Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 43
Capítulo Quarenta e Três


Notas iniciais do capítulo

Bom a demora do cap se deve ao fato de que eu tentei desenhar a última cena :/
Mas não SAIU, MDS!
Eu tentei, mas não foi, fica pra próxima ç.ç HUAUHAHUA

Kissu no coração de vcs♥



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Quando acordei já estava de noite, com as luzes apagadas e Diego jogando videogame com o volume absurdamente alto, seria impossível não acordar, a última coisa que me lembro foi a imagem de Mônica entrando no quarto visivelmente irritada devido a briga que ele e eu tivemos, ela me deu uma dose de alguma coisa e eu adormeci, mas certifiquei-me de vir e deitar no sofá onde era o meu lugar, e não na cama do Diego como antes— Que horas são?

— Tarde— respondeu do outro sofá sem desviar a atenção do que fazia.

— Tarde que horas? — voltei a perguntar já irritada.

Inacreditável, acabei de acordar e já sinto raiva dele, esse cara vai acabar me matando de desgosto.

— Tá me achando com cara de relógio? — retrucou aumentando ainda mais o volume da TV.

Aquela mistura de sons de tiros, explosões e pessoas gritando entraram em minha cabeça como uma facada, levantei-me jogando o lençol de lado e pegando o controle de sua mão abaixando o volume rapidamente— Qual o teu problema? Quer acordar a vizinhança inteira?

— Sai da minha frente— disse me empurrando com estupidez— Isso não me interessa, sabe disso né?

Permaneci parada e boquiaberta, tamanha era minha indignação com o descaso por tudo que ele tinha, simplesmente voltei a ter pensamentos homicidas com ele, respirei fundo e fui a procura dos meus chinelos. Onde diabos foram parar?

Procurei embaixo dos sofás, da cama, no banheiro, e fui tateando o chão na esperança de encontrar naquele tapete marrom escuro, e nada de encontrar, minha visão não era muito boa, ainda mais no escuro— O que tá fazendo? — perguntou indiferente.

—Viu meus chinelos?

Olhei para ele que não deu a mínima, eu sei bem que ele ouviu, está se fazendo de sonso, com raiva peguei os chinelos dele e fui em direção a porta, eu preciso comer alguma coisa. — Já que vai para a cozinha me traga um energético.

— Quem disse que vou pra cozinha? — questionei furiosa.

— Por que é tão paspalha? — disse pausando o jogo e encarando-me— Pelo mesmo motivo que vai lá pra baixo comer, são perguntas sem resposta, mas eu simplesmente sei. — sorriu.

Ora seu estúpido...

Sai do quarto bufando, quando estava descendo as escadas notei algo estranho, estava tudo na completa escuridão, digo, é normal apagar as luzes de noite, mas nessa casa super chique? E também não se ouvia nada nem ninguém. Chegando na cozinha logo imaginei a figura da moça que parecia ficar ali, mas ela não estava, abri a geladeira a procura de algo, só depois me dei conta que essa não era a minha casa e nem minha geladeira.

Não pude deixar de sentir-me um pouco envergonhada, até pareço uma folgada, mas não importa. Peguei uma jarra de vidro com um liquido rosa que acredito ser suco, olhei para a enorme porta e havia suportes com todo tipo de bebidas, algumas garrafas com nomes que nem sabia pronunciar, logo abaixo avistei o energético que Diego pediu. Fechei a geladeira.

Em cima do balcão onde ficavam os talheres havia uma enorme travessa com frutas, peguei uma banana e uma maçã, depois de tomar um copo do suco ao qual o sabor não soube distinguir, voltei para o quarto. A porta estava aberta e os sons do jogo continuavam os mesmos, porém faltava uma coisa, cadê o Diego?

Olhei em volta segurando as frutas, uma em cada mão, estreitei meus olhos na esperança de enxergar ele em outro lugar, seja lá onde fosse, e nada— Diego...? — falei normalmente.

Sem resposta.

— Mané? Idiota... — andava lentamente com a voz cada vez mais baixa— Bundão..?

Ele não está aqui!

 Quando escuto passos vindos do corredor, sem pensar duas vezes me escondi atrás da porta, vou dar um susto nele que nunca vai esquecer, quando vejo sua sombra entrando pulei para frente tocando seu braço com minhas mãos...Com as frutas? — Buu—Esqueci que as estava segurando.

Ele fitou-me indiferente— Que foi?

— Nada— falei sem graça— Onde estava?

