Você Me Destruiu escrita por Hyiani


Capítulo 5
Pensamentos Distintos


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoas, como estão?
Estou aqui, esse capítulo não está muito longo, mas ele está com qualidade! *eu acho*
Agora as postagens das fanfics serão semana sim, semana não. Esse final de semana foi a vez de VMD, mas no próximo não terá.
Pode ocorrer de ter um capítulo pronto mais rápido, aí eu posto até 2 finais de semana seguidos *mas vai ser difícil*

Desejo uma boa leitura!



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Algemas existem para limitar uma pessoa.
Prendê-la, deixá-la vulnerável, impedir que ela fuja, dentre outras coisas.

A expressão: "Algemas invisíveis", é usada por muitas pessoas.
Você realmente sabe o significado dela? Bom... Eu não.
Mas eu tenho minhas ideias.

Limitar sua filha a fazer apenas o que você quer... É uma delas.

E quando você tem aquela vontade de sair socando tudo, para se sentir livre, se libertar de algo, mesmo que de forma inadequada.

Com algemas rodeando seus pulsos é mais complicado do que você pensa. Extravasar a raiva, se libertar de problemas, fazer as coisas que você tem vontade.

E obviamente várias coisas se tornam impossíveis.

-Posso começar a explicar? - eu pergunto parando debtentar adiar a explicação, ele merece, eu estou envolvendo ele, afinal.
-Sua situação com a sua mãe? - ele pergunta sendo específico.
-Sim. - eu digo já me preparando para começar a grande história.
-Não - ele fala me surpreendendo, eu... Não esperava por essa. - Não! Não entenda mal! - ele se apressou em se corrigir.
-Então... Como assim?
-Eu queria te fazer algumas perguntas, se você permitir, claro! - ele disse me olhando de canto de olho.
-Ãhn... - eu realmente não sei o que ele gostaria de me perguntar, tenho receio, mas... - Pode mandar! Quer dizer... falar.
-Por que se corrigiu? - ele perguntou um pouco confuso.
-É que você fala... formalmente - eu disse depois de pensar no motivo, eu me corrigi sem perceber, mas acho que franzi o cenho porque Sasuke começou a sorrir.
-Não precisa disto - ele disse sorrindo, mas mantendo seu foco na estrada. - É que eu prefiro não utilizar gírias, para não adquirir esse hábito na minha fala. Eu lido com vários executivos, prefiro assim.
-Entendi, sábia decisão - eu disse, pensando em adquirir esses hábitos. - Mas, quantos anos você tem?
-17, por quê? - ele disse e eu me surpreendi, o comportamento dele é muito diferente do meu.
-Eu também...
-Você tem muito contato com os negócios?
-Na verdade não - eu disse pensando nas poucas vezes em que eu fiquei no escritório do meu pai ajudando, ou, só de bobeira.
-Eu comecei a pesquisar cedo, sobre isso. Frequentava bastante o escritório do meu pai, perguntava para vários sócios...
-Igual você ia fazer hoje com o meu pai? - eu disse me lembrando da situação de 10 minutos atrás que mais pareciam 10 horas.
-Na verdade eu fui para lá para pedir seu endereço de novo - ele disse sorrindo, eu me surpreendi, de novo. - Eu fiquei muito desorganizado na semana em que te encontrei no escritório, e acabei perdendo o papel que você me deu.
-Ah... Quer que eu te passe de novo? - eu perguntei e ele assentiu. - Mas, meunpai me disse que você foi falar com ele.
-É, eu aproveitei a oportunidade - ele disse explicando calmamente.

Eu vi um bloco de notas e uma caneta no suporte de copos e peguei, Sasuke observou e não contestou ou se opôs, entendi isso como uma permissão. Escrevi meu endereço completo e decidi anotar meu número do celular.

-Anota meu endereço e meu número também - ele falou, eu assenti e peguei outra folha do bloco. Ele falou e eu anotei tudo, guardando no meu bolso.
-Eu esqueci meu celular em casa.
-E eu estou dirigindo! - ele disse bem humorado. - Vamos voltar ao assunto do foco principal?
-Ah! Claro - eu disse me lembrando do quê ele falava.
-O que você acha do seu pai e do trabalho dele? - ele disse sem me olhar, a todo momento se concentrando na estrada.
-Bom... Meu pai é... legal? - eu disse mais em tom de pergunta, eu estou perguntando pra mim ou para ele? Sasuke soltou um risinho. - É, ele é. Legal. Ele é esforçado e bem sucedido, o trabalho dele é legal, mas não é para mim.

Acho que já ouvi essa pergunta umas 200 vezes da boca da Dra. Meredith, mas quando ela me perguntava eu desviava o assunto ou simplesmente não respondia.
Mas quando ele me perguntou tudo saiu com fluidez, mesmo que com talvez um pouco de dúvida. Por que fiquei tão confortável... Eu não sei.

-Você tem irmãos, primos, tios... Ou algum parente próximo?
-Sem levar em consideração meus pais, ninguém - eu disse por fim, depois de pensar no mais adequado. - Não tenho primos, meus tios moram fora do país e nenhum é casado, não tenho irmãos e meus avós de ambas as partes são falecidos.
-Hum... Tem muitos amigos?
-Quase nenhum.
-Me conta agora a história da sua relação com a sua mãe, - ele disse depois de pensar sobre as minhas respostas, o quê ele é? Psicólogo? - aproveita e me diz algumas curiosidades sobre as suas brigas.
-Acho que um pouco do básico é que... Ela quer que eu seja outra pessoa, ela me idealizou de outro jeito. E recentemente ela descobriu que eu vou prestar faculdade de Medicina. Só que eu vou ter que falar seriamente com meu pai, porque eu não tenho dinheiro e minha mãe quer que eu estude Direito. - eu falei tentando resumir a história, no mesmo momento ele me olhou de relance incrédulo.
-Sua mãe vai te proibir de fazer faculdade? - ele pergunrou sando ênfase em várias palavras, com uma cara cômica de indignação.
-Não sabia que o Coringa é louco? - eu disse fazendo cara de desdém. - Brincadeiras à parte. Não, ela não quer que eu faça faculdade de medicina. Ela quer que eu assuma a empresa.
-Você tem talento para lidar com documentações e isso é uma parte importante. Por que não tem interesse? - ele me pergunta e eu vi que estava realmente interessado.
-Próxima pergunta - eu disse fazendo cara feia e agindo da mesma forma com que eu lido com as perguntas da Dra.
-Você frequenta o psicólogo, não é? - ele disse com uma certeza em sua voz que eu quase me esqueci de que havia uma pergunta a ser respondida.
-É... - eu disse um pouco desconfortável. - Como soube?
-Eu conheço os procedimentos e a maioria das pessoas no início das consultas age igual você. - ele disse me explicando, então talvez seja por isso que a Meredith tem tanta paciência, não sou a única a agir dessa forma. - Se não quer responder essa pergunta tudo bem. Nós já chegamos no cinema.

Ele estacionou o carro e nós decemos em silêncio.

Em filmes de ação, sempre armam um plano para pegar as chaves das algemas e se libertarem.
Mas e quando a algema e a chave não existem?
Você sabe que estão lá, mas não as vê.
Você tem que fazer tudo às cegas.
Isso torna as coisas um pouco mais difíceis, não é?

Você começa a se sufocar, pelo desespero, pelo medo.
Precisa se soltar, mas não sabe como.
Até...

Até que surge algo, ou alguém que abre suas algemas e te mostra várias coisas de outro ângulo, de outra possibilidade, com outros olhos.

E tudo muda...


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam?
Se quiserem me dizer eu adoraria ler e responder!

Eu também quero muito agradecer o apoio de vocês, que estão acompanhando *mesmo com as minhas demoras*! Obrigada! Temos muitas visualizações sabiam? Quase 800 se não me engano.

Eu queria avisar que todos os capítulos aqui, tem uma interação maior com vocês, alguns tem curiosidades. E os capítulos no Spirit tem uma capa em todos, se quiserem dar uma olhada fiquem à vontade!

Beijos!!



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