Máfia Malfoy escrita por Gnoma de Marte, Jazzie


Capítulo 16
♦ Protejam Nossas Crianças


Notas iniciais do capítulo

Eu, a pior escritora do mundo, invoco meus leitores mais lindos do mundo!

APAREÇAM, BELEZINHAAAAAS!!
Eu voltei.

Primeiro ponto: TRÊS FUNCKING RECOMENDAÇÕES!
PÁ PÁ PÁ TIROOOOOOOOOOOOO
Anna Jhulia
Like a Diva
Jessica
Obrigada por tudoooooooooooooooooo! Cada palavra, cada sentimento bom que vocês desejaram... Sem palavras pra tudo isso. É como se vocês me conhecessem e tivessem me dado um enorme presente! Fico muito emocionada. De verdade. São essas coisas que motivam um autor. Vocês me completam. Esse capítulo é pra vocês.

Segundo ponto: a demora.
Quem escreve sabe como é difícil um bloqueio. Cara, isso acaba com a gente. Eu me empolgo toda, e eu juro que SEMPRE tento escrever. Mas acaba não fluindo! Parece travar e eu peço infinitas desculpas. Pra vocês terem uma ideia, esse capítulo postado foi escrito logo após o anterior ter sido postado, mas eu o descartei pq pra mim não estava bom ainda! Só que eu o achei e mesmo ainda não gostando, achei que você já estão esperando demais. Espero que gostem, porque suei pra fazê-lo.
Também não respondi os comentários do capítulo anterior ainda, mas vou fazer isso assim que chegar de viagem (provavelmente amanhã de tarde). Vocês não merecem uma escritora tão cruel assim. Deixei de responder comentários incríveis, mas não vou falhar. Prometo voltar em cada review.

Último e terceiro ponto: vou postar outra fanfic kkkkkkk
AAAAAAAAA NÃO ME MATEM!! Mas é porque eu já tinha ela pronta uns tempos atrás e agora, relendo ela nos meus arquivos, vou editar algumas coisas e postá-la. Vai ser de Harry Potter também, só que ao invés de Scorose, vou arriscar numa fanfic Anna e Albus (AAAAAAAAA DESCULPA PELO SPOILEER)!! Vou usar Anna como uma OC para nosso querido Albus Potter e queria convidar quem tiver interesse nesses casais diferentes, que me dessem uma chance :) Não terá a Máfia completa, mas terá um pouquinho de Scorose e muito, mas muuuuito AnnAlbus.

Agr, chega de enrolação. Podem ir pro capítulo. Vocês merecem.


Queria dar o mundo para vocês, mas o que fazer se vocês são o meu mundo?????

Jazzie ama geral ♥



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Certa vez, quando eu ainda tinha dez anos, eu quebrei a vassoura do meu pai ao dar uma paulada em Hugo numa de nossas brigas. Aquela vassoura fora um presente de tio Harry; era uma Firebolt bem velinha, mas que tinha um grande valor sentimental. Papai ficou tão irado e vermelho que eu entrei em pânico achando que ele iria explodir. Seus gritos e bronca foram piores do que qualquer coisa e eu preferia que ele tivesse me levado pra Azkaban.

Enquanto corria para a sala de McGonagall, eu me lembrava de seus gritos e refletia se valia realmente a pena viver nessa maracutaia que eu chamo de vida. É muita emoção pra alguém que só quer o namorado de volta.

E para me ajudar ainda mais, o galeão que eu sempre carregava comigo, ardia como nunca. Minha mãe havia ensinado para mim e para meus primos, uma forma que pudéssemos chamar uns aos outros mesmo em longas distâncias. Usávamos muito quando queríamos nos encontrar. O galeão falso queimava e aparecia o local, data e horário exato do encontro. Naquele instante, o meu parecia querer explodir no meu bolso, mas eu estava tão aflita, que o ignorei. Eles poderiam esperar, o que quer que fosse.

Quando chegamos de frente para a estátua que nos impedia de entrar na sala da diretora, eu encontrei o lugar já cheio.

— Lily? Hugo? James? — perguntei confusa — Fred? Roxanne? Dom? Lucy? Meu Deus! Molly! Louis? O que estão fazendo aqui?

Uma lâmpada pareceu iluminar minha mente. Eles também foram chamados. Era por isso que o galeão queimava. Algum de nós havia acionado os outros.

Com uma algazarra, todos começaram a falar descontrolados e eu não entendia nada.

