Máfia Malfoy escrita por Gnoma de Marte, Jazzie


Capítulo 6
♦ Ele não me merece, mas merece.


Notas iniciais do capítulo

Notas bem rapidinhas: desculpem a demora e esse capítulo, que ficou pequeno e só com uma cena. Nos próximos vou recompensar vocês.
Não respondi os comentários ainda e eu vou fazer isso antes de postar o próximo.
Não odeiem a Rose, porque acreditem, a fanfic tem alguns fatos reais e a Rose (não me matem) é uma personagem que relata mais ou menos, o que eu já fiz por um boy (céus, que vergonha)
Eu escrevi esse capítulo AGORA (o antigo eu achei péssimo) e nem corrigi. Faço isso mais tarde. Beijos

Sejam apresentados aos inícios dos talentos, amores da minha life ♥
Boa leitura. Jazzie ♥



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Anna e Scarlett me prenderam dentro do vestiário sonserino e nem pelas janelinhas eu conseguia enxergar o que eles faziam do lado de fora.

Tentei arrombar a porta com o ombro, mas o máximo que consegui foi deixá-lo latejando. Subi em uma privada e nem assim consegui visualizar o que eles estavam fazendo com meu príncipe.

— Sossega, diabo! — Scarlett berrou abrindo a porta, quando eu tentei a derrubar pela terceira vez.

— Ele não vale o esforço, gata. — Anna disse, enfiando a cabeça na porta também.

— Me deixe ver o que ele quer, por favor. — implorei.

— Está avisada. — Scarlett decretou, batendo a porta com extrema força.

Com toda a raiva que eu tinha em mim, fiz o que nunca me imaginei fazendo: eu dei um acesso de gritos. Eu sequer sei se isso existe, mas sei que comecei a berrar, usando toda a força que eu tinha. Queria que arrebentassem a cara de Oscar, mas também queria sufoca-lo de beijos. Queria assassinar Jhulie, Scarlett, Anna e Scorpius, mas os três últimos, eu também queria guardá-los num potinho por tentarem me proteger.

Quando me assustei, Scarlett e Anna estavam com a porta aberta e as duas me olhavam como se eu fosse uma louca. Parei de gritar e arrumei a postura, sentindo a onda da vergonha quase me matar engasgada.

— Está melhor? — Anna perguntou, sorrindo amigável.

— Acho que sim. — resmunguei, respirando fundo.

— Vamos nos encontrar com eles, venha. — Scarlett agarrou minha mão e Anna pegou a outra, nos fazendo andar como se fossemos velhas amigas.

Tive que reprimir um suspiro de alívio quando vi que Oscar permanecia intocado. Parece que as coisas ficaram somente na conversa e eu mataria para saber o que eles tinham falado. Era esquisito porque eu ainda o olhava com um patético coração apaixonado depois de tudo que ele havia feito. Meus pés quase correram em sua direção e se ele me estendesse os braços, eu voltava com ele na hora.

— Rose, me explica, que merda você tem na cabeça? — Oscar disse assim que aproximei. Seu rosto estava tenso e ele parecia extremamente zangado.

— Se não respeitar a moça, vou levá-la de volta. — Anna o encarou nervosa — Estamos entendidos?

— Ora, cale a boca. — Oscar revirou os olhos e quando se dirigiu novamente pra mim, senti meus olhos marejarem — Vim ver uma ruiva e quem me dirige a palavra é a loira?

— Experimente soltar mais uma asneira que quem vai se acertar com você é a morena. — Scarlett rosnou, parecendo realmente ameaçadora. — Estamos entendidos?

Scorpius, Drew e Albus, como se tivessem ensaiado, levantaram a sobrancelha no mesmo instante que Scarlett e o clima ficou ainda mais tenso. Respirei fundo, decidida a acalmar os ânimos.

— Você não está entendendo...

— Esther me contou tudo e sim, eu já entendi. — ele me cortou grosseiramente — Sei de tudo que está fazendo e juro que se não parar com essa palhaçada, não vou olhar pra sua cara patética nunca mais.

— Você está falando com a minha prima! — Albus tentou avançar, mas Drew o segurou.

— Vamos entrar nesse castelo agora e você vai se encontrar com Esther e se desculpar pelas merdas que você falou. Depois disso, vai parabenizar Jhulie pelo nosso namoro e ainda poderemos ser amigos. — Oscar tentou se aproximar, mas Anna se colocou em minha frente, recebendo um olhar gélido do grifinório — Ouviu bem?

Ignorando Anna e Scarlett, Oscar tomou minha mão e tentou me puxar, mas ele havia me magoado. Ele realmente achava que faria qualquer coisa comigo e sairia impune. Achava que eu era como um cachorro que seria maltratado e se me oferecessem um biscoito, eu correria pra ele.

