B. A. D -Hiatus escrita por mazu


Capítulo 3
Presente?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Eu resolvi terminar a outra história que estava escrevendo pra poder me concentrar mais nessa. ^^



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O instrutor assopra o apito e a luta começa. I vem na minha direção e tenta me dar um soco, mas eu desvio e ele cai com tudo no chão. Nós ficamos assim por um bom tempo, ele vinha me atacar e eu desviava, até um dos instrutores intervir.
–Ou vocês lutam de verdade ou serão castigados. -Ele diz e percebo que serei obrigada a machucar o I.
Quando ele se aproxima pra tentar me atacar novamente eu prendo seus braços, dou um chute com a perna esquerda em seu peitoral e começo a chorar, sinto que estou machucando um irmãozinho e isso me dói muito. Ele fica um tempinho recuperando o fôlego mas logo se levanta. Antes que pudesse fazer qualquer coisa eu me aproximo e dou um rasteira nele, o fazendo cair de novo. I bate a cabeça com muita força no chão e vejo que ele ficou inconsciente. Um dos instrutores dá um sorriso e os outros dois ordenam que seus ajudantes me levem de volta pra sala e os outros levem I para a enfermaria.
Dois brutamontes emergem dos cantos escuros da sala e me arrastam até o dormitório. Quando entro nele A e D estavam em fila de frente pro monitor. Hoje é a primeira segunda-feira do mês, dia do corte de cabelo obrigatório.
Me posiciono na fila para esperarmos os outros dois que viriam. Os outros 5 cortarão depois porque estarão na enfermaria.

Depois de alguns minutos a H e o F entram no dormitório e também se juntam à fila. Saímos de lá e o monitor nos guia até o salão principal. Lá haviam cinco cadeiras enfileiradas e cinco mulheres posicionadas atrás delas.
Cada um de nós se acomoda em uma das cadeiras e as mulheres começam seus trabalhos. É sempre a mesma moça que corta meu cabelo, uma mulher loira com olhos castanhos brilhantes e um corpo invejável. Muito diferente de mim, meu cabelo é negro, meus olhos são azuis (particularmente eu não gosto) e sou muito magra.
Mas nada disso importa aqui.
Todos os jovens daqui seguem o mesmo padrão, 14 anos (com execeção de I), cabelos negros e órfãos.
Todas as meninas são obrigadas a usar o cabelo na metade das costas e os meninos o cabelo é raspado nas laterais da cabeça.
Depois que acabam de cortar nossos cabelos nós nos levantamos das cadeira e voltamos à fila. Antes do monitor nos levar de volta pro dormitório o Senhor Lay, um dos funcionários daqui, se aproxima de nós.
–Bom dia crianças. -Ele diz num tom amigável. O Senhor Lay é o melhor funcionário daqui... Pelo menos o mais gentil.
–Bom dia. -Respondemos juntos e ele sorri satisfeito.
–Bom... A Diretora me pediu para chamar o A, a B e o D. Ela quer falar com vocês. -Ele diz e meu coração gela. O que será que a Diretora quer conosco?
Eu, A e D saímos da fila e acompanhamos Senhor Lay até o escritório da Diretora. Eu nunca tinha vindo aqui então estou nervosa, mas D e A agem como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Paramos em frente a uma porta e o Senhor Lay nos encara.
–Podem entrar, ela está os esperando.
Ele se vira e vai embora. D bate na porta e só escuto a voz de uma mulher dizer "Entrem".
A abre a porta e nós entramos na sala. As paredes eram azul-marinho e havia uma mesa no centro. A Diretora, uma mulher de uns 30 anos, cabelos loiros ondulados e olhos cor de mel está sentada na mesa assinando vários papéis.
Fecho a porta atrás de nós e ela nos mandar sentar. Ocupamos as 3 cadeiras de frente pra mesa e ela nos encara.
–Olá crianças.
–Olá Diretora.
–Bom... Os chamei aqui porque quero os parabenizar. Vocês são os melhores alunos da nossa academia, e eu não estou puxando saco nem nada do tipo.
–Obrigada... Eu acho. -Digo e ela abre uma das gavetas.
–Em recompensa pelo grande esforço de vocês... Vamos lhes dar um dia de férias.
–Espera... Como assim? -D pergunta.
–Exatamente o que ouviram, amanhã estarão dispensados de suas atividades por um dia, aproveitem para descansar ou fazer qualquer coisa que queiram.
Como se fosse possível, né? Todos nossos passos são vigiados e contados nesse lugar, não podemos fazer muita coisa. D está visivelmente animado, eu também... Um pouco. Mas ao encarar o A vejo que ele não se abalou muito com a idéia.
–Tomem esses cartões. Se alguém vier pará-los mostrem a essa pessoa o cartão e terão liberdade para continuar o que quer que estejam fazendo.
Liberdade... Sei.
–Só... Não façam nada inapropriado... O Jared nunca mais deixaria eu fazer algo do tipo novamente.
–Quem seria Jared? -A pergunta num tom frio.
–Ahhhh por nome vocês não o conhecem, é o Diretor, e meu marido. Desculpem, eu esqueço de que aqui precisamos ser formais.
–Tudo bem. -D diz e nós pegamos os cartões.
–Pronto, agora estão liberados. Voltem para o dormitório e... Divirtam-se amanhã! -A Diretora diz com um sorriso amigável. Nos levantamos e saímos da sala. Pela primeira vez estamos andando por conta própria pelos corredores. É estranho.
–Você não ficou feliz, A? -D pergunta.
–Não.
–Porquê? -Eu pergunto. Vai ser uma liberdade que nunca tivemos... Vai durar só um dia? Vai! Mas pelo menos...
–Porque isso é uma ilusão, falsa liberdade. Estão nos dando esse "agrado"... Eles vão nos mandar em uma missão.
Espera! Como assim? Não podemos entrar em missões, somos muito novos.
–A! Você está viajando, cara. -D diz e A se vira pra ele.
–Não, eu não estou "viajando". Eu estou sendo realista. Se eu fosse você, amanhã, passaria o dia treinando ao invés de ficar com o traseiro pra cima, porque eles vão nos mandar numa missão e os bons sobrevivem, os fracos morrem.
Ele se vira e sai andando enquanto eu e D nos encaramos assustados. O A está realmente certo de que vão nos mandar em uma missão. Ele está preocupado e estressado.
Vou seguir o conselho dele. Não quero morrer antes de sair desse lugar de merda.

Continua.


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