New Security Life- INTERATIVA escrita por Escritora do Hades


Capítulo 81
Capítulo 81- A Traidora


Notas iniciais do capítulo

Hellou! Voltei, depois de cinquenta mil anos!
Nada muito bom, mas eu realmente queria postar a fic!
Aproveitem!



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POV’S Frederick

Depois de darmos uma passada no bar do Harley para acalmar os ânimos, decidimos voltar para casa. No caminho, paramos na firma Robbins para checarmos o projeto, e em seguida, fomos resolver a compra do apartamento novo de Michael e Anne, uma vez que ambos já estavam quase completando os estudos e depois de tudo, planejavam se casar.

Quando tudo estava completo, fomos para a nosso lar.

Vaneloppe foi para o quarto, trabalhar em alguns avanços do projeto. Diana também se refugiou no próprio mundinho, mexendo em seu telefone, vendo como estava Ana, Charlotte, Jéssica e companhia. Michael e Anne foram para o quarto de meu filho, fazer sabe deus o quê.

E eu e Lucy fomos para a cama, dormir depois de um dia tão agitado.

Minha mulher adormeceu num piscar de olhos, mas eu me mantive de olhos abertos, irrequieto, rolando na cama e na coberta como um enroladinho de salsinha.

Enroladinho de Fred.

Suspirando, me levantei da cama. Ao meu lado, Lucy murmurou um sonolento “Vai aonde, meu amor?”. Sorrindo, depositei um beijo em sua testa e disse que ia apenas beber um copo d’água na cozinha.

Lucy assentiu e voltou a dormir, pois sabe muito bem que quando eu digo “Vou beber um copo d’água na cozinha”, eu quero dizer “Estou sem sono e vou “arrumar sarna pra me coçar”, querida”.

Saí do quarto. Passei pelo corredor, e consequentemente, pelas portas do quarto de meus filhos.

O quarto de Van tinha a porta entreaberta. Espiei um pouco e vi minha filha sentada diante da escrivaninha, mordendo a ponta do lápis, enquanto rabiscava furiosamente em um monte de papéis. Uma caneca de café fria repousava ao lado da bagunça.

Sorrindo, saí dali, decidindo não atrapalhar. Passei pela por de Diana.

A luz estava acesa, e isso significava que ela provavelmente estava lendo ou desenhando, e quem sabe, talvez pesquisando mais para o projeto ou quem sabe até inventando alguma geringonça interessante para montarmos qualquer dia desses, eu, ela, Michael, Lucy e Vaneloppe, e Anne, se ela quiser participar da nossa “Diversão em Família”.

Passei silenciosamente pela porta da minha caçula. O próximo quarto era o de Michael.

A porta também estava ligeiramente aberta, e eu ouvi vozes, a de Michael e a de Anne, embora as luzes estivessem apagadas.

Me aproximei da porta e espiei...

Não era o que eu esperava...

Michael estava sentado ao lado de Anne na cama, encostados na parede. Ambos seguravam o velho diário da família Fazzbear, enquanto passavam uma lanterna de luz negra sobre o diário. De testas franzidas, anotavam algumas coisas e trocavam ideias, anotando pontos importantes e debatendo.

Eu jurava que eles estavam fazendo outra coisa, mas tudo bem...

—Veja, Michael, ela está explicando como se produz o soro...-dizia Anne, explicando algo para meu filho, enquanto apontava para alguma coisa no diário de couro gasto.

—Está falando desses caracteres rúnicos antigos aqui?-perguntou meu filho, de testa franzida, indicando alguma coisa no livro com o lápis- ou da criptografia em latim no canto da página?

—Estou falando disso aqui-Anne apontou para algo no diário- está vendo? É a receita, bem aqui, em alguma língua que definitivamente não conheço...

—Nem eu...-falou Michael- mas afinal, existem só 6.500 línguas e 7.500 dialetos no mundo, a gente pode descobrir...

Anne suspirou.

—Puxa, estou mais otimista agora-debochou ela.

Michael riu, antes de se inclinar e beijá-la. Anne o puxou para mais perto e o beijou de volta, antes de se afastar rapidamente, ganhando um protesto de Michael.

—Nada de namoro agora-avisou ela- temos muito o que fazer...

Michael resmungou um pouco, mas concordou. Os dois voltaram aos seus afazeres.

Saí dali, temendo que acabassem me pegando espionando. Me esgueirei para a cozinha com passos leves, mas rápidos. Liguei a cafeteira e fiz um café preto rápido. Me sentei no sofá, bebericando meu café, antes de soltar um suspiro.

