Always and Forever escrita por Annie Shadows


Capítulo 8
Encontro da Emily




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Era o meu último no colégio, meu e da Aly, ela nem sempre foi do tipo de fazer planos, mas disse que comigo o único plano que ela queria ter era o nosso “Para Sempre e Sempre”, eu gostava daquela ideia, a parte do sempre, em relação a fazer planos eu tinha que me segurar porque minha vida toda sempre fui organizado no que eu ia fazer. Já a Aly, ela fazia, mesmo que naquele momento fosse impossível, como ir na minha casa sem me avisar, me ligar de madrugada, fugir do hospital para me ver, ela não tinha medo de ser ela, não tinha medo de pensar e muito menos de agir, tinha coragem e bondade naquela garota, era durona e ao mesmo tempo uma garotinha com medo de escuro, era desleixada e ao mesmo tempo dedicada.

Ela pediu pra que eu escrevesse sobre ela, talvez esse fosse momento? Eu acho que não, não tem palavras no mundo que descreva aquela garota, nem mesmo o maior escritor do mundo.

Nunca tive uma namorada pra que eu pudesse dizer “sou ciumento”, mas eu acho que eu era sim, porque cada vez que eu e a Aly entrávamos naquele colégio o Jack a olhava de uma forma que me irritava muito.

O que eu sabia sobre ele? Que era um atleta, novato na escola, um idiota que achava que todas as meninas tinham que ficar aos pés dele e que ele conseguiria ficar com a mais bonita e também eu achava que ele já conhecia a Aly antes daquele colégio.

Finalmente fim de semana, não me leve a mal, mas eu já estava cansado das aulas, a melhor parte era a Aly, isso quando a gente tinha aula juntos ou quando conseguíamos nos ver pelos corredores.

Decidi ir na casa dela, só pra ver como ela estava e levá-la pra algum lugar.

Ao chegar em sua casa, toquei a sirene e esperei que alguém atendesse, infelizmente foi a Crystal. — não que eu a odiasse, era só que eu não a perdoava pelo o que ela fez com a Aly.

— Oi, Nick. — A voz dela estava baixa e estava claro que estava arrependida, mas até quando?

— Cadê a Aly?

— Foi levar a mamãe no aeroporto com a Emily.

Crystal deu licença para que eu pudesse entrar, entrei e sentei-me no sofá.

— Quer um copo d’água? Alguma coisa?

— Vou aceitar água.

Levantei-me do sofá e segui a Crystal até a cozinha, na geladeira tinha várias fotos, da Aly pequena até grande, de seu pai, da Crystal, da Emily, tinha tantas fotos que quase não havia espaço para colocar mais.

Em uma foto da Aly ela estava sentada em um banco com um garoto, parecia ter seus 11 anos, aquele garoto não me era estranho.

Crystal me entregou um copo com água, sorri em forma de agradecimento.

— Quem é esse na foto? Com a Aly?

Ela olhou para a geladeira, demorou uns dois minutos para me responder. — É o Jack.

— Eles eram namorados?

— Namoraram na infância e um pouco antes de ela entrar no colégio. Ele sempre foi apaixonado por ela, desde o jardim de infância. — Ela se aproximou de mim e sussurrou; — eu acho que ainda é.

Acho que eu senti ciúmes, não sei.

A porta se abriu e Emily chegou cantarolando e cheia de sacolas, jogou as sacolas no sofá, colocou a mão por dentro da blusa e tirou o sutiã de dentro da mesma, arregalei os olhos e vire o rosto, Crystal começou a rir e pigarreou.

Emily virou-se para gente e ergueu uma sobrancelha. — Nick? É... Oi. — Ela acenou com a mão que segurava o sutiã, olhou pra mão e colocou o sutiã dentro de uma das sacolas.

Comecei a rir, não pude evitar. — Cadê a Aly?

— A Aly? — Ela olhou pra porta. — ALYSSA!

Alyssa entrou correndo. — O que foi? — Virei-me para ela e sorri, ela sorriu de volta. — Nite.

Emily pigarreou, andou até a gente, olhou para a Aly. — Me empresta seu namorado? — namorado? Eu não sabia o que era ser namorado, mas eu era namorado, namorado. — Sabe? Minha mãe é muito chique, de verdade. Mas ela viajou, pois é. Eu tenho duas irmãs, nossa que legal, uma odeia dar dicas de moda, até porque não liga muito pra isso e a outra é muito rosinha, chega dá nojo...

— Vai à merda, Emily. — Interrompeu Crystal.

— Eu tenho um encontro hoje. Por favor, me ajuda.

Fiquei assustado com o pedido da Emily, eu ajudava minha irmã a se vestir, mas era só porque ela não tem bom senso pra escolher uma roupa ideal para o lugar onde vai. — É... Eu....

— Obrigada! — Ela pegou as sacolas e me puxou para o segundo andar, abriu a porta do quarto e me empurrou para dentro. Virou todas as sacolas de cabeça para baixo e deixou as roupas e sapatos caírem.

— Quem é o cara?

— É um dos maiores chefes das maiores editoras do mundo.

— E você está apaixonada por ele?

Ela começou a arrumar as roupas na cama. — Está brincando? Deus me livre, eu nunca namoraria esse cara.

— Não entendi.

— Ele leu o meu livro, aquele que eu estava escrevendo no dia em que você veio pegar a Crystal pra sair e ele disse que quer conversar comigo e eu estou muito ansiosa. — Ela me mostrou um vestido preto e o outro vermelho. — Qual dos dois?

— Me fala um pouco como ele é.

— Um arrogante, cretino, mas é muito inteligente e tem muita elegância, só que é do tipo garanhão, acha que pode pegar qualquer uma.

Comecei a olhar cada vestido que ela havia comprado, eram realmente muito bonitos. Acho que ter uma irmã vaidosa, mas sem senso de estilo me ajudou a ter pelo menos um pouco de entendimento sobre moda, na verdade eu ajudava a mamãe a se vestir quando ela ia jantar com o papai também. E eu pude perceber que a Emily tem um físico muito elegante, na verdade ela era a cara da mãe, seria estranho se não tivesse o mesmo porte.

— Onde vai ser o jantar?

— No restaurante DeFer. Ah, tem um lugar pra você e pra Aly, preciso da minha irmãzinha pra me ajudar a não perder a cabeça,

— Vai tomar banho, quando você sair sua roupa estará arrumada.

Emily entrou no banheiro.

Comecei a olhar roupa por roupa, e achei um vestido vinho muito elegante, era ousado, mas não o suficiente que não pudesse se dizer que ela era uma pessoa de classe.

Sai do quarto e desci. A Aly estava deitada no sofá assistindo Bob Esponja.

— Criancinha.

Ela olhou para mim e riu. — Ajudou a Emily?

— Espero que sim. — Sentei ao seu lado, ela deitou a cabeça em meu ombro.

— Ela já te contou?

— Que a gente vai ter que ir? É, já.

Ela riu. — Nosso primeiro encontro será viajar minha irmã e sua irritação.

— Vai ser divertido.

Quando me dei conta seus lábios estavam próximos aos meus, sorrimos juntos, abracei-a.

Quem diria que eu sou um cara carinhoso? Um cara não, um namorado.

— Você é minha namorada?

— Depende, você é meu namorado?

— Quer que eu seja?

— Você quer ser?

— Está me pedindo em namoro?

— Quer namorar comigo?

Meu coração disparou ao ouvir o pedido dela, não respondi nada, apenas a beijei, e senti suas mãos macias em minha nuca.

— Desculpa interromper, mas cunhadinho como estou?

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Olhei para a Emily e ela estava realmente muito linda, aquele vestido caiu muito bem. — Ficou muito bom!

Ela andou até o espelho e se olho no mesmo, pegou os cabelos e prendeu, fez bico e virou-se pra mim. — Preso ou solto?

— Solto. — Eu e Aly dissemos juntos.

— Ótimo! Então estou pronta. Aly, vai se arrumar.

— Estou pronta.

— Vai de short?

— Vou!

— Ótimo, isso aí garota, liberdade para as pernas.

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Todos rimos juntos e Crystal revirou os olhos.

— Vão logo, idiotas. — Disse ela.

Emily saiu na frente e entrou no carro.

— Crystal não saia de casa. — Disse Aly.

— Blá blá blá. Tchau!

Peguei a mão da Aly e andamos em direção ao carro, Emily buzinou duas vezes com pressa. Corremos e entramos na parte de trás do carro.

Emily parecia nervosa, acho que eu entendia o quanto aquilo significava para ela e imagino que o pai dela ficaria tão orgulhoso dela e sei que ela queria isso.

Eu li o livro que a Em escreveu e era realmente muito bom, acho que eu não teria tanta facilidade para livros assim, mas prometi escrever sobre a Aly, só não sabia se escreveria um livro ou em mais uma folha de papel, o único problema é que eu não queria que o assunto “Alyssa” fosse só mais uma folha de papel que eu deixo flutuar por aí, ela é muito mais que isso.

Nunca tinha ido ao restaurante DeFer, já ouvi falar, até porque meus pais vão muito lá, mas a única coisa que eu sabia sobre esse restaurante é que um garoto do primeiro ano é filho do dono de lá, a Crystal devia conhecer.

