diante do que vai acontecer amanhã eu nem penso em continuar vivendo...

–Não esquenta cara, eu vou pensar em alguma coisa pra nos salvar amanhã.

O outro se virou e olhou para ele.

–É bom você conseguir mesmo, porque mesmo lá no fundo eu ainda tenho um pouco de fé.

–E se eu não conseguir?

–Bom ai você vai descobrir o que o The Vault pode fazer.

Os dois começaram a rir, como se não fossem morrer no dia seguinte.

–Eu acho que essa é a única coisa de que rimos hoje, não é? -Comentou o caçador.

–É, acho que sim.

O Caçador levantou e foi até o jovem, estendo a mão robótica para ele.

–Eu sou Delvoid.

O jovem ficou surpreso, e apertou a mão estendida.

–Tamerio.

O outro estranhou o nome.

–"Tamerio"? -Comentou- Dúvido que esse Daulin tenha descoberto que você é um Dasher com esse nome...

–Quer saber? Eu também estranhei como ele descobriu...

Os dois começaram a rir novamente. Aquela amizade improvável iría se estabelecer algum dia e gerar dois parçeiros. Dois amigos. Dois companheiros.

Dois Heróis.