Olivia escrita por Loren


Capítulo 20
Briga




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/658054/chapter/20

***

Passaram-se dois dias.

Eu ia em direção à cabana de Hagrid. Nestes últimos rápidos dias o guarda-bosques e novo professor de Trato das Criaturas Mágicas me fazia companhia quando eu ia pintar a árvore. Ele me falou de todas suas criaturas e eu falei sobre meu hábito de pintar. Era engraçado pensar que minhas amigas só sabiam até a parte que eu desenhava, nem mesmo sabiam dos quadros e tinta, no entanto eu contei até mesmo as traquinagens que eu fiz quando pequena nas paredes da casa em Siena. Senhor Hagrid era aquele tipo de pessoa que se adoraria ter em volta de uma mesa de café, para conversar sobre diversos assuntos, mesmo que ele não os soubesse com profundidade. Era um bom ouvinte. Uma boa pessoa.

Havia feito uma Torta Paesana, um tipo de doce com chocolate da Itália. Quando já estava perto dos degraus para a porta, uma criatura com o tamanho de um cavalo se ergueu da horta e começou a grasnar para mim. No susto, eu gritei e o prato escorregou da minha mão. No mesmo momento a porta se abriu em um supetão e eu caí para trás.

—Bicuço!-o guarda-bosques gritou.

Repetiu a palavra enquanto se aproximava de um varal de madeira, onde estavam pendurados corpos de furões. Pelo menos eu presumia que eram furões.

—Tome aqui e cale a boca.- o animal engoliu o cadáver sem nem mastigar.

O guarda-bosques virou-se para mim, surpreso e curioso com minha presença. Caminhou em minha direção e me ajudou a se levantar.

—Senhorita De Angellis. O que faz aqui?- indagou curioso, pegando o prato e os embrulhos.

—Desculpe ter vindo sem avisar. Queria lhe fazer um agrado.- respondi e apontei para o prato que me estendia.- É para o senhor.- ele arregalou os olhos, surpreso.

—Para mim? Pelo o quê?- dei de ombros.

—Apenas um agradecimento. Pela sua companhia nesses dias.- ele abanou a mão.

—Não é necessário nenhum agradecimento. Mas agradeço. Gostaria de entrar?- perguntou, indicando a porta.

—Adoraria!- respondi, animada e ele me deixou entrar primeiro enquanto segurava a porta.

Era tudo simples porém aconchegante. Além de ser tudo grande: as cadeiras e a mesa de madeira, a chaleira, louças e outros móveis. Tudo obviamente para corresponder ao tamanho exigido para Hagrid. Não deixava de ser interessante. Não possuía muitas cores, pois tudo se resumia a madeira, paredes de pedra e legumes, verduras e carnes penduradas. Apesar da descrição, não era nada assustador ou amendrontador. Era tudo bem limpo, com um ou outro canto com sacos de comida que exalavam um cheiro mais forte: com certeza não era comida para pessoas.

—Tudo bem, senhorita?- perguntou, pondo o prato na mesa redonda.

—Sim. Pode me chamar de Olivia, senhor.- lhe recordei, como já havia dito cinco ou seis vezes. Não estava brava ou coisa do tipo, mas só lhe lembrava pois não era necessário formalidades.- Estava reparando sua casa. Desculpe.- comentei.

Obviamente tal dizer poderia ter sido considerado mal educado. Minha mãe mais de uma vez já havia me ensinado como comportar-se na casa de outros ou regras básicas de educação ou “bom senso”, como gostava de dizer. De acordo com ela, o portar eu já tinha conseguido. O que lhe falta é controlar a língua ou agilizar a mente antes de falar!, como dizia em um conselho, na verdade mais com um tom de repreensão. Mais tarde me lembrei disso e pensei se Hagrid havia se incomodado, mas no momento nada disso me viera à cabeça.