Ao chegarmos no restaurante Emily deu a chave para um cara que estava de terno vermelho, eu não entendi nada, fiquei me perguntando se ela era louca, então o cara entrou no carro e dirigiu, aquilo era realmente muito estranho.

Emily entrou no local.

— Emily Stand!

— Muito bem Srta. Stand, o Josh Bale a aguarda. Vou te guia-la até ele. — E então Emily saiu andando com aquele cara.

Estava tudo muito estranho pra mim, até que o cara voltou e dirigiu-se a mim e a Aly. — Boa noite!

— Alyssa Stand! — Disse Aly, fiquei me perguntando se era pra eu dizer meu nome também, mas fiquei calado.

— É uma honra ter vocês as duas irmãs Stand aqui.

— Obrigada! — Ela sorriu em forma de agradecimento.

— O rapaz está com você?

— Está sim!

— Vou leva-los até a mesa. Acho que está na mesa ao lado da sua irmã.

— Que coincidência, não é? — Ela riu.

E então seguimos aquele homem de bom humor.

Sentamos na mesa ao lado da de Emily, Aly piscou para ela.

Emily estava sorrindo forçada para o homem à sua frente, enquanto ele só tagarelava, algumas vezes ela olhava para mim e para Aly e revira os olhos.

— É uma biografia incrível. — Começou Josh.

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— Obrigada!

— Eu sinto muito pelo o que aconteceu.

— A família toda sente.

— Me diga, Emy, por q...

Emily o interrompeu. — Emily!

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— Por que devo aceitar sua biografia na minha editora?

— Isso quem tem que me dizer é você. Não leio pensamentos.

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Eu e Aly começamos a rir.

— Você e sua irmã se parecem, né? — Disse.

— Ah, ela tenta me imitar, sabe?

O garçom aproximou-se da gente.

— Vão querer alguma coisa?

— Um sorvete de pistache.

Olhei para Aly assustado.

— E o senhor?

— O mesmo!

— Então, nosso primeiro encontro está bem diferente, não é?

— Eu estou com você. É isso que vale. — Peguei em sua mão e ela sorriu.

Aquela noite não teve nada a ver com a gente, mas estávamos juntos e foi o que tornou a noite especial.

Ela estava linda com aquele cabelo bagunçado, aquela camisa maior que ela, ela estava ela mesma e era aquilo que eu mais gostava nela.

Ela comia sorvete como uma criança, meu Deus, se sujava toda e deixava o sorvete derreter para beber depois, era tão estranho e engraçado.

— O que pretende fazer quando acabar a escola?

— Eu sempre tive vontade de fazer medicina.

— Não sei. Eu gosto de atuar, mas não sei se levaria jeito, sabe?

Emily levantou-se da cadeira e disse alto.

— Não é tão charmoso quanto pensa, não o suficiente ao ponto de conseguir fazer com que eu saia com você.

— As difíceis são mais interessantes.

— Vai à merda!

Ela pegou a bolsa e saiu em disparada, eu e Aly saímos logo atrás.

— Emily. O que houve?

— Ele me convidou pra sair e disse que queria ir na minha casa.

Alyssa começou a rir rápido.

— Ele é muito bonito, Emily, para de charme.

— Você conseguiu fazer com que ele aceite o livro que estava fazendo?

— CONSEGUI!

— Vai publicar a biografia do papai?

— VOU!

As duas se abraçaram e Aly disse baixo. — Obrigada! Meu Deus, muito obrigada.

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Emily me puxou para que eu entrasse no abraço.

Eu fiquei feliz pela Emily e mais feliz por ter visto a Aly sorrir, acho que aquilo significava mais pra Aly do que pra Emily.

Fomos em uma lanchonete comemorar, ficamos conversando e rindo até madrugar.

— Meu Deus! Tenho que te levar em casa, Nick.

— Por que? Que horas são? — Perguntou Aly.

— São três da madrugada e a Crystal deve estar com fome.

Entramos no carro e a Emily dirigiu até a minha casa, ao chegar no mesmo, ela saiu do carro e me abraço.

— Obrigada, por hoje, cunhadinho.

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Aly saiu do carro e me abraçou apertado, em seguida me beijou, arrepiei ao sentir os lábios dela no meu, apertei-a contra mim.

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E então ela entrou no carro, fiquei sorrindo feito um bobo até decidir entrar em casa, por sorte a minha irmã avisou aos meus pais que eu estaria o dia todo com a Aly.

Meu primeiro beijo não foi com a Aly, infelizmente, foi com a Crystal, mas o que importa é que meu último beijo eu quero que seja com a Aly.


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