Quando reparei bem em sua feição, estava com o cabelo todo despenteado, respiração um pouco ofegante e... Aproximei meu rosto ao dele— Essa marca... Isso é um chupão no seu pescoço?

— O que? Não acredito— suspirou cobrindo a marca com a mão— Eu avisei para não marcar lugares visíveis, que saco.

— Não acredito digo eu— exclamei incrédula— Eu não fiquei nem quinze minutos lá embaixo e já foi se enrolar com alguém.

— Tempo mais que suficiente— sorriu satisfeito— Trouxe o que mandei?

— Não, se quiser vá pegar você, aliás— parei em sua frente— Quem fez isso? — apontei para a marca.

— Isso não é da sua conta— falou dando a volta e indo para o videogame— Mas já que insiste, foi a nova cozinheira, ela é bem “solta” e isso foi uma surpresa, as aparências enganam mesmo. — riu voltando a jogar.

Quem aqui insistiu?

— Você não tem vergonha mesmo, minha nossa... — suspirei dando uma mordida na maçã.

— Vergonha é não aproveitar a vida e tudo o que ela oferece, você quem deveria ter vergonha.

— Eu? — indaguei surpresa— E por quê?

—A vida nos oferece poucas oportunidades, e você não soube aproveitar isso quando te fiz aquela proposta, a garota de minutos atrás soube aproveitar— olhou-me orgulhoso— E com juros.

— Se está se referindo aquilo, não me arrependo nem um pouco— falei voltando a me sentar— As pessoas tem prioridades diferentes, isso é um fato.

E você é só um imbecil movido a saliências.

— Cala a boca, isso é papo de virgem— retrucou— Sorte sua que agora estou de bom humor, se não..

—Se não o que? — o interrompi desafiadora.

— Ia fazer de você gato e sapato, como sempre faço— pausou o jogo— É bom se lembrar do que eu sou capaz e abaixar essa crista. — terminou com um olhar fulminante.

Eu já sentia meu corpo tremer de raiva e instabilidade, um calor irritante subiu a minha cabeça perturbando meus pensamentos, então passei a mão por um dos chinelos enormes que estava em meu pé, que inclusive eram dele e o devolvi com força atirando em sua orelha, Diego arqueou os ombros com o impacto deixando o controle do videogame cair no chão, do mesmo jeito que esse ato de coragem e estupidez me dominou, o medo e receio vieram na mesma rapidez, ele massageou o local atingido praguejando—Eu vou acabar com a sua raça! — exclamou furioso.

Corre!!

Diego levantou-se vindo até mim, minha mente gritava para correr, mas meu corpo não obedeceu, era como se estivesse em outra dimensão observando tudo em câmera lenta, inerte e indefesa. Ele tirou o outro chinelo que continuava em meu pé e sentou-se em cima das minhas pernas, me imobilizando, puxou minha mão em que eu segurava a maçã a fazendo rolar no chão— Sabe, eu não tenho palavras— disse balançando o chinelo de um lado para o outro— Para expressar o que eu sinto agora. — riu forçadamente.

Quando encarei sua orelha, estava inchada e pingando, sangue? Minha nossa a pancada foi tão forte assim?

—Hmm, sua orelha, tá com um pouquinho de sangue ali... — murmurei.

Ele encarou-me sério e passou a mão no local, viu o sangue e depois para mim de novo— Olha o que você fez! — gritou nervoso.

— Foi mal, me deixei levar. — falei rindo.

— Tá achando graça? — com os dedos apertou sua orelha fazendo o sangue escorrer mais e em seguida passou no meu rosto.

—Diego!— resmunguei— Deixa de ser imbecil. — passou os dedos ensanguentados em minha boca.

Depois ele repetiu o ato, voltando a “desenhar” em meu rosto com aquela tinta vermelha, pude até ver um sorriso nele— E aí, parou de rir? Acabou a graça não é.

Eu podia sentir o úmido e molhado nos lugares onde ele havia me sujado, um vampiro adoraria isso, não que eu acredite nessas coisas, o que estou pensando? Passei a língua em volta dos meus lábios sentindo o sangue. Tem gosto de ferro, mas eu nunca provei ferro antes, tenho de admitir, eu tô estranha.

— O seu sangue é tão ruim como você. — falei.

Ele parou, todo sério e inexpressivo, então largou o chinelo de lado, agarrou meu rosto com firmeza— Ei— gritei assustada.

Então Diego puxou-me para perto e passou a língua na minha bochecha, ele, ele...

 

Está me lambendo? Essa sensação, até parece que...

 

 

[...]


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