Percy Jackson Filmes escrita por JkTorçani


Capítulo 18
Preciso de Companhia




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Ponto de Vista de Tyson

 

 

Meus dias na floresta eram... bem, dias.

Continuava a andar por aí, sem rumo. Dormindo dentro de cavernas pequenas, bebendo água dos rios e tentando conversar com os animais. A única certeza que eu tinha era que estava indo para o sul, e de alguma forma isso parecia certo.

Mas a todo momento eu me sentia... solitário, talvez porque estivesse mesmo. Sejamos sinceros, quem iria querer acompanhar um ciclope, mesmo dócil, que mal consegue capturar um esquilo para comer, sendo obrigado a viver comendo frutos das árvores em uma viagem sem destino pelas montanhas do estado de Nova York? Ninguém, seria a resposta certa. Mas...

Eu queria ter amigos que me fizessem companhia...

Algo que eu nunca tive e nem sabia se algum dia teria. A vida para um ciclope nunca é fácil. Já nascemos solitários no mundo, sem família. Nunca conheci minha mãe, nem sei seu nome, só sei que ela era uma ninfa do mar, por isso eu nasci e cresci perto de uma praia. Mas sempre sozinho. Pelo menos fisicamente.

Meu pai olha por mim. Poseidon olha por mim. Sei que ele é meu pai porque ele me disse, não pessoalmente, mas escutei a voz dele na minha cabeça. Eu nunca o conheci, não sei como ele é, e apenas o ouvi umas três vezes. Mas ele me escuta, minhas orações a ele... uma ideia cruzou minha mente. Estou pensando em conversar com meu pai, talvez pedir alguns amigos. Poseidon é muito legal, tenho certeza que não seria difícil para ele, ele é um deus. Eu só teria que ir até o mar, ou até mesmo um rio. Agora eu tinha um novo objetivo.

Passei uma hora andando descendo pela montanha, ainda para o sul. Encontrar um rio, ou lago não seria complicado. Por ser filho do deus do mar, sempre sentia quando havia água por perto, juntando isso à minha super audição que poderia escutar as correntezas de um rio, e o meu olfato apurado que identificava o cheiro de brisa marítima, caso o mar estivesse perto. E esses sentidos estavam em alerta agora. Indo em linha reta, por dois quilômetros mais ou menos, eu encontraria o que procuro. Ou não. Vai depender do humor de meu pai.

Olhando no horizonte, podia-se notar que o dia ainda estava pela metade. Um dia de verão.

Caminhando por vinte minutos, encontrei um riacho. Isso iria servir. Adoro riachos, são tão belos e limpos. Esse era cheio de pedras cobertas de musgo em volta, sombreado pelas diversas árvores ao redor.

Me aproximei da beira e agachei tocando as pontas dos dedos na água, que estava fria. Olhei para o meu reflexo. Cabelos dreadlocks embaraçados e espalhados para os lados, um óculos Ray Ban enorme e preto no meio do rosto. Os óculos eram apenas por precaução, impedia que os mortais saíssem correndo ao ver meu único olho azul. Tirei o Ray Ban, com sorte ninguém se aproximaria. Afundei a mão direita na água, isso iria ajudar na comunicação. Imaginei estar segurando a mão de Poseidon.

— Pai, não sei se pode me ouvir, mas ultimamente a vida silvestre tem estado meio... solitária. Queria amigos. Tudo deve ser mais divertido com amigos... então pai, será que você poderia me dar alguém para acompanhar, para eu não me sentir mais sozinho – pedi por tudo isso com a mão ainda na água. Eu não tinha a menor ideia se Poseidon me escutou, mas eu tentei – Pai? Senhor Poseidon? – dois minutos se passaram, suspirei e tirei a mão da água – tudo bem pai, estou feliz que pelo menos eu tenho você.

Me levantei olhando para a água. Continuaria meu caminho, mesmo ele sendo solitário. Antes que pudesse me virar, uma coisa começou a brilhar na água, e em um milissegundo eu já estava agachado de novo com a mão dentro do riacho. Parecia que o brilho estava no fundo, até eu entender o que acabou de acontecer...

Conversei com meu o pai e agora tenho um tridente sobre a minha cabeça. Acho que vou ter que segui-lo...

Pelo que eu sabia, o tridente era o símbolo de Poseidon, e esse aqui brilhava com uma luz azul ainda por cima. Eu o seguiria, esse é o sinal do meu pai, ele ouviu meu pedido.

O tridente brilhante começou a se mover para o sul. A direção que eu sempre tomava. Espero que ele esteja me guiando até os amigos que eu tanto anseio, e não que ele seja o meu amigo de viagem. Vagar por ai falando com um tridente mágico brilhoso não seria divertido.


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