Percy Jackson Filmes escrita por JkTorçani


Capítulo 17
Decepções




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Ponto de Vista de Percy

 

Acordei ao som do maldito despertador. Maldita hora que eu comprei essa coisa.

Só comprei porque o maldito do... quer dizer, o Grover me aconselhou a fazer isso, assim Annabeth não pegaria tanto no meu pé. Mas já havia passado da hora de jogar esse despertador fora. Tirei as pilhas dele e coloquei-as dentro da gaveta da cômoda ao lado da minha cama.

Suspirei.

Me sentei na cama esfregando os olhos, já eram seis horas. Não deveria ter ido dormir tão tarde ontem. Mas não poderia voltar a dormir agora, olhei em volta do quarto, meu tablet estava carregando a bateria com um pequeno gerador de energia em cima da cômoda que ficava do outro lado do aposento. Eu queria ficar o dia todo na cama, jogando Angry Harpies e não ir para a aula. Mas Annabeth me mataria se fizesse isso, no mínimo ela ficaria muito chateada, já havia prometido à ela que não faria de novo. E de todo jeito ela apareceria por aqui, e me arrastaria para tomar café da manhã e ir à aula logo depois.

Então minhas opções são ir para aula ou a aula vir para mim.

Levantei da cama para lavar o rosto e escovar os dentes. Hoje o dia seria cheio.

Às 8:00 o Estudo da Mitologia acabou. Uma aula incrivelmente maçante sobre como eram divididas as sociedades na Grécia Antiga. Pelo menos Annabeth se sentou ao meu lado, assim poderia admira-la fingindo que estava prestando atenção em sua explicação sobre a democracia de Atenas.

Depois do treinamento em arremesso de lanças e facas, fui até a Casa Grande. Conversei com Quíron e sinto que ele está decepcionado comigo por algum motivo. Não foi um papo demorado, mas mesmo assim...

Quando estava saindo do escritório dele percebi uma escada empoeirada levando a algum tipo de sótão. O centauro estava atrás de mim, devia ter percebido a minha curiosidade.

— Já deve ter ouvido falar do oráculo, talvez nas aulas ou por seus amigos – disse ele.

— Sim – concordei – mas não sabia que ele ficava lá em cima. Achei que talvez tivessem um santuário escondido para ele.

Quíron sorriu.

— Bem, talvez antes fosse uma boa ideia. Agora não faz nem sequer sentido colocar o corpo dele em um lugar assim. O oráculo gosta de ficar lá em cima – informou o centauro.

— Quando vou visita-lo? – perguntei.

— Você quer saber quando receberá uma missão. Bem, uma vez lá fora porque não várias, não é mesmo? Terá que esperar a sua hora. Ela virá – respondeu Quíron.

— Como pode ter tanta certeza? – perguntei.

Quíron não respondeu de imediato. Olhou para a escadaria primeiro. Depois voltou sua atenção para mim.

— Um pressentimento, eu diria – respondeu ele.

Franzi a testa. Um pressentimento?

Antes que pudesse fazer qualquer outra pergunta, Sr. D entrou na Casa Grande.

— Quíron, as pestes... digo, os filhos de Hermes fizeram uma baderna de novo no refeitório. Para mim já chega. Se eu for lá, vou acabar lançando uma maldição em alguém...

— Tudo bem, Dionísio. Eu vou – se voluntariou Quíron suspirando, depois se virou para mim – Percy, você também deve ir, está na hora do almoço.

— Certo – concordei.

No refeitório, conversei com Grover e com Annabeth.

— Como você sabe que Quíron está decepcionado com você? – perguntou Grover.

— Eu não sei, cara. Eu só... senti – respondi aos dois. Mais para Grover do que Annabeth, pois ela olhava para os lados como se a conversa fosse um completo tédio – Annabeth?

— Hum? – perguntou ela se virando para mim. A expressão distraída dela parecia um tanto forçada.

— Tudo bem? – perguntei para ela.

— Ah, sim, sim. Eu só estava pensando em alguns pontos estratégicos para colocar a bandeira no próximo Capture a Bandeira – respondeu ela.

— Certo... – ponderei – você tem falado com Quíron ultimamente?

— Hã, sim. Anteontem conversei com ele – respondeu ela.

— E como ele estava? – perguntei. Gostaria de saber se é paranoia minha ou ele está estranho apenas comigo mesmo.

— Curioso – respondeu ela.

— Curioso? Como assim? – perguntei a ela.

— Assim, do jeito que você está com essas perguntas – respondeu Annabeth. Ela viu que suspirei com a resposta dela – Curioso sobre Luke.

— Luke? – exclamei um pouco alto demais. Olhei ao redor para ver se alguém havia escutado a menção do nome. Ninguém. Baixei meu tom de voz – O que sobre Luke?

— Como eu estava me sentindo sobre ele. Sobre a traição dele. Disse a verdade a Quíron, disse que não esperava algo daquilo – respondeu ela enquanto analisava uma colher. Grover apenas observava. Ele e Annabeth conheciam Luke à seis anos. Às vezes, quando raramente escuto algum campista falando sobre Luke para Annabeth, presto atenção extra em sua reação. Não que eu sentisse ciúmes de seja lá o que tinha entre eles no passado, Grover afirmava que pelo que ele sabia, nunca houve nada, mas fico pensando como ela se sente agora em relação a ele. Quíron também estava curioso sobre isso, ao que parece. Mas não deve ter extraído muita coisa, pois mesmo conhecendo Annabeth à cinco meses, sei que ela é uma pessoa um pouco fechada.

— Ah, bem. Acho que ninguém esperava – disse à ela, que me fitou com seus olhos azuis brilhantes.

— Sabe, talvez eu tenha mencionado que você não anda bem nas atividades – informou ela.

Olhei para Grover, depois voltei a atenção em Annabeth.

— Você... você falou sobre mim com Quíron? Por quê? – perguntei.

— Precisava de um conselho, sobre o que eu posso fazer por você – respondeu ela – e não me importo se você vai ficar bravo comigo por isso.

— Eu não estou bravo – disse eu ligeiramente bravo. Annabeth ergueu as sobrancelhas – eu só... ah...

— Cara, ela só quer ajudar você – disse Grover convicto.

— Eu sei... – tentei começar, mas Annabeth me interrompeu.

— Eu não vou voltar a falar com Quíron sobre você, se quiser.

Pensei por um instante. Ela havia tentado encontrar uma forma de me ajudar, e foi sincera ao contar o que havia feito. Não tinha porque abrir uma discussão sobre isso.

— Tudo bem, Annabeth. Sério. Obrigado por querer me ajudar – disse à ela passando minha mão por cima da mesa para segurar a dela. Ela sorriu e acariciou as costas da minha mão com o polegar.

Grover ficou observando a cena com um sorriso a beira de malicioso, depois me lançou uma piscadela. Annabeth percebeu isso e soltou a minha mão.

— Bem, ainda temos aulas hoje, Percy. Vamos? – perguntou Annabeth se levantando do banco.

— Ah, sim – respondi, virei para Grover – nós já vamos, cara.

Ele me lançou a mesma piscadela significativa.

— Sei que vão – disse ele.

Reprimi um sorriso e sai seguindo Annabeth até a sala de Grego Antigo.

Que bom teria sido se tivéssemos ido o caminho todo de mãos dadas.


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Notas finais do capítulo

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