— Meu Deus, você está tão linda! — Lily gritou.

— O Malfoy, Rose? Sério? — Hugo perguntou bravo.

— Soube que até minha mãe está aqui! — Dominique levantou os braços.

— Eu só vim porque eu gosto de briga. — Fred ria abertamente.

— Você faz as coisas e não conta nada pra gente mais! — Molly parecia ofendida.

— Acho que meu galeão queimou minha calça... — Louis estava confuso como ninguém.

— Oscar e Jhulie são nojentos! — Lucy pontuou.

— Espera! Espera! — falei mais alto e todos se calaram — Quem chamou vocês aqui?

Como se tivéssemos combinado, os integrantes da Máfia, exceto Lindsay, surgiram ofegantes e estabanados. Ao começarem a falar, meus primos voltaram ao falatório também e em segundos, estava naquele inferno de novo.

— Pirraça me fez perder oito galeões! — Albus exclamou irritado.

— Eu estava treinando e eu senti o galeão arder, me fazendo descer correndo da vassoura — Roxanne sinalizou, mostrando seu uniforme de treino. — Seu namorado não gostou nadinha...

— E então Alícia chegou me dizendo que vocês precisavam de mim e eu... — Drew explicava.

— Fique longe da minha irmã, Malfoy! — Hugo ainda insistia em acuar Scorpius.

— Eu estava na biblioteca! — justifiquei para Dominique que me perguntou o que eu estava fazendo.

— Será que ela libera a gente da detenção? — Scorpius perguntou pensativo.

— Estou com fome! — James gritou

— Hugo, deixe Scorpius em paz! — gritei para meu irmão que insistia em confrontar Scorpius — Que coisa!

A estátua que parecia assistir tudo, de repente se mexeu revelando a escada para a sala de McGonagall e todos calaram a boca de uma vez. Professor Longbottom e professora Stanley surgiram e ao nos ver, se assustaram.

— O que estão fazendo aqui? — Longbottom perguntou arqueando as sobrancelhas — Como vocês... Quem os avisou?

— Pirraça me chamou que mandou chamar Albus que chamou os outros, que chamaram a currumaça de Weasley e que chamaram os Potter. — Scorpius explicou apontando um por um — É meio confuso, mas se você concentrar dá pra entender.

— Sério que você tá beijando a boca dele, Rose? — Hugo perguntou ainda indignado.

— Depois de tudo que eu esclareci você só tá pensando sobre isso, cabeça de fogo? — Scorpius contra-atacou ranzinza.

Novamente o falatório começou. Eu queria que Hugo deixasse Scorpius em paz. Alícia implorava por alguma coisa pra comer. Albus, James e Lily discutiam de quem era a culpa. Roxanne implorava pra que Fred segurasse sua vassoura e seu bastão. Lucy estava sendo cantada por Jared e Scalett brincava de empurrar Drew e Anna.

De repente, todos caíram no mais profundo silêncio, por mais que continuassem falando. Olhando assustada em volta, vi Sallet Stanley com o rosto vermelho feito uma pimenta com a varinha em mãos.

— Eu não sei o que vocês estão pensando em que lugar estão, mas Hogwarts não é bagunça. Eu quero silêncio! — ela disse sem aumentar o tom de voz, tornando a situação ainda mais assustadora — Agora, eu quero dentro da sala da diretora a senhorita Weasley, o senhor Malfoy e o Senhor Potter. — ela barrou James que já tentava se esgueirar para dentro da sala — O senhor Albus Potter.

— Os demais, podem ser retirar. — Longbottom disse — Se precisar mandarei chama-los. Se precisar.

Sentindo meu estômago pesar uma tonelada, subi as escadas o mais devagar que pude, querendo que o tempo congelasse e eu morresse ali mesmo, deixando todos os outros num falatório infindável, que havia recomeçado.

Assim que abri a longa porta de madeira e entrei na sala, um vulto passou por mim como um raio e agarrou Scorpius pelo capuz da capa, o arrastando com força.

— Então foi você? — meu pai gritou, ainda agarrando Scorpius — Venha aqui, rapaz!

— Querido, não faça isso! — minha mãe se levantou e foi interceder por Scorpius.

— Pai, fique calmo! — gritei em pânico.

