Natasha acordara naquele dia bem tranquila, acreditando que seus amigos não tivessem aprontando nada, então ela se levantou e foi mexer no computador, para navegar sem nenhum objetivo, apenas procurar coisas novas e sites diferentes, mas isso também a pegou desprevenida, porque não esperava encontrar o que encontrara.

Natasha ligou o computador enquanto tomava um gole do precioso café dos vingadores e abriu uma página do navegador, pronta para para pesquisar qualquer coisa sem importância, e foi o que fez, porém ela digitara algo errado e a página que carregara era outra. Ela xingou baixinho, indo concertar o erro, porém algo a parou.

Quando Natasha olhou sem querer para o primeiro link que aparecia na tela e engasgou, ficando subitamente interessada, ela leu: O segredo de Maria Hill, a ex vice-diretora da Shield.

Sem perder tempo, Natasha clicou para entrar naquela página, ela não conseguiria conter a curiosidade do que teria naquela página, nem se quisesse. Qual é, não se podia se julgar, não era todo dia que havia um possível segredo desconhecido de sua ex-chefe, vice-diretora de uma agencia tão grande.

Porém, quando a página carrega, o que aparece na tela é: Para continuar, deve-se digitar a senha, para confirmar sua autorização. E mais abaixo. Página proibida.

Natasha bufa e abaixa a cabeça, claro que não seria livre para qualquer um entrar e ler, provavelmente a própria Hill teria bloqueado aquilo. Ela sabia alguns macetes que funcionavam para hackear a Shield e duvidava que com aquele site fosse diferente, mas demoraria mais do que esperava, tempo que ela iria gastar, porque estava em expectativa.

—Ok.- disse para se mesma, estalando os dedos e começando seu trabalho. Ficara ali cerca de duas horas inteiras, então ela  começou a baixar um programa que seria necessário para ler a matéria e ficou encarando a tela por mais uma hora, ficando com raiva por não ter nenhum avanço. Estava prestes a explodir quando o computador mostrou 1% carregado, deixando ela feliz com uma pontada de esperança, mas dois segundos depois, voltou a 0%.

—Você só pode estar brincando comigo!- ela quase gritou. A tela debachou: Hahaha.- Inacreditável!

Natasha saiu da cozinha, onde estava antes, e foi para um corredor, onde viu Clint e Sam passando por ela aos sussurros, foi aí que percebeu que estavam tramando alguma coisa. Ela olhou para trás, depois que eles passaram por ela, desconfiada, e os vê indo para o elevador, então se escondeu, esperando eles entrarem.

Eles entraram e sumiram de sua vista, ela esperou para ver para onde eles estavam indo, olhando onde o elevador estava.

Terraço.

Ela entrou no elevador e os seguiu, ela queria descobrir o que eles estavam fazendo, porque eles faziam muita bagunça juntos, mas como era dever dela cuidar deles, ela tinha que ficar no pé, sempre atenta. Quando saiu do elevador, viu Sam e Clint com os braços esticados e com um gavião e um falcão. Ambos a olharam com uma olhar assustado por serem pegos. Natasha leva um segundo para entender e fechar a cara, em uma expressão amedrontadora e realmente não-feliz.

—O que isso significa?- ela pediu explicações dos dois, saindo do elevador, que ainda pareciam assustados.

—N-nós...- Sam olhou para Clint enquanto tentava dizer algo.

—Vocês....

—Nós... compramos...- Clint apontou o gavião que estava em seu braço.

—Eu vi.- ela falou, brava, intimidando-os mais ainda.- Quero saber como, por que e quem deixou!

—A gente olhou em um site...- Sam abaixou a cabeça.

—Porque nós somos gavião e falcão e temos um gavião e um falcão.- Clint parecia prestes a chorar apenas com o olhar dela.

—-E quem deixou? Eles ao menos têm uma autorização legal?- Natasha pergunta.

—Não?- Clint respondeu, com dúvida se devia ou não falar.

—E a minha permissão? Vocês tem?- ela os olhou de cima, com a cabeça levantada.

—N-não.- Sam, respondeu.

—Pois bem, o que acha que eu devo fazer com vocês?- Natasha cruza os braços, séria. Ninguém responde.- E como sempre, eu vou ter que resolver. Vou doar esses bichos para o zoológico de Nova York.- ela decidiu, recebendo os olhares alarmados dos dois.- Nem vem! Vocês não podem manter isso aqui. A mídia vai gostar de nos ver doando duas aves para o zoológico.

—Mas... A gente quer um bichinho.- Clint murmurou baixinho. Natasha ficou com uma pontinha de dó, mas não podia ceder aqueles bichos para eles, porque se fizesse isso, teria que ceder várias outras coisas aos outros e além da torre virar uma bagunça maior ainda, ela perderia a autoridade e o controle deles.

—Não!- Ela afirmou.- Agora deixem esses bichos presos e desçam, tenho que ir falar com o Tony sobre como vamos doá-los.- Natasha esperou os dois, para ter certeza de que fariam o que mandara.

Ela falou com Tony e foi verificar se o programa estava baixado, porém ainda faltava carregar 70%. Ele suspirou.

—Nat...- Clint chegou nela, enquanto ela verificava o computador.- Eu queria um bichinho.

Natasha olhou para ele. Não permitiria que eles tivessem duas aves predadoras e selvagens em uma torre no centro de Nova York, mas nada impedia que eles tivessem algum mascote. Ela olhou para o relógio e depois para a tela do computador: Vai com ele, eu vou demorar.

