Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 4
18 Anos Depois


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente iria postar ontem, o capítulo estava pronto, mas decidi usá-lo mais tarde e adiantar outro rumo da história. Então espero que perdoem a demora, pois, tive que refazer tudo. Também sei que prometi hot, mas, como disse, era no outro capítulo... Então me desculpem de verdade!
Eu espero que gostem desse aqui e lembrem-se que ainda tem muita fic pela frