Olivia escrita por Loren


Capítulo 5
Beco Diagonal




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***

Passei por vários tipos de loja. Uma era uma loja com portas enormes e várias vassouras penduradas na parede e dentro de balcões. Algumas tinham o estado bom, com a madeira intacta e os fios bem lisos, mas outras eram deploráveis! Com a madeira tão descascada, pareciam que a qualquer toque iriam se transformar em poeira e os fios eram tão espetados e desgrenhados quanto os da minha antiga professora de Geografia.

Outra era menor que a das vassouras, mas ,diferentemente da anterior, havia vários caldeirões, de todos os tamanhos possíveis! Lembrei-me que minha mãe havia dito que eu ia precisar de um. Entrei na loja, a fim de encontrá-la, mas a única coisa que aconteceu foi um vendedor de barba e bigode curtos com cabelos longos e presos em um rabo de cavalo. Havia rugas ao redor dos olhos e o conhecido sorriso forçado de comerciantes ansiosos para terem um lucro no dia cansativo de trabalho.

—A senhorita vai querer algo?

—Talvez em outro momento. Obrigada.- disse com um sorriso amarelo.

Aproveitei que havia uma mulher do meu lado com uma capa preta, sapatos lustrados e longos cabelos lisos e loiros que observava um balcão com vários caldeirões, antes que o vendedor me puxasse para o fundo da loja e rapidamente estendi as mãos para a mulher.

—Mas tenho certeza que esta adorável senhora irá adorar seus serviços!- a pessoa na qual eu havia intrometido em minha conversa, virou-se e deu-me um olhar fulminante, no qual me fez corar de vergonha e amaldiçoar-me pela minha enorme matraca.

—Senhora?- perguntou com a voz rouca e lenta. Aquilo só fez meus pelinhos da nuca se arrepiarem.

—É um homem?!- eu deixei escapar. Ele arqueou uma sobrancelha, como se estivesse fazendo a pergunta "achou que fosse o quê?"- Desculpe, senhor. É que... Com esses cabelos, pensei que fosse uma mulher. Sabe, são tão lisos e... Sedosos.- eu disse, tentando contornar a situação com um sorriso pouco convencido. Naquele momento, tive inveja do vendedor ao meu lado.

O mesmo, deixou uma risadinha baixa escapar e tentou escondê-la com um surto de "tosses". O homem de feições quadradas e rosto limpo, sem nenhum pelo no rosto (repito, sem nenhum pelo no rosto! Como isso é possível?!) ou até mesmo uma ruga, olhou de canto para o homem risonho e voltou-se para mim, com um olhar de desprezo e superioridade. Poderia ser um homem arrogante, mas pelos trajes do mesmo, as luvas de couro negro e a bengala brilhante, percebia-se que era importante. Ou aparentava ser.

—Primeira vez?- ele disse e apontou para a rua movimentada.

—Sim...- murmurei, desconfiada.

Ele assentiu e me olhou mais uma vez, atentamente. Percebi seus olhos correrem por todo meu rosto e logo, se virou para o vendedor, sem dar mais alguma importância para mim. Virei-me para a entrada, aliviada de que não arrumei confusão e que o vendedor já havia encontrado seu cliente ideal. Ao sair para rua, a loja da frente era um verdadeiro tumulto. Inclinei a cabeça para a direita levemente, estranhada com o tumulto extremamente exagerado. Então vi uma criança de jeans e um chapéu pontudo sair dali com um gato preto em uma gaiola. Acima da cabeça de todos, lia-se o nome Animais Mágicos em prata. Duvidava muito que fosse encontrar minha mãe ali. Obviamente, ela iria deixar para ver animais no final e se fosse deixar. Não que ela não gostasse, mas não tínhamos condições de ter um animal de estimação. Sendo assim, dei de ombros e voltei-me para a direita, continuando o caminho.