Natasha bufa com a mensagem, batendo a mão na testa, tamanha impaciência.

—Ok, olha, o que acha de eu dar um pintinho para você e para o Sam?- ela propôs e Clint olhou para ela com brilho nos olhos.- Mas só se você prometer cuidar deles direitinho.

—Eu prometo, prometo!- ele respondeu.

—Vai chamar o Sam.- ela mandou.- Vamos ao petshop.- Clint desapareceu outra vez e ela olhou para o computador, mostrando 31%, ela sorri, se apoiando na bancada, mas então volta para 30%: Hahaha... vocês sempre caem nessa, acha mesmo que vou ser rápido?

Ela saiu batendo o pé, então o computador fala com a voz robótica:- Esses humanos... Hahaha... são tão bobinhos.

Clint e Sam surgem na sua frente e ela os leva para o petshop, onde os dois quase têm um treco com tantos bichos que tinha para eles verem. Natasha teve que puxá-los pelos corredores de gaiolas até o balcão de atendimento para conseguir pedir que um atendente os atendesse.

—Venham por aqui.- ele mostrou o caminho até a gaiola de pintinhos que se pisoteavam o tempo todo. Clint e Sam toda hora apontavam um diferente, dizendo que queria os mesmo.

—Decidam-se.- ela revirou os olhos, cansada de ficar ali. Eles levaram mais cinco minutos até se decidirem, então eles pagaram os animais e a comida. Natasha teve que brigar para eles não abrirem a caixa com os pintinhos no carro, se não teria que ouvir Tony gritando por terem sujado seu carro.

Chegando na torre, Natasha deixou Sam e Clint brincarem com os novos bichinhos e foi verificar o computador mais uma vez. Ficou feliz de ver a barrinha quase toda verde, faltava apenas 1%, então ela pegou o notebook e o levou para o quarto, deixando-o aberto na cama e indo tomar um banho. Quando voltou, a página estava aberta.

Natasha ficara tão empolgada, que se sentara ainda de toalha no chão, lendo:

A renomada Maria Hill possue um segredo... blábláblá... Ela nasceu na Canadá, que foi onde cresceu e passou a adolescência, porém, seu segredos está ligado à sua terra natal: Maria Hill fora uma estrela pop famosa no Canadá, durante sua adolescência, mais conhecida como Robin Sparkles, sua música mais famosa, que a fez subir aos palcos e abriu espaço para seu próprio programa de televisão (programa infantil), foi Let's go to the mall.

Depois de sua decadência, após lançar a música classificada como proibida para menores de dezoito, Ps I love you, começou a investir em uma carreira profissional mais séria. Quando adulta, tentou a carreira de jornalista. Tentara trabalhar em um programa asiático, porém se demitiu, pois não era a linha de trabalho que queria, então conseguiu um emprego nos EUA, que passava durante a noite, seu colega apresentava o programa sem cueca. Ela também pegara a fama de ser a garota do "mas é...", que virou uma brincadeira entre os universitários, pois sempre que ela dizia isso, eles tomavam um gole de bebida.....

A notícia continuava, porém Natasha não conseguia absorver mais nada, seu queixo estava caído. Só podia ser verdade, se não fosse, não seria tão difícil acessar a página. Ela rolou para baixo e viu os videos ali, que comprovavam a verdade: O clipe de Let's go to the mall, Ps: I love you, do programa infantil que fizera e dos noticiários que ela apresentara.

Meia hora depois, Natasha conseguira se recuperar, então riu. Riu alto e com gosto. Nunca pensara que Maria fizera tudo aquilo. Ela não sabia se devia ligar para ela e dizer alguma coisa sobre o assunto, não sabia se devia esperar ela vir para a torre para trabalhar na manhã seguinte. O que Natasha sabia era que não iria deixar aquilo passar.

Decidiu que esperaria a outra no dia seguinte, depois de assistir todos os videos chorando de tanto rir.

Logo de manhã, Natasha se levantou sorrindo e desceu para o andar comunal, esperando a hora de Maria chegar, enquanto via Clint vigiar os pintinhos atentamente, então seguiu para a sala da mesma, entrando sem permissão, chamando a atenção da outra para si, Natasha bateu a mão de leve na mesa e disse:

—Eu descobri tudo.- então, deixou o pen drive com os videos na mesa e saiu deixando Maria intrigada para atrás.

Na hora do almoço, Natasha fez a música Let's go to the mall tocar no ponto comunicativo dela mais de dez vezes e no final do dia, Maria a puxou num canto.

—Nunca conte isso para ninguém.- ela falou.- Te dou quantos shwarmas quiser.

—Não quero shwarma, mas se maltratar o Sam, eu posto tudo no youtube!- Natasha avisou.

Natasha escapou de Maria e voltou para a sala e ficou vendo seus dois meninos brincando e dando comida para os bichinhos. Clint era quem mais cuidava, pois ele prometera que cuidaria deles para ela. Ela percebera aquilo e ficara feliz por ter comprado os pintinhos para eles. Ela também estava contente por descobrir uma maneira de controlar, mesmo que um pouco, Maria, pois ela não estava bem no seu controle, já que ela ser uma espiã e isso queria dizer que se Maria machucasse Sam, não poderia fazer quase nada para impedir ou se vingar. Agora, o namoro dos dois estava mais seguro.

Era engraçado, porque aquelas músicas não eram realmente ruins, ela pensou, enquanto cantarolava outra vez Let's go to the mall e ria sozinha.