B. A. D -Hiatus escrita por mazu


Capítulo 1
O inferno é na terra


Notas iniciais do capítulo

Então, primeiro capítulo começando animadamente (uhuuuuul *tuts tuts tuts* -mentira).
Bom, o que posso dizer? Esse 1° capítulo tá mais pra uma introdução do que qualquer outra coisa. Espero que gostem. ♥



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Acordo ouvindo o som da sirene tocando bem alto. Me levanto rápidamente e fico parada ao lado da minha cama, de cabeça baixa esperando o monitor andar pelo corredor no meio de diversas camas para conferir se todos já haviam acordado. Quando ele bate o pé no chão eu e as outras crianças alí presentes formamos uma fila e seguimos para fora do quarto.
No corredor, ajeitamos nossa posição e ficamos ali naquela fila impecavelmente perfeita enquanto o monitor saía do quarto e o trancava. Ele vai para a frente da fila e se vira para nós.
–A? -Ele pergunta levantando o caderninho que segurava e escrevendo algo nele.
–Presente. -Um menino na minha frente responde.
Meu nome é B, sim, B. Não tenho um nome de verdade pois aonde moro ninguém tem nome, todas as crianças são nomeadas com letras do alfabeto. Todos nós temos catorze anos, diferentes de I, que é o mais novo e tem 11. Não sabemos como viemos parar aqui, mas sabemos que viemos novos suficientes pra não nos lembrarmos de nada de nossas antigas vidas. Não sabemos quem são nossos pais, de que país somos ou se temos irmãos... Tudo o que nós sabemos é matar. Dia e noite somos treinados para um único propósito:
Matar. E matar pro governo.
–B? -O monitor pergunta já impaciente, provavelmente já está perguntando a bastante tempo.
–Presente. -Eu respondo, abaixo a cabeça e ele continua relizando a chamada.
Quando o monitor finalmente chega no J a chamada acaba. Ele abaixa o caderninho e nos encara.
–Salve Muda Agen Akademi. -Ele diz e somos obrigados a repetir, é uma lei daqui.
–Salve Muda Agen Akademi.
Depois que repetimos o monitor se vira e começa a nos guiar pelos extensos corredores brancos e vazios, quando chegamos na porta do refeitório ele para e nós paramos também. O monitor abre a porta e entramos um por um.
Tudo nesse lugar é branco, nossas roupas, os quartos, corredores... Simplesmente tudo.
Me sento em uma das duas mesas que haviam no refeitório e os outros se sentam também, 5 em cada mesa. O monitor fecha a porta ficando do lado de fora e as moças que trabalham na cozinha começam a aparecer para nos entregar nosso café da manhã. Elas são muito legais conosco, sempre colocam algo gostoso (que trazem as escondidas) nas nossas refeições, hoje nós temos torradas com manteiga, suco de laranja e mais os iogurtes que elas trazem de fora pra nós.
–Obrigada Christie. -Agradeço a moça que trouxe a minha bandeja.
–De nada, amorzinho.
Ela diz e as moças voltam pra cozinha para que possamos comer. Uma delas liga a televisão, não pense que assistimos desenhos ou qualquer algo do tipo, só temos permissão pra assistir pronunciamentos do Presidente dos Estados Unidos, Jeremy Christopher XIV.
–Estamos todos do Governo nos esforçando para criarmos um país seguro para todos os cidadãos. -O Presidente diz durante a entrevista e C, que está sentado na minha frente faz cara feia.
–É, grande esforço, Senhor Presidente! Enquanto você tá ai de perna pra cima enchendo o traseiro de fast-food nós aqui estamos comendo o pão que o diabo amassa pra podermos fazer seus trabalinhos sujos. -Ele diz extremamente revoltado.
–Shhhhh por favor, crianças! Fiquem em silêncio. Vocês querem que os guardas venham brigar conosco? -Uma das moças da cozinha pergunta gentilmente.
–Não, nos desculpe, vamos ficar quietos. -J diz e um silêncio mortal toma conta do refeitório.
Depois que terminamos de tomar café nós saímos de lá e formamos novamente a fila no corredor. O monitor aparece a nos guia até outra sala.
Essa sala é a de treinamento, ele abre a porta e nós entramos. Os 3 treinadores estavam posicionados próximos a estruturas de aço que estavam posicionadas em pé e em fileira.
–Sentem! -Um dos instrutores ordena e todos sentam no chão.
–A aula de hoje será de resistência, vocês tem que saber que quando estiverem prestando seus serviços podem ser atacados e levados a qualquer momento. Eles podem te matar, ou podem te torturar a procura de informações. E sabem o que devem fazer? FICAR EM SILÊNCIO. Não importa a dor ou sofrimento, vocês são máquinas. MÁQUINAS NÃO SENTEM DOR. -Um dos instrutores diz enquanto os outros estavam parados em um canto.
–Sim senhor, somos máquinas e não sentimos dor. -Somos obrigados a repetir.
–Ótimo, DE PÉ AGORA.
Ele ordena e nos levantamos, os instrutores mandam nos posicionarmos na frente das estruturas de aço. Cada um escolhe uma e quando estamos prontos eles começam a nos prender naquilo com algemas que haviam na parte superior das estruturas.
Depois que todos nós estamos devidamente presos os instrutores acionam um cronômetro.
–Vocês tem que ficar ai por uma hora.
Um deles diz. Uma hora é muita coisa, não sei se eu aguento.
–Ah... Um detalhe que esquecemos de mencionar... Quem não aguentar e desistir vai ser cortado do programa. -O outro diz e minha garganta dá um nó. Não tem como ser 'cortado' do programa, ou você está aqui ou... Está morto. Eles vão matar quem não conseguir.
–Mas Senhores... - F tenta dizer algo mas o 3° instrutor bate na barriga dele com um cassetete.
–QUER SER O PRIMEIRO, F? -O homem pergunta e F balança a cabeça negativamente, com dificuldade por causa da dor.
–Ótimo. Agora vamos deixar vocês sozinhos, mas lembrem-se, estamos de olho pelas câmeras. Quem desistir... -O 1° instrutor diz com um sorriso malígno e 2° faz um gesto na garganta, um sinal de decapitação.
Eu não posso desistir, eu não quero morrer! Vou ter que aguentar.

Continua...


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