POV’S Blake

Eu estava nervoso.

Entreguei o buquê para Ana? Sim! Mas agora, era a hora de cantar!

Subi no palco, com o microfone na mão. Dos bastidores, Hunter levantou o polegar e sorriu, tentando me dizer “Vai dar tudo certo!”.

Suspirando, me aproximei de Wolff, que havia colocado amarrado sua gravata laranja na cabeça.

Talvez ele quisesse se sentir o rapper DJ de antes.

Ele mexia num notbook violeta vibrante, com os fones no ouvido. Wolff sorriu para mim, exibindo as presas.

Ele pareceria o tipo de lobo que lhe ofereceria um doce ou tocaria uma música legal.

–E então, Blake?-perguntou ele- tá nervoso?

Assenti, torcendo o microfone na mão de modo ansioso. Wolff sorriu de novo e pôs uma mão em meu ombro.

–Relaxa, lobão, você vai se sair bem!-tranquilizou o lobo cinza DJ- a Ana gosta de você, você gosta dela, sussa, bro!

–A mixagem já tá pronta?-perguntei, um pouco menos ansioso.

Ele assentiu. Pegou o microfone e eu me posicionei no meio do palco.

–Atenção, galera, Blake Whirl estará cantando uma música dedicada a Ana!

A multidão vibrou. Wolff mexeu em alguns botões de sua mesa de DJ e as luzes dos holofotes miraram em Ana, que estava corada de vergonha.

O pessoal começou a aplaudir loucamente.

Então, eu comecei a cantar: Endless Love

My love
There's only you in my life
The only thing that's right

My first love
You're every breath that I take
You're every step I make

And I
I-I-I-I-I
I want to share
All my love with you
No one else will do

Hunter entrou no palco, cantando junto comigo, olhando para Chica. A multidão vibrou, louca de emoção. Mais holofotes foram acesos e se focaram em Chica, que também estava erubescida.

And your eyes
Your eyes, your eyes
They tell me how much you care
Ooh yes, you will always be
My endless love

Two hearts
Two hearts that beat as one
Our lives have just begun

Forever
Ohh
I'll hold you close in my arms
I can't resist your charms

And love
Oh, love
I'll be a fool
For you, I'm sure
You know I don't mind
Oh, you know I don't mind

'Cause you
You mean the world to me, Oh
I know
I know
I've found in you
My endless love

OOh-woow
Boom, boom
Boom, boom, boom, boom, boom
Boom, boom, boom, boom, boom

OOh, and love
Oh, love
I'll be that fool
For you, I'm sure
You know I don't mind
Oh you know
I don't mind

And, yes
You'll be the only one
'Cause No one can deny
This love I have inside
And I'll give it all to you
My love
My love, my love
My endless love

Assim que terminamos, a multidão bateu palmas e assobiou, animada. Hunter e eu descemos do palco. A multidão abria caminho e logo, eu e Hunter nos ajoelhamos para nossas garotas. Hunter começou, hesitante:

–Chica, desde a primeira vez que eu te vi, eu não conseguiu mais te tirar da cabeça...-começou meu irmão, vermelho- eu só penso em você, Chica. Você é uma menina doce, alegre e espontânea, e eu, Hunter Whirl, estou aqui, de joelho, lhe dizendo que te amo. Então, Chica, você aceita me tornar o cara mais feliz do mundo se tornando...a minha namorada?

Chica soltou um gritinho de felicidade e pulou em cima de Hunter, que a abraçou.

–Sim, Hunter, eu quero ser sua namorada sim!-exclamou Chica.

Então, eles se beijaram, ali mesmo.

Todos mundo praticamente pulou de alegria. Wolff uivou do palco, rindo à beça.

Então, era a minha vez. Ergui a cabeça e olhei para Ana.