— Não. — disse, em alto e bom tom, puxando meu braço de volta — Você se enganou, Oscar. Não sei qual Rose vai pedir desculpas e engolir tudo, mas não vai ser essa daqui. Eu sou uma sonserina e acima de tudo, uma cobra. Seja grosseiro como um leão e eu vou te envenenar como uma serpente. — encarei no fundo dos seus olhos, tentando fazer algumas lágrimas voltarem — Você vai desejar não ter feito isso comigo. Sonserinos são perseverantes Oscar e lhe prometo: eu não vou sossegar até lhe ver implorando para eu voltar.

Os outros em volta sorriram maldosos e estufaram o peito, como verdadeiros sonserinos. Meu rosto parecia congelado e até mesmo meu sorriso foi engolido.

— Você é estúpida e arrogante e por mais que eu desejasse ser seu amigo, agora quero ver você tentar, Weasley. — Oscar disse frio — Tente me fazer se arrepender de ter trocado você por Jhulie. Vai ser no máximo, engraçado, já que você é uma completa desengonçada.

— Eu só jogo para ganhar, Wood. — disse, o encarando com extremo rancor, sem deixar de ver meu reflexo em seus olhos — Você vai implorar e como sou uma garota que tem compaixão, estarei aqui, de braços abertos.

— Boa sorte com seus amigos, ruiva. Seus chifres que os uniram? Que tocante. — Oscar olhou para os outro em nossa volta — Não quero mais você perto de mim, da minha namorada e dos meus amigos. Você só precisou de uma oportunidade para abrir as pernas para esses idiotas e isso me enoja.

Anna empurrou Oscar para trás e o garoto deu dois passos meio desengonçado. Seus olhos se mostraram ainda mais irados e ele caminhou para ficar cara-a-cara com Anna, que não se intimidou. Drew e Scarlett avançaram como águias, mas não atacaram e Albus e Scorpius ficaram em alerta. Todos pareciam estar esperando uma palavra para estraçalhar Oscar, mas pareciam confiar que ele não faria nada com Anna também.

— Sabe porque eu não dou dois murrões em você, Garcia? — Oscar disse ameaçador — Porque você tem dois monstros te protegendo e eu não duvido da covardia deles. Então, se considere com sorte.

Foi muito rápido. Eu já tinha visto acontecer antes e todas as vezes se mostrou algo extremamente emocionante. Anna soltou uma gargalhada gélida e sua expressão de moça brava se transformou em algo que o mundo ainda não achou explicação. A postura de Oscar murchou e seus olhos se desviaram dos de Anna.

— Eu devia ter medo? — Anna sorriu, parecendo maníaca — Sequer consegue olhar nos meus olhos e tenta me ameaçar? Ora, por favor. Não sustenta meu olhar e sabe do que eu já fiz, então por favor, se quer parecer convincente, treine com fervor. Não possui argumentos que sustente uma boa discussão e bate como uma criança. Se quiser, venha. Alguém tão baixo quanto você não é alguém que se importa com algo como a covardia quando claramente não vê problema em agredir um mulher. Porém, escute bem. Se for pra me bater, bata para me deixar com amnésia, porque quando eu levantar, eu juro que você vai desejar não ter nascido. E se te interessa, eu não ligo de Drew ou Scarlett te deformarem na porrada; eu tenho muita gratidão por quem me defenda.

Oscar parecia nunca ter discutido na vida e suas palavras pareciam ter evaporado. Piscava sem parar e não parecia ter o que falar. O ódio havia virado confusão e eu sorri, ao ver o que acontecia.

— Um ponto para Anna Júlia Garcia. — Anna finalizou, ainda sorrindo — Agora você vai voltar para o castelo e contar para sua namorada e namorada de outros vinte, o quanto Rose Weasley está melhor acompanhada. Vai engolir em seco quando pensar no que perdeu e simplesmente, vai se manter longe.

— Isso não vai ficar assim. — ele murmurou.

— Não vai mesmo. — retruquei — Vai ficar muito melhor.

Quando notei que Oscar partira e já estava longe o suficiente, me joguei nos braços de Albus e pela segunda vez naquele dia, voltei a chorar. Ele alisou meus cabelos e me apertou bem forte, típico do meu primo amorzinho. Seu abraço tinha efeito tranquilizador, mas apesar de tudo, ainda me deixava de coração partido.

E depois de tudo, eu ainda queria que ele voltasse para mim. Queria que ele visse que estava enganado e eu lutaria para aquilo. Eu não desistiria. Fora Jhulie quem o deixara daquela forma, eu podia apostar! Eu teria meu Oscar de volta.

Ainda abraçado comigo, Albus e os outros me levaram de volta para meu dormitório para que eu tomasse banho. A escola ainda parecia tomar café e eu agradeci aos céus por isso. Eu andava à frente deles agarrada a Albus e tinha certeza que eles comentavam o acontecido. Eu não escutava e também não ligava.

Ainda estava determinada.

Mais determinada do que nunca.

 


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