Passei por uma loja onde vendiam penas, por uma loja daquele esporte de voo com nome estranho, uma loja que vendiam jogos, uma que era de um estilo de papelaria com pergaminhos e tintas e por uma última que reconheci o nome: Madame Malkin. Adentrei na loja iluminada por algumas velas e pela luz que entrava pela vitrine, ocupada por duas meninas em cima de dois banquinhos de frente para espelhos e vi dois pés com o corpo escondido pela cortina. Havia vários provadores e no fundo uma porta que levava para os fundos da loja. As paredes eram pretas e as cortinas dos provadores eram roxas. Apesar de parecer ter as cores "sombrias", na verdade, era um lugar muito agradável. Uma senhora baixinha e sorridente, com bochechas rosadas e fofas se aproximou.

—Olá, querida! Posso ajudá-la?- perguntou-me com os óculos retangulares pendendo na ponta do nariz e a fita métrica jogada nos ombros.

—Estou procurando minha mãe. É uma mulher alta, cabelos castanhos um pouco grisalhos, olhos castanhos claros, ruguinhas e vestia roupas de bruxa autênticas.

—Hum, não sei lhe dizer.- pareceu pensativa.- Qual o nome dela?

—Nicole De Angellis.- respondi, ainda receosa.

Quando você cresce com sua mãe lhe dizendo de meia em meia hora para ser discreta e precavida, é difícil não tornar-se um pouco neurótica. O problema, era que eu nunca conseguia ser discreta. Portanto, a parte de ser neurótica só vinha depois. Mas a maior parte das vezes nem adiantava, que eu acabava por esquecer de ser neurótica. Minha mãe dizia que eu era tão avoada como meu pai.

—Ah! Nicole! Ainda está viva?- o rosto da senhora se iluminou.

—Sim.- respondi, atônita.

Será que todos conheciam minha mãe?!

—Como ela está? Há tempos que não a vejo!- de repente, seu rosto tornou-se escuro e seu sorriso desvaneceu.- E quem é você? Por que a procura?

—Eu...

—Senhora Malkin! Tem alguma coisa me espetando nas costas!

—Só um momentinho!- ela gritou, virando o rosto para trás e, mais uma vez, aproveitando a ocasião, escapei em silêncio pela porta da frente e apressei os passos para longe.

Quando afastei-me o suficiente da loja e a perdi de vista por tantas cabeças atrapalhando a visão, diminui o passo e comecei a caminhar com os pensamentos longe. Está certo que minha mãe vivia há muito tempo. Muito mesmo. Com cinquenta e um anos todos imaginavam que era a idade ideal para uma senhora, aposentada e com muitos netos e bisnetos. Mas minha mãe só tinha uma filha de doze anos. Eu. E me perguntava: como essas pessoas poderiam se lembrar tão bem da minha mãe? Minha mãe havia saído da Inglaterra aos 20 anos e não voltara mais, sem falar que em Siena, apesar dos boatos sobre a estranha estrangeira com sobrenome italiano e que se refugiava em casa todos os fins de semanas e feriados em casa eram frequentes, era uma cidade pequena, no interior da Itália. E se tem uma coisa que não muda de uma cidade pequena para a outra, é o tamanho da língua do povo. Mas quem daria importância a uma estrangeira em uma cidade assim?

Estaquei o passo em frente a uma loja velha, com as paredes negras e a pintura descascando. Os vidros eram sujos e era difícil de ver o que havia lá dentro. Aproximando-me da vitrine, vi no fundo uma pequena mesa de madeira e uma cadeira. No fundo, estantes que chegavam até o teto preenchidas com várias caixinhas. Havia alguém ali, de pé atrás da mesa e outro alguém na frente. Não conseguia ver as feições de nenhum ou outro ali. A sujeira do vidro me impedia. Dei de ombros e dei meia-volta. Continuei descendo a rua, até que, novamente, arregalei os olhos com tantas pessoas que havia ali, em compensação, o tumulto era muito mais movimentado que o da loja de animais. Floreiro e Borrões brilhava em letras douradas. Antes de infiltrar-me na confusão, uma voz como todas as outras soou perto de mim.

—Harry! Hagrid!- era fina, mas transbordava de felicidade.

Estranhamente, ela ativou minha curiosidade e fez eu virar o rosto para a esquerda. Fosse coincidência ou não, reconheci ele. O garoto de óculos redondos e olhos verdes, mas podia ver seu rosto muito mais nítido. Cabelos negros espetados e desorganizados, a pele estava suja de poeira e um nariz pequeno e reto. As maçãs do rosto estavam um pouco coradas e tinha lábios finos e rosados.

—Olá, Hermione.- disse uma voz grave e alta.

Quando olhei para quem estava do lado do garoto, tive que levantar a cabeça e quase caí para trás com a surpresa. Um homem gigantesco! Aquilo não poderia ser normal! Ele devia ter mais de três metros de altura! O rosto estava escondido por uma volumosa barba e longos cabelos cacheados que paravam em seus ombros. Não consegui ver seu rosto. Além de estar escondido e ser muito alto, estava longe demais. O burburinho aumentou e não pude mais ouvir a conversa. O grande senhor afastou-se deles e passou por mim antes de continuar a descer a rua. Observei sua silhueta sobressair-se nas outras.

—Vem! Todos estavam preocupados!- disse a mesma voz e quando me virei, a garota puxou o garoto para a loja.

Segui o rastro de espaço que eles haviam deixado entre as pessoas e consegui entrar na loja facilmente. Estava entupida de velhos até pessoas da minha idade. Do meu lado, havia uma mesa com livros empilhados e em cima de todos, havia um quadro com a estampa do livro. Quando me aproximei, dei um pulo para trás com o bruto susto. A imagem do homem se mexia! Ele fazia uma pose, mexia as mãos e atrás de si, raios partiam o céu.

—Oh, Harry, graças a Deus! Estávamos torcendo para que não parasse longe!- disse uma senhora tirando minha atenção do livro e abanando a poeira da túnica do garoto.

Harry. Era seu nome. Aproximei-me do grupo onde ele estava e vi que mais três pessoas o acompanhavam além da garota de fora. Havia uma senhora de cabelos curtos, caramelados e com um estranho tipo de prender a franja em uma bola em cima da cabeça. Ao seu lado, um outro garoto mais alto e ruivo, com um nariz propagando-se nas narinas, com lábios apertados e vestia a mesma túnica que Harry. Em frente, havia uma menina de costas, bem menor que o ruivo e os cabelos da mesma cor. Antes que eu tentasse fazer a volta e ver seu rosto, uma voz de um homem que não consegui encontrar (não era coisa da minha cabeça, porque em seguida, todos pareceram ouvi-lo) disse:

—Senhores, senhor Gilderoy Lockhart.- todos viraram-se e começaram bater palmas no momento em que um homem alto, cabelos louros, nariz reto, covinhas nas bochechas quando ria e dentes perfeitamente alinhados apareceu no fundo da loja.

—Mamãe adora ele.- disse o garoto ruivo. A senhora bateu nele no ombro e voltou a bater palmas para o charmoso senhor da frente.

—Ah, com licença, senhorita!- disse uma voz grave e passou pela garota ruiva.- Eu sou do Profeta Diário.- disse um velhinho encurvado e começou a tirar várias fotos do senhor à frente.

Sorria falsamente. Poderia ser atraente, mas o único que senti foi repulsa. Algo naquele homem não me agradava. O que me deixou mais confusa era que as mulheres ao redor suspiravam e se abanavam com os olhos em cima do homem. De repente, seu sorriso se desvaneceu e seus olhos se arregalaram.

—Não pode ser...- ele sussurrou, mas todos estavam em completo silêncio, ouvindo suas palavras como se fossem uma bênção.- Harry Potter.