Minha mãe se colocou na frente do meu pai e começou a lhe dar uma bronca, o mandando se controlar. Draco Malfoy (puta merda, o pai de Scorpius também veio!) arrancou o garoto das mãos de meu pai e o puxou para si. Ainda com Scorpius preso, ele apontou o dedo na cara do garoto e começou a esbravejar com ele, lhe dando uma bronca e tanto. Minha avó (minha avó!) correu e me envolveu em um abraço sufocante, molhando minhas vestes com suas lágrimas. Tio George veio e tentou soltá-la, mas ela chorava sem parar. Tia Ginny e tia Fleur (céus, eu vou desmaiar!) conversavam com Albus, fazendo mil e uma perguntas. Minerva McGonagall estava sentada em sua cadeira, com o rosto escondido em suas mãos, com a postura uma tanto quanto gasta.

— Se controle Rony! — mamãe ainda esbravejava — Você é um homem adulto!

— Acha engraçado estar envolvido em mais uma confusão? — Draco ainda segurava Scorpius pelo capuz — Quando você vai crescer? Olha a algazarra...

—... E então meu bolo queimou e eu não sabia o que fazer! — vovó chorava incessantemente em meus ombros — O Profeta me trouxe a tão triste notícia...

— Mamãe, por favor. — Tio George finalmente conseguiu tirá-la de cima de mim — Venha, sente-se.

— Ele a traiu com a amiga e ela quer seguir em frente. — Albus comentava com minhas tias — Saiu um pouco do nosso controle, mas nada muito exagerado!

— Senhores! — Minerva chamou e todos ficaram em silêncio — Por favor, vamos nos manter civilizados que logo tudo irá se explicar.

Com um movimento de sua varinha, diversas poltronas se materializaram de frente para sua mesa. Draco colocou Scorpius ao seu lado e sussurrou um “ainda vamos conversar”. Minha mãe guiou meu pai até uma e o fez sentar quietinho e civilizado, me dando sinal para que eu sentasse ao lado dele. Ao me aproximar, ele pareceu ceder um pouco e sorriu de lado; mas como se lembrasse de que ainda estava bravo, emburrou-se outra vez. Com todos sentados, McGonagall começou.

— Hogwarts tem o melhor ensino em quesito de escolas de magia. Nada supera nossa história, o nosso legado... — sua voz tremia disfarçadamente — Nós prezamos pelo ensino. Pela preparação. Porém, algumas coisas estão saindo do nosso controle.

“A vida pessoal dos nossos alunos não faz parte do nosso domínio. Mas quando ela começa a afetar o modo como as coisas se organizam, eu preciso do apoio de vocês para controlar o que muitas vezes se parece incontrolável. Não pretendia chama-los a comparecer, mas já que estão aqui, vou coloca-los a par de tudo que ocorreu.”

Então ela explanou tudo. Contou dos boatos de traição, contou da treta das notas, contou sobre a desventura de hoje de manhã, sobre as manchetes, contou sobre as detenções... Minerva expôs tudo! Com cada novo acontecimento, percebi Draco Malfoy estreitando os olhos para Scorpius. Meu pai respirava tão profundamente que eu temia que ele fosse enfartar. Minha vó não parava de exclamar e tio George parecia prestes a explodir em risadas.

Mas ao mesmo tempo, ela não conseguia explicar tudo mesmo. Ela não sabia do nosso acordo; não sabia que eu queria Oscar de volta...

— De verdade, acho que em tempos de guerra, eu tinha mais paz! — ela finalizou brava — Detenções já demos e esperamos profundamente que tudo se acalme. Mas eu não posso tolerar que os senhores, com qualquer briga familiar, venham para o colégio. Respeitem nossa tradição!

Surtando, meu pai se levantou bruscamente e caminhou de um lado para o outro. Todo mundo o assistia, com medo do que viria a seguir.

— Pedimos desculpas, diretora. — minha mãe tomou a palavra, com todo seu jeito formal — Só viemos atrás de respostas e já que as conseguimos, vamos todos...

PAF!

Meu pai havia caído desmaiado de cara no carpete da sala de McGonagall. Todos correram em seu apoio, explodindo um falatório novamente.

— Querido! Querido! Acorde! — mamãe o sacudia, apavorada.

— Vou chamar a enfermeira! — Senhora Stanley correu porta afora.

— Dê um chute nele! — tio George gritou, rindo sem parar ao lado de tia Ginny.

— Papai! — eu queria tanto chorar — Papai! Me desculpa!

— Se afasstem! — tia Fleur dizia, arranhando com seu sotaque — Espaço! Ele precisar de espaço para respirrar!

