B. A. D -Hiatus escrita por mazu


Capítulo 10
Novos aliados




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657679/chapter/10

Faz uma semana que estamos nesse hotel. Descobri que Alan tem problemas pra dormir e aqui... É ai que não dorme mesmo. Ele passa a noite inteira na biblioteca lá em baixo, pesquisando coisas. As coisas mais interessantes que descobre ele vem e me conta.
Aqui é muito bom, podemos descansar e nos preparar pro que virá. Sei que não podemos ficar muito tempo nesse hotel, mas queria ficar mais um pouco.
—Barbara! -Alan me chama entrando no quarto.
—Oi. -Respondo enquanto procurava alguma roupa bonita na mala.
—Eu descobri algo que pode nos ajudar.
—Diga.
Ele se senta na cama e tira um papel do bolso.
—Daqui a um mês começará as eleições. Jeremy está preocupado do seu candidato, um rapaz novo que provavelmente está sendo manipulado, não ganhe. Então ele colaborou e irá participar da festa anual de um asilo chamado Bartholomeu Johnson, em Washington.
—É uma boa oportunidade, mas como vamos acabar com ele? Só chegar e matar? Óbvio que não. Temos que ter provas, mostrar a todos pelo o quê estamos lutando. Sem falar que não podemos comprar armas.
—É... Essa é a parte complicada. Mas eu vou pensar em algo.
Eu estava prestes a dizer mais alguma coisa quando escutamos batidas na porta. Nós dois nos encaramos, um mais tenso que o outro.
—Quem é? -Pergunto tentando manter a voz firme, mas nenhuma resposta. Alan se levanta devargazinho, pega uma vassoura e para do lado da porta. Batem nela de novo, eu me levanto, pego uma das almofadas da cama e a uso de escudo enquanto paro atrás da porta.
—Quem é? -Pergunto de novo e novamente nenhuma resposta. Olho pro Alan e ele balança a cabeça positivamente, me dizendo que estava pronto. Eu começo a abrir a porta lentamente e vejo um homem e uma mulher parados atrás dela.O homem já deve ter uns 50 anos, os dois usavam uniformes militares mas o dele era diferente, ele deve ser um Coronel, ou algo do tipo. Os cabelos grisalhos cobriam sua cabeça e ele tinha uma expressão muito severa. Já a mulher deve ter uns 25 anos, é ruiva com sardinhas no rosto. Sua expressão já era mais tranquila.
—Bom dia. -Digo e eles me encaram.
—Barbara Duquette? -O homem pergunta.
—Sou eu, senhor. Como posso ajudá-los?
—Podemos entrar? -A moça pergunta e eu balanço a cabeça positivamente. Olho pra Alan e ele recua um pouco antes que eu abra a porta completamente. Os dois sujeitos entram mas não percebem a presença do Alan. Eu deixo a porta um pouco aberta e depois me viro pra eles.
—E então? O que desejam? -Pergunto e o homem parece relaxar um pouco.
—Sua tia Aly pediu para nós a levarmos até nossa base de operações. -A ruiva responde, Alan coloca a vassoura no chão e se aproxima de mim.
—Quem é você? -O homem pergunta o encarando.
—Meu nome é Alan Blake, senhor. Fugi de Muda Agen junto com a Barbara.
—Blake?
—Sim senhor.
—Certo... -O homem responde meio desconfiado
—Vocês tem uniformes militares? -A moça pergunta.
—Temos. -Respondo.
—Então vistam-nos.
( ...)
A moça nos entregou mochilas aonde guardamos nossos poucos pertences. Eu e Alan vestimos nossos uniformes e deixamos o quarto, com um leve aperto no coração, confesso. Quando chegamos ao primeiro andar eu entrego a chave do quarto pra atendente e saímos do hotel. Havia um Pajero preto estacionado do lado de fora.
—Aquele carro tem escutas, não falem absolutamente nada dentro dele. Meu nome é Susan e ele é o Coronel Ygor. Vamos levá-los até a base mas até lá... Silêncio.
—A mulher diz e nós dois balançamos a cabeça positivamente. Entramos no carro e em silêncio vamos em direção a base .
Levou cerca de 3 horas, com algumas paradas estratégicas mas finalmente chegamos. Olhando de fora parece uma mansão enorme, por isso eu e Alan estranhamos.
—Susan...  Tem certeza que estamos no lugar certo? -Pergunto confusa depois que saímos do carro.
