B. A. D -Hiatus escrita por mazu


Capítulo 11
Brendon -Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Galeraaaa! Me perdoem pela demora mas eu me mudei e estou sem internet. Raramente tenho acesso. Fiquem tranquilos que vou atualizar sempre que possível.



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—Hey! Barbara! Acorda.
Escuto uma voz me chamar e abro os olhos. Brendon estava parado do lado da minha cama, sorrindo. Agora seus cabelos loiros estavam molhados e usava roupas diferentes. Ele está usando um moletom preto, uma calça militar camuflada e um tênis também preto.
—Tá na hora do jantar. -Ele diz, eu me sento na cama, olho pra cama ao lado e vejo que Alan não está nela, eu e Brendon estamos sozinhos aqui no dormitório.
—Separei umas roupas pra você. Desculpe mas aqui a maioria das roupas ou fazem parte de uniformes militares ou são camufladas. -Ele diz meio sem-graça e me entrega as roupas.
—Obrigada, Brendon! Você sabe onde está o Alan?
—O garoto que chegou com você? Bom, ele jantou mais cedo que nós e não o vi mais, sinto muito.
—Certo, eu vou tomar banho e já vou.
—Eu te espero, tenho que te mostrar aonde fica o refeitório. Susy sempre esquece de mostrar ele pros novatos.
—Ok.
Respondo e sigo em direção a uma porta ali do lado, era o banheiro.
Depois de 15 minutos eu saio do banho. Estou vestindo uma blusa preta simples, uma jaqueta camuflada que fica bem grande, uma calça de moletom também preta e tênis camuflados.
Vejo que Brendon está sentado em uma das camas com um caderno e um lápis nas mãos, me aproximo e me sento ao seu lado. Ele estava desenhando no caderno e confesso que ele tem um baita talento. O desenho era um garoto em cima de uma enorme pilha de ossos, ele erguia a bandeira dos Estados Unidos enquanto alguns homens fugiam assustados.
—Gostei do desenho. -Digo, ele para de desenhar, me encara e sorri.
—Obrigado. Estou desenhando uma HQ sobre a nossa revolução.
—Revolução?
—Vamos matar o presidente, enviar nosso candidato e salvar os Estados Unidos... Uma revolução. Claro que eu exagerei um pouco na HQ... Mas o que seria do mundo sem a criatividade?
—É verdade, tenho que concordar.
—Você já está pronta?
—Estou.
—Ótimo, então vamos.
Ele joga o caderno em cima da cama e se levanta. Também me levanto e começo a segui-lo. Quando chegamos ao salão de treinamento percebo que havia uma escada ali no final. Vamos até ela e a subimos, antes mesmo de chegarmos eu já ouvia o alvoroço.
Quando chegamos vejo várias pessoas e mesas mesas uma do lado da outra, em cima delas haviam várias caixas de pizzas de diferentes sabores e muitas latas de refrigerante.
—Aqui é o refeitório. Hoje é dia da pizza, escolha uma, pegue um pedaço e aproveite. -Brendon explica e depois vai em direção a uma das mesas.
Haviam cerca de 30 pessoas ali no refeitório, mas nem sinal do Alan. Vou até uma das mesas e pego uma fatia de pizza de presunto.
—Oie! Você é a Barbara, não é? -Escuto alguém dizer e quando viro as costas me deparo com uma menininha de uns 10 anos, ela tem o cabelo preto liso, olhos também negros e bem puxadinhos.
—Sou sim, e você?
—Meu nome é complicado demais, me chama de Kim.
—E esse não é seu nome? É tão bonito!
—Na verdade meu nome é Hyorin Tsumada
—Tem razão, Kim é mais fácil.
Ela dá uma risada e pega uma fatia de pizza de uma caixa que estava na mesa ao meu lado.
—Meu onii-chan disse pra eu vir conversar com você, ele acha que você precisa de uma amiga. -Ela diz e dá uma mordida enorme na fatia de pizza.
—Seu o quê? -Pergunto confusa.
—Ah me desculpa, velhos habitos! Meu irmão, o Brendon.
—Brendon é seu irmão? -Pergunto estranhando a total falta de semelhança entre eles.
—É, de consideração. Depois que meus pais morreram é ele que cuida de mim.
—Ah sim, entendi.
De repente o Brendon "pula" em cima dela e a abraça.
—Pelo visto minha imouto-san preferida virou amiga da Barbara. -Ele diz enchendo a bochecha da Kim de beijinhos.
—Sou sua única imouto-san! -Ela protesta o afastando.
—Tá bom, desculpa! Agora vai brincar com o John enquanto eu dou uma palavrinha com a Barbara.
—Tá bom, mas você fica me devendo um sorvete.
—Menta com chocolate! -Ele diz, Kim sorri e se afasta.
—Vocês dois são uma gracinha. -Digo e ele me encara com um sorriso cínico.
—É mesmo, é?
—... Não vá se achando tanto, ok? Você é bonito mas nem tanto.
—Uau, ela joga na cara mesmo! Desculpa. Mas agora é sério, vou precisar de você e do Alan amanhã às 8 da manhã. Pedi pra um amigo providenciar um relógio pra você, vou buscá-lo mais tarde e te entrego. Não se atrasem, por favor e me encontrem na sala de reunião.
—Sim senhor! -Digo num tom zombeteiro e presto continência a ele.
—Descansar, soldado! -Ele entra na brincadeira e começamos a rir.
(...)
Já era umas 11 horas da noite quando me deito pra dormir. Todos do dormitório já estavam deitados, exceto Alan, que ninguém sabia onde estava.
Eu tentei ir procurá-lo mas o Coronel Ygor não deixou, me arrastou até a cama e disse á Cameron, um garoto de quase dois metros de altura e assustadoramente musculoso, pra ficar de olho em mim e não me deixar sair, eu que não me atrevo a tentar passar por ele.
Fecho os olhos e tento ignorar a preocupação com o Alan... Ele já é grande e morou em Muda Agen, ele sabe se virar.