Ajoelhada e o sacudindo junto com minha mãe, eu implorava para que ele acordasse. Aquilo era culpa minha e só minha. E de Oscar, o cara que eu queria cortar em mil pedaços e jogar no Lago.

— Papai... — supliquei, sentindo pequenas lágrimas brotarem no canto dos olhos.

De repente, ele abriu os olhos devagar, focalizando aos poucos o lugar em volta. Todos ficaram em completa quietude. Era possível ouvir um alfinete cair no chão. Papai passou a mão no rosto de minha mãe carinhoso e quando me viu, me fez um carinho também. Consegui soltar uma risada emocionada e retribuí o sinal de afeto.

— Morreu ou não morreu? — Scorpius brincou infeliz, apoiando a cabeça em meu ombro.

Meu pai levantou de supetão e agarrou o Malfoy filho pela capa, recomeçando toda uma gritaria generalizada. Ele parecia querer estrangular Scorpius e eu e minha mãe tentamos defendê-lo. Draco Malfoy foi em apoio do filho, tentando o pegar para si, sem perceber que quase enforcava o garoto também. O olhar de Scorpius me pediu socorro e eu me juntei a Albus na tentativa de não deixar com que matassem Scorpius sem perceberem. Minha avó gritava pra que meu pai se comportasse e tia Ginny puxava meu pai para longe, junto com tia Fleur. Tio George não conseguia parar de rir, precisando se sentar. Professor Longbottom tentava puxar Draco Malfoy, mas McGonagall puxava para o lado oposto, quase separando os membros do Malfoy pai.

— Com toda a autoridade que eu tenho sobre essa família, eu ordeno que vocês parem!

O grito da minha avó ecoou em cada canto da sala e pelo seu tom, todos os Weasley se calaram assustados. Ninguém havia se mexido, mas falar ninguém falava.

— Ronald Weasley — raramente vovó Molly falava em uma altura tão ameaçadora e até o mais bobo dali, sentia os cabelos da nuca se arrepiarem — Você vai soltar este garoto e vai se acalmar como o homem que é. George, se você não parar de rir vai se arrepender. Ginny, você vai se afastar e se sentar quietinha! Os demais não são meus filhos, mas se existe alguma dignidade restante, peço que se acalmem.

Era melhor quando ela gritava. 

Todos pareceram extremamente envergonhados por estarem agindo como gigantes, inclusive eu. Só queria ir para meu quarto e me afundar na minha pilha de deveres.

Quando a professora Stanely voltou, estava tudo quieto e a enfermeira avaliou meu pai rapidamente. Estresse e má alimentação. Ele precisava se acalmar ou os desmaios iam continuar.

— Professor Longbottom, chame a família Weasley e Potter, por gentileza. — McGonagall pediu, atendendo um pedido da minha tia Fleur.

— Eles já estão todos na porta, senhora. — Neville disse e foi os chamar.

Minha família fala dois idiomas: inglês e gritando. Porém, quando notaram o clima pesado que a sala se encontrava, entraram com respeito e decência, cada um indo em direção aos seus pais. Os integrantes da máfia também entraram, mas se dividiram entre conversar com o senhor Malfoy e a senhora Stanley.

Draco dava uma bronca gigante em Scorpius e ao se aproximarem, Drew, Scarlett e Anna tomaram chumbo também. Tia Ginny alisava cada um dos filhos, falando baixinho e ajeitando os cabelos de Lily. Tio George brincava com Rox e Fred. Tia Fleur conversava em um francês rápido com Dominique e Louis, que pareciam doidos para saírem dali. Vovó checava se estava tudo certo com Molly e Lucy.

E meu pai ainda estava estático, enquanto mamãe me passava um belo sermão. Hugo continuava calado, encarando Scorpius do outro lado da sala. Ao ver o que ele encarava, minha mãe ficou ainda mais severa, deixando bem claro que qualquer gracinha nova ela nos mandaria para casa.

— Estou envergonhada com tudo que ouvi hoje. — seus lábios tremiam ligeiramente e ela respirava fundo — Nunca esperei isso de você, Rose. Logo você, meu orgulho!

— Mas mãe...

— Relacionamentos começam e terminam. Não estou desfazendo de sua dor, Rose, mas você é uma mulher madura e inteligente. Não adianta se desgastar por algo que não te trazer nada além de dor e sofrimento.

— E se afaste de Malfoy. — Hugo se intrometeu.

— Ah, cala a boca. — revirei os olhos.

