B. A. D -Hiatus escrita por mazu


Capítulo 5
Missão


Notas iniciais do capítulo

Yooooooo! Sim esse foi o capítulo mais longo de todos, eu sei. Espero que gostem, se gostarem eu tento trazer caps maiores (TEEEENTAAAR). Enfim, espero que gostem! ♥



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–A, B e D. Por favor, sigam-me. -O Senhor Lay ordena assim que formamos a fila. Saímos da posição e o seguimos até a sala da Diretora.
Ele bate na porta, ela nos manda entrar e obedecemos.
A Diretora estava sentada na sua cadeira e quando nos vê abre um sorriso.
–Olá, crianças! Gostaram de ontem?
–Adoramos Senhora. -D responde.
–Senhora não. Podem me chamar de Kate.
–Pode ir logo ao ponto, Kate? -A pergunta impaciente.
–Certo, me desculpem. Então, vocês já devem ter percebido... Não é coisa minha, é do Jared!  Enfim... Eu vou ter que mandá-los numa missão. -Ela diz e A nos olha com uma cara de "Eu disse".
–E... Como seria essa missão? -Pergunto.
–Vocês tem que recuperar uma coisa nossa que foi roubada.
–E o que seria essa coisa? -D pergunta.
–Uma bomba.
Dou uma risada nervosa. É brincadeira, só pode.
–Ótimo, mas agora... O que temos que buscar? -A pergunta.
–É sério, crianças. É uma bomba muito perigosa e está na mão das pessoas erradas.
–E como saberemos se vocês são as certas? -Ele pergunta.
–Olha, eu sei que vocês não gostam da vida que tem mas...
–MAS NADA! NÓS... Nós vamos buscar essa maldita bomba, mas não vamos ficar de mãos vazias.
–Calma! Mas é claro que não, podem escolher um presente. Qualquer um. -Kate diz levemente assustada.
–Eu quero um relógio. -A diz.
–Eu quero grampos de cabelo. -digo.
–E eu quero um MP3... Com fones. -D responde.
–Podem deixar, eu vou providenciar. Mas vocês vão nos ajudar, certo?
–Certo. -Respondo.
–Ok, vocês saem em uma hora, Lay levará vocês para se prepararem. Boa sorte, Muda Agen agradece.
Ela diz e nos viramos pra sair. Quando passamos pela porta ouço o A murmurar:
–Muda Agen não tem que agradecer, tem que tomar no...
–Hey, A! Mais respeito pela sua casa. -Senhor Lay que nos esperava do lado de fora o repreende.
–Esse lugar não é minha casa.
–É casa de todos nós, e se não gostar pode ir embora. -Ele diz nos encarando.
–Nós não... podemos ir embora. -Digo e ele ri. Não, o Senhor Lay não se enganou... Ele quis mesmo dizer aquilo.
Ele começa a andar e nós o seguimos.
(...)
–A, B e D esses são Delta, Nu e Zeta. Eles vão auxiliá-los na missão. Eles serão o cérebro, vocês a força. -Senhor Lay diz e podemos ver ao seu lado duas meninas e um menino, todos aparentam ter nossa idade.
Delta e Zeta são duas meninas com longos cabelos loiros e Delta tem olhos azuis enquanto Zeta tem olhos esverdeados. Nu é o garoto, bem alto e é ruivo com os olhos cor de mel.
Todos são muito magros... Eu também sou, mas eles chegam até a te dar um desconforto.
Eu, A e D já estavamos vestindo os coletes e equipados com nossas armas, estávamos prontos.
Cumprimentamos os outros 3 e ficamos em fila esperando... O quê? Não sei.
–Certo, agora que já se conhecem precisam saber de uma coisa. Para sairmos daqui eu vou precisar vendá-los até que estejamos do lado de fora. -Senhor Lay avisa.
–Ótimo, não nos dizem para onde estamos indo e ainda por cima vão nos vendar. -Delta reclama.
Ele simplesmente ignora o comentário e tira as vendas do bolso. Depois que estamos todos vendados sinto mãos enconstarem no meu braço e me guiarem até a algum lugar. Depois de alguns minutos de andança somos colocados dentro do que parece um helicóptero. Só tenho certeza depois que sinto aquilo começar a voar.
Depois de uns cinco minutos dentro do helicóptero finalmente tiram a minha venda. Delta, A e Nu ainda estavam vendados mas logo uma mulher tira a venda deles.
–Olá crianças. Podem me chamar de M2, sou quem vai auxiliar vocês nessa missão. É o seguinte, Delta, Zeta e Nu, aqui estão as plantas do local, cada segurança está marcado ai, montem um plano enquanto eu converso com esses três. -A mulher diz e se vira pra nós. Ela aparentar ter uns 20 anos, tem cabelos e olhos castanhos e é bem branca.
–Você vão invadir o local. É um antigo museu que agora está fechado. A bomba está no terceiro andar, onde há mais seguranças. Vocês vão precisar de agilidade e precisão. Acham que conseguem? -Ela pergunta, eu tiro uma faca do meu cinto e a jogo ao lado da cabeça do Nu.
–Sim... Acho que conseguimos. -Respondo e ela dá um sorriso.
–Ótimo. Contamos com vocês.
M2 começa a conversar com o piloto enquanto eu, A e D esperamos Zeta, Nu e Delta com o plano.
–Eles poderiam fazer esse trajeto aqui. -Nu diz mas Zeta o olha de cara feia.
–Não! Se eles fizerem isso podem acabar sendo mortos. Os seguranças vão sair daqui e aqui. -Ela explica arrastando os dedos pela planta.
–Se eles forem por aqui podemos trancar essa porta, então não vão vir guardas e eles terão 5 minutos. Concordam? -Delta pergunta.
–Sim. -Os outros dois concordam e se aproximam de nós.
–Então aqui está o plano. -Nu diz mostrando uma das plantas pra gente. -Esse é o primeiro andar, não tem seguranças. Vocês vão direito pra escada.
–Esse é o segundo.  Logo de início há dois corredores, um reto e um pra esquerda. Entrem no da esquerda e sigam até uma porta amarela. -Delta explica.
–Na porta amarela vai ter a escada pro terceiro andar. Nós vamos trancá-la para que mais guardas não apareçam. Chegando no segundo andar vai ter um fila de 10 seguranças protegendo a bomba. Vocês vão jogar isso e durante a confusão é a hora de acabar com eles. -Zeta explica e me entrega uma bolinha de metal.
–E o que é isso? -Pergunto curiosa.
–É uma bombinha que solta uma fumaça, exemplificando pra vocês. Ela dura um minuto e fica bem difícil de enxergar, enquanto eles não enxergam nada vai ser a oportunidade de acabar com eles. -Nu responde e eu confirmo com a cabeça.
–Mais alguma coisa que devemos saber? -D pergunta.
–Temos ordens pra explodir o prédio. Depois que selarmos a porta amarela você vão ter 8 minutos.
Nós 3 nos encaramos. A parece nem ter se abalado, mas eu sei que sim. Todos nós estamos com medo.
–Certo. -A diz e D pega as plantas que estavam riscadas, mostrando o caminho que temos que seguir.
Me encosto pra esperar e percebo que Nu está me encarando.
–O que foi?
–Você está me devendo.
–Como assim?
–Você quase acertou uma faca na minha cabeça... Está me devendo.
–E o que estou te devendo?
–Não sei... que tal um beijo? -Ele pergunta e depois dá um sorriso.
–Chega de papo furado! Estamos numa missão se não perceberam. -A diz irritado e o silêncio toma conta do helicóptero.

(...)
–Agora. -A ordena e eu amarro a corda na beira do prédio. Chegamos sem ser vistos e paramos em cima do prédio. A segurança aqui é boa mas nem tanto. Depois que amarro a corda o D a pega e começa a descer. Depois que ele chega lá em baixo o A faz o mesmo.
–Vamos invadir o sistema agora. Vocês tem 5 minutos até a gente selar a porta. -Nu explica e eu balanço a cabeça. Vejo que A já está lá em baixo então começo a descer também.
D me segura para que eu não caia e finalmente estamos prontos pra ir. Pego a minha arma, uma metralhadora SMT .40 e nós entramos.
O D vai na frente, nos guiando enquanto eu ficava sempre atenta pra não sermos surpreendidos pelas costas. Nunca estive fora de Muda Agen, é muito estranho mas bom ao mesmo tempo.
Quando estávamos subindo a escada pro segundo andar o D para do nada.
–O que foi? -A sussurra pra ele.
–Tem alguém aqui. -Ele sussurra de volta e eu já preparo a arma.
Sinto uma movimentação atrás de mim e rapidamente me viro pra ver o que é. Nu, Delta e Zeta estavam logo atrás de nós.
–O que houve? -Sussuro pra Zeta.
–Eles nos acharam. Estão mandando reforços, temos que ir rápido.
–Droga, não podia ficar pior. -O A reclama e avança. Eu e D o seguimos e vejo no corredor á esquerda 3 homens. Cada um atira em um.
–Limpo. -D avisa e os outros 3 que estavam atrás se aproximam. Andamos até a porta amarela e a atravessamos. Assim que D, o último da fila, passa a porta se fecha.
Subimos a escada sem fazer barulho, só temos mais 8 minutos antes do prédio explodir. Quando chegamos nos últimos degrais o A para.
–Me dê a bombinha. -Ele ordena.
–Não. Eu jogo. -Digo.
–Mê dá a merda dessa bomba.
Eu entrego pra ele que aperta um botão e a lança pra longe. Depois de alguns segundos só vejo a fumaça tomando conta do lugar.
–Esperem aqui. -Ordeno pros três e eu, A e D subimos o resto. Os homens estavam andando de um lado para outro, completamente perdidos. Nós 3 só fazemos uma fileira e começamos a atirar... Se não fôssemos nós, seriam eles.
Depois que temos certeza que todos já morreram eu chamo os outros enquanto A e D procuram a bomba.
–Não tem nada aqui. -A diz irritado. -Quanto tempo até a bomba explodir?
–6 minutos. -Delta responde.
–Espera... Tem alguma coisa sim. -Nu diz e começa a se aproximar da parede. A sala estava vazia, tirando os cadáveres.
Nu começa a passar a mão pela parede.
Escuto um barulho estranho e Zeta me encara com os olhos arregalados.
–O que foi? -Pergunto.
–A porta amarela... Abriu.
–Droga.
Me viro pra direção da porta e preparo a arma.
–Achei! -Nu anuncia e uma porta se abre na parede atrás de mim.
–Vão! -Ordeno e depois que todos já passaram eu passo também.  A sala era bem pequena, mas isso não importava. Tudo o que importava era a maleta no meio dela.
–Essa é a bomba? -D pergunta.
–Tem um timer em cima... Então eu acho que sim. -A diz e pega a maleta. -E agora? Como voltamos ao térreo?
–Tem uma porta aqui. -Nu responde e começa a procurar na parede novamente. Depois de alguns segundos ele a acha. Enquanto ela abria só o ouço gritar.
–O que foi, Nu? -Delta pergunta assustada e vemos sangue escorrendo pelas costas dele, machando a camisa branca.
–Temos companhia! -D avisa e começa a atirar pra cima. A sai correndo com a bomba e as duas garotas o seguem. Eu levanto o Nu que caiu no chão e o levo comigo. Depois que o D passa a porta se fecha mas sei que é questão de tempo até que ela se abra de novo.
–Nu, me ajuda. -Digo o ajeitando pra conseguir ir mais rápido.
–B... Me deixa... E corre. -Ele diz mas eu ignoro. Ninguém fica pra trás.
–B, me escuta... Essa bala deve ter perfurado meu coração. Não sei nem como estou vivo ainda... Tem coisas que nem a ciência explica... Eu devo ter no máximo cinco minutos, se você não correr... Vai morrer junto comigo.
–CALA A SUA BOCA! EU NÃO VOU TE DEIXAR MORRER.
–Por favor... Me deixa! Eu nunca estive tão vivo antes. Todo dia... Naquela maldita prisão... Me deixa ir.
Ele implora e eu com lágrimas nos olhos o sento no chão, encostado na parede do corredor.
Ele me puxa pra perto dele.
–Você... Ainda está me devendo.
–Por favor... Eu te dou mil beijos só não morra.
Ele se aproxima e me beija. Rápido, rápido demais. Não foi ruim... Só rápido.
–Anda... Vocês só tem 3 minutos. Obrigado B e pelo amor de Deus, não se esqueça de mim.
Minha visão estava completamente embaçada por causa das lágrimas. Nu segura a minha mão.
–Vai ficar tudo bem, eu... Eu quero isso. Agora vai, por favor.
Ele pede e eu balanço a cabeça.
–B! VAMOS! -Escute D gritar, me levanto do chão e corro na direção da voz. Eu não quero olhar pra trás mas não aguento e olho.
Nu já não estava mais vivo. Parecia que estava dormindo, se não fosse por aquele sangue todo...
Começo a subir um lance enorme de escadas e quando já estou perto do final eu consigo ver o D e o A.
–Cadê o Nu? -D pergunta.
–Não sobreviveu... Vamos. -Digo e começamos a correr em direção ao helicóptero. As meninas começam a chorar quando vêem que eu estou voltando sozinha. Entramos em um pulo e o piloto começa a levantar vôo.
–Cadê o ruivo? -M2 pergunta e ao ver meu estado ela entende.
Eu começo a chorar, chorar de soluçar. Eu nunca tinha visto alguém morrer antes. D segura a minha mão e A pede pra Delta segurar a maleta.
Depois de alguns segundos sem saber o que fazer ele me abraça de lado e eu encosto a cabeça no ombro dele.
–Eu sei... Ele parecia legal. Sinto muito. -A diz e aquelas palavras me confortam imensamente.
Eu só quero voltar...  Voltar e esquecer que tudo isso aconteceu.
Depois de um tempinho só escutamos um estrondo muito alto. O prédio explodiu... Temos a bomba.
Missão completa.


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