Flashback on

Cebola olha Mônica em sua camisola e para seus olhos em sua bunda coberta apenas por um pequeno pedaço de tecido vermelho que era sua calcinha. Ele se aproxima cada vez mais e um brilho sinistro passa em seus olhos que de repente ficam negros como aquela noite.

Flashback off

Quarto da Mônica, 23h30min, domingo.

Mônica despertou do seu sono assustada, sentou na cama e passou as mãos nos cabelos, estava completamente suada, embora o tempo estivesse frio. Ainda sentia a sensação de que fora sido vigiada, tinha uma sensação estranha no peito, tinha quase certeza que momentos atrás estivera correndo perigo, olhou para o próprio corpo e o sonho tinha sido tão intenso que ainda conseguia sentir os pontos na pele onde tinham lhe passado mãos gélidas. Por instinto, levantou-se e passou a chave na porta, voltou à cama e envolveu o corpo nas cobertas.

Sua mente voltou para o assunto Cebola, “Droga!”, ela pensava, “Eu realmente tinha que acordar agora? Demorei tanto a pegar no sono e um pesadelo me desperta cinco minutos depois!”. Ela não sabia o real motivo que a tirara de seu sono, do contrário, nada e nem ninguém a impediria de socar a cara do namorado até a raiva passar. Pareceram longos minutos de inquietação, mas finalmente a baixinha do bairro do Limoeiro voltou a pegar no sono.

POV CEBOLA

Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus! O que eu tava pensando, cara?! Como eu deixei essa vontade me controlar assim? Caraca, se a Mô pelo menos sonhar que eu quase... Não! Eu consegui me conter. Ai Cebola, se ela descobrisse você realmente ia merecer cada soco que ela quisesse dar! Onde já se viu? Mas eu juro que só queria vê-la dormindo, só que na hora... Na hora que eu vi a garota com aquela bunda perfeita... Nossa! Eu só queria arrancar aquela calcinha e comer ela ali mesmo.

Cheguei muito perto de fazer uma besteira... A pele da Mônica é tão macia, tão cheirosa, eu não consegui resistir em passar as mãos em seus braços, suas coxas, sua bunda... Eu quase gozei só de imaginar! Pindarolas, você tá a perigo de verdade mesmo. O pior é saber que com a Mô tão perto de mim, quem corre perigo é ela. Mas eu vou achar um jeito de me controlar, eu sei que vou conseguir.

Preciso falar com alguém rápido sobre isso, mas não pode ser o Cas, ele namora a Cascuda há um tempão, mas tenho certeza que sabe menos sobre mulheres do que eu. A Magá é melhor amiga da Mô, claro que iria me ajudar, só que um minuto depois adivinha quem ia tá sabendo? Pois é! Então quem? CLARO! Como não pensei nela antes? É amiga da Mônica e pode me dar conselho, mas também não é tão próxima assim pra decidir que precisa contar a qualquer custo. Fala sério, Cebola, você tá falando DELA, a maior fofoqueira do bairro! Mas é a pessoa mais próxima com quem eu posso contar.

*(fotinho) Denise

Hoje às 22:57 PM

Oi, sei q é tarde p/ enviar msg, mas

será q podemos nos encontrar amanhã às

11h na minha ksa? É importante...

Bjs (emoti de beijo)

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Flashback on

Magali deu um sorriso meio torto, passou os braços pelos ombros do Cascão e lhe deu um beijo no rosto. Exatamente nesse momento, Cascuda vinha dobrando a esquina e eles param olhando assustados para a menina e ela retorna o olhar não com susto, mas com ódio.

Flashback off

Esquina do Limoeiro, 07h23min, segunda-feira.

– O. QUE. ESTÁ. ACONTECENDO. AQUI? – falou Cascuda pontuando cada palavra com um tom de voz que ficava cada vez mais agudo – Cássio Marques de Araújo, porque essa... essa... essa garota está agarrando você?

Cascão não sentia que estava fazendo nada de errado com Magali, mas conseguia imaginar como a cena parecia aos olhos da namorada já cheia de ciúmes. Ele realmente estava tentando dar uma resposta coerente, porém, trabalhar sob pressão nunca era fácil, então só conseguia balbuciar:

– Cascuda, eu... Amor, eu...

O que dava tempo suficiente para a Cascuda preencher as lacunas com suposições e vários, vários mesmo, xingamentos.

Percebendo que o amigo tinha se metido em uma enrascada por causa dela, Magali saiu em defesa do amigo, e dela mesma, tentando amenizar a situação e explicar que as coisas não eram o que pareciam, eles só eram amigos e ela amava muito o Quim.

