Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 51
Capítulo Cinquenta e Dois


Notas iniciais do capítulo

GENTEEE, VOU TENTAR NÃO ATRASAR TANTO♥ <:



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— Acorda...Acorda!

— Aii— gritei com a dor— Não precisava me estapear a cara seu idiota. — resmunguei já irritada.

Eu sempre acordo de péssimo humor, ainda mais levando um tapa dele, vendo Sabrina com olhos de desprezo para mim e olhando em volta, notei que já havíamos chegado a casa do Diego.

Quando será que essa penitência vai acabar?

Permaneci sentada com as pernas do lado de fora pronta para sair do carro, observando Henrique abrir o porta-malas, Mônica adentrando a enorme porta que dava acesso a sala, Diego resmungando alguns palavrões enquanto Sabrina não o largava e o motorista que até então estava de folga na maior sofrência para tirar todas as malas dali.

Nada fora do normal. Bocejei e dei uma longa espreguiçada na intenção de afastar toda aquela moleza, meu pescoço estava doendo e eu lembrei o porquê, foi muito desconfortável dormir com Diego me apertando, fui obrigada a apoiar o rosto no vidro do carro, e houve várias vezes onde acordei com os impactos de buracos na estrada.... Nem preciso dizer que as pancadas foram doídas pra mim. — Erika o que tá fazendo? Vem logo. —gritou Diego impaciente.

Ele se aproximou bruscamente me puxando pelo braço, quando fiquei em pé minha visão ficou escura e senti minhas pernas bambas.

Ah não, a famosa tontura ao se levantar rápido e de estomago vazio...

Quando senti que ia cair rapidamente me agarrei ao Diego com o pouco de força que tinha nos braços, ouvia vozes longe e tudo estava rodando e rodando. — O que foi? Erika?? Responde paspalha.

—Acho que já passou... — olhei em volta confirmando não estar mais zonza—É, agora passou. —respirei pesadamente.

— Mas que droga foi essa? — questionou com certa preocupação.

— Você parece meio preocupado, que surpresa— sorri irônica o soltando— A culpa foi sua por me puxar assim tão de repente, eu fiquei tonta.

— Mas isso você sempre foi. — debochou.

— Mas que mentira, sua descarada. — disse Sabrina me afastando— Isso foi apenas uma desculpa pra tirar uma lasquinha dele, não é? — perguntou convicta.

Suspirei cansada e simplesmente a ignorei—Eu vou entrar... — disse para ele.

Caminhei até a porta onde Mônica estava parada observando tudo, aquilo me assustou, a olhei sem jeito parando ao seu lado, sem entrar— Precisa se alimentar— falou séria— Notei que não comeu adequadamente na casa do Artur, e sei bem que você come demais para uma menina tão.... Franzina, seria a palavra correta? — terminou encarando-me.

— Hahaha, bem.. — sorri envergonhada, espera, franzina? — Tem razão, mas ainda acho que foi devido ao ato brusco de seu filho me puxando assim do nada...

— Você é cega ou se finge de idiota? — falou nervosa. — Não vê que meu filho está desesperado buscando refúgio em sua namorada, ou seja, você? — fitou os dois discutindo na calçada— Aquela garota é o próprio diabo na vida de Diego.

— Cada um tem o demônio que merece... — murmurei.

— Disse algo?

— Aaa nada não, só estou meio tonta ainda. — sorri forçadamente.

— Bom, sua cara não nega. — terminou dando de costas e adentrando a enorme casa.

Mas o que eu disse é verdade... Cada um tem o demônio que merece... Espera, se isso é verdade, então o meu seria... O Diego?

—Não, não pode ser... — balancei a cabeça negativamente—Eu não lembro de ter feito algo tão ruim pra merecer isso, ou talvez em uma vida passada, quem sabe...?

Olhei para os dois e pude sentir pena dele, sua expressão estava irritada e cansada, acho que nunca o tinha visto assim antes. “Desesperado buscando refúgio” ela disse, mas ninguém sabe o quão desesperada eu estou e sem refúgio algum...

