The New Start escrita por SparrowJackson


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oie gente! Espero que gostem.



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Henry POV

Sempre soube que um dia teria que me sacrificar por esse país e me casar. Só não esperava que fosse tão cedo e com a pessoa mais chata dessa face da terra. Era um quinta-feira, quando sai do escritório dos meus pais com a notícia. Meus pais sempre foram bons comigo, liberais. Eles não me julgam nem me criticam pelas coisas que faço fora do castelo. Mas parece que dessa vez eu exagerei.

_Filho, sei que não gosta de compromissos, nunca te proibi de namorar quem quisesse, você sempre fez o que quis. Nem quando as pobres garotas tentavam desesperadamente entrar no palácio, eu te proibi de fazer qualquer coisa. Você é um adolescente, um dia você vai ter que crescer e assumir as responsabilidades que seu cargo pede. Para você podem existir muitos contras, mas peço que te acha pelo menos um motivo a favor para isso.

Quando minha mãe começa com esse discurso, sei que vem bomba. O que tem de errado em um homem de 21 anos aproveitando sua vida? O que eles vem de tão errado nisso?

_Henry, tentamos o máximo que podíamos para atrasar isso, porque sabemos que você não quer, mas você terá que se casar. Depois da sua última notícia nas revistas e a pobre filha do Conde, todos as propostas de casamento que você possuíam, foram retiradas.

Por um momento sorri, e pude me sentir alegre. Era exatamente isso que queria. Mas sempre existe um mas.

_Mas, a Princesa Daphne, terminou seu noivado e eles estão desesperados por uma aliança. Eles vem no domingo. O casamento ocorro no próximo sábado, esteja preparado.

Só tem uma pessoa que poderia me ajudar, e mesmo assim, as chances eram mínimas.

Lyra sempre foi minha melhor amiga. Tenho certeza que ela não concorda com a afirmação e ela provavelmente me odeia. Com todos os motivos. Ela sempre foi a garota perfeita ao olhos dos adultos. Linda, inteligente, educada e tudo mais. Por isso ela me irrita.

Eu sou o príncipe herdeiro do trono, mas mesmo assim não consigo fazer com que as pessoas gostem de mim. As pessoas na corte sempre saíam discretamente na hora que chegava, quando era criança. Com o passar do tempo, comecei a dar motivos para que me odiassem. Se é para terem ódio de mim, pelo menos tem que ter um bom motivo. Por isso quando a filhinha milionário chegou no palácio para comemorar seu aniversário e esquecer a morte da mãe, eu pirei.

Todos sentiam pena, simpatia e a davam presentes. Todos queriam falar com ela, todos pareciam gostar dela. Nunca deixaria que alguém como ela ganhasse mais atenção do que eu. Então, no dia seguinte, cortei alguns fios do carro que ela usaria até o cemitério, e torci para que fossem importante a ponto do carro não funcionar. Ele parou no meio do caminho e ela perdeu o velório.

Irrita-la virou um hábito.

Lyra não estava em casa. O velhinho teria que me perdoar, fiz aquilo por um bem maior. Assim que ela começou a gritar e a jogar todas as verdades na minha cara, me senti sujo, um idiota por estar lá. Sabia que tinha feito coisas ruins, mas não esperava que ela tivesse levado tão a sério.Tinha a esperança de que ela fosse louca, e me ajudasse. Eu era só uma criança, não sabia as coisas que fazia. Penso em desistir, encontrar algum outro jeito de terminar com o casamento, mas não consigo. Preciso dela.

Minhas desculpas foram sinceras, mas não estava com muito tempo para sentimentalismo. Arriscaria com seu plano bobo, se isso significasse receber sua ajuda. Queria ela ao meu lado uma última vez. Não sei o que deu em mim quando a beijei, estava fora de mim. Não sei nem se aquilo poderia ser considerado um beijo. Mas admito, sempre quis ter a coragem de fazer isso, mesmo que recebesse um tapa depois. Essa é a reação que esperava dela. Nunca imaginei que ela fosse sorrir e corar. Eu não poderia amar Lyra Nixen. Eu não amo. Resolvo esquecer que isso aconteceu. Deixei claro que não tinha significado nada. Lyra não poderia estar apaixonada por mim, poderia? Não depois de tudo que fiz a ela. Fiz uma promessa, e ficarei ao seu lado o máximo de tempo que posso, então, nossos caminhos se separarão.

