My First Love escrita por Medus4


Capítulo 4
III - Amigável de mais




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/658220/chapter/4

— O que você está fazendo aqui? – Ethan perguntou encarando a morena. Ele sabia exatamente o que significava aquela cara de sonsa dela, ela ia ficar parada encarando ele sem saber o que dizer, e hoje o seu dia sido ruim o suficiente para ele ser obrigado a aturar toda aquela imensidão de sonsa em sua frente. E antes dele se arrepender de ter perguntando qualquer coisa a ela, a moça abriu um sorriso lateral tão voraz que fez ele se calar antes mesmo de começar a falar.

— Sabe Ethan, eu morar na sua casa não me faz ter a obrigação de te dar satisfação da minha vida. – Ela passou por ele sem se importar muito com o que ele poderia responder, mas ele falou a fazendo parar.

— Acha que bancar a arrogante me faz gostar mais de você? – Ela sentiu a risada arranhar sua garganta, virou-se um pouco com um breve sorriso no rosto.

— Acha mesmo que estou bancando a arrogante para você gostar de mim? – Ela ergueu uma das sobrancelhas e seguiu seu caminho sem olhar para trás, Ethan sentiu uma leve raiva da menina, achava ela folgada de mais, e a culpa era de sua mãe que acolheu a garota em sua casa sem nem sequer perguntar o que ele achava. Ele ignorou, abriu um meio sorriso lembrando a expressão da menina ao lembrar na tentativa falha de mostrar que ela mudou, mas ele lembrava bem da garota com 13 anos, e diria de boca cheia, ela era a mesmo pirralha de sempre.

Colocou o capacete e suspirou, não iria voltar pra casa hoje, provavelmente Cassie falaria com sua mãe sobre o ocorrido, e ele não estava afim de responder nada.

....

Quando Cassie chegou em casa sua Tia estava assistindo algum programa investigativo na TV, com o barulho da porta se levantou com um grande sorriso.

— Oi querida, está com fome? Como foi o primeiro dia de trabalho? Conheceu o Thomas? Se estiver cansada ou quiser um banho fica à vontade. – Cassie sorriu.

— Oi tia, fica calma, eu to muito bem! – Ela respondeu e sua tia sorriu sem graça. – O meu primeiro dia de trabalho foi legal, Thomas é o melhor chefe do mundo e sim, estou morta de fome! – Colocou a mão em seu estômago. Ambas seguiram para a cozinha enquanto Cassie contava como foi o seu primeiro dia, mas quando acabou, um silêncio se formou. E enquanto Cassie comia, lembrava do incidente com Ethan. Estava orgulhosa de como reagiu, ele era um idiota e merecia ser tratado como um.

— Sorrindo atoa, conheceu alguém bonito? Quer dizer, legal? – Indagou e Cassie sorriu.

— Não é isso... – Comentou largando o garfo e se apoiando na mesa. – É que hoje, quando fui procurar um táxi...

— Você veio de táxi? Ta brincando? Por que não me ligou? Achei que você ia vir com o Thomas.

— Tia, ele é meu chefe, não meu capacho. – Ela sorriu. – Continuando... – Suspirou. – Eu encontrei o Ethan nas portas do fundo. – Sua tia uniu as sobrancelhas confusa. – E ai eu fui super grossa com ele, e cara, me senti bem com isso. Será que essa grosseria dele é contagiosa? – Sorriu, mas sua tia manteve a expressão confusa e séria.

— O que ele estava fazendo lá?

— Não sei. – Cassie deu de ombros. – Mas tive a impressão de que ele entrega jornais, pela moto com jornais. – Ela sorriu por ter dito o obvio.

— Ai Meu Deus! – Nancy abriu um grandioso sorriso. – Graças a Deus!

— Ta, você não sabia? Imaginei que foi por causa dele que você conseguiu trabalho pra mim lá...

— O que? Não, quem conseguiu o trabalho lá foi você, eu só dei um empurrãozinho, mas de qualquer forma.... Fiquei muito aliviada em saber disso.

— Por que? – Indagou Cassie curiosa.

— Achei que Ethan estava envolvido com drogas ou algo assim. Um dia eu achei um papel amassado no bolso de uma jaqueta dele com um número de telefone, chorei horrores.... Você sabe como sou bobona, achei que era o número de um traficante ou sei lá. – Cassie riu. – Bom, eu liguei e marquei um encontro com ele em uma cafeteria, disse que tinha um bagulho do bom para ele, e bom... Ele não questionou. – Ela deu de ombros e Cassie já ria alto. - Só que quando cheguei na cafeteria, ele estava super bem vestido, e não tinha cara de traficante.

— Sério tia? E como é a cara de um traficante? – Indaguei e ela deu de ombros novamente.

— E como vou saber? Mas acho que não usa terno nem tem carros importados. – Sorriu. – Enfim, eu sei que na hora saquei que ele estava procurando trabalho ou algo assim, então pra não deixar meu filho na pior ou com má impressão, lembrei do seu texto no guarda volumes.

— Por que meu texto estava no seu guarda volumes? – ela ergueu uma das sobrancelhas.

— Sempre deixei lá. – Cruzou os braços. – Eu sei que ver aquele homem super bem vestido falando “Nossa isso realmente é um bagulho do bom” foi a melhor cena do dia. – Sorrio.

— Então você suspeitava que Ethan trabalhava não é? – Ela negou com a cabeça.

— Eu perguntei pra ele, e ele disse que não, que o número era de um ex-ficante de uma amiga dele. E quando ele fala “amiga” não é amiga, me entendeu?

— Ah sim.... Que estranho. Por que será que ele quis esconder que está trabalhando no NYT? É algo que eu tenho orgulho de dizer.

— Quer mesmo tentar entender o Ethan? – Cassie sorriu. Elas passaram um tempo conversando sobre assuntos aleatórios, até que o cansaço dominou Cassie, e ela decidiu ir dormir.

....

No dia seguinte, Cassie acordou cedo, se arrumou e desceu as escadas. Na cozinha uma mesa de café da manhã estava feita e na geladeira um papel amarelo grande (muito grande mesmo) se destacava.

Querida, tive que sair bem cedo. Espero que você e Ethan não se matem.

Aviso 1 – Passe na loja que fica em frente a NYT e escolha qualquer vestido até 300 dólares.

Aviso 2 – Escolha um bonito pelo amor de Deus.

Aviso 3 – Eu falei sério, pelo menos que não seja preto.

Aviso 4 – E pague um Táxi já que está tão boa com Táxis.”

Cassie murmurou um "Aut!" e posicionou a mão no peito se fingindo de ofendida.

— Não podia ser uma calça? Ela sabe que eu odeio vestido.

— Existe uma lei feminina que diz que mulheres usam vestidos em casamentos e não calças, mas é claro que você não saberia disso, por que você é super rebelde. – Ironizou e Cassie se virou assustada, não o havia visto ali, bebendo seu café e a encarando enquanto lia o papel.

— Primeiro, eu não sou rebelde. Segundo, acho essas leis femininas uma porcaria. Terceiro, Eu não estava falando com você, eu nem sequer sabia que você estava aqui.

— Primeiro, você tem que parar de ficar me dando explicações que não me interessam, sério eu realmente não me importo. E segundo.... Ah não, espera. É só isso mesmo. – Ele desceu do balcão virando o resto do café. – Vem, eu vou te dar uma carona pra a NYT. – Cassie riu ironicamente.

— Você não sabe ler? – Ela apontou para o papel. – Eu vou pegar um Táxi por que estou muito boa com táxis. – Ela se sentou comendo alguns biscoitos.

— Acabou de perder o meu dia de bom humor, que pena, espero que um avião caia em cima do seu táxi parado no transito. – Sorrio para ela irônico que sorriu da mesma forma de volta.

— Um ótimo dia para você também. – Cassie tentou ignorar toda a “simpatia” do rapaz, mas ela sentia, ele havia sacaneado ela de alguma forma e ela não estava lá muito ansiosa para descobrir como.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem