Qual é o limite para a minha insanidade?

As pessoas não acreditavam em mim, não importa o quanto eu avisasse que ela estava ali. Eles não a via, logo não acreditavam.

Sempre olhando para mim, diretamente nos olhos. Eu não a temia, apenas mantinha distancia , tinha medo do que aconteceria se ela me tocasse.

A festa de aniversario, que Alex montara para mim, era linda. Eu só não contava com a presença dela.

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Eu iria dormir sozinho aquela noite, minha mãe teve uma emergência no hospital onde ela trabalhava e Alex teve que ir embora com Dave, ja que amanha cedo a moça do orfanato iria analisar o apartamento deles.

Não sei se era meu medo ou minha aflorada, imaginação, mas meu quarto parecia medonho , a penumbra da fria noite.

Eu não me lembro de ter adormecido, mas provavelmente nunca esquecerei do momento em que acordei essa noite.

Abri meus olhos lentamente, a sensação forte de ter alguém em cima de mim paralisava meus músculos. Assim que completei a ação, eu gritei.

Ela estava em cima de mim, seu rosto a milímetros do meu, seu sangue , pingando lentamente, gota por gota , em meu rosto. Meu grito a afastou tempo suficiente para eu fugir, sai correndo de casa e só parei por que bati em alguém.

– Acho que é só assim que nos encontramos- Aquela voz, fez um longo arrepio percorrer minha coluna, e causou um pequeno tremor em meu corpo.

Levantei a cabeça lentamente, mesmo já sabendo quem estava ali, castanho, foi o que eu vi e foi onde eu me perdi intensamente naquele olhar.

–o que faz três horas da manha fora de casa?

– Estava andando...- minha voz estava tremula, mas não sei se era um efeito de meu susto ou efeito da presença de Augustos ali.

– Claro porque é super normal, caminhar as três da manha-Ele foi irônico com suas palavras.

–Quem sabe...

Olhei para trás, ela estava se embramando entres as arvoras da praça.

– Vamos eu te levo para casa.

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Eu estava quebrado e cansado. Não consegui dormir o resto da noite, e para piorar, tive que aguentar as gracinhas dos ""valentões"" da minha escola, e para completar estava sozinho, novamente, em casa.

Não demorou muito para ela aparecer novamente , mas desta vez ela não se aproximou e sim a passos lentos, seguiu até a cozinha. A minha curiosidade me venceu e eu foi atras.

Ela olhava para uma corda em cima de uma mesa, observei a mesma. Meu corpo se mexeu contra a minha vontade e seguiu até ela (a corda), pegando-a entra os dedos e agilmente formando alguns nós. Agora eu seguia lentamente até uma cadeira, subi e amarrei a corda em uma pilastra que havia no teto, uma parte quebra no gesso onde se podia ver o telhado. Passei a corda em meu pescoço.

O que eu estava fazendo/

Porque meu corpo não me obedecia?

Porque estava fazendo aquilo?

Olhei para a minha irmã, questionando-a em silencio o porque daquilo. A resposta me acertou como um tiro, ela havia dito que voltaria para me ver. Isso explicava o porque de suas aparições, porque ela me perseguia. Ela apenas esperava o momento certo, para me induzir ao suicídio, para então em fim me conhecer.

Um passo para frente da cadeira , e eu senti a corda apertar meu pescoço.

Um barulho alto chamou minha atenção da dor que sentia. Alguém estava na minha frente, mas eu não enxergava mais.

Me senti ser suspenso, e então a corda ser retirada de meu pescoço. O ar preencheu meus pulmões de forma cortante.

Eu ouvia vozes, eu sentia minhas lágrimas e então tudo estava preto.