— Seu irmão está mais do que certo! — meu pai saiu de sua agonia interna e disse bravo — Você viu o que o jornal está dizendo, Rose? O que as pessoas estão dizendo? Nada de bom sai daquela família. Nada. Seu irmão me disse que eles inclusive tem um grupo de coisas ilegais!

— Rose agora está nesse grupo também! — Hugo contou.

— Hugo, cala essa maldita boca, seu idiota! — esbravejei.

— Rose! Eu não acredito nisso! — meu pai parecia prestes a surtar outra vez — O que você tem na cabeça? Como você ousa...

— Falou o pai que fez parte da Armada de Dumbledore! — me defendi. Ele olhou para minha mãe buscando apoio, mas ela parecia tão surpresa quanto ele — Nós não fazemos nada ilegal! Eles só... Eles viraram apenas meus amigos! Estão me ajudando!

— Transformaram você em algo que não é. — Hugo acusou.

— Se você falar mais alguma coisa eu prometo cortar sua garganta! — ameacei e Hugo saiu de perto, indo até vovó. Olhei para meu pai e continuei — Não estou fazendo nada de errado. Tudo que aconteceu foram pequenos enganos dos quais fui acusada injustamente. Logo tudo vai se explicar e vocês vão ver que a vítima disso tudo sou eu!

— Acreditamos em você, querida. — mamãe segurou minhas mãos e disse baixinho — Só que Malfoy...

— Mamãe, Scorpius não é Draco assim como Draco não é Lucius. — argumentei, exausta de tanto discutir — São pessoas diferentes e Scorpius está do meu lado jeito que Oscar não está. Oscar me traiu com Jhulie e me humilhou. Nós terminamos e esse inferno todo é culpa dele.

— Então chame esse desgraçado aqui! — meu pai gritou, fazendo com que todos o olhassem — Chame esse moleque aqui que eu lhe ensinarei como se trata a filha dos outros!

— Senhor Weasley.

 O jeito gracioso de Anna, fez com que meu pai ficasse constrangido com seu surto. Ela veio até nós com Scorpius e deu um sorriso sereno, instalando uma áurea de calma ao redor.

Efeito Anna.

— Sinto muito por todo esse mal-estar. Sei como deve estar sendo cansativo, mas tenho propriedade quando digo que Rose também está sendo atingida por isso. — ela estendeu a mão e os cumprimentou, deixando meus pais encantados com tamanha educação — Sou Anna Garcia, amiga de Rose. 

— Conheço sua mãe. — minha mãe disse, com os olhos brilhando de satisfação — Leio seus livros.

— Que grande honra. — Anna sorriu. Scorpius ao seu lado estava sério e com uma postura impecável. — Só queríamos dizer que limparemos toda a bagunça como pessoas responsáveis. Não precisam se preocupar.

— Sinto muito pelo ocorrido, senhor Weasley. — Scorpius finalmente se pronunciou. Seu tom era tão calmo e arrastado, que meu pai tinha que lutar muito para permanecer com sua carranca — O Profeta Diário é uma máquina traiçoeira de mentiras e eu já notifiquei o meu pai para que tome medidas protetivas para com a nossa integridade.

Meus pais se entreolharam surpresos e eu tentei disfarçar minha cara de deboche. Scorpius e Anna eram realmente muito bons.

— Seja como for, estamos indo. — meu pai disse, sorrindo forçado e se dirigindo a mim — Vou escrever com frequência, Rose.

— Estarei esperando, papai. — sorrindo, o abracei. Permiti ficar alguns segundo assim, já que sentia imensa falta dele todos os dias. — Se cuide. E se alimente bem.

— Ele vai. — mamãe garantiu, me abraçando em seguida.

Depois de despedidas e adeus, Minerva nos liberou parecendo exausta. Tudo que eu mais queria era um banho bem quentinho pra esfriar a cabeça, mas assim que me preparei para sair, a professora Stanley chamou eu e os outros num canto da sala.

— Dia cansativo. Azar o de vocês. — seu tom era abatido — Não esqueçam de vossas detenções. O castelo está infestado de bichos-papões.

Respirei fundo e quando finalmente saí da sala da diretora e me sentei com os outros pelo chão do corredor, eu queria saber como iria enfrentar um bicho-papão caso ele se transformasse num dia horroroso como esse.

Nada me assustava mais do que repetir esse dia tão longo e estressante.


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Notas finais do capítulo

Me diz o que achou, gracinha :)