–Ana...-comecei, inspirando profundamente- naquele dia em que você chegou, eu já não era o mesmo. Assim que te vi, meu coração bateu rápido como nunca na vida! Ana, eu fiquei apaixonado por você! Eu não consigo te tirar da cabeça desde então, Ana! Você é linda, corajosa, meiga e eu te amo. Você me concederia a honra de se tornar minha namorada e me fazer o cara mais feliz do mundo, mas feliz até do que o Hunter?

Ana hesitou por um momento, e eu já esperei a rejeição.

Por que ela iria querer ficar comigo, afinal?

Então, Ana me puxou e me beijou.

Ali mesmo, na cara dura.

A multidão vibrou. Eu puxei Ana para mais perto. Ela se separou por um minuto e sorriu para mim.

–Eu quero ser sua namorada, Blake-disse ela- eu te amo...

Eu sou o cara mais feliz do mundo.

POV’S Louise

Deus, o amor está no ar!

Enquanto eu via Yushiro mostrar a TC uma pizza que dizia “quer ser minha namorada?”, Miana e Bonnie juntinhos num canto longe do irmão dela, Jésse e Wolff brincando na mesa de mixagem e os outros casais, não pude conter um sorriso.

Eu estava bebendo um pouco de ponche, enquanto Vaneloppe mordiscava um salgado ao meu lado, olhando ferozemente para Mike, que conversava com Diana num canto. Ambos riam muito.

Eu juro que, se os olhos de Van fossem metralhadoras, Mike já estaria caído no chão a muito tempo.

–Van, você tá bem?-perguntei.

–Claro-disse minha prima, entre dentes- muito bem...

–Então, por que você está estrangulando sua coxinha?-perguntei.

Ela olhou para o salgado na sua mão, que já tinha virado purê.

–Eu detesto o Mike, e lá esta ele, paquerando a minha irmã...-resmungou Van.

–Se acalme, Vaneloppe-chamei- eles estão só conversando...

Vaneloppe suspirou e levou uma mão a cabeça.

–Louise, você poderia ir na Oficina 2 e pegar meu remédio pra dor de cabeça?-pediu minha prima.

–Claro-assenti.

Desviando dos animatronics, peguei o elevador e desci para a Oficina 2. O lugar estava com um cheiro estranho, pútrido, como o de...brrr, defuntos!

O local estava escuro, com exceção de uma luz vinda da Oficina 2.

Estranho, não me lembro de termos deixado as luzes acesas. Me aproximando silenciosamente (ou me esforçando para não pisar tão alto com meus saltos), entrei na Oficina 2.

No momento em que parei diante da porta, minha boca se escancarou.

Dois caras estavam pulando a janela. Estavam de pretos. O mais magrelo olhou para mim, rosnou e pulou.

Eles vão se estatelar!

Corri para a janela e vi que os dois tinham caído na fonte da pracinha e estavam correndo para um quarto.

Deus, quem eram?

Olhei ao redor, tentando ver se estava faltando alguma coisa.

Nada além do animatronic Felix e...Felix?! Cadê o Felix?!

Em pânico, me aproximei dos quatro animatronics fora da filinha.

Felix deveria estar entre Xam e Max. Mas não estava. Minha boca se escancarou.

O que eu vou dizer a tio Frederick? E por que levaram justo Felix?

Emergi em pensamentos e saltei quando ouço um miado atrás de mim.

Olho para trás e dou de cara com...Felix.

Ele sorriu, balançando a cauda de gato, com um sorriso no rosto.

–Olá!-cumprimentou ele- procurando por mim?

Engasguei. Ele estava...vivo...se...mexendo...e...e...

E ele me abraçou com força, quase esmagando minhas costelas.

Que diabos está acontecendo aqui?

Eu empurrei Felix com delicadeza e fui em direção a janela de onde os caras tinham pulado. No chão, havia uma coisa dourada.

Franzi a testa e me aproximei, pegando o objeto.

Era um distintivo.

Dourado.

Da Freddy Fazzbear.

E tinha um nome gravado.

Víncent...