POV’S Frederick

Eu estava na festa, vendo todos os animatronics festejarem.

Alguns conversavam, outros dançavam na balada, com um show de Tiger, Lively e Bolt, que cantavam e dançavam num show de luzes, e Wolff na mesa de DJ, fazendo a mixagem e cuidando dos efeitos especiais.

Havia também aqueles casais que namoravam em cantos mais afastados, ou ficavam paquerando um ao outro, ou se presenteavam.

Eu estava perto da mesa de lanchinhos, roubando um ou outro petisco aqui ou acolá.

De repente, alguém cutuca minhas costas.

Me viro e dou de cara com Louise, que parece assustada.

Ela estava pálida, como se tivesse visto um fantasma ou testemunhado um assassinato.

–O que foi, Louise?-perguntei, franzindo a testa, preocupado.

Ela fez um gesto em direção a porta das escadarias, onde vislumbrei um...rabo de gato?

–Louise, o que é...aquilo?–perguntei, apontando para o rabo de gato.

–Longa história, tio Fred...-murmurou ela- só vem comigo até a Oficina 2, por favor...

Franzindo a testa, eu segui Louise pelas escadarias. Quando entramos e fechamos a porta, eu vi ninguém menos do que Felix, o gato.

Ele sorriu, acenando, a cauda de gato balançando.

Felix apertou minha mão com força e a sacudiu, e fiquei com medo de que arrancasse meu braço. Depois, ele me soltou e abraçou Louise.

Eu olhei para ele, depois para ele, depois para ela de novo.

Minha cara deveria dizer “Mas que diabos está acontecendo?”.

Ela suspirou.

–Felix está vivo-disse ela.

Eu percebi.

–E ele é compulsivo com abraços e demonstrações de afeto-resmungou ela, enquanto Felix ainda a abraçava com força.

–Mas...como?-perguntei, confuso- como ele está vivo, como os outros?

Louise suspirou. Percebi agora que ela tinha tirado o vestido e colocado um jeans preto e uma camiseta branca, com um moletom cinza por cima e substituído os saltos por All Stars pretos.

–Eu...descobri umas coisas um tanto...-ela parou, pensando na palavra certa-...macabras...

Minha boca ficou seca.

O que Louise quis dizer com essa afirmação?

Ela suspirou de novo.

–Só vem comigo-pediu ela.

Começamos a descer as escadarias, com Felix ao nosso encalço, todo bobinho.

O felino cantarolava uma música alegre, como se tudo estivesse bem.

Finalmente, chegamos até a Oficina 2.

Meu queixo caiu.

Os animatronics todos pulavam pela sala, correndo feito loucos! Alguns voavam, outros tentavam incendiar algo, alguns se esbofeteavam e se esmurravam. O lugar estava devastado, com mesas e instrumentos revirados.

O lugar estava um cenário de Guerra Civil misturado com apocalipse.

Louise parecia acostumada.

Ela simplesmente me pediu que esperasse com Felix enquanto ela pegava o material necessário.

As orelhas de gato de Felix caíram, sinalizando que ele estava triste.

Acho que ele gosta muito de Louise.

Em minutos, Louise voltou com um livro de capa de couro gasta, um DVD e um distintivo dourado.

Felix bateu palmas e a abraçou de novo.

Ela estendeu o distintivo, o caderno e o DVD para mim e eu os analisei.

O distintivo era de um vigia noturno da Fazzbear, e pertencia a...Víncent?!

O diário era velho, de páginas amareladas e rasgadas. A caligrafia era elegante e o nome escrito na primeira folha era...Elisa. Elisa Fazzbear.

Seria parente de Charlie?

Examinei o DVD. Não havia nenhuma inscrição nele, nem nada do gênero.

Olhei para Louise, de testa franzida. A confusão devia estar estampada em meu rosto.

Ela suspirou.

–Sente um pouco, tio-disse ela, sombria- o que eu descobri não é nem um pouco agradável...