Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 8
Términos e Começos


Notas iniciais do capítulo

Oie! Bem, pra começar quero me desculpar pela demora pra postar um novo capítulo.
Obrigada pelos incentivos pela continuação nas mensagens privadas.
Como havia dito capitulo passado, estava com problemas familiares e passando por um momento complicado. O final disso culminou com o falecimento do meu vô, por esse motivo não estava com cabeça pra escrever sobre nada.
Mas, vida que segue, hoje consegui redigir um cap novo pra vocês que me esperaram ♥



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A cena que se passava no quarto do bairro do Limoeiro era no mínimo confusa. Ninguém sabia o que viria a seguir, todos prendiam a respiração e aguardavam a bomba explodir.

Cebola e Denise ao se assustarem com a porta do quarto acordaram do transe; ainda assim o Cebola não conseguia acreditar, como a garota na porta poderia ser a Mônica se ele estava com ela bem ali em baixo dele? Ao olhar uma última vez para aquela que na verdade era a Denise em um repente se deu conta junto com ela de quem realmente eram, ficaram sem atender durante dois segundos e num salto eles se desgrudaram, talvez tenha sido pior, pois o garoto ficou totalmente nu na frente da namorada e da pseudo amante. Denise decidiu cobrir-se com o lençol que havia ficado na cama, nunca teve vergonha do corpo, mas fez aquilo mais como um ato de proteção, como se um pedaço de pano pudesse ser útil contra a raiva da Mô.

Cebola não sabia se tentava chegar perto da namorada ou se era melhor tentar se explicar a distância, acabou decidindo-se pelo meio termo e ficou pelo meio do caminho. De lá mesmo começou a tentar explicar, mas como conseguir explicar o que ele não entendia? Apenas gaguejava e sentia sua situação piorando cada vez mais. Denise optou, pela primeira vez em sua vida, procurar não chamar atenção pra si, com toda certeza aquilo preservaria sua saúde e beleza, caso tivesse sorte.

Na porta, Mônica apertava tão forte suas mãos, que as primeiras gotas de sangue já começavam a sair das palmas em virtude de suas unhas começarem a rasgar a pele. Ela simplesmente não podia acreditar naquela cena, não conseguia ouvir uma só palavra que saia da boca do Cebola... Seu Cebolinha! Aquele que sempre amou, aquele que acreditava que poderia ter um futuro juntos, o garoto a quem vinha dizer que estava pronta, finalmente, iria se entregar. Mas ele não conseguiu esperá-la.

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Casa da Magali, 12h00min, segunda-feira

Magali estava sentada à mesa da cozinha, deveria não sentir fome pelo que tinha presenciado, o namoro de infância dos amigos acabara de chegar ao fim e ainda era por sua causa. Colocou as mãos na cabeça e olhou para o prato vazio em sua frente, certamente ele não estava daquele jeito por ela ter optado por não comer nada, pelo contrário, Magá conseguiu comer tudo o que sua mãe havia preparado, sentia-se satisfeita, porém, somente mais comida seria capaz de tampar o buraco que havia ficado em seu estômago pelo mix de sentimentos que estava sentindo.

Na pia da cozinha, passou a lavar a louça que havia sujado, era uma ótima terapia, um lugar gostoso para pensar nos acontecimentos do dia, talvez tão bom quanto o ônibus de ida/vinda da faculdade, ou o chuveiro que entraria em alguns minutos, e até mesmo sua cama que já estava lhe esperando.

Ao acabar de enxugar toda a louça, caminhou até seu quarto e despiu sua roupa mecanicamente. Enrolou-se numa toalha e entrou em seu banheiro. Parada na frente do espelho viu a imagem da garota que já não gostava tanto assim, tinha certeza que era uma boa amiga para sua turma, mas sabia que não estava sendo amiga do próprio corpo ingerindo tanta comida, que nem sempre era saudável, durante o dia. Os sinais do acúmulo de tanta gula começavam a dar seus primeiros ‘olás’, os cabelos já não brilhavam tanto assim, espinhas apontavam aqui e ali cada vez com mais frequência, o cansaço tomava conta da maior parte das atividades simples que tinha que desempenhar no dia-a-dia.

Infelizmente, quando ficava triste, ou alegre, com raiva, sentimental, comia mais ainda e aquele era um momento que exigia um bom litro de sorvete e uma grande barra de chocolate. Droga! Não conseguia se controlar e isso era estressante, o que lhe lembrava de água com açúcar para acalmar os nervos, e se era para pôr açúcar, porque não incluir uma barra de chocolate a mais?

Tirou a toalha e entrou no banho, deixando a água cair pelo corpo, assim como as lágrimas, ainda lembrava do quão o Cascão havia ficado mal. Exatamente no momento que ele tinha a puxado para longe de Cascuda, não resistiu e caiu no choro, abandonando toda a pose de machão que vinha tentando sustentar. A verdade é que o amigo gostava muito da sua eterna namoradinha e não seria fácil esquecê-la assim.