Céus, era tudo culpa minha!

Se eu ao menos tentasse entender o que Charlie fazia com os animatronics, menos pessoas poderiam ter morrido. Não estaríamos envolvidos nessa situação terrível.

Mas talvez eu nunca tivesse conhecido tantas pessoas maravilhosas. Meu filho talvez não percebesse o quanto gostava de Anne. Vaneloppe talvez nunca tivesse se apaixonado por Phantom, bem como Ana e Blake poderiam jamais ter se encontrado.

Talvez houvesse algo bom, no final de tudo isso.

A saída no fim do túnel.

A mão estendida no buraco mais fundo.

A luz na escuridão.

Certo, Fred, chega de metáforas filosóficas.

Me encostei no sofá e terminei meu café, as imagens de nossa máquina aflorando em minha mente.

Eu iria ajudar aquelas almas condenadas.

Custasse o que for, eles teriam suas vidas de novo.

Eu juro.

POV’S Lívia

Quando chegamos em casa, eu era a única em pé. Víncentinho estava bêbado e entrevado que nem vaca atolada na lama. Murmurando e cantando, com um sorriso pateta no rosto. Ele andava cambaleante, arrancando risos meus.

—Ah, querida, você é tão...-ele soltou um soluço- tão...tão...biscoito...

Eu seguro o riso.

—Obrigada, Víncentinho-digo, satírica.

Ele pôs-se a cantar uma música sobre bailarinas e unicórnios de açúcar, antes de desabar no sofá, roncando como um trator. Charlie ria como uma foca asfixiada, rodopiando e rodopiando, até escorregar, cair no tapete e começar a roncar tão alto quanto Víncent.

Sorri e meti a mão no bolso de minha calça, sentindo o contorno familiar de um frasco moldar-se sob meus dedos.

Certo, talvez eu tenha colocado sonífero na bebida de Víncentinho e Charlie...

Talvez.

Suspirei e mordi meu lábio inferior. Passei por Víncent e beijei-o nos lábios rapidamente.

Apesar de eu amá-lo de verdade depois de tudo o que ele fez, eu preciso fazer o que é certo.

Peguei a chave do porão da casa de Charlie, que ele escondia debaixo do tapete da sala. Corri para o porão, tomando cuidado para não pisar no corpo estatelado de Charlie ou esbarrar em Víncent. Rapidamente coloquei a chave na fechadura e girei. Desci as escadas, passando pelo mesmo lugar imundo de antes.

Samantha não me viu.

Estava ocupada, rabiscando nas paredes com seus gizes de cera. Havia escrito “SAMHAX” na parede em branco, com um coração vermelho ao redor. Ela tinha um sorriso no rosto e soltou um suspiro apaixonado.

Olhei para a garota e pigarreie. Ela largou o giz com um, grito, encolhendo-se nas paredes. Seus olhos se arregalaram de medo quando me olhou.

—E-eu...eu já mani-nipulei...-gaguejou ela.

Suspirei.

—Max me contou tudo depois do sermão que te deu, mas acho que você não sabe de nada...-observei.

—Max?-exclamou ela, confusa- mas porque ele e você...

—Sou do time dos mocinhos, garota!-corto, sem tempo-agora vamos, enquanto meu Víncent e Fazzbear estão na fase “Bela Adormecida”!

Ela franziu a testa.

—Mas você...você ia me matar...você...-ela gaguejava, claramente tentando entender a situação.

Suspirei, impaciente, e a puxei pelo braço enquanto subíamos as escadas com passos rápidos, Samantha tentando não tropeçar nos próprios pés.

—Fique quieta e não faça barulhos-sussurrei para ela, séria- eles podem acabar acordando se fazermos sons altos demais. Não tive coragem de dosar muito no sonífero...-confessei timidamente.

Ela me olhou com uma cara estranha. Eu a puxei pelo caminho, enquanto caminhávamos pela sala com passos silenciosos e taciturnos. Girei a maçaneta da porta com cuidado, mas me flagrei olhando para Víncent.

Senti meu coração apertar.

Lágrimas vieram aos meus olhos.

Ele me perdoaria por estar lhe traindo?

Eu rezava a Deus para que sim.

Abri a porta, e juntas, eu e Sam fugimos na noite.

Desculpe, Víncent.

Preciso ajudar tio Frederick.


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Notas finais do capítulo

Sabidinho, que criou a Lívia, queria que ela fosse para o time dos mocinhos. E aqui está!
Mas Liv ser sobrinha do Fred é novo!
Até!