Loop - Feitiço do Tempo escrita por Sebastian Benkor


Capítulo 12
Indomodo


Notas iniciais do capítulo

Segundo capitulo dessa season 2 de Loop. Tenho reservado muitas surpresas para vocês, então fiquem atentos que a qualquer momento tudo pode acontecer...



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— A Incrivelmente talentosa Sierra Mendes continua sua turnê para promover seu mais novo filme. A atriz Hollywoodiana que já ganhou prêmios pelo mundo todo diz estar animada para revisitar sua terra natal, Santa Maria. - Diz uma repórter na TV que se encontrava na cozinha da casa de Tom. A empregada prepara o café quando ele desce as escadas correndo.

— Tom, seu café. - Diz a empregada rechonchuda de pele morena e sotaque engraçado.

— To atrasado, dormi demais. - Ele passa correndo pela cozinha, pega uma maçã e da um beijo no rosto da empregada. — Até mais Mercedes. - Tom sai correndo de casa e entra no carro de Edu que estava parado logo na entrada.

— Onde você estava ontem? - Diz Edu dando a partida no carro

— Detenção, um idiota falando na aula e o professor mandou nós dois para a detenção. E a Emily, ela está bem?

— Não consegui vê-la, a mãe dela não me deixou entrar. Vamos à festa da boate Secret?

— Hoje?

— É, sair um pouco de casa, conhecer pessoas. Ainda lembra o que é isso? - Ironiza Edu virando a esquina da faculdade.

— Acho que não, vou passar na casa da Emily, ver se consigo falar com ela.

— Boa sorte. Espera, não é ela ali? - Edu aponta para uma ruiva subindo as escadas da faculdade. Os dois descem do carro e entram apressados na faculdade, seguem o corredor ao encontro de Emily que estava parada em frente a um quadro de lembretes. - Ei, o que houve com você!?

— Você tá melhor? - Pergunta Tom com um olhar profundo na tentativa de analisá-la.

— Estou sim. - Diz ela olhando para Tom, como se respondesse a mais de uma pergunta. - Eu só não estava muito afim de vir a aula ontem.

— Já está matando aula no primeiro dia. - Brinca Edu.

— Eu posso, tenho nota pra isso, não posso dizer o mesmo de você. - Emily rebate rindo.

— Se os dois forem começar a se beijar me avisa que eu não quero assistir. - Diz Tom se afastando e sendo seguido pelos dois amigos.

— Emily, convence essa preguiça a ir a Secret hoje. - Diz Edu se posicionando ao lado esquerdo de Tom.

— Hoje é terça. - Diz a ruiva se posicionando no lado direito de Tom.

— Qual o problema? A escola toda vai.

— Você já fez amizades no primeiro dia de aula? - Pergunta Tom.

— Ele é o Edu, deve ter feito amizades no final de semana antes das aulas. - Ironiza Emily.

— Cada um luta com as armas que tem. - Diz Edu e é interrompido pelo sinal tocando. - Me confirmem sobre a boate, busco vocês em casa. - Ele complementa se despedindo. Tom e Emily acenam os braços para ele e se viram cada um para uma sala. Ao entrar, Tom logo avista o mesmo garoto que o havia mandado para a detenção na aula anterior. Sem ter mais onde sentar, Tom senta-se no mesmo lugar, atrás do jovem.

— Oi. - Diz o garoto, mas Tom não lhe da atenção e começa a pegar suas coisas na mochila. - Eu sei que não deve querer falar comigo, mas só queria me desculpar por ontem.

— Eu posso começar minha aula ou terei que mandar as meninas para a detenção novamente. - Diz o professor colocando sua pasta em cima da mesa.

— Pode sim professor, está tudo bem. - Responde o jovem.

— Pois bem, vamos voltar da parte em que paramos ontem... - Diz o professor se virando para o quadro onde começou a fazer anotações.

 

O sinal toca marcando o final das aulas. Tom se encaminha até seu armário para guardar suas coisas quando avista seu colega de classe vindo em sua direção, ele logo fecha o armário e começa a andar em passos acelerados na direção contraria.

— Ei, espera! - Diz o garoto se aproximando de Tom e andando junto a ele. - Vi que estava com dúvidas na última aula, se quiser eu posso te ajudar. - Tom o ignora e continua em passos acelerados. - Você não pode continuar sem falar comigo só por causa de ontem.

— Por que essa perseguição toda? Não vê que eu não tenho interesse em conversar? - Tom para e se vira para o garoto. - Por que continua falando comigo?

— Eu só estou tentando fazer amizade, sou novo na cidade e não conheço ninguém. Prazer, eu sou Bernardo. - O garoto lhe estende a mão com um enorme sorriso no rosto. Mesmo relutante, Tom aperta sua mão.