— Diego— gritei chamando atenção de ambos.

Caminhei até eles devagar e cautelosa para não cair de nariz no chão caso outra crise de tontura apareça, o peguei pelo braço gentilmente o trazendo para perto de mim— Vamos, você precisa descansar... — encarei Sabrina—Nós precisamos descansar.

Nos afastamos dela com um misterioso toque de satisfação e alivio, Diego permaneceu quieto o caminho todo até seu quarto o que me deixou cismada, algo estava errado, ou talvez ele estivesse exausto ao ponto de sequer proferir alguns xingos ou irritações contra mim, ou contra Sabrina, abri a porta e o levei até sua cama— Finalmente— suspirei— Acho que estamos livres por enquanto, você tá livre. — sorri também cansada.

Ele sentou-se na cama com a cabeça baixa e não olhou para mim em nenhum momento, Diego apontou o dedo para a porta, sem dizer nada, demorei um pouco para captar, e no final entendi que ele a queria trancada, fui até lá e fechei, olhei para ele, ainda imóvel.

Esse silêncio tá muito estranho...

— Nunca pensei que o veria assim, Diego— falei inquieta— Então existe alguém que consegue acabar com sua energia ein?

— Cala a boca— retrucou impaciente— Vem aqui.

— Continua sendo um mandão... — caminhei parando de frente pra ele— O que você quer? Um suco talvez, ou uma cerveja seria melhor? —sorri irônica— É porque pra aguentar aquela ali sei não...

— Senta— disse bruscamente me obrigando a sentar na cama— Agora fique quieta. —ordenou.

— Mas o que você quer afinal de contas? — perguntei impaciente.

Quando estava prestes a me levantar e sair do quarto o deixando sozinho ele deitou a cabeça em meu colo... Que?

— Err... Que brincadeira é essa? — indaguei sem graça.

— Você é tão idiota assim? Eu quero dormir.

— E precisa ser exatamente no meu colo... Quero dizer, o travesseiro de penas é tão mais confortável...

— Realmente, essas suas pernas finas são bem incomodas— sorriu maldoso— Mas eu preciso e ponto final, algum problema? — questionou de olhos fechados.

Precisa, que resposta é essa?

Respirei fundo incomodada com a situação, olhei para os lados como se estivesse em busca de uma saída, novamente o silêncio dominou o local me forçando a controlar até minha respiração que parecia alta demais. — Sabe eu gosto de você Erika. — disse do nada me pegando de surpresa.

Não consegui falar nada, senti um calor insuportável preencher meu rosto e todo o resto também, e meu coração estava a mil em desespero, o que isso quer dizer? Ele não está falando sério? Que tipo de gostar é esse? Espera, é apenas da colaboração com as mentiras, é isso! Esse é o único motivo que ele tem pra dizer que gosta de mim, mas, mas porque isso me deixou tão nervosa...

— Esse reencontro com a Sabrina me fez perceber... Que eu até sinto sua falta, notando o quanto ela é insuportável e que você não é tão ruim. — sorriu debochando.

Aah... Então era isso?

— Hahaha... Isso me soa tão familiar. — sorri aliviada.

A velha história do sentir falta do ruim quando se encontra algo pior...

Levei minhas mãos até seu cabelo, novamente mexendo ali e aqui— Cuidado pra não deixar meu cabelo cheio de nós com essas garras que tem aí. — resmungou autoritário.

Nossa Diego, qualquer hora você vai me matar com essas piadas que faz... Isso me deixou aliviada, mas.... Talvez um pouquinho decepcionada? O que eu esperava? Que ele estivesse falando sério e subitamente se apaixonasse por mim? Mas que droga Erika. Ele nunca vai me ver dessa maneira, e eu não quero começar a vê-lo dessa maneira, isso não pode acontecer.

 

Não sei dizer, mas, algo definitivamente está ficando errado em mim. Muito errado.

 

 

[...]


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