B. A. D -Hiatus escrita por mazu


Capítulo 2
Aulas sádicas


Notas iniciais do capítulo

Yoooo então, um capítulo novinho bem legal pra vocês! ^^ viram? Eu disse que mesmo não tendo dia pra postar eu ia tentar sempre atualizar o mais rápido o possível.



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Após meia hora de aula meu corpo inteiro já dói, não aguento mais ficar suspensa nessa coisa, meus pulsos já estão sangrando por causa das algemas. Algumas das outras pessoas chamam minha atenção, a E estava se balançando como se estivesse brincando, I cantava baixinho uma música e A mal se movia e também não dizia nada.
–Hey, A! Você está bem? -Pergunto.
–Estou. -Ele responde frio como sempre.
–Porque você é assim?
Eu pergunto e ele vira o rosto pra me encarar, seus cabelos negros caíam sobre os óculos e seus olhos esverdeados me encaram com uma expressão furiosa.
–Porque eu estou me concentrando pra não morrer nesse lugar, agora se me der licença. -Ele diz e volta a olhar pra frente.
Como pode isso? Estamos aqui juntos, vivendo juntos, sofrendo juntos. Precisamos nos unir e não nos separar um dos outros. O A nunca fala com ninguém, as únicas vezes em que escuto sua voz são durante as chamadas e quando somos obrigados a repetir qualquer lixo que esses funcionários cretinos daqui vomitam, quando não estamos treinando ou estudando ele está lendo um livro que ganhou da diretoria. Sim, de vez em quando a Diretora e o Diretor desse lugar dão presentes para as crianças, mas não se iluda que eles são dados por livre e espontânea vontade. Geralmente eles dão presentes para as crianças que sofrem algum acidente aqui e quase morrem, uma vez A quase perdeu o braço, então a diretoria o presenteou com esse livro.
–Não aguento mais... -D diz e eu o encaro.
–Não, D! Não desista, por favor aguente. Não podemos perder ninguém. -Eu digo e ele me encara com seus olhos acinzentados. O cabelo negro dele estava bagunçado e seus pulsos também estavam sangrando.
–Mas B...
–Mas nada! Por favor só mais um pouco.
–CHEGA DE CONVERSA- Um dos instrutores grita através do microfone da sala de vigia, que fica ao lado dessa. A caixa de som estava muito alta então a voz dele machuca nossos ouvidos.
Eu faço uma careta por causa da dor e abaixo a cabeça, eu tenho que esperar, é o jeito.
(...)
–TEMPO. -Um dos monitores grita enquanto abre a porta e entra na sala. Ele para e encara um a um, ninguém havia desistido ainda. Minha roupa inteira estava suja de sangue que escorria dos meus pulsos.
Um a um o pessoal começa a ser solto. Quando chega na minha vez o instrutor abre as algemas e eu caio de joelhos no chão. F que já estava solto me ajuda a levantar e D me entrega uma muda nova de roupas.
–Obrigada meninos. -Agradeço.
–Vocês tem 5 minutos. Banheiro, água e depois voltem. -O instrutor diz e eu vou até uma porta no canto, ali fica o banheiro feminino. Eu lavo meus pulsos que ja pararam de sangrar, visto a roupa limpa e saio. Quase todos já estavam de volta então eu resolvo ficar ali e esperar.
Depois que todos já voltaram o instrutor some por alguns minutos e depois volta.
–Certo, agora que todos voltaram vamos a segunda parte da aula de hoje, levantem-se e formem uma fila. -Ele ordena e fazemos o que ele manda.
Ele nos leva em direção a uma das portas que havia alí, definitivamente a pior porta desse lugar. Ali naquele quarto havia uma espécie de ringue e uns bancos próximos a ele, nos sentamos alí e percebemos que os outros instrutores estavam lá, segurando folhas de papel.
–A e G, levantem-se. -Um dos instrutores que estava com as folhas diz e A e G obedecem.
–Pro ringue. -O outro diz e eles sobem.
Aqui somos obrigados a lutar uns contra os outros até um dos dois desmaiar, é horrível, repugnante e cruel.
Não consigo nem ver, quando a luta começa eu abaixo a cabeça mas depois eu acabo a levantando por causa da curiosidade. A estava vencendo a luta mas não havia se quer acertado o punho em G, A estava fazendo G se bater sozinho. A agarra os braços do outro e faz com que G acerte o próprio rosto com os punhos, isso repetidas vezes. Quando a luta finalmente acaba, G desabou no chão e A não possuia uma ferida se quer, foi uma boa tática, tenho que admitir. Ele é liberado e pode voltar pro dormitório enquanto G é levado para a enfermaria.
A próxima luta é entre D e C, assim que o instrutor assopra o apito D voa em cima de C que não estava esperando por isso e os dois caem no chão, D sobe em cima de C e começa a bater a cabeça dele no chão. Depois de dois minutos disso, C perde a consciência mas D não para de bater a cabeça do outro no chão, os instrutores entram no ringue e arrancam D de cima do outro garoto, D é liberado e C levado pra enfermaria.
–B e I, pro ringue.
Escuto e minha reação é arregalar os olhos imediatamente. Como posso lutar com I? Ele só tem 11 anos, é muito novo, baixinho e fraco. Eu vou acabar o matando.
–Mas Senhores não tem como, não posso lutar com ele. -Digo enquanto me levanto e um dos instrutores vem até mim e agarra a minha garganta.
–Escuta aqui sua bastarda inútil, aqui dentro, durante minha aula você tem que me obedecer. Agora cala a sua boca e sobe naquele ringue. -Ele diz me olhando nos olhos e depois me solta.
Subo e encaro I que já estava na posição, pronto pra começar a lutar. Ele diz um 'tudo bem B' baixinho e pede pra que eu pegue leve com ele.
Eu não quero fazer isso, eu não quero bater no I, mas é minha única opção.

Continua...


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