Camomila escrita por MsBrightside


Capítulo 3
EP 1 — O Diário de Rosa: Atemporal.


Notas iniciais do capítulo

Olá coisinhas lindas, tudo bom com vocês?!
É, eu sei que demorei MUITO, mas vocês sabem como é tudo isso de fim de ano, logo depois foi meu aniversário e com isso, fiquei um bloqueio enorme.
Sei que algumas pessoas irão querer me matar pelo tamanho do capítulo, mas espera, eu tenho como explicar. Eu sempre quis fazer capítulos com as páginas dos diários da Rosa e eu sempre irei postá-los próximo do novo capítulo mesmo que irá por vir. Logo, se estou postando esse agora é porque não irei tardar em postar mais um. É só mais um instrumento para vocês entenderem mais a história e tal. Eu espero que gostem e caso não e queiram fazer alguma objeção, sintam-se livres para isso!



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15 de Abril de 2008.

 Aos poucos, eu entendia o conceito de felicidade.

Felicidade não é uma condição de estar ou não, na verdade, ela é constituída de lapsos de momentos bons que fazem seu coração se sentir cheio — temporariamente — de sensações boas e esperança. Por exemplo, estou escrevendo enquanto bebo uma xícara de chá tão quente que me faz sentir protegida por dentro. Isso me deixa feliz.

Porém, sei que amanhã não estarei tão feliz ao ter que fazer tudo novamente. A mesma cafeteria, o mesmo uniforme idiota — o qual parece ter saído de um sexshop — e os mesmos clientes que alternam seus estados mentais mais que suas cuecas. Exceto um, que torna todo aquele expediente menos horripilante.

No começo, ele se sentava, pedia chá e derramava em sua mesa o pacote daquelas balas de gelatinas. Ele as espalhava e começava a anotar várias coisas que para mim pareciam ser aleatórias. Dias depois eu espiei seu bloco de notas enquanto ele ia ao banheiro e percebi que eram conceitos sobre psicologia. Dias depois ele me explicou cada um deles e agora, às cinco da tarde era certo dele sempre bater na porta. Ele parecia misterioso de um jeito bom, como aqueles doces com surpresa dentro. Eu queria conhecê-lo melhor e a cada dia tinha certeza disso.

De qualquer forma, eu precisava dar um jeito em minha vida. Eu não vim para essa cidade tão grande e barulhenta em vão, eu precisava viver o que todos chamam de juventude. Infelizmente, cada vez mais eu percebo que isso tudo pode ser um mito e fico assustada, uma fantasia assim é muito bonita para ser só o que seu próprio nome diz: uma fantasia.

Hoje à tarde eu resolvi caminhar na areia quentinha da praia, eu me sinto confortável. É impressionante como o tempo aqui é louco, mas tem algo bonito disso. Quando admiro as peculiaridades a minha volta, lembro do misterioso aspirante a psicólogo e seus dizeres sobre minhas qualidades de apreciar o obsoleto. De qualquer forma, eu adoro o jeito como ele ressalta as coisas boas em mim.

Minha irmã Eva continua tentando me atacar com acusações idiotas e eu tento não me importar, sabe? Não gosto de causar problemas. Porém, cada dia ela me surpreende mais com tanta violência e voracidade, eu definitivamente não gosto disso. Eu sei que posso ter errado com ela, mas somos tão novas, temos o mesmo sangue correndo nas veias. Não posso dizer que é obrigação dela me perdoar por ter beijado o Daniel, mas isso não importa mais. De qualquer maneira, eles teriam que terminar, não acha? Abandonamos o nordeste e eu sei que ela não manteria relacionamentos por distância.

Ela disse que ele era o amor de sua vida e confesso que quando penso nisso, machuca meu coração. É o tipo de coisa que devemos levar a sério, a vida só se torna o que é depois que entregamos o nosso coração a alguém e recebemos outro de volta. Antes disso, tudo é bem embaçado e sem importância. Será que eu estraguei isso para ela? Sinceramente, eu não sei. Mas sei o que dizem sobre ervas daninhas e como elas se multiplicam...

 

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada!



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