Quebrados escrita por Ellen Cravina


Capítulo 16
O azul, o mar e os olhos dele.


Notas iniciais do capítulo

Estive ausente, peço desculpas pela demora...
Não fique triste se eu demorar algum tempo para postar o próximo capítulo, mas vida de estudante é foda... Espero a compreensão de todos os leitores que continuam ansiosos por cada momento de altos e baixos com essa família muito amada. Obrigada de coração pelo apoio e até o próximo capítulo!! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657738/chapter/16

O azul, como era lindo aquela cor...

O azul era a minha cor preferida. Era a cor que representava os olhos de Dante e do meu filhinho. Eu amava aquela cor, amava ver os olhos deles alegres, sorrindo para mim do outro lado do navio, os cabelos esvoaçando, as covinhas acentuadas de pai e filho juntos... Era uma das imagens que eu nunca mais esqueceria, isso eu tinha certeza.

Eles acabaram sendo a minha família em tão pouco tempo e me acolhendo como se eu fosse um cachorrinho perdido. Eles eram os meus dois pilares. As duas pessoas que eu não largaria a mão por nada. Eles eram a minha família, o meu tudo, os meus olhos e o meu caminho ... Os dois de mãos dadas, um brincando com o outro e seguindo reto até chegar à mim.

—Mamãe! – Dyl estava correndo, gritando todo alegre, com os bracinhos abertos e as perninhas em uma velocidade incrível. Eu agachei e peguei o meu garotinho no ar, dando uma pirueta com ele.

—Fala, espertinho, o que foi agora? – Eu estava nariz com nariz perto dele e as bochechinhas rosadas do meu bebê eram tão fofas, tão macias...

—Não é incrível, mamãe?! – Ele sorriu abertamente, os olhinhos brilhando como duas estrelas do mar.

—Sim, meu amor, é lindo. – Dei um beijo nos olhinhos dele.

—Só o Dyl ganha beijos? – Dante estava com aquele sorrisinho dele, o que eu adorava. – Não é justo. – Ele aproximou o rosto, esperando a minha boca tocar nos seus lábios.

—Mamãe, não é justo mesmo. – Dyl cochichou, sorrindo com as mãos sobre a boca e descendo do meu colo. Revirei os olhos. Esta criança tinha os dotes do pai, ótimo...

—Vai pegar os seus carrinhos, Dyl. – Mandei.

—Estou indo, mamãe. – E saiu correndo.

—Você está me devendo um beijo. – Dante sussurrou em meu ouvido, por trás de mim, envolvendo os seus dois braços fortes em torno do meu corpo.

O meu meio sorriso mostrava carinho por ele, por aquele homem com uma camisa social branca e os cabelos desgrenhados, descalço com um jeans bem surrado. Eu gostava dele assim, à vontade, sem preocupações e manchas pretas embaixo dos olhos. – Vou te cobrar por isso. – Meu sarcasmo fez ele rir. Apertou-me pela cintura e colou os lábios carnudos perto da minha orelha, beijando o meu pescoço fortemente.

—Você é deliciosa, Bele.

—Eu já ouvi isso antes. - Sorri atrevida, deixando algo no ar e uma dúvida que foi acentuada bem entre as sobrancelhas dele. Aquela marquinha de preocupação.

—Ah é, meu amor? – Eu segurei a risada profunda que estava prestes a sair, mas ele me captou. – De quem? – O sorrisinho dos meus sonhos estava estampado naquele rosto.

—De você claro, Sr. Kannenberg, o homem que sorri assim para mim. – Cutuquei uma covinha dele. – Repetidas vezes, apesar. Este homem que me protege em meus sonhos, o homem que eu não conhecia até pouco tempo atrás. Você tem conversado comigo em meus sonhos, sorrindo com essas covinhas e dizendo que eu serei sua esposa.

—Você é minha esposa. -  Ele me apertou mais forte.

Dylan estava do outro lado do navio, segurando os carrinhos e acenando para nós. Eu sorri e retribuí.

—Claro que sou, quem te daria um filho tão lindo e fofo como o Dyl? Apesar dele ser tão esperto como o pai. – Revirei os olhos.

 – Eu sei e é por isso que eu te amo, Cibele, porque você é a mãe do meu filho e a mulher que carrega o meu coração.

—Eu te amo, Dante.

                                                    

 

—Dyl, não vá até o fundo! – Gritei para ele da praia, sentada na areia e observando o meu menininho rir absurdamente com o pai. Eles estavam brincando, jogando água um no outro e correndo.

—Ok, mamãe! – Acenou para mim, pulando.

Eu amava o meu pequenino como nunca, ele era a peça que faltava no meu coração. Eu não conseguia parar de me preocupar com ele naquelas águas, mesmo Dante estando lá. Eu não tirava os olhos dele por um minuto, era instinto de mãe, era a minha vida em outro corpo.

—Dante, não leve ele muito para o fundo! – Gritei me levantando quando ele pegou o meu bebê no colo e foi entrando mais afundo na água.

—Sim, senhora. – Respondeu levantando o braço.

Às vezes eu adorava a praia, às vezes eu até sonhava que estava nadando, mas o meu medo com a água ainda estava intacto e me alertando que aquilo representava perigo. Eu não me lembrava de quando ou de onde esse medo veio, mas eu o compreendia. Era um desespero, uma agonia de não poder respirar e sentir que o ar nunca mais entraria nos seus pulmões. Eu também tinha medo do mar levar uma das pessoas mais importantes para mim. Era desse medo que eu mais temia.

Quando vi os dois saindo da água e vindo em minha direção, soltei um ar de alívio e agradeci à Deus por eles estarem bem.

Dylan veio com tudo e me abraçou com aquele corpo gelado de doer. Ele estava tremendo até!!

—Dyl, você está congelando! – Peguei uma toalha e a envolvi nele. – Vou matar o seu pai se você pegar um resfriado. – Olhei feio para o Dante, que me observava curioso da cabeça aos pés.

Ele tinha aquele olhar de “você parece deliciosa”, sorrindo malicioso, passeando pelo meu corpo lentamente com aqueles olhos cor de safira. Eu estava me sentindo nua, assediada por ele sem que me tocasse.

O biquíni floral azul marinho e com uma mistura de rosa,babados na parte de cima e a parte de baixo um fio dental, não me cobriam em nada mas também não mostravam tudo... Só que o Dante parecia me ver nua, deixando-me ruborizada e quente. Muito quente. Ele no mínimo estava me comendo com os olhos e imaginando absurdos que basicamente eu conseguia ver.

—Cibele, Venha aqui meu amor. – Ele me puxou do chão tão rápido para um abraço e um beijo forte que segundos depois eu não pude evitar de gritar com o corpo grudado em mim. Ele estava pior que o Dyl, parecia um bloco de gelo!!!

—Dante!!!! – Esperneei e bati no peito dele. – Você quer me matar, iceberg?! – Ele estava rindo.

—Se isso significa “matar”, quero te matar para sempre minha Bele. – Ele sussurrou. – Principalmente na cama, vou te matar como nunca hoje. Minha doce e linda flor. - Eu não pude evitar sorrir, porque aquelas palavras eram tudo e mais do que ele estava prestes a fazer.

—Eu vou morrer de prazer então, meu amor. Mate-me de prazer. – Sussurrei com uma voz sedutora no ouvido dele. – Tente e me faça tremer como a morte hoje. – E mordi a curvatura perto do pescoço dele.

—Você é terrível, mulher. – Ele me deu um tapa na bunda e eu gemi. – Tome muito cuidado comigo Senhora Kannenberg, ou vai acabar se dando muito mal aqui e agora com o nosso filho olhando. – Disse naquele tom gostoso e controlador que mais do que nunca me deixava com um tesão e uma vontade absurda de provocá-lo.

—Quer tentar, aqui e a agora? – Sussurrei e ele me olhou com um desejo profundo e obscuro, os azuis ficando mais negros. Como eu queria ele agora...

—Cibele, não me tente. – Sussurrou ardente no meu ouvido. - Você não sabe com o que está lidando, meu amor. – E me beijou como se estivesse brigando comigo na cama, para encerrar esta conversa e irmos embora logo... Logo para o nosso quarto.

—Tudo bem, preciso esperar não é? – Sorri e acenei a cabeça, desviando o olhar rapidamente para Dyl sentado na cadeira brincando com os carrinhos, e sabendo que se fosse além ele faria aqui e agora comigo. Eu sei que faria, estava escrito na cara dele. Porém, seria injusto com Dylan e eu não queria poluir a mente do meu filho já nessa idade...

—Boa garota. - Recebi outro beijo, um mais delicado e que significava mais que o suficiente para mim. Ele me amava, ele nos amava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram muito? Então por favor deixe um comentário, adoro saber que vocês estão aqui.
Beijos e abraços, Ellen.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quebrados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.