—Harry Potter?!-exclamou o fotógrafo.- Ah, com licença, senhorita.- disse e puxou o garoto moreno para frente e logo o empurrou para trás da mesa, ao lado do homem falso.

—Dê um sorriso, Harry. Sairemos na primeira página.- o homem sussurrou e sorriu para a câmera, diferente de Harry, que parecia assustado junto ao abraço do homem.- Senhoras e senhores- ele começou a dizer-, que momento extraordinário este, quando o jovem Harry entrou na Floreiro e Borrões para comprar minha autobiografia do "Eu Mágico".- ele foi interrompido por palmas.

Creio que eu e o garoto ruivo fizemos a mesma careta. Afinal, o que ele havia dito de tão impressionante?

—Que a propósito, comemora sua vigésima sétima semana dos mais vendidos do Profeta Diário...- pouco me importei com o resto.

Abanei a cabeça e voltei a minha tarefa. Encontrar minha mãe. Com os olhos, vasculhei cada canto da loja (afinal, não teria como me mexer. Estava espremida entre duas senhoras gordas que não paravam de suspirar pelo famoso "Gilderoy Lockhart") e não tive sorte. Não detive os olhos até eles subirem e pararem na parte de cima da loja, onde havia um outro garoto debruçado sobre a borda que me pareceu familiar. Tinha cabelos loiros, do tipo platinados, puxados para trás que deixavam a mostra seu rosto anguloso, bochechas secas, olhos cinza sem vida e emoção alguma desenhada no rosto, somente desprezo. Olhava para baixo, onde o garoto moreno e o senhor estavam.

—Ele não poderia imaginar- aquela voz irritante e convencida soou novamente, quebrando minha linha de raciocínio-, que sairia daqui levando com ele- um outro homem estendeu uma pilha de livros- minha obra completa.- e os jogou no garoto sujo.- E de graça!- ele disse e sorriu, como se tivesse feito um bem à humanidade.

Todos aplaudiram. O fotógrafo tirou mais uma foto e saiu tão rápido quanto entrou. O homem empurrou Harry para longe como se ele não lhe servisse para mais nada (desconfiei de que era porque o fotógrafo já tivesse ido embora), puxou uma cadeira, sentou-se como um rei e suas palavras foram abafadas pelo burburinho. Ou fui eu que as ignorei? Ah, pouco importava! Quase dei meia-volta, desejando nunca mais ver aquele homem quando aquela senhora disse para as crianças.

—Harry, querido, venha! Me dê os livros!- disse e pegou a pilha com dificuldade para não deixá-los cair.- Que eu pego os autógrafos e vocês esperem lá na frente.- ordenou e todos passaram pela extensa fila que formava.

As duas senhoras gordas começaram a andar para frente e se não fosse por eu ter me esforçado muito para sair de entre delas (repito, muito mesmo!) elas teriam me levado junto. Estava no final da fila, enfim podendo observar a escada que levava para o segundo piso e o garoto do rosto sem emoção. Estava a poucos degraus do chão, fingindo ler um livro, porque no momento que Harry e seus amigos passaram por ali, ele jogou o livro de volta (não sem antes arrancar uma folha. Por que, diabos, ele arrancou a folha do livro?!) de qualquer jeito e desceu atrapalhando a passagem.

—Adorou isso, não foi, Potter?- ele disse, de forma agressiva para o moreno.- O famoso "Harry Potter". Não pode entrar em uma livraria sem parar na primeira página.- ele cuspia as palavras com raiva e nojo.

—Deixe ele em paz.- disse a menininha ruiva, dando um passo para a frente.

—Olha só, Potter.- disse com um sorrisinho divertido.- Arranjou uma namorada.

"Pelo menos ele tem uma, idiota", eu pensei, enquanto passava pela menininha a caminho da porta, mas um barulho abafado me distraiu e fez eu levantar o rosto.