A família real francesa chegou domingo de manhã e fiz o máximo que pude para me esconder o dia inteiro. Meus pais inventaram uma desculpa diferente para cada família real que passava pela porta, para explicar o porque de não estar lá para recebe-los.

Já eram 23h e espero na entrada nos criados por Lyra e Louisa. Elas estão atrasadas. Será que elas não sabem o quão importante isso é? Acordo dos meus pensamentos por uma limusine parando.

A primeira garota sai e abro minha boca de susto. Não podia acreditar que aquela garota é realmente Lyra. Não sei sobre essas coisas de garotas, mas ela está simplesmente magnífica. Seu vestido destaca seus olhos que brilham como duas pedras preciosas. Fico a encarando por alguns segundos ate que Louisa grita ao meu lado.

_Me desculpem. É que você estão maravilhosas.

Louisa revirou os olhos e tenho certeza que Lyra corou. O que isso significa?

_Celeste está indo para a porta principal?- pergunto tentando disfarçar minha vergonha.

_Sim. Assim que chegar ela vai enrolar os pais de Daphne para que você saia com ela.- Lyra responde.

_Então todo mundo se lembra do plano?- pergunto.

_ Claro. Comer e dançar. Fácil.- Louisa responde rindo. Tem alguma coisa nessa garota. Ela me parece familiar.

Mamãe dessa vez se superou com a decoração. Totalmente dourada e azul. O salão já está lotado. Algumas crianças correm pela pista de dança, mas a maioria se divide em grupos enquanto conversam falsamente. Celeste, já em posição, pisca e sei que está na hora de ir até a princesa francesa, mas a família real de Illea tinha que aparecer para estragar.

Fui encurralado pelo Rei Clarkson e sua adorável mulher, que não lembro o nome. Eu não gosto desse rei, sempre tão interesseiro. Preciso sair dali rápido.

_Mas mesmo com a guerra e tudo o que está acontecendo...

_Ah querido, ele é um jovem, em seu baile de noivado, não o perturbe com esses assuntos, ele não quer te ouvir- interrompeu a rainha com um sorriso.

Escondi minha risada. A cara do rei não era bonita, acho que ele não gosta de ser interrompido, ou que riam dele. Tive a esperança de que com esse desfecho poderia inventar uma desculpa e sair dali, mas nada dá certo para mim.

_Maxon, querido, venha conhecer o príncipe- A rainha virou para trás e chamou um homem, um pouco mais novo do que eu que veio em minha direção ao lado de uma mulher. Lady Kriss, a ganhadora da seleção.

Estendi minha mão e o cumprimentei.

_Você que é o príncipe que escolhe as plebeias não é? Como você é sortudo! Quero uma para mim- digo rindo- Para falar a verdade, acho que tem uma selecionada aqui, a modelo, Celeste Newsome.

Não sei de quem a cara de pavor foi pior, do Rei, do Principe ou da sua noiva. Maxon engasgou e perguntou onde ela estava. Apontei para qualquer direção,com esperança de que os distraia. Preciso encontrar Louisa nessa multidão e mandar que ela me tire daqui. Ela está na mesa de doces, claro. Quando ela finalmente olhou para mim, tentei dizer as palavras “me ajuda”. Torço para que ela seja ótima em linguagem labial, ou que tenha percebido meu olhar de desespero. Cade ela? Porque não chegou ainda? Rei Clarkson foi o primeiro a se virar para mim, carrancudo, dizendo que não a tinha encontrado.

_Boa noite- disse fazendo uma reverência perfeita- mas seu pai está te chamando Principe Henry, ele diz que é importante.

Graças a deus. Beijo sua bochecha e sussurro um obrigada. Louisa manteria eles ocupados.

Encontrar Daphne foi fácil. Estava dançando. Encontrei em seu ombro e pedi permissão para sua dupla e juntos começamos a rodopiar pela pista.

_ Sei que parece inconveniente pedir isso. Mas será que poderíamos conversar em um lugar mais quieto? Vamos nos casar semana que vem e eu me sinto como um completo estranho para você. Poderíamos começar a nos conhecer. Por exemplo, acredito que você adore dançar, porque você é muito boa. Merece um parceiro melhor que eu.

Ela riu. Seu sorriso é bonito.

_Você não é tão ruim assim. Mas também acho que devíamos nos conhecer, pelo menos um pouco.

Sugeri o jardim e de mãos dadas andamos até uma parte afastada, onde ninguém poderia ouvir.

Lyra estava deitada no banco, parecia morrer de tédio.

_Estão atrasados.- disse brava.

_Tive uns imprevistos.

_O que está acontecendo? Quem é essa Henry?

Olhei para Lyra relutante.

_Conta a verdade.

Suas palavras de incentivo não adiantaram.

_Não podemos esquecer isso e fazer do meu jeito? - pergunto esperançoso

Sua resposta foi um simples não, como esperado. Expulsei Lyra do banco e sentei ao lado de Daphe.

_Eu estava ai, seu ridículo. - Lyra reclamou.

A olhei com cara de que dizia “Serio que você quer discutir isso? ”e me virei para a francesa.

_ Daphne, entenda, por favor, mas eu não posso se casar com você. Eu não a amo, e mesmo se amasse, não sei se algum dia seria capaz de me comprometer de um jeito assim. Por favor, pare esse casamento comigo e podemos viver nossas vidas.-supliquei.

_Não. -Daphne respondeu friamente- Me desculpem.

_Foi isso então. Ela disse não. Vamos voltar para a festa!- digo começando a me levantar.

_Senta ai cabeça de vendo!- diz me empurrando de volta.

_Daphne, por favor, eu te imploro, nós te imploramos- e me puxa para o chão- porque você quer se casar? Porque aguentar uma vida inteira ao lado dessa coisa?- disse apontando para mim- Não quer se casar com quem realmente ama? Realizar todos os seus sonhos ao lado da pessoa que quer passar o resto da sua vida? Construir uma família?

Daphne pareceu considerar por um momento e então se levantou.

_O homem que amo, está hoje, aqui, com os braços ao redor da cintura de outra mulher. Então sim, eu quero me casar com ele, passar o resto dos meus dias ao seu lado, mas isso não é mais possível. Já perdi um amor, não recebo a chance de outro.- diz chorando- Me desculpem por estragar a chance de vocês ficarem juntos, mas é minha única opção- continua enquanto corre entre flores e árvores.

O silêncio prevaleceu enquanto andávamos de volta para o palácio.

_Me desculpe, por não ter conseguido. Por não ter sido suficiente para convence-la.- digo quebrando o silêncio.

_A culpa não é sua. Você só tentou me ajudar. Só fez o que sempre tem feito desde que nos conhecemos, concertando meus erros. Eu devo tudo a você, embora mostre minha gratidão de um jeito estranho e irritante, tudo o que fiz com você foi para que ficasse perto de você, apesar de não parecer, eu te considero minha amiga. Eu me preocupo com você. A única pessoa que ainda fala comigo sem ser minha família. Obrigada.

Lyra está estática, acho que ela se assustou com tudo o que disse.

_Essa é a parte que você diz “de nada”- digo rindo

_Ah claro! Eu nem sei o que dizer, nunca esperei ouvir essas palavras. Saiba que eu te perdoo. Por tudo o que fez. E, eu me preocupo com você também , senão não estaria aqui hoje.

Antes que ela pudesse terminar de falar, a beijo. Não como da outra vez, um beijo de verdade. Tudo aquilo que sempre quis, mas que agora não fazem mais sentido. Não era calmo nem ___, foi intenso e caloroso. Te-la em meus braços, mesmo que por poucos segundos, foi mais do que poderia pedir.

_Tinha que fazer isso direito pelo menos uma vez antes de dizer adeus- digo e vou embora, sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! até sexta.



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