Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 9
Pecados à flor da pele


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários, visualizações e acompanhamentos.
Vocês são show ♥



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Casa dos Frufu, 12h00min, segunda-feira

Carmem já estava entediada daquele almoço com os pais e com os possíveis investidores na campanha para a arrecadação de recursos financeiros para a ONG que doava roupas, sapatos, materiais escolares e alimentos aos pobres. Organização essa que era coordenada por seu pai há muitos anos e era motivo de orgulho para sua família, com exceção da própria, que se quer se importava com tudo aquilo.

O verdadeiro motivo de estar ali, é que queria anotar coisas importantes sobre a organização para pôr seu plano em prática. Já havia descoberto que o tesoureiro era de confiança de seu pai e trabalhava com ele desde o início, certamente seria impossível corrompe-lo. Imaginava então uma maneira de tirá-lo da jogada, mas para isso também contava com o Toni, o vilão loiro que seria seu cúmplice na apropriação do seu dinheiro. Sim, Carmem achava que estava apenas pegando de volta o que já era dela por direito.

O fato era que o dinheiro doado não era apenas de seu pai, a maior parte dele vinha de empresas parceiras e amigos da família.

– Ouvi dizer que o Sr. Rodriguez está muito doente, o que há com ele? – perguntou um dos convidados. – Infelizmente ele descobriu um câncer em estado já avançado e pediu afastamento da empresa, quer curtir o que podem ser os últimos dias ao lado da família... Er, desculpem a emoção... Rodriguez é um amigo muito querido. – Falou choroso e foi amparado pela esposa. Já a filha só prestou atenção em uma coisa: O Sr. Rodriguez era o tesoureiro da ONG, isso significa que seu lugar ficaria vago. Essa era sua maior oportunidade até agora, ligaria para o Toni imediatamente. – Com licença, eu não estou me sentindo muito bem. Irei para o meu quarto.

Não quis dar tempo para perguntas, por isso, dirigiu-se o mais rápido possível para seu quarto. Chegou e se jogou na cama, mandou mensagem para Toni, pedindo que ele ligasse assim que pudesse e ficou rolando na cama. Observou seu quarto, quantos não matariam para ter o que ela tinha, mas ainda não era suficiente, nunca era o suficiente, Carmem não tinha ideia do que a fazia sentir-se assim, sempre querendo mais não importando de onde.

O celular tocou, era Toni:

– Oi, Toni.

– O que é, garota?

– Eu já sei como podemos colocar alguém de nossa confiança dentro da ONG. – Não conseguia ver Toni, claro, mas imaginou que ele tinha levantado num salto de alegria.

– Aê, garota! Eu sabia que uma hora a oportunidade ia surgir. Dentro de meia hora tô ai na tua casa pra gente acertar tudo e então vai ser minha vez de pôr o plano em ação. Fui.

Toni não esperou nem o tchau de menina, encerrou a ligação e já se colocou em outra:

– Fala, sujão! Aquela parada tá na mão.

– Finalmente! E como vamos fazer com a garota? – falou uma voz sinistra do outro lado da linha.

– A gente vê isso depois, é só uma patricinha idiota, vai ser fácil enganá-la.

– Se você diz... Então assim que tiver tudo certo eu entro em cena.

– Ok. Até lá.

Ao desligar, Toni jogou o celular na cama e correu para o banho. Não só ia colocar a mão numa bolada, como também ia colocar a mão na loira metida.

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Casa da Magali, segunda-feira

Cascão e Magali chegavam cada vez mais perto, seus olhos fecharam devagar e eles se aproximavam do beijo que a garota já havia sonhado, mas não queria admitir pra si mesma. Já o menino talvez pensasse nessa possibilidade no seu inconsciente, mas sempre se dava conta que não passava de amizade, afinal, ele gostava da sua namorada, não gostava?

Porém, esses pensamentos não chegaram a acontecer no momento, e nem nada mais chegou a acontecer, pois exatamente na hora em que seus lábios iam se tocar...

– MAGAL... – Mônica irrompeu na sala da amiga e ficou muda de repente com a cena que via no sofá. Com o grito, mesmo não concluído da amiga, Magá e Cás se afastaram e se dando conta do que estavam prestes a fazer ficaram com as faces vermelhas. – Exatamente o que vocês estavam fazendo? – perguntou a Mô com um misto de surpresa e acusação na voz. – Calma, amiga, a gente só estava conversando. O Cascão veio me falar sobre o término com a... – Mas foi interrompida novamente pela amiga. – Vocês dois deviam ter vergonha na cara! E o Quim, Magá? E a Cascuda, Cascão? Vocês não pensaram neles antes de ficar com suas sem vergonhices, se agarrando e traindo as pessoas que amam vocês?...

De uma hora pra outra, a dentucinha estava dizendo tudo o que queria ter falado pro Cê, mas com as pessoas erradas, descontou todo o seu sofrimento, falou muito mais do que qualquer um poderia dar conta de ouvir, fez da traição do Cebola e da Denise, a fantasia de traição do Cascão e da Magali.

Magá chorava muito, nunca imaginou que a amiga de infância pudesse lhe jogar tantas coisas na cara de forma tão grosseira, ela estava sendo má, insensível e, além disso, estava muito enganada. A comilona não se achava certa, pois ainda se culpava pelo fim do namoro do Cás, mas a Mônica não tinha o direito de machucá-la assim.

Cascão não aguentava mais tanta humilhação, na verdade, nem se importava tanto com ele mesmo, mas a Magali não deveria estar ouvindo aquilo tudo. – Mônica, CHEGA! Você não tem o direito de dizer nada disso pra gente, não tem nem ideia da situação e já vai falando um monte de bobagens. Olha a Magali! Olha o estado que você a deixou! – No início Mô ficou calada ouvindo, mas só foi pelo choque. Ninguém em sã consciência se atrevia a gritar com ela, até mesmo seus pais tomavam cuidado ao lhe dar uma bronca. Foi o estopim, era o que faltava pra ela, enfim, se soltar.

Lembrou das muitas vezes que girou seu coelhinho azul e arremessou naqueles que a tiravam do sério e recordou da cena de traição do namorado momentos antes. Assim sendo, partiu com fúria pra cima do Cascão, nada seria capaz de detê-la a não ser... – Mônica, não! Pra bater nele, você terá que bater em mim. – disse Magali pondo-se a frente do Cascão. – É claro... Claro que você iria defende-lo, não é? – Para com isso, você já falou muito, quer nos deixar explicar?

Cebola entrou ofegante na sala de Magali, quando percebera a burrada que havia feito se vestiu rapidamente e foi atrás de Mônica. A conhecia tão bem que sabia que ela tinha ido buscar consolo com a melhor amiga, não havia se enganado, ali estava a amada envolvida numa cena estranha, ao invés de estar chorando, quem chorava era a Magali. E que diabos o Cascão estava fazendo com elas?

Mô virou para a porta e viu o Cebola parado, revirou os olhos e riu ironicamente. –Finalmente a turma de traidores tá completa. Mas eu não me incluo mais nessa, fui! – Deu as costas para os três e saiu pisando duro. Será que esse era o fim da turma?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado >



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