—É bem aconchegante, senhor Hagrid.- continuei a falar.- Mas não sei. Acho que falta cor. Gosto de cores e o senhor?

Ele riu, divertido com minha conversa e pôs a chaleira no fogo para esquentar a água. Preparou duas xícaras amarelas com um saquinho de chá em cada uma e sentou-se em uma das cadeiras.

—Eu também gosto. Mas nunca pensei em pintar a casa.- apontou para a outra cadeira e me sentei, estranhando quanto espaço havia ao meu redor.- Acho que acabaria enjoando.- explicou, dando um sorriso leve.

—É... pode ser que sim.- concordei e pensei por algum momento o que poderia ser acrescentado para aquela sala, sem que houvesse o risco de se cansar.

Talvez fosse um mal ou não, mas não observava os recantos dos outros por maldade. Apenas me agradava conhecer o estilo de outra pessoa. Se desejas conhecer uma pessoa, conheça a casa. É o reflexo de seu ser no dia a dia. Principalmente se há quadros, os quais pode dar mais informações, mesmo que indiretamente. Quadros! Claro!

—Senhor Hagrid e que tal se...- começava a conversa para ver se lhe agradava a ideia de alguma pintura nas paredes nuas, quando percebi que tinha o olhar perdido na horta.- Senhor Hagrid?- espiei pela janela e vi a criatura deitada sobre algumas abóboras.- Está tudo bem?- perguntei, sentindo que havia algo de errado, afinal era raro encontrar o guarda-bosques em um humor deprimente.

—Hum?- murmurou, virando-se para mim e pareceu acordar do transe.- Ah, claro, claro. Tudo está bem. O que dizia?

—O que... bem, quem é aquele?- indaguei e apontei para a horta, todavia com o intuito de saber o que acontecia.

—Aquele é Bicuço. É um Hipogrifo. Já ouviste falar?- franzi o cenho.

—Somente de Grifos.

—Bem, muitos acham que são quase a mesma coisa, mas não são. Os Hipogrifos tem um porte maior e as patas traseiras como de cavalos. São criaturas majestosas e fortes.- explicou e virou o rosto para o animal.- São muito leais também. Mas podem ter um temperamento... difícil. São muito orgulhosos.- suspirou e apoiou a cabeça na mão, fechando os olhos por um segundo.

—Senhor Hagrid.- ele me fitou com os olhos de azeite escuro.- O senhor pode falar o que quiser. Talvez eu possa ajudar.- lhe disse sorrindo e estendendo uma das mãos.

—Obrigada, Olivia.- respondeu e pegou minha mão.

Por um momento pensei que seria capaz de esmigalhá-la, porém foi delicado ao fazê-lo e apenas pôs os dedos em minha palma.

—Bicuço será julgado.- arregalei os olhos.

—Pelo o quê?

—Na minha primeira aula... eu o apresentei e seria o assunto de estudo. Mas houve um acidente. Um dos alunos desrespeitou Bicuço e, como eu disse, são criaturas muito orgulhosas. Acabou revidando e ferindo o estudante.

—Oh meus céus! E foi muito grave?

—Um arranhão. Pelo o que Madame Pomfrey disse, já está melhor, apesar de ele continuar andando com os curativos.- estranhei aquele fato.

—Por quê? Quem é o aluno?

—Draco Malfoy.- no mesmo instante bufei e revirei os olhos.

—Sei que minha casa representa e clama bondade... mas cá entre nós? Acho que não me sinto tão por ter sido Malfoy.- comentei e ri baixinho.

Hagrid me acompanhou na risada mas logo voltou ao semblante tristonho.

—Eu sinto muito por Bicuço. Mas deve de ficar tudo bem! O senhor não sabia e todos sabem que Tratos de Criaturas Mágicas oferecem certo risco.- ele assentiu.- Além do mais com as próximas aulas o senhor vai demonstrar que foi um primeiro e único erro e tudo vai...

—Estou dispensado das próximas aulas. À pedido dos pais.

