Loop - Feitiço do Tempo escrita por Sebastian Benkor


Capítulo 11
O mesmo de sempre


Notas iniciais do capítulo

Vooooltei. Um pequeno hiatus mas já estou de volta com a season 2 que particularmente está imperdível. Apreciem e não esqueçam de deixar um comentário...



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Em uma floresta densa e úmida no interior da amazônia, uma mulher corre descalça com um vestido preto completamente rasgado e arranhões por todo corpo. Logo em seguida um homem a segue, usando um sobretudo de couro preto que cobre toda a extensão de seu corpo, com exceção da cabeça que é coberta por uma cabeça de urso tão milimetricamente perfeita que parece real. Ele gira uma corrente de ferro e arremessa nas pernas da moça que cai no chão sentindo as pernas queimando. O homem a arrasta para uma pequena cabana que se encontrava ali perto, amarra com cordas em uma cadeira e joga as mesmas correntes sobre o seu corpo fazendo todas as partes em que o ferro toca ficarem vermelhas.

— Você aprendeu alguns truques. - Disse a mulher com voz ofegante porém um sorriso no rosto.

— Para caçar coisas como você eu tive que me adaptar. - Ele respondeu puxando uma cadeira e sentando a sua frente.

— Deixa eu adivinhar, você enfeitiçou as correntes? E a julgar pelo tapete horrível, deve ter uma marca de sangue aí em baixo o que impossibilita de me localizarem.

— Eu fiz a lição de casa, agora vamos as perguntas Irlanda. O que você estava fazendo na floresta?

— Você sabe, o de sempre, colhendo ervas, dançando nua em volta da fogueira, brincando sobe a lua cheia. - Diz a morena enquanto ri debochadamente. Ele joga um pano enrolado no chão, o abre e dentro há vários frascos e instrumentos cirúrgicos. Ele pega um líquido vermelho e pinga pequenas gotas na mão da feiticeira que começa a gritar. - Sério? Isso é baixo até para você. - Disse ela com dificuldades enquanto sua mão queimava. Ele não esboça reação, apenas pinga mais um pouco do líquido na moça que torna a gritar. - Eu acho que estou com um pouco de sede, pode me dar um gole? - Ela debocha entre dentes o que o irrita a ponto de se levantar e chutar a cadeira para trás, ameaça jogar o líquido em seu rosto porém seu telefone toca interrompendo. Ele sai do casebre para falar ao telefone. A jovem vira sua cadeira para o lado e derruba as correntes. Com muita dificuldade ela quebra seu pulso a fim de tirar as cordas e em seguida desamarra os pés, depois ajeita o pulso novamente e ele volta para o lugar e quase que imediatamente todas as suas queimaduras saram. Então ela rapidamente checa os frascos que o homem deixou no chão e começa a misturá-los em um só até que ele entra na casa novamente e ela arremessa o frasco no chão causando uma enorme explosão que a possibilita fugir floresta a dentro.



O sinal toca, fazendo com que os corredores da faculdade de Santa Maria se encham de estudantes. Todos saem de suas salas para a troca de turmas e é quando Edu avista Tom pegando seus livros em um armário.

— Viu a Emily? - Pergunta Edu ao se aproximar de Tom.

— A última vez que a vi foi na sexta, mas ela não retorna minhas ligações.

— Ela não apareceu na faculdade hoje, vou passar na casa dela depois da aula, você vem comigo?

— Pode ser. - Responde Tom fechando seu armário e se virando para sair quando Edu segura seu braço.

— Estamos bem? - Indaga Edu.

— Estamos sim. - Tom responde sem se virar. - Tenho que ir pra aula. - Edu lhe solta e ele entra em uma sala próxima ao seu armário, se senta em uma carteira próxima a janela e começa a fitar as poucas nuvens no céu enquanto a sala se enche de estudantes.

— Oi, você pode me emprestar a sua borracha. - Disse um garoto de pele branca e cabelos negros encaracolados que estava sentado a sua frente. Tom estava tão disperso que mal notou sua presença então o garoto o beliscou no braço.

— Aí, você me beliscou. - Disse Tom esfregando o braço.

— Foi mal, você parecia estar dormindo.

— O que você quer?

— A borracha, pode me emprestar?

— É o primeiro dia de aula. Quem não tem uma borracha no primeiro dia de aula?!

— Eu perdi a minha. Vai me emprestar?

— Talvez as meninas queiram começar as apresentações. - Disse um homem de calça social bege e uma blusa branca recostado na grande mesa a frente de um quadro branco. Todos na sala voltam seus olhares a Tom e seu novo colega de turma, a distração dos dois deixou passar que a aula já havia começado.

