Always and Forever escrita por Annie Shadows


Capítulo 7
O que tem a Aly?




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Eu parecia um morto-vivo, sentado no chão, olhando para o nada e com olheiras.

Ouvi a porta do meu quarto se abrir, mas não me mexi.

— Nick... — Era a voz da Maya. Ela sentou-se em minha frente e colocou o prato com sanduíche na minha frente, colocou o canudo na minha boca. — Come um pouco, por favor.

Continuei calado, ela suspirou e colocou o copo de suco em cima do criado mudo, pegou o prato e fez o mesmo.

Ela fez uma careta. — Você está assim, ó. — Repetiu a careta e eu sorri. — Ah, ele sabe sorri sim. — Ela sorriu. — Ela vai te ligar.

— Eu espero que sim. — Entortei os lábios.

— Se arrume e vamos para o colégio.

Quando cheguei ao colégio procurei o carro dela no estacionamento, mas não achei.

— Nick! — Crystal me chamou.

Ignorei-a e entrei no colégio.

Ela veio atrás de mim. — Nick, por favor.

— Como a Aly está?

— Ela está no hospital.

— O quê?

— Mas a culpa não foi minha, ela está gripada, apenas isso.

— Qual hospital?

— Mamãe não falou.

Entrei na sala e sentei no meu lugar. Era aula de química e ela não estava lá, sentia falta dela, o lugar dela estava vazio e aquilo me dava um aperto no coração.

Eu posso ser quieto, mas não sou idiota, a Crystal sabe qual é o hospital, mas não quer me dizer, a Aly não está gripada, nenhuma gripe faz desmaiar. A Aly não saia da minha cabeça, aquela preocupação estava me deixando tonto.

Cheguei em casa e me tranquei no meu quarto, liguei o computador, coloquei o fone e comecei a ouvir as músicas que a Aly me indicara, ouvi no máximo.

Acordei, já era noite, eu havia caído no sono, as músicas tinham terminado, olhei meu celular e tinha 42 ligações da Aly, sorri, a minha exagerada estava bem.

Disquei o número dela e esperei que atendesse.

Nite?

— Aly? Onde você está? Como você está?

Na rua, estou bem.

— Sua irmã falou que você estava no hospital.

Eu estava, eu fugi, preciso te ver.

— Por que você fugiu? Onde você está?

Na sua casa.

— Como assim?

Abre a janela.

Levantei e fui até a janela, abri a mesma, ela pulou da árvore até mim, segurei-a.

— Como você está?

— Precisamos conversar.

— O que aconteceu?

— Nite, eu não queria namorar com você porque eu estou doente, por isso aquele chororô todo.

Meu coração ficou apertado ao ouvir aquilo. — Como assim o que você tem?

Ela suspirou, sentou-se na cama e abaixou a cabeça, aproximei dela e ajoelhei em sua frente.

— Meu pai descobriu que tinha insuficiência cardíaca da artérias coronárias, ele fez um transplante de coração, mas o corpo dele rejeitou o transplante. — Ela respirou fundo. — E então ele não quis fazer outra cirurgia e acabou falecendo.

— Aonde você quer chegar?

— Espere. Com 15 anos eu descobrir que tinha a mesma doença que meu pai. Eu fiz o transplante e meu corpo rejeitou o transplante, tudo bem, fiz outra cirurgia e meu corpo está rejeitando. Eu estou com insuficiência cardíaca da artéria coronária. — Seus olhos encherem de lágrimas. — O médico não aconselha fazer outra cirurgia, porque os riscos de morte na cirurgia são de 80% e minha mãe e nem eu queremos arriscar. Me desculpa!

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Eu virei o rosto para que ela não me visse chorando, levantei e abracei-a. — Eu quero te fazer a mulher mais feliz do mundo.

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— Eu te amo!

— Eu te amo!

— Para sempre e sempre!

Acho que para sempre e sempre virou uma das nossas frase. Naquela noite, a gente ficou conversando, sobre a vida e ao mesmo tempo sobre nada, ela era fascinante, tinha uma mente brilhante, era mais esperta do que pensava, eu estava tão apaixonado, aquela garota me fazia sorrir com um simples olá.

Decidi levá-la para casa. Peguei o carro da minha mãe e dirigi até a casa dela, ao chegar na mesma, sai do carro e abrir a porta para ela. Abracei-a e deixei-a ir para casa, encostei-me no carro e olhei para o céu, a primeira memória que veio foi o sorriso dela, ah aquele sorriso, não resisti e a chamei.

— Aly!

Ela olhou para mim e sorriu, andei até ela e a beijei, um beijo intenso, nosso primeiro beijo, naquela noite, em frente à casa dela, no meio de tantas preocupações e barreiras para superar, mas seus lábios eram quentes e seu beijo tão doce quanto os seus olhos.

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Ela sorriu para mim e entrou em sua casa, balancei a cabeça e baguncei meu cabelo. Ao chegar em casa minha irmã me encheu de perguntas e pela primeira vez na vida, eu me abri com ela.

Nunca me senti tão feliz e nunca senti tanto medo de perder alguém.


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