Ah se ele soubesse que fazia dias que ela tinha terminado o romance com o Quim, simplesmente pelo fato de estar tão próxima ao Cascão, mas entendendo que o que começava a sentir era maior que uma amizade. Não era justo estar com o Quim, mesmo a distância, mas pensando em outro. Também não era justo ter que ser ela a consolar o sujinho que sofreria por outra pessoa. Mas a Magá não era egoísta, talvez um pouquinho com a comida, tinha um coração muito bom e jamais se recusaria a dar seu ombro ao amigo, mesmo que aquilo fosse doer nela. Se preciso fosse, daria um jeito de uni-lo com a Cascuda novamente, tudo para conseguir vê-lo bem.

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Rua do bairro do Limoeiro, 12h00min, segunda-feira.

Não muito longe da casa de Magali, mas indo em direção a ela, Mônica corria com as lágrimas embaçando a visão.

POV MÔNICA

Aquela cena nunca vai sair da minha cabeça, me senti humilhada! Como o Cebola pôde fazer isso comigo? Depois de tudo o que a gente passou pra se entender, todos os momentos legais que passamos juntos... Nada disso foi suficiente pra evitar que ele desejasse outra, pra que ele me esperasse só mais um pouco...

Eu não consigo entender como não saí quebrando tudo na cabeça deles, como não consegui arrancar cada um dos poucos fios de cabelo que nasceram naquela careca! E a Denise... Ela não era de confiança, mas não podia imaginar que ela seria capaz. Mas pensando bem, sei porquê não explodi com eles, sei porquê não gritei e quebrei coisas, sei porquê não parti a cara de ninguém... Porque simplesmente não consegui sentir raiva, fiquei olhando, cravei as unhas nas mãos apenas para tentar sentir uma dor maior do que aquela vista me proporcionou, mas não adiantou... Tá doendo muito!

A explosão que existe em mim não aconteceu porque dessa vez não teve ira, eu até preferia que fosse assim, mas não, a única coisa que consigo sentir é uma tristeza muito grande. Eu fui traída e não imaginava que isso conseguiria me quebrar tanto, me sinto em pedacinhos...

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Casa da Magali, 12h15min, segunda-feira.

Magali estava saindo do banho quando ouviu a campainha, como sabia que a mãe tinha saído para fazer compras e o pai estava no trabalho, gritou avisando que era pra esperar só um instante.

Colocou um vestidinho amarelo e a toalha na cabeça para secar os cabelos e correu pra atender a porta. Ao abrir deu de cara com Cascão - Acho que estou tendo um déjà vu. – falou com um sorriso sem graça - Se tivesse a melancia e eu acharia que tinha entrado num dos inventos do Franja e voltado no tempo. – Magali ficou parada sem saber muito o que dizer, não esperava ver o Cascão tão cedo, ainda mais depois da autoflagelação do banho.

Convidou-o para entrar e disse que ficasse à vontade enquanto ela iria buscar uns refrigerantes e salgadinhos para comerem enquanto conversavam. Na cozinha, se apoiou no balcão e pediu um pouquinho de autocontrole para si, ainda não era o momento do menino saber o que poderia estar sentindo, sim, poderia, porque nem ela mesma sabia o que era; provavelmente ele tinha vindo desabafar sobre o término de namoro, Magá já sabia que essa hora chegaria, só esperava estar preparada para dizer e fazer as coisas do jeito certo.

Voltou à sala trazendo consigo os refris e os salgados, estranhamente não sentia fome, pelo contrário, sentia uma bile esquisita na garganta e temia que fosse passar mal. – Já posso imaginar o que te trouxe aqui, então pode começar – Cascão ficou olhando pro chão, sabia que a Magá era a melhor pessoa para dar conselho e para ser um ombro amigo naquela hora, mas não tinha certeza de quais intenções realmente o tinham levado até ali.

Magá, você sabe que eu vivia uma situação complicada com a Cascuda já faz tempo, eu queria te dizer que não é sua culpa... Nada disso é! Fala sério! Esses ciúmes idiotas da Cas só era o que faltava pra colocar um fim nisso, mas não foi culpa sua! – Agora era a menina que estava olhando pro chão, Cascão segurou em seu queixo e trouxe seu olhar para o seu rosto até que ela se sentiu sem jeito e se afastou virando o rosto – Cascão, o que a Cascuda vai pensar da gente? E os nossos amigos? Eles vão achar que somos traíras, eu nem sei se tô preparada...

Eles continuaram conversando durante algum tempo e, como já era de costume, a relação entre os dois fluía muito bem, então não demorou pros choros e lamúrias virarem brincadeiras e risos.

Agora sim, tá muito melhor. Fica muito mais bonita sorrindo desse jeito. – falou bobo olhando para o rosto da amiga que tentava esconder o rubor que aparecia em sua face. – Também prefiro te ver assim, é muito difícil ver quem se gosta sofrendo... – resolveu encarar o rosto do garoto. Eles ficaram se olhando e foram se aproximando devagar.


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Notas finais do capítulo

Desculpa a demora novamente! Vocês podem dar uma chance pra essa estória por mais um tempo? *-*
Super beijos



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