— Me desculpe senhor... - Tom repara na apresentação de seu novo professor escrito na lousa atrás dele. - Matthew. - Ele completa. - Meu novo colega apenas me pediu uma borracha emprestada.

— É o primeiro dia de aula. - Rebate o professor com tom de ironia.

— Sim. É o primeiro dia de aula, mas eu perdi a minha borracha, eu só preciso de uma borracha. - Diz o garoto se levantando e a turma rindo e cochichando.

— Por que você não pega a minha? - Disse o professor pegando uma borracha em sua gaveta e lhe estendendo a mão. O garoto vai até ele constrangido e pega a borracha, no momento que toca na mão do professor, ele completa. - Aproveita e usa ela na detenção.

— Por causa de uma borracha? - Disse o jovem indignado.

— Você está atrapalhando o andamento da minha aula, e não existe segundas chances meu jovem. - O garoto sai resmungando e ao chegar na porta o professor continua. - Espere! - Ele para e se vira. - Leve seu colega com você. Tom não ousa questionar, apenas se levanta e se encaminha a saída.

— Eu não acredito que ele fez isso! - Diz o jovem indignado enquanto os dois cruzam os corredores.

— Por que você ainda está falando? - Diz Tom tentando achar a sala da detenção. Até que o garoto para a sua frente e o detém com a mão.

— Ei, aquele cara é um idiota, não tinha porque fazer aquilo.

— Não! - Tom bate em sua mão para abaixá-la. - Você é o idiota e eu não estaria nessa situação se você não tivesse falado comigo. - Ele entra na sala ao lado escrito "detenção" na porta.

 

O sinal toca novamente e Edu sai de sua sala e se encaminha a saída junto a todos os alunos, ele para nas escadas de acesso a faculdade onde espera por Tom. Todos os alunos passam por Edu, exceto seu amigo, ele tenta ligar para Tom porém seu celular só da desligado. Ele então desiste e entra em seu carro até a casa de Emily. Toca a campainha quando uma mulher baixa e robusta abre a porta.

— Bom dia senhora Tomps. A Emily está?

— Olha Edu, eu não sei... - Antes que ela pudesse completar ele a interrompe.

— Eu juro que é assunto acadêmico. - Ele abre sua mochila e pega uma folha. - Olha, como ela não foi hoje, eu tomei a liberdade de pegar os horários dela.

— Deixa que eu a entrego. - A senhora Tomps pega o papel de sua mão.

— Não, é que eu também... - Ela não o deixa completar.

— Edu, eu sinto muito, mas ela não quer visitas, eu digo que você esteve aqui. - Ele consente com a cabeça e ela fecha a porta, sobe as escadas e bate a porta de Emily.

— Entra! - Grita a ruiva enxugando as lágrimas. Sua mãe entra no quarto e coloca o papel sobe a mesa enquanto senta na cama ao seu lado.

— Como você está?

— To bem. - Responde a ruiva.

— Ainda está assim por conta da sua madrinha?

— Não, eu só não estava muito bem para ir a aula hoje. - Diz a ruiva abraçada a um travesseiro enquanto fita pela janela Edu entrar em seu carro e ir embora. - Ele veio sozinho

— Veio, trouxe sua grade de horários, tem certeza que não quer falar com ele?

— Tenho, amanhã eu faço isso.

— Filha, você.... - Emily a interrompe.

— Mãe, eu to bem. - Diz a ruiva olhando para sua mãe e esboçando um sorriso. A mulher então lhe da um abraço, sai e fecha a porta.

 

À noite cai. Em uma casa branca no ponto mais distante da cidade, uma mulher com vestes rasgadas e completamente suja de terra abre o portão sem muita dificuldade e com ar de cansada, encosta sua cabeça na porta vermelha da casa, ela começa a bater pausadamente por alguns minutos até que um mordomo a abre. Ela entra na casa o empurrando e segue até o salão central.

— Iam! - Ela grita e ele desce as escadas.

— O que é que está acontecendo aqui?! - Ele para de reclamar ao avistar a moça. - Irlanda? O que houve com você?

— Ele está atrás de mim.

— Ele quem!?

— O caçador!

— E você o trouxe para cá!?

— Eu não tive escolha, ele ia me matar

— Tudo bem. Bartolomeu! - Ele grita.

— Sim senhor Ford. - Responde o mordomo.

— Leve-a para cima e a acomode em seu antigo quarto.

— Sim senhor.

— Não se preocupe Irlanda, eu não irei deixar que nada aconteça a minha filha. - Diz Iam a jovem e então ela sobe as escadas com o mordomo.


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Notas finais do capítulo

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