New Security Life- INTERATIVA escrita por Escritora do Hades


Capítulo 16
Capítulo 16- Sorria, idiota & como se aventurar pelas tubulações!


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente! Aqui vem um novo capítulo novinho! Esse pessoal novo que ainda não apareceu aguarde, tudo tem sua hora!
Espero que gostem!



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POV’S Ghost

Minha caixa foi erguida. Depois de um tempo, foi largada no chão sem um pingo de delicadeza. Soltei um gemido. Acho que vou ficar com torcicolo! Ouvi vozes abafadas.

–Argh, essas caixas pesam demais, Antony!-ouvi uma voz áspera reclamar.

–Vai valer a pena, Carl-outra voz tentou soar positiva, mas estava tão carrancuda quanto a outra- o lucro que vamos ganhar só pra carregar esse lixo metálico vai ser alto!

Lixo metálico? Lixo metálico?! VOCÊ ME CHAMOU DE LIXO METÁLICO?! Lixo metálico é a sua avó, seu filho da...

–Garotos, eu já pedi que sejam cuidadosos!-ouvi outra voz, uma voz calma, mas claramente irritada.

Os caras que me chamaram de lixo bufaram.

–Eu já disse, doutor Frederick, são só bonecos!-resmungou um dos caras que havia carregado minha caixa, acho que o tal de Carl.

Alguém suspirou irritado, deve ter sido Frederick.

–E eu já disse que não são bonecos!-reclamou o homem-não são meros fantoches, o.k.? Foram feitos com tecnologia de ponta, criados com o propósito de entreter as crianças e...

–Chega desse papo científico, doutor-reclamou o outro, talvez Antony.

Frederick bufou.

–Certo, certo, apenas tirem-no da caixa-pediu o homem- mas com cuidado, por favor!

A tampa de minha caixa foi aberta. Um cara grande (e bem feio) me retirou da caixa. Me pegou pelo braço e me ergueu como se eu fosse um boneco de pano. Ele me largou num pequeno palco.

–Pronto, doutor-disse ele.

Frederick assentiu.

–Obrigada novamente, rapazes-disse o doutor, parecendo cansado-você e Carl podem descansar agora...

Os irmãos brutamontes concordaram e saíram. Frederick se aproximou do palco e me encarou. Então, sorriu.

–Bem, até de noite, amigão...-disse ele, saindo da sala.

Ouvi o som de algo metálico e percebi que ele havia trancado a porta. E ele disse que só nos veríamos de noite, então...eu só trabalho a noite!

Sorri triunfante. Sem ter que trabalhar a manhã toda! Desci do meu palco e olhei ao redor. O chão do lugar era preto. As paredes eram brancas. No canto esquerdo da sala, havia um tapete preto com alguns pufes e sofás brancos, dispostos em formato circular. A sala também tinha um ar-condicionado e um som preto numa mesinha de mogno, com alguns discos espalhados pela mesa.

Além disso tudo, ao lado do palco, havia uma porta. Uma placa logo acima dizia “Labyrinth of Fear”. Abri as portas e dei de cara com uma sala escura, de pouca iluminação, com uma neblina incrivelmente densa, com paredes de pedra rústica cinza, algumas quebradas, outras com musgo e vinhas, além de algumas teias de aranha espalhadas por aí. O lugar era demais.

Fechei as portas. Me aproximei do som e fui ver os CDs disponíveis. A maioria era do “Imagine Dragons”, o que era perfeito. Pensei em ouvir um pouco de música, mas percebi que alguém poderia ouvir. Me sentei em um dos pufes e suspirei.

O que é que eu iria fazer?

Foi aí que eu vi uma entrada da tubulação de ar. Sorri. Se eu só trabalharia a noite, poderia ver meus colegas de trabalho em ação.

Subi no palco, depois pulei em um amplificador. Abri a grade da tubulação e entrei. Hora de dar um passeio.

POV’S Blake

Eu achei que seria pisoteado quando vi um bando de crianças (lê-se “bando de animais selvagens bárbaros e sanguinários”) entrarem na nossa sala. Automaticamente, Hunter sorriu e acenou para elas.

–Olá, crianças!-cumprimentou ele, animado.

A criançada foi à loucura e começou a gritar, eufórica.

–Eu sou Hunter Whirl!-se apresentou meu irmão. Ele olhou para mim; seus olhos multicoloridos diziam “Sorria e acene, seu idiota!”.

–E eu sou Blake Whirl!-me apresentei.

As crianças vibraram. Hunter riu, então, discretamente, me deu uma cotovelada no estômago.

–Sorria, Blake!-ele murmurou disfarçadamente enquanto sorria.

–Eu não vou sorrir!-murmurei de volta.

–Sorria logo, seu idiota cabeça-dura!-insistiu meu irmão.

Bufei.

–Tá legal- me rendi a contragosto.

Forcei um sorriso. O máximo que consegui foi um meio sorriso discreto.

–Bem, crianças, que tal um show para iniciarmos esse dia incrível, hein?-sugeriu Hunter, sorrindo sem parar.

