Você Me Destruiu escrita por Hyiani


Capítulo 6
Válvula de Escape


Notas iniciais do capítulo

Faltando alguns minutos para a meia-noite, eu consegui cumprir o prazo galeraaa!!!!
Demorou, mas chegou e cá estou eu!!!

Desejo uma boa leitura!!!
Espero que gostem



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Um momento de descontração.

Ele pode significar muito para alguns, e muito pouco para outros.
A questão é que todos precisamos de um, mas alguns têm com menos frequência.

Esses momentos servem para fazer você relaxar, esquecer as preocupações...
Deixar você ser... Você mesmo.

Precisamos destes momentos para que a tensão, não nos envolva de uma forma medonha e nos faça afundar.

Às vezes algumas pessoas podem te ajudar com isto.
Enquanto outras fazem o oposto.

-Bom Dia, Sakura! - a pessoa que eu menos queria ver naquele dia, claro que depois da minha mãe, disse me cumprimentando.
-Bom dia Dra. Hailey - eu falei jogando a minha mochila em um sofá no canto da sala, enquanto sentava no sofá em frente a mesa da Meredith.
-Como foi o final de semana? - ela perguntou com um leve sorriso nos lábios, e foi aí que eu percebi uma coisa: ela é doida.
-Ele teve dois dias. - eu disse me limitando a pensar no que se passava na cabeça dela.
-Achei que comentaria sobre algum passeio, - ela falou me olhando de forma acusatória - porque a sua mãe me disse que você foi passear e voltou mais calma.
-Minha mãe anda contando muita coisa... - falei sem fazer contato visual, e logo em seguida fiquei olhando pela janela que tinha na sala.

Eu comecei a "analisar" a paisagem.
É o seguinte: o andar do consultório fica bem no alto do prédio, então dá para ver várias coisas em um ângulo diferente.
Dá para ver uma certa beleza nos carros que rodam pela cidade, mas que quando nós estamos dentro de um deles, nas ruas, ficamos estressados, nervosos, reclamamos do trânsito...
Consigo ver uma certa graciosidade, nas pombas que eu tanto detesto quando passam voando por cima de mim, ou que eu detesto pelo simples fato de elas existirem.
É perceptível, aquela beleza, em um pedaço do mundo acima da sua cabeça, mas que provavelmente você não para pra olhar. O céu, ele está um pouco nublado, mas eu consigo ver a transição das cores pela proximidade com o Sol.

Eu me habituei a fazer isso: divagar, em todas as consulta.
É menos desesperador, e faz com que as consultas sejam QUASE suportáveis. Eu disse quase.

-Sakura, com quem saiu? - Meredith lançou a pergunta depois de um tempo me encarando depois da minha última resposta.
-Com uma pessoa, sabe o que elas são Meredith? - eu falei com sarcasmo bem visível em minha voz.
-Quero saber com QUEM. O nome da pessoa, Sakura. - ela falou pacientemente.
-Minha mãe não te contou? - eu perguntei voltando finalmente meu olhar para ela, fazendo uma falsa expressão confusa, até que ela balançou a cabeça para os lados dizendo que não. - Porque não é da sua conta.
-Sakura... A cada dia se torna mais difícil, nós termos uma conversa sem grosserias não é? - ela perguntou com um sorriso, um tanto quanto triste, nos lábios, o que QUASE me fez sentir pena dela.
-Pois é, né? A cada dia você se mete mais onde não deveria. - eu disse que quase senti pena.
-Eu só queria te ajudar, talvez esta pessoa seja uma forma de te fazer sentir melhor. - ela falou desviando os olhos, desconfortável, com o meu comentário.
-Bom... Eu nem sei se algum dia vou ver ELE de novo. - eu falei dando ênfase no ele, para talvez satisfazer a curiosidade dela.
-Então é um garoto? - ela fez uma pergunta retórica, da qual eu nem sequer acenti com a cabeça. - O que vocês foram fazer?

Naquele momento várias coisas me passaram a mente e eu tive vontade de sorrir, mas me controlei.
Eu e Sasuke fomos ao cinema e acabamos assistindo dois filmes porque não conseguimos nos decidir entre um e outro. Eu não me lembro direiro da história, porque passamos o filme inteiro rindo e conversando, consequentemente escutando vários pedidos de silêncio, para a qual não demos a mínima atenção.
Depois eu ainda não queria voltar para casa, ele não concordou muito com isso, achava que eu deveria ir falar com os meus pais para nos entendermos (o que aparentemente ele não sabe que não têm a mínima chance de acontecer, a menos que é claro eu me submeta a várias faculdades torturantes de direito).
Eu fiquei insistindo para ir a outro lugar, mas por incrível que pareça ele ganhou a discussão com poucas palavras: "Quer que não possamos sair nunca mais Arlequina?".
Mas nós passamos por um parque de diversões à caminho de casa, e como fazia muito tempo que eu não ia à um, eu comecei a dar um chilique, nem um pouco infantil, dentro do carro. Foi surpreendente, mas ele deixou e nós ficamos até escurecer, indo em vários brinquedos, comendo besteiras, tudo em um clima ameno e confortável.
Foi como sair de um campo de guerra, e ir direto para a cama, no silêncio e bem calma. Dormir e descansar...

Infelizmente eu sabia que tinha que voltar para casa, e eu fui. Mas com um humor bem melhor. Sasuke me deixou na frente de casa, mas eu nem se quer o chamei para entrar, já que eu esperava um grande sermão. Meu pai não tinha chegado em casa e minha mãe estava sentada no sofá, aparentemente mais calma.

-Como foi? - eu dei um pulo no primeiro degrau da escada, com o susto que eu levei, e sem motivo algum, porque não aparentava ter raiva, ódio ou remorso na voz dela.
-Foi tudo bem mãe! - eu me virei para trás para observá-la e vi que ela fazia o mesmo, eu abri um sorriso, sem motivo algum e ela arregalou os olhos.
-Que bom! - ela falou me olhando dos pés à cabeça. Eu comecei a subir a escada, até que quando cheguei na metade escutei ela falar - Eu realmente me pareço com o Coringa?
-Não, mãe! - eu respondi rindo. - Mas ele parece o Batman...

Foi a primeira brincadeira que eu fiz com a minha mãe em anos. Eu subi me troquei e mal consegui dormir, de tanto que eu pensava nisto.

-Não fizemos absolutamente nada. - eu respondi depois de um tempo, mas a mentira era tão mal contada, que eu acho que qualquer um poderia perceber.
-Ah, não? Então ficaram se encarando? - ela perguntou entrando na jogada, com falso desentendimento.
-Bom... Nós só conversamos. - contei uma meia verdade.
-Sobre... - eu previ a pergunta e me virei para encará-la, ela percebeu que aquele era um campo minado, e que o mínimo progresso que ela tinha feito seria todo perdido, com uma simples pergunta, eu já havia planejado todas as grosserias que eu podia dizer quando ela mudou o rumo da pergunta. - Sobre o quê você gostaria de conversar agora Sakura?
-Sei lá, você já fez vários testes em mim. - eu disse me lembrando dos vários e vários "experimentos" que ela já tinha feito em mim. - Aquele das manchas era legal.
-Você deu a mesma resposta em todos Sakura... - ela falou se lembrando de todas as imagens que tinha me mostrado naquele dia. - Se é que: "Ãhn" e "Mancha", são respostas válidas...
-Você falou que todos têm sua própria visão naquele teste. E não é minha culpa se eu não tive resultados como nos filmes, onde eles vêm pessoas, traumas... - eu falei listando algumas coisas que eu me lembrava de ver naqueles filmes clichês. - Todos pareciam manchas!
-Olha! - ela disse apontando para a minha boca. - Seu primeiro sorriso durante uma consulta! Este é um dia memorável!
-Alto lá! - eu falei apontando para o relógio para desviar a atenção dela. - Acabou a tortu... consulta!
-Tudo bem, tudo bem. Gostei bastante da consulta de hoje, obrigada Sakura - ela falou rindo da careta que eu fiz.
-É, valeu... Tchau. - Falei pegando minha mochila e indo em direção a porta. Foi aí que eu percebi, que somente a lembrança daquele dia que eu passei com o Sasuke, melhorou meu humor.

Na vida existem vários tipos de pessoas.
Sinceramente eu não sei qual é o meu.
Mas talvez eu saiba o dele...

Na categoria: Peso nos ombros, se referindo a problemas e etc. Teriam duas modalidades:
●Âncoras
●Válvulas de Escape

As pessoas Âncoras, são aquelas que se alegram com tudo dando errado, e que como o próprio objeto faz, puxam você para baixo.
As pessoas Válvulas de Escape, são aquelas que querem te ver melhor, querem te fazer sorrir, mesmo que não percebam, elas aliviam as coisas, deixam tudo mais fácil e mais leve...

Não seja uma Âncora, isso só vai te ferir, cada vez mais, e vai ferir os outros também.
Dê o seu melhor para ser uma Válvula de Escape, tente ajudar os outros, isso irá te fazer sentir realizado, cada vez mais feliz.
Mas sempre tem uma situação, onde você não sabe como agir. Eu te aconselho a se manter imparcial, talvez observando, você identifique as Âncoras e as Válvulas, você vai saber de quem se aproximar, de quem se afastar...

É...
Eu achei minha Válvula de Escape.


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Notas finais do capítulo

Eu não sei se já havia falado sobre o "cronograma" que eu consegui me "organizar" para fazer...
Então eu vou falar aqui, desculpa se eu estiver repetindo.

Os capítulos serão postados: um final de semana sim, outro não.
Eu irei postar entre: sexta-feira até segunda-feira. Até agora está dando certo.

Finalmente né? Eu postava um pouco e sumia por dois meses... Desculpa. Mas agora vamos torcer para dar certo!

Queria agradecer a todos vocês que estão acompanhando a fic, todo este percurso (não muito longo, mas importantíssimo para mim). ADORO VOCÊS!

Se quiser deixar sua opinião nos comentários, iria me deixar muito feliz ler e responder!

Beijos e até o próximo!



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