— Prazer. Agora tchau! - Tom se vira novamente em direção a saída da faculdade, deixando Bernardo sozinho no meio do corredor. Ao sair, ele avista o carro de Edu parado bem em frente ao prédio a lhe esperar junto de Emily.

— Você demorou, pensei que estava na detenção de novo. - Diz Edu enquanto Tom se aproxima do automóvel.

— Você é exagerado, eu nem demorei tanto assim. - Diz Tom se sentando no banco do carona. Edu arranca com o carro e os três começam a conversar. A primeira casa que Edu chega é a de Tom.

— Passo aqui as 22h para írmos pra boate. - Tom não o responde enquanto desce do carro e entra em casa. Edu segue com seu carro até a casa de Emily, mas quando a ruiva pensa em descer do carro, ele trava as portas.

— Sequestro agora!? - Ironiza Emily.

— Estamos bem?

— Depende da sua definição de bem.

— Você não atende minhas ligações e nem retorna minhas mensagens, sei que da última vez que nos falamos eu fui um idiota de novo, mas você sabe que eu te amo.

— Na verdade eu não sei. - O tom de Emily muda e ela o encara nos olhos. - Porque ouço suas palavras, mas essa é a única forma de amor que eu sinto vindo de você, e preciso mais que isso.

— O que você quer de mim, Emily? - Ele aproxima seu corpo do dela e também encara seus olhos. - Me diz o que você quer que eu faça e eu farei. - Ele abaixa a cabeça e continua. - Eu sinto tanto a sua falta.

— Eu também sinto muito a sua falta Edu. - Ela respira fundo e tenta ser forte. - Mas eu sinto falta do Edu que eu conhecia. - A ruiva consegue destravar a porta e então desce do carro deixando Edu sozinho.

 

O carro de Edu para na porta da boate, ele desce seguido de Tom e Emily. Os três entram na boate ignorando a enorme fila que aguardava para entrar no estabelecimento. No interior do local, a movimentação de inúmeros jovens somente era vista pelo movimento das luzes coloridas que preenchia o salão. Logo que entrou, Edu já foi puxado por um grupo de garotos que o ovacionava. Não demorou muito para Tom e Emily se sentirem deslocados, os dois se encaminharam para o bar da boate. Ao chegar, Tom esbarra em Victória que carregava duas bebidas coloridas na direção contrária, ela o ignora completamente e vai para a área VIP, onde entra sem mostrar qualquer identificação, ela se encaminha até uma mesa onde encontra um homem negro alto de cabeça raspada e vestes justas incrivelmente coloridas. Ela oferece-lhe o segundo copo, a medida em que pega o copo de sua mão, Victória coloca o seu em cima da mesa. Ela pega um canudo de cima da mesa, coloca uma extremidade em seu nariz e a outra na mesa, e de uma vez ela inala todo o pó branco que ali estava. Suas pupilas se dilatam e um sorriso bobo se estende por todo o seu rosto, ela logo puxa seu amigo pelo braço e os dois se encaminham para a pista de dança. Victória dançava incansavelmente até que uma menina a abordou meio constrangida.

— Com licença! - Sua voz fraca tenta chamar a atenção de Victória, mas a loira a ignora. - Victória. - Insiste a moça e Vi se vira.

— Fala rápido. - Diz Victória sem parar de dançar.

— Eu sou uma grande fã sua, poderia tirar uma foto comigo?

— Você não vê que eu estou dançando? Não me perturba! - Victória termina de falar e se vira novamente para seu amigo.

— Amiga, sua louca. - Diz o amigo rindo. - Você agora é uma celebridade, tem que tratar bem seus fãs.

— Que saco isso em Kaio. - Ela revira os olhos e se vira sorridente para a menina que confusa não sabia como reagir. - Eu to brincando, é claro que eu posso tirar uma foto. - Logo a fã se animou, entregou o celular para Kaio e abraçou Victória com um sorriso no rosto. Kaio tirou a foto e devolveu o celular para a jovem, que logo agradeceu e retirou-se.

— Aí, minha amiga, uma celebridade. - Suspirou Kaio.

— Preguiça disso, vamos sair daqui. - Ela voltou até sua mesa e bebeu a bebida de uma vez, pegou a bolsa e saiu em direção ao fundo da boate. A jovem vestiu uma jaqueta preta com detalhes rosa enquanto cruzava um corredor cinza repleto de pessoas se pegando, um segurança abriu a porta para que eles saíssem. Ao sair pegou um cigarro em sua bolsa e o acendeu. Chegando a rua principal eles encontraram vários motoqueiros parados, ela montou na moto de um deles e eles saíram pela noite a dentro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado. Críticas, sugestões ou dúvidas é só deixar uma mensagem para mim. Eu adoro Feedback :D



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