Jockers escrita por KxZim


Capítulo 9
♥ Rei De Copas. Parte III




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Nossos corpos se conectaram instantaneamente. Sua boca procurou a minha e eu corri até a sua. Nossas línguas se uniram, e nos beijamos. Nos beijamos ternamente. Ele rodeava suas mãos em meu quadril e minha língua através de seu pescoço. Atravessamos o poder da física, ele retirando minha camisa junto com minhas mãos que retirava a jaqueta dele. Sua boca tomou meu queixo e me beijou novamente. Ele me prensou contra a porta e pude sentir minha espinha estremecer. Sua boca rodeava severamente meu corpo e sua língua em meu peito. Nossas mãos se uniram e Aoi segurou-as com firmeza.



Gemi seu nome, e ele entendeu rapidamente o quão aquilo me excitava e me provocava. Apesar de ser só a segunda vez que eu me envolvia de fato com um cara. Não sabia direito o porquê dele me fazer sentir essas coisas. Não era para isso acontecer, eu mal conhecia ele, na verdade.

Mas naqueles momentos, onde a gente ficava junto, parecia que eu o conhecia a vida toda.

Nossas mãos foram soltas lentamente e agarrei seus fios de cabelo cumpridos. Ele desfez o botão e o zíper de minha calça. Senti meu rosto contra a madeira da porta e seu corpo contra o meu. Em minha cintura suas mãos. Logo, em menos tempo do que o imaginado, suas mãos adentraram em minhas calças. Agarrei-me aos próprios punhos, gemendo baixo tentando controlar o que eu mesmo não queria controlar. Seu ouvido estava próximo aos meus lábios, propositalmente e conseguia sentir sua respiração, e aquilo me arrepiava dos pés a cabeça.

Fui parar no sofá, sem demora. As calças arrancadas foram arrancadas e de repente estava eu contra meu sofá e ele contra mim. Não demorou para que meus olhos o fitasse por cima do ombro. Não tinha mais peças de roupas que pudessem ficar contra a gente.

E no que se sucedeu?

Agarrei com força o encosto do sofá, os dentes trincaram e senti novamente o calor do seu corpo junto ao meu e, por mais que eu quisesse enfiar meus punhos em sua cara, eu queria ele também do jeito que estava, já estava bom.



Sentia severamente a dor de estocadas bem mais intensas e rápidas. Minha boca se contorcia e gritava de prazer outrora de dor. Foda-se, era ele e eu curtia. E até pedia mais.

E a noite foi longa. E todos os cômodos da minha casa sabiam o que tinha acontecido aquela noite, naquela madrugada.

Demorou o suficiente para que ambos ficassem satisfeitos. Desmoronamos em minha cama finalmente, ofegantes, suados e cansados. O corpo dele era quente, magrela mas, bem definido. Ele me puxou para perto e o que fiz foi retribuir. Nos cobrimos, com um cobertor velho de solteiro. Estávamos juntos, perto demais, não havia problema. Meus olhos se fecharam. Não dormi, ainda não. Tinha uma certa preocupação de apagar ao lado dele.



–Não se preocupe, estarei aqui amanhã.



O coração palpitou e meu rosto queimou rápido demais para que eu pudesse fingir que não ouvi ou que não ligava. Ele tinha lido meus pensamentos, ou o negócio começou a ficar mais sério. Um sentimento estranho aí que algumas pessoas chamam de amor. Talvez. Ele me virou e me abraçou, eu ainda queria bater nele, mas depois a gente resolveria as pendencias. Agora era..



Dormir.

♠♣♥♦



–Não. Eu estava voltando de uma viagem.

–To ligado. E as cartas? -Perguntei, engolindo o meu pedaço de pão.

–Que cartas? Elas ainda chegam para você?-Ele perguntou com naturalidade.

Eu o encarei, tomei mais um gole do café preto e apontei o dedo para ele.

–Você que manda as cartas. Você sabe que elas chegam.

–Eu já disse Uru, eu só mandei as primeiras, essas outras não foram eu.-E o café foi tomado, ele estava me imitando e me irritando.

–Qual é o problema em falar a verdade? Qual é a dificuldade de admitir? Não é só pra mim que você manda as cartas não é? -O encarei e mordi outro pedaço de pão que desceu duro pela garganta por não ter mastigado direito.

–Eu. Não. Faço. Ideia do que do que você tá falando! Qual foi a ultima carta que te mandaram?

–Foi você que mandou, você devia saber.-Tomei o resto do café e bati o copo na mesa. Me levantei e busquei todas as cartas que já tinham chego pra mim até agora.

–Essa não é minha letra, tá bem parecida mas não é. Eu não mandei isso e nem sei do que se trata.-Ele observou bem e estalou os lábios, procurando algo nos bolsos da calça.



Nós acordamos praticamente juntos. Nos vestimos e agimos como se nada tivesse acontecido na noite anterior. Não sei se era bom ou ruim mas, a gente tava se comunicando sem brigar, de fato. Mas acabei concordando com ele sobre as cartas. Era caligrafia parecida mas não igual. E ele me disse muito convicto que não era ele. Mas era quem então? Que diabos.



–Bom, esqueça isso por enquanto. Se não chegou mais nenhuma até agora, talvez tenha acabado. Né? -Ele disse, tentando ser o mais positivo possível. Talvez ele tivesse razão.



Passamos o resto do dia conversando e trocando informações sobre nossos trabalhos. Eramos de classes totalmente diferentes mas, nos entendíamos bem até.

Só não conseguia colocar na cabeça que ele não era o cara que me mandava as cartas. Não era nenhum amigo, não era minha mãe, meu chefe não sabe de nada da minha vida. Se bem que a aparição de Aoi foi repentina também para ele saber tanta coisa. Mas ele conhece minha mãe, mas ela não entende muito sobre mim.



Pensar nisso de fato, dá dores de cabeça.



No fim, ele acabou indo para o escritório dele. E eu, para o táxi's. Reita não ia trabalhar hoje, então era apenas eu e meus passageiros.



Como se fosse assim..de verdade..



Tinha ficado com o turno da tarde e iria rodar até o dia clarear. Esse era o plano. Mas quando entrei em meu táxi, puxei o cinto e liguei o motor do branquelo, eis que me surge no espelho do carro.



“Volte todos os seus passos e saberá a verdade”♣

“Volte metade deles e se arrependerá”.♦

“Fique parado e se conforme”.♥



Estava escrito em um ás de espadas.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!
Entramos no ultimo naipe. Será que agora ele consegue descobrir quem manda as cartas?
Feliz Natal! :)



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