Acordo meio desnorteada. O dormitório está completamente escuro, suponho que ainda esteja de madrugada. Vejo um relógio em cima do criado-mudo que fica ao lado da minha cama, a hora mostrada por ele é 2 e 45 da manhã. Olho pro lado e vejo que a cama ao meu lado está ocupada, que bom que o Alan está ali, minhas preocupações acabam.
Olho ao redor e percebo que a cama do Brendon está vazia. Aonde será que esse garoto se meteu?
Sinto que não vou conseguir dormir mais então me levanto tomando cuidado pra não fazer barulho. Encaixo os pés nos tênis e ando em silêncio até a porta. Vejo que o Cameron está dormindo (e babando igual a um bebê) então não vai ser difícil sair. Abro a porta bem devagar e a fecho depois que passo. O corredor estava completamente escuro mas eu sigo em frente, não há nada que possa me fazer mal aqui. Quando chego na frente da escada do salão principal vejo que os computadores e os monitores continuam ligados, mas não há ninguém lá em baixo. Eu poderia continuar a andar mas vejo uma luz saindo debaixo de alguma coisa, como se fossem frestas de uma porta. Sigo a luz e chego ao seu ponto de origem, a parede de frente pra escada, reparo numa pequena maçaneta camuflada ali. Eu a seguro e quando puxo de leve uma porta se abre.
Eu olho pra ver o que havia ali dentro e vejo um cômodo enorme.
Brendon estava lá dentro. Ele estava sem camisa, com o casaco amarrado na cintura, tinha uma máscara de gás no rosto e uma lata de tinta spray na mão.
Ao seu lado havia um rádio que tocava uma música que eu só conseguia entender algumas palavras, deve ser em outra língua.
O comodo tinha apenas uma parede branca, as outras 4 tinham pinturas nelas, pinturas de cenas de guerra. Brendon estava agachado e começava a pintar a parte de baixo da parede branca. O cômodo tem um cheiro muito forte de tinta, sufocante até.
Eu fico o olhando em silêncio enquanto ele pintava a parede e cantava junto com o rádio, e ele canta bem. Esse garoto não tem nenhum defeito não? Que cacete!
Do nada ele se vira pra trás e me vê na porta. No susto ele acaba deixando a lata cair no chão.
—Sai! Sai daqui! -Ele ordena e eu saio encostando a porta.
Logo depois ele sai também, fecha a porta atrás dele e tira a máscara.
—Desculpa ter falado daquele jeito mas ficar lá dentro podia te dar uma crise de asma, ou coisa do tipo.
—Tudo bem, sério.
—Não, não tá tudo bem. Me desculpa mesmo... Você quer entrar?
—Posso?
—Claro... só... -Ele diz, tira uma máscara cirúrgica do bolso e a coloca no meu rosto.
—Pronto! Agora você pode.
Ele põe a máscara de volta e nós entramos.
Continua...


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