As crianças vibraram loucamente. Peguei minha guitarra e olhei para meu irmão.

Você vai cantar-falei.

–Por que eu?-perguntou ele- vamos deixar o público decidir!

–Você não se atreveria a...-comecei, mas fui cortado por meu irmão:

–Ei, crianças, quem vocês querem que cante?

–DUETO! DUETO! DUETO!-vibrou a multidão.

Suspirei.

–É oficial, eu te odeio, Hunter-murmurei.

Ele sorriu vitorioso, então, me passou um microfone, daqueles que você coloca no ouvido. Hunter pegou um microfone comum, pigarreou e então disse:

–Bem, como é o nosso primeiro dia, eu quero cantar uma música especial...-disse meu irmão. Franzi a testa: de que música ele falava?- como meu irmão vai cantar comigo, eu quero que a gente cante “Hey Brother”, de Avicii!

As crianças vibraram. Hunter olhou para mim.

–No três-avisou ele- um...

–Dois...-continuei a contagem.

–Três!-dissemos juntos.

Começamos a cantar juntos:

Hey brother, there's an endless road to rediscover

Hey sister, know the water's sweet

But blood is thicker

Oh, if the sky comes falling down, for you

There's nothing in this world I wouldn't do

Hey brother, do you still believe in one another?

Hey sister, do you still believe in love I wonder?

Oh, if the sky comes falling down, for you

there's nothing in this world I wouldn't do

What if I'm far from home?

Oh brother I will hear you call

What if I lose it all?

Oh sister I will help you out!

Oh, if the sky comes falling down, for you

There's nothing in this world I wouldn't do

Hey brother, there's an endless road to rediscover

Hey sister, do you still believe in love I wonder?

Oh, if the sky comes falling down, for you

there's nothing in this world I wouldn't do

What if I'm far from home?

Oh brother I will hear you call

What if I lose it all?

Oh sister I will help you out!

Oh, if the sky comes falling down, for you

there's nothing in this world I wouldn't do

As crianças vibraram loucamente, dançando e cantando ao ritmo da música. Depois do show, recebemos um monte de assobios e palmas, além de muitos“Nós te amamos, Whirls”, “Blake, seu lindo!” e alguns “Hunter, casa comigo!”.

Hunter deu um sorriso.

–Bem, crianças, que tal uma partida de laser-tag?-sugeriu ele.

As crianças gritaram. Algumas foram brincar, outras ficaram conosco, esperando nosso show.

Enquanto eu cantava e tocava com meu irmão, olhei para a saída de ar do local e vi um par de olhos. Olhos de caleidoscópio, que mudavam de tom. Vislumbrei também uma pele pálida, com uma cabeleira branca rebelde, orelhas negras de lobo e um sorrisinho cínico. Ghost! O que ele fazia ali? Aliás, a quanto tempo ele está ali? Ele não deveria estar trabalhando?

Ele me viu e sorriu, acenando. Ele parecia estar tentando não rir. Cheguei mais perto de Hunter.

–Hã, Hunter...-chamei-o.

Hunter ainda sorria para o público.

–Agora não, Blake!-ralhou ele.

–Hunter, seu idiota, olha para saída de ar!-falei.

Ele franziu a testa.

–Por quê?

–Só olha!-pedi.

Ele olhou e seus olhos se arregalaram. Ghost ria silenciosamente da tubulação.

–O que ele faz aqui?-perguntou meu irmão.

Dei de ombros.

–Finja que ele não está ali e continue seguindo o roteiro-falei.

Meu irmão assentiu. Continuamos o show. Quando eu olhei para a saída de ar, Ghost havia sumido.

POV’S Ghost

A sala dos Whirl é muito legal. O chão é feito de ladrilhos que seguiam um padrão; um preto, outro branco, outro preto, branco, preto, branco e assim sucessivamente. As paredes também eram padrões, uma branca, outra preta, branca e preta. Nas paredes pretas, havia o nome “Blake” em branco; nas paredes brancas, havia o nome “Hunter” em preto. No meio da sala, tinha um tapete em forma de Ying e Yang, sendo o tapete cercado de pufes brancos e pretos. Blake e Hunter estavam se apresentando num mini palco, de piso de madeira clara e cortinas em preto e branco; a cortina esquerda era preta com estrelas brancas; a da direita era branca com estrelas pretas. Ao lado do palco, tinha um par de porta metálicas, com a placa “Laser-tag dos Whirl” logo acima.

Eu tinha que admitir, o lugar era legal. Mas tinha algo mais legal ainda por lá; Blake e Hunter cantando juntos. Ah, ver Blake tentar sorrir, Hunter sorrindo sem parar e os dois num dueto me fez rir. E a cara deles quando me viram, ah, não tinha preço!

Depois do primeiro show deles, me cansei. Decidi explorar mais. Então, fui me aventurar novamente pelas tubulações!


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Notas finais do capítulo

Ghost danado, decidiu brincar de passear por aí!
Qual será a próxima sala em que ele vai parar? Será que ele vai descobrir algo secreto?
Só no próximo cap!

BEIJOS!!!!!!!!!!