– Ora, sua... Sua... Passei tanto tempo com classificação +13 que nem consigo chamar um palavrão! Sua... (Se solta boba! Aqui agora é +18.) Sua ladra de namorados, trapaceira, alcoviteira que trabalha em benefício próprio e... (Que horror, menina! Eu nem sei o que é alcoviteira! Eu disse pra xingar, xingar mesmo, pegar pelos cabelos, esfregar a cara no chão!) – Eu também não sei o que é alcoviteira (Cascão) – Nem eu! (Magali) - NARRADOOOOOOR! Dá licença se não a estória não anda, meu filho! E alcoviteira é uma pessoa que trama para que duas acabem juntas num romance. (Aaaaaaaah! – coro). PUTAAAAAAAAA! (AGOOOOORA SIM, MENINA, SE JOGAAA!).

– Cascuda! Eu não acredito que você disse isso! – disse um Cascão perplexo com a mão cobrindo a boca. (E eu não influenciei nada disso, que fique claro!)

– E sou capaz de muito mais pra defender o que é MEU! – dito isso, Cascuda foi pra cima de Magali que ainda estava em choque por causa do palavrão dirigido a ela e sequer teve tempo de se mexer. (Novamente afirmo que não tive influência nisso!).

Mas antes de chegar aos cabelos de Magali, Cascão segurou a mão de Cascuda e disse:

– Eu não sou sua propriedade! Não sou propriedade de ninguém.

– Se é assim, então você assume que tem um caso com essazinha, não é? Além disso, você deveria...

– CHEGA, CASCUDA! Chega de cena. Por experiência própria com a TMJ 67 (Par Perfeito), eu sei como isso vai acabar. Então, antes disso, quem termina com você sou eu! Vamos, Magá.

Cascão saiu sem olhar para trás puxando Magali pelas mãos e deixando uma Cascuda em choque e sofrimento na calçada.

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Flashback on

– Dinheiro? Quem falou em dinheiro, loirinha? Eu não preciso de grana, tenho o dinheiro que eu quiser. Mas tem uma coisa que eu quero, gata, essa coisa é você!

Carmem olhou aturdida sem saber o que responder. O que Toni queria era demais, será que valia a pena o esforço?

Flashback off

Quarto da Carmem, 11h05min, segunda-feira.

Carmem ficou pensativa diante da contraproposta de Toni. É certo que ela precisava de dinheiro custe o que custasse e que o plano exigia muita coragem, perícia e safadeza, mas transar com Toni? Será que seu desespero era tão grand...

– Aceito! – (Mas já? Como assim, fofa, eu nem terminei de descrever a cena!).

– Nossa! Pensei que seria difícil te convencer, hein... Mas você é fácil! – disse Toni querendo provocar a garota.

– É um preço alto, mas Toni, eu preciso desse dinheiro, ouviu? Eu preciso de verdade! – disse sacudindo Toni pelo colarinho da camisa.

– Calma, garota! Assim você amassa toda minha roupa! Então pelo visto, o trato está feito. Mas como eu vou saber se depois de tudo você não vai me passar a perna?

– A palavra de um Frufru vale mais do que você, faça-me o favor!

– Sério? Sério que essa é a única garantia que você vai me dar? Eu não sou nenhum idiota, Carmem!

De repente, Carmem teve uma ideia para provar à Toni que não voltaria atrás no plano. Ela foi até ele e o empurrou na cama, desceu suas mãos até os botões da calça jeans do menino e os abriu.

Foi algo tão inesperado que Toni mal teve tempo de pensar, na verdade, ele decidiu curtir o momento até a hora que seu prazer chegasse ao ápice. Quando sentiu que tudo estava acabando, segurou com uma mão a cabeça de Carmem e...

CLIC!

Sim, ele tirou uma foto de Carmem com o rosto lambuzado e a imagem ficou perfeita! Agora sim ele sabia que ela não lhe enrolaria para pagar a dívida.

– Seu idiota! Imbecil! Você vai me pagar! Eu juro que vai me pagar! – Carmem pontuou cada palavra com um soco fraco no peito de Toni – E ainda por cima sujou todo o meu cabelo! Que ódio! Eu tive tanto trabalho...

– Só pra você saber, gata... Eu teria aceitado a proposta em troca do dinheiro, afinal, nunca acho que ele é demais! – Toni já estava saindo rindo do quarto de Carmem e a deixando furiosa aos berros.