—Sim, vocês verão.
Passamos pelos portões e andamos pelo enorme jardim cheio de flores e árvores até chegarmos na porta. O Coronel a abre e entramos, ao invés de uma sala o que vemos é bem diferente.
O lugar é escuro com apenas uma lâmpada fraca no meio do cômodo. Homens e mulheres com uniformes militares transitavam de um lado pro outro. Ali haviam mesas com câmeras, algumas mostravam uma mansão bem bonita e as outras um lugar que parecia a Casa Branca, muitas pessoas se aglomeravam na frente das câmeras, e tudo o que viam nelas relatavam em comunicadores. Também haviam mesas com televisões (todas elas passando algum pronunciamento do presidente), máquinas de refrigerantes e mesas com computadores aonde haviam várias pessoas os usando.
—Bem vindos á GEXIV. -O Coronel diz e se junta ao pessoal que estavam na frente das câmeras.
—GEXIV? -Alan pergunta.
—Grupo de Extermínio ao XIV. -Susan responde.
—XIV... Jeremy XIV?
—Exato! Agora sigam-me, vou lhes apresentar o resto do lugar.
Subimos uma enorme escada no final do cômodo e pegamos o corredor á esquerda. Ele nos leva a um salão de treinamento, nele haviam várias pessoas atirando em alvos ou treinando técnicas de combate em sacos de areia.Voltamos e seguimos reto pelo corredor, do outro lado haviam os dormitórios. Vários deles mas não o suficiente pra todas aquelas pessoas, então suponho que a maioria deve morar em algum outro lugar. Seguimos dormitório a dentro e nos deparamos com outra escada. A subimos e chegamos num corredor com duas portas. Susan abre a da esquerda e podemos ver uma espécie de escritório. Homens e mulheres atendiam telefones e levavam documentos pra lá e pra cá.
Ela abre a outra porta e vemos uma sala de reunião, que tem uma enorme mesa oval. No meio dela haviam mapas, soldadinhos e xícaras de café vazias. Nas paredes haviam enormes mapas do Estados Unidos, com alguns estados marcados com alfinetes.
—Bom... Os outros cômodos são depositos, esses são os mais importantes. Se precisarem de qualquer coisa podem falar comigo ou com o Brendon, vou pedir pra ele passar nos dormitórios para vocês o conhecerem.
—Certo. -Respondemos juntos.
—Agora podem voltar para os dormitórios, escolham um e se acomodem. Amanhã vocês começam o trabalho.
Balançamos a cabeça e voltamos para os dormitórios. Escolhemos uma das portas e quando entramos vemos várias camas e um corredor no meio delas. A maioria tinha mochilas em cima mas haviam umas 3 no final que não tinham nada. Eu e Alan colocamos nossas mochilas em cima delas.
—Bom... É melhor que Muda Agen. -Alan diz e eu sou obrigada a concordar.
A porta se abre e um rapaz entra no dormitório. Ele deve ter uns 17 anos, tem o cabelo loiro, olhos verdes brilhantes, é bem moreno, forte e alto. Eles veste uma blusa de mangas longas azul marinho que tem vários rasgos que parecem ter sido feitos por facas, uma calça preta justa com os mesmos rasgos e botas militares enormes.
—Olá! Vocês são os novatos, não são? -Ele pergunta vindo na nossa direção.
—Somos sim. -Respondo e ele sorri. Se seus dentes fossem mais brancos a essa hora eu já estaria cega.
—Muito prazer! Eu sou o Brendon. Susy me mandou aqui para recebê-los. Quais são seus nomes?
—Alan.
—O meu é Barbara.
—Belo nome. -Ele diz e tira cartões do bolso.
—Aqui, peguem. Esses cartões são chaves para acessarem as portas. Amanhã me encontrem cedo para começarmos o trabalho, certo?
—Certo. -Alan responde desconfiado. -Agora se nos der licença... Estamos cansados da viagem.
—Ah claro, descansem bem. 9 horas é a hora do jantar. Estou indo, até mais Alan, até mais... Barbara. -Brendon diz, sorri e se vira pra ir embora.
Eu tiro as botas e me deito na cama. Agora temos a ajuda que precisamos... vamos conseguir. Eu tenho certeza.
Continua...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "B. A. D -Hiatus" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.