—Pais? Mas se...

—Lucio Malfoy possui muitos contatos e muitos deles são pais de outros alunos em Hogwarts. Eles apenas reforçaram, dizendo que posso ser um perigo às crianças. Eu e Bicuço.- mirou o animal entre as abóboras.- Acho que pretendem levá-lo embora.

Pela terceira vez em minha vida, senti aquele ditado de “ter o sangue fervendo”. Um calor subiu por meu corpo e minha vontade era de sair correndo e gritando o quão absurdo aquilo era. O enorme homem à minha frente, o qual poderia sim assustar qualquer outro ser humano com seu tamanho anormal, no entanto era incapaz de oferecer perigo, a não ser que quisesse. E mesmo que Draco Malfoy fosse um ser detestável, ele não faria mal à um aluno.

Era estranho ter tanta raiva de alguém, pois desde pequena eu tentava sempre ser justa e boa, como minha vó sempre me aconselhava. Não deve ter tanta raiva dos outros, minha Oli. Não somente porque eles não pensam como nós e por isso devemos tentar compreender e respeitar, mas também porque sua raiva é tu que carrega. Não guarde em si sentimentos ruins. Eu tentava levar as palavras de minha vó comigo. Porém ela dizia que meu mal era “amor e respeito demais”. Minha paciência não era tão longa quando o assunto era meus amigos ou minha família.

Me levantei e abracei Hagrid. Não pude ver sua expressão, mas acho que tomara um susto pois levou um tempo para o abraço ser correspondido.

—Vocês italianos realmente são mais calorosos.- afastei-me e sorri, percebendo que ele parecia melhor.

—Não se preocupe, senhor Hagrid. Tudo vai ficar bem.- lhe disse e voltei ao meu assento, fitando a cinzenta e enorme criatura. Uma ideia estalou.- Senhor Hagrid, e se eu pintasse Bicuço?- ele franziu o cenho.

—Eu não sabia que já mudam as cores de um animal.- eu ri.

—Não, não. Eu posso pintar um quadro de Bicuço. E o senhor poderia colocá-lo em sua casa. Independente do que for acontecer, e vai ser coisa boa, Bicuço vai estar aqui.

Ele arqueou as sobrancelhas e olhou mais uma vez para o animal. Voltou-se para mim, com um sorriso bem maior.

—Seria ótimo, Olivia. Eu adoraria.- bati as mãos em satisfação.

—Perfeito! Amanhã mesmo começo!

—Não vai atrapalhar suas aulas?

—Pego os horários livres. Só peço que o senhor esteja aqui. Não sei se Bicuço gosta de mim.- pedi, um pouco sem jeito.

—Não se preocupe. Vou apresentá-los melhor amanhã. Além disso, tu é uma boa menina. Não tem como não gostar.- deu duas batidinhas na mesa e levantou a cabeça, parecendo mais animado.- Vamos mudar de assunto? O que trouxe para mim?

***

Não era noite e nem mesmo era o entardecer quando eu voltava.

O sol já estava baixo e provavelmente faltava uma hora mais ou menos para as sete. A raiva já havia passado e por um momento fiquei feliz em constatar que eu não havia reagido de maneira bruta como das outras vezes. Era um progresso. Definitivamente minha mãe vai gostar de saber. Pensava em escrever uma carta para ela e se eu possuía todas as tintas para Bicuço e seu cenário, quando uma movimentação em um dos corredores abertos do pátio me chamou a atenção.

A probabilidade de eu ignorar aquele bolinho de pessoas era de noventa por cento. Cem contando o fato de que eu estava ansiosa por escrever à minha mãe. Entretanto, as cores preto e amarelo em alguns dos uniformes me deixou curiosa e receosa: eu jamais havia visto Lufanos envolvidos em algum tipo de junção, que pelo tom de vozes e gestos, não era amigável. Me aproximei às pressas, tentando encontrar uma entrada entre os corpos uniformizados, quando um outro saiu do círculo, caindo com o rosto diretamente no chão.

—Ernesto!- reconheci o Lufano do terceiro ano.

Após pegá-lo pelo braço e ajudá-lo a se levantar, mal deixei o rapaz respirar.

—Você está bem? O que está acontecendo? Por que tem tantos Lufanos aqui? É alguma briga? Quem está lá? Como que...

—Olivia, respira.- ele pediu, entre ofegos e o obedeci, parando por alguns segundos.- São Gale e Alene.- arregalei os olhos, já virando os pés para a roda.- Não! Espera! É o Malfoy. Ele e os guarda-costas.- entendi como sendo os dois gorduchos que sempre o acompanhavam.- Eu tentei tirá-las de lá mas aqueles dois me jogaram para foraa.

—Chame um dos professores.- eu falei, virando as costas para a roda.

—O quê?- perguntou, confuso e eu respirei fundo, buscando paciência.

—Disse para procurar um professor. Somente assim eles vão parar.

—E o que tu vai fazer?- eu o fitei, um pouco incrédula com a resposta.

—Vou ajudar minhas amigas!- respondi, sem esperar mais um segundo e comecei a empurrar os alunos.

Não sei dizer se machuquei alguém, pois sentia tanta raiva que minha única meta no momento era entrar naquele círculo. Claro que a cada passo e empurrão eu pedia com licença e desculpas, mas não era meu foco ser delicada. Quando consegui por fim empurrar o último aluno à minha frente, minha primeira intuição foi ajoelhar-me ao lado de Alene que tinha os livros jogados ao seu redor e o rosto molhado.

—Ale? O que houve? Ale?- eu perguntei aos murmúrios, mas ela não dizia nada, apenas balançava a cabeça. Além de lágrimas, tinha o rosto vermelho.

Não tinha nenhum arranhão ou sangue, nem mesmo as roupas estavam afetadas. Apenas sua expressão parecia machucada.

—Você não tem o direito de usar seus brutamontes contra ela ou contra qualquer outra pessoa! Quem você pensa que é?!- virei-me para encontrar Gale de pé, aos berros contra um trio de semblantes verde e prata.

—Eu apenas fiz um pedido de uma de minhas colegas.- respondeu o loiro, com a clássica voz arrastada, indicando com a cabeça uma outra aluna sonserina atrás de si, que segurava uma menina chorosa nos braços.- Gosto de ajudar os meus. Nós, sonserinos, não somos tão ruins como dizem, sabia?- respondeu e sorriu debochado.

Reparei no braço enfaixado do sonserino e recordei-me do que o guarda-bosques havia me contado. Fechei os punhos, sentindo a raiva aumentar, levantei-me, pronta para dar alguma resposta, quando senti minhas vestes serem puxadas e encontrei os olhos azuis marejados de Alene.

—Oli, não. Por favor.- fungou, antes de continuar.- Vamos embora. Apenas vamos embora.- pediu em um sussurro e eu relaxei, vendo que ela não queria nada mais do que sair dali.

Eu assenti e a ajudei a se levantar. Gale ainda trocava farpas e respostas com Malfoy e pelo visto pretendia partir para cima, vendo que estava cada vez mais perto do rosto de porcelana barata.

—Gale!- ela virou-se e viu Ale abraçada em minha cintura, abaixando o mais possível para esconder o rosto. Ato inútil com as tranças laterais que apenas ajudavam mais ainda as bochechas vermelhas aparecerem.

A negra me olhou por um segundo e assentiu. Voltou para perto, juntou os livros e passou um dos braços pelos ombros encurvados de Alene. As pessoas ao redor não falavam mais nada. Nem mesmos os murmúrios de antes. Quem dera tivesse continuado assim: em silêncio.

—Vejam só. Temos outro trio por aqui. O trio de prata. Segundo lugar, como sempre para os Lufanos.- provocou Malfoy e despertou as risadinhas dos colegas.

—Melhor do que ser um trio de latão, não? Inútil e sem graça.- respondi, sem nem mesmo lhe olhar nos olhos.

As risadas com meu comentário foram muito mais altas, mas ainda assim não foi o suficiente para a cobra.

—Antes um trio de latão puro do que prata falsa. Que coisa mais patética.- continuou a falar e eu só queria que Gale fosse mais rápida para colocar os livros na mochila.- Uma lufana que deseja ser sonserina, uma com a mãe louca e a outra que foi abandonada por uma mãe trouxa.

—Cala a boca!- gritou Gale, deixando a mochila escorregar um pouco das mãos e assim alguns livros caíram.

Entretanto os livros caídos era a menor das minhas preocupações, visto que dessa vez até mesmo Gale tinha os olhos úmidos.

—O que foi? É ruim ouvir a verdade? Tudo bem.- disse Malfoy, erguendo as mãos como se desse por vencido. Quem dera.- Mães e pais abandonarem os filhos não é uma nenhuma novidade, mas uma mãe trouxa querer abandonar a filha bruxa? Se até mesmo uma trouxa idiota sabia o quão desnecessária tu é, quem sou eu para dizer o contrário?

Gale não respondeu. E não foi preciso. Em um impulso soltei a cintura de Alene e me aproximei com passos pesados até a boneca de porcelana. Fitei os olhos cinzas por um minuto.

—Ah, e agora a estrangeira! Nem devia estar aqui para...- eu não o deixei terminar de falar.

Quem conseguia aguentar aquela voz maldita? Por mais que o rosto fosse impecável, as palavras que saíam daquela boca eram mais fedidas que fezes de gado. E isso porque as fezes ainda podem ser úteis como adubo para a terra. Eu não fiz nada demais. Nada do que não tenha feito antes. Eu apenas quis deixar seu perfeito rosto igualado ao nível de suas palavras. Por um momento, todos ao redor riram alto ao ver o filete de sangue escorrendo do nariz de Malfoy.

—Está louca?! Quem tu acha que é?!- gritou, com uma das mão nas narinas, a outra se segurando em um dos seus brutamontes e os olhos arregalados.

—Eu? Tu mesmo disse! Eu sou a estrangeira!- dei um passo à frente e ele um atrás.- Proveniente da Itália. E sabe como é na Itália?- respondi entre dentes e o segurei pelo colarinho, fazendo com que o rosto pálido se contorcesse em uma careta de susto.- Primeiro família, em seguida os amigos. E meus amigos são minha família.- falei erguendo um punho e sentindo a necessidade rara de bater, pronta para ser saciada.

—Senhorita De Angellis! Pare agora mesmo!- a voz furiosa de McGonagall soou a alguns metros e logo a roda se abriu para deixar a figura alta e esguia da professora de Transfiguração entrar.- Um comportamento totalmente desprezível e inaceitável, ainda mais advinda de sua casa! Solte o senhor Malfoy, senhorita De Angellis. Agora.- ordenou com o tom e o olhar severo. Por trás dela pude entrever Ernesto com os olhos arregalados e as mãos nos cabelos, provavelmente surpreso em ver a cena.

A contragosto, mas com a adrenalina mais baixa no sangue, larguei o colarinho da camisa branca e virei-me para a professora, com a cabeça baixa ciente do que eu tinha feito. Respirei fundo, sentindo meus punhos fechados tremerem.

—Todos os outros, voltem para suas casas e tarefas! Não há mais anda que ver! Senhorita De Angellis e senhor Malfoy. Sigam-me.

Definitivamente minha mãe não vai gostar de saber disso.

***


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Qualquer erro gramatical, de concordância ou de informação, por favor, avisar! Agradeço muito.
Espero que tenham gostado.
Beijos e abraços apertados da Loren.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Olivia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.