—Tudo bem, Draco, vá com calma.- disse a "senhora" que eu havia esbarrado alguns segundos antes. Ele empurrou o loiro para um lado e sorriu, irônico.- Ah, senhor Potter.- seu sorriso sumiu.- Lúcio Malfoy.- ele se apresentou e estendeu uma mão.- Enfim nos conhecemos.- ele puxou o garoto para si e com a bengala, tirou franja da testa do garoto.- Sua cicatriz é uma lenda. Assim como o bruxo que a fez.- de repente, um arrepio percorreu minha nuca. O que era estranho, não havia vento no local.

—Voldemort matou os meus pais.- o rosto de Malfoy tornou-se sombrio e empurrou Potter para longe.- Ele não passava de um assassino.- o garoto disse entre dentes.

—Deve ser muito corajoso para dizer o nome.- comentou o loiro.- Ou muito tolo.

—O medo de um nome só faz aumentar o nome da própria coisa.- comentou a menina de cabelos encaracolados e castanhos, olhos castanhos, dentes grandes e lábios perfeitamente desenhados.

—E você deve ser a senhorita Granger.- presumiu o loiro, olhando alguma confirmação no rosto do loiro pequeno.- Draco me falou tudo de você. E seus pais...- ela virou o rosto para um casal (o mais normal com roupas normais) que estava em um canto da loja conversando com um senhor alto, com um chapéu pontudo e roupas de bruxo.- Trouxas, não são?- perguntou o loiro, como se aquela palavra fosse o nome de uma barata.- Deixe-me ver- disse, em direção ao grupo de ruivos (de onde havia saído tantos?!)-, ruivos, expressões vazias...

Ele virou o olhar para o caldeirão que a menina ruiva segurava e pegou os livros que estavam ali.

—Livros surrados de segunda mão... Vocês devem ser os Weasley.

Então, o mesmo senhor com chapéu pontudo apareceu e acabou por empurrar-me quando agachou-se um pouco para falar com o grupo. Como minha mãe adorava dizer que a gravidade nunca estava a meu favor, acabei por esbarrar em uma pilha de livros atrás de mim e caí por cima do garoto loiro. Sentia o calor da vergonha dominar o corpo.

—Você?!- perguntou o homem de cabelos longos.- O que está fazendo aqui?

—Isto, é uma loja. Se eu bem quisesse, poderia estar comprando livros para mim, senhor.- eu respondi sem pensar enquanto o senhor de chapéu me ajudava a me pôr de pé. Agradeci em um sussurro e ele assentiu, enquanto o grupo de ruivos ria.

—Se quisesse... Não quer?

—No momento, não. Obrigada, senhor vendedor.- eu disse, dando-lhe um sorriso amarelo.

De acordo com as estatísticas de Charlotte, ser dissimulada nas palavras com um rosto de criança abobalhada no rosto pode te safar de alguma encrenca. Era uma pena que ela fosse tão ruim em matemática. E eu em ouvir seus conselhos. O rosto do homem tornou-se mais sombrio ainda e eu encolhi os ombros com um nó na garganta.

—Está com eles?- ele perguntou, apontando com a bengala.

Neguei com a cabeça

—O que fazes aqui, então?

—Eu... Hã... Eu... Ah...- eu comecei a gaguejar enquanto estava com os olhos fixos naqueles que não tinham sentimento algum. Ele somente me observava atentamente, com aquele mesmo olhar desconfiado.

Instintivamente, olhei para fora e a vi. Só não dei pulos de alegria, não gritei histericamente como uma capivara engasgada e nem sorri exageradamente quando vi minha mãe, porque ela fazia sinais de silêncio e para eu ir para fora com as mãos. Eu me virei para a "senhora" de cabelos lisos e loiros e dei o melhor sorriso que pude.

—Acho que me enganei de loja.- e saí porta a fora.

***


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