Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 5
Surpresas e Planos


Notas iniciais do capítulo

Não, essa não é bem a continuação do capítulo passado. São apenas mais surpresas pra vocês >



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Casa do Cascão, 07h15min, segunda-feira.

– CASCÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! VOCÊ AINDA ESTÁ DORMINDO A ESSA HORA?! – gritou Dona Lurdinha da porta do quarto do filho – Meu filho, você está atrasado pra faculdade, por favor, a Magali tá te esperando e você sabe que ela sai comendo tudo enquanto você não chega!

Devagar e sempre, Cascão tirou o cobertor da cara e olhou pra mãe com cara de quem não está entendendo muita coisa. Ela teve que repetir que o estava chamando pra ir à faculdade e ainda disse coisas como a mensalidade estar cara e o supermercado mais ainda, para terem que ficar alimentando a Magali.

Vinte minutos depois, Cascão apareceu na porta da cozinha e sorriu com uma cara de bobo ao ver a amiga com um pão na boca e outros dois nas mãos. Era de se esperar que depois de tanto tempo ela tivesse parado um pouco com esse costume e começado uma dieta, mas o que ele não entendia mesmo era pra onde ia toda aquela comida. Magali era alta, magra e tinha um corpo de dar inveja, desde que começaram a fazer faculdade juntos, Cascuda vinha mostrando muitos ciúmes e não importava o quanto ele explicasse que eram só amigos, ela insistia em ficar com desconfianças idiotas.

De fato não eram melhores amigos como ele e Cebola e ela e Mô, mas se conheciam desde que ele se dava por gente e gostava muito da companhia da gulosinha. De uns tempos pra cá, ele vinha nutrindo um carinho cada vez maior pela companheira, mas tinha se convencido que era apenas pelo fato de estar conhecendo muito mais a Magá e tinha certeza que não passava de amizade.

Do outro lado da mesa, Magali estava prestando muito mais atenção no café da manhã, mas algo na porta insistia que ela olhasse na direção. Ao decidir levantar a cabeça, encontrou Cascão parado e a olhando com um sorriso debilóide, ao vê-lo acabou lembrando que tinham que correr pra não se atrasar. Deu um salto da cadeira e falou em voz alta:

– Seu Antenor, Dona Lurdinha, obrigada por me convidarem pro café. Agora temos que correr! – (Ora, como se a tivéssemos convidado!).

Dito isso saiu da cozinha arrastando Cascão e empurrando um pedaço de bolo na boca.

– Caraca, Magá! Você deveria comer um pouco menos, não acha?

– E você deveria acordar mais cedo, não acha? – ela respondeu na defensiva.

– Ok, ok, desculpa. Eu só tô preocupado com sua saúde e... a comida da minha casa, acrescentou mentalmente.

– Fala sério, Cas! Olha pra mim! Eu pareço doente?

– Não, mas...

– Além disso, o Quim tá pra esse curso de culinária na França e quando eu sinto saudades acabo comendo um pouquinho mais...

– Quando sente saudade, ansiedade, felicidade, tristeza! – listou Cascão contando nos dedos e revirando os olhos – Magá, você sempre tá comendo um pouquinho mais.

– Eu juro que tento parar, mas vem de dentro, sabe? – ela disse um pouco triste.

Cascão não aguentava ver a amiga falando assim, tão tristinha, e disse pra quebrar o gelo:

– Sei sim, vem de dentro da barriga!

Ela deu um sorriso meio torto, passou os braços pelos ombros do Cascão e lhe deu um beijo no rosto. Exatamente nesse momento, Cascuda vinha dobrando a esquina e eles param olhando assustados para a menina e ela retorna o olhar não com susto, mas com ódio.

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Casa da Carmem, 10h20min, segunda-feira.

– Ai, Carmem! Se aquieta aí, mulher, que esse teu cabelo de vassoura não é fácil, não, viu?! – disse Denise com um sorriso irônico na boca.

– Deve ser esse creme que você me deu pra passar neles, queridinha. Acho que não tô indo nada bem com ele, viu? – choramingou Carmem, que desde que começara a passar uma máscara de hidratação dada por Denise, não tinha paz com os cabelos longos e loiros.

– Entende uma coisa, gatz: cabelo ruim é tudo assim mesmo, não quer prestar com coisa boa. – Denise disse já tomando distância da amiga que lhe arremessava uma escova de cabelos e já ia em sua direção. – Calma, mona, é brincadeira! Daqui a pouco fica bom, é como dizem por aí, as coisas têm que piorar para melhorar.

– Eu realmente quero acreditar, mas isso demorar mais um dia, vou marcar com meu hairstyles e ele fará meu cabelo ser belo como sempre foi.

– O seu cabelo belo? Senta lá, Cláudia! Opa, quis dizer, senta lá, Carmem, que eu vou continuar tentando arrumar essa sua vassoura.

Toni estava jogado na cama de Carmem se punindo mentalmente por estar ali. O que ele tinha na cabeça quando aceitou se encontrar com essas duas? A ideia do creme pra acabar com o cabelo da loira tinha partido dele, Denise tinha ido pedir sua ajuda, ela sempre estava querendo ser mais do que todo mundo, mas ele achava que não seria capaz de fazer aquilo com a amiga, bem, era melhor começar a tomar cuidado, Dê não era muito confiável.

– Pronto! – Denise falou com triunfo na voz – Acho que agora ninguém vai notar tanto assim o estado terrível do seu cabelo; porque Denise, a poderosa, a magnânima, a suprema não dá ponto sem nó, mas deixa os cabelos sem eles. Podem aplaudir! – disse fazendo uma reverência de agradecimento, embora ninguém tenha batido palmas.

– Certo, magnânima, pra que você me chamou aqui? – disse um já sem paciência, Toni.

– Euzinha? Negativo, meu bem! Quem lhe chamou foi a Frufruzita aqui. Eu já estou indo, pois tenho algo bem melhor pra fazer. Adeus, seus sem graça! – dizendo isso, saiu batendo a porta e deixando os dois no quarto.

– Não liga pra essa louca. O Cebola mandou uma mensagem e ela já foi correndo! – disse Carmem revirando os olhos.

– Esse imbecil tem mel no corpo, só pode!– disse Toni num tom irritado.

– Deixa de ser invejoso, Toni! O Cebola ficou realmente muito interessante agora que cresceram seus cinco fios de cabelo, você só diz isso porque é doido pra ficar com a Mônica, mas sabe que ela nunca vai trair o “Cebolinha”. Mas não te chamei aqui pra falar desses dois.

Toni se levantou e foi até onde estava Carmem, chegando perto se abaixou e levantou seu queixo com o dedo.

– Então nosso encontro a sós é pra falar sobre o que, loirinha? Ou melhor, fazer o que? – disse com um brilho nos olhos.

– Espero que você não esteja pensando em besteiras, Antônio! Por favor, eu sou muita coisa pra ti. – Carmem já levantou deixando Toni com cara de idiota.

– Então é pra falar sobre o quê? – falou entredentes.

– Bom, você sabia que meu pai não está mais querendo liberar tanto dinheiro quanto antigamente? Ele diz que eu gasto com muitas besteiras e outros bla bla bla’s que eu não escuto. E eu tô sofrendo muito sem todos os meus cartões de crédito, fazem 24 horas que eu não compro um sapato novo e outro dia eu tive que escolher entre um...

– CALA A BOCA, CARMEM! Diz logo o que precisa e eu vejo se posso ajudar. – disse Toni interrompendo a fala que possivelmente duraria longos minutos.

– Ai credo! Que troglodita você, hein? Enfim, recentemente descobri que meu pai está organizando uma campanha para arrecadar alimentos, roupas, entre outras coisas para mortos de fome e isso move montes de grana!

– Garota, você é patética mesmo! Seu pai SEMPRE fez essa campanha, na verdade, ele é diretor de uma ONG que ajuda nessas causas. Como você não sabia disso?!Até eu, narrador, sabia disso!

– Eu lá tenho tempo pra me interessar por esses insignificantes, Toni? Me poupe! Então não me atrapalha e escuta.– Carmem começou a contar sua ideia para Toni que ficava cada vez mais de boca aberta para a louca que era aquela menina, por fim disse:

– E o que te faz pensar que eu te ajudaria nisso, sua doida? A gente pode ser preso! 18 anos, lembra?

– Não seja dramático, se fizer tudo do jeito que eu falei vai dar tudo certo. Além disso, você vai sim me ajudar. Pensa que eu não sei do seu plano com a Denise pra afastar a Mô do Cê? Realiza, Toni! Se você não fizer o que eu quero, a Mônica vai saber de tudo e já era suas chances com ela!

– Certo, certo! Eu te ajudo. Mas quero uma compensação nessa história...

– Realmente não queria concordar, mas se der tudo certo, até que é justo você ganhar um dinheiro nisso e...

– Dinheiro? Quem falou em dinheiro, loirinha? Eu não preciso de grana, tenho o dinheiro que eu quiser. Mas tem uma coisa que eu quero, gata, essa coisa é você!

Carmem olhou aturdida sem saber o que responder. O que Toni queria era demais, será que valia a pena o esforço?


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Notas finais do capítulo

Não tirem conclusões precipitadas desse capítulo, certo? rsrs
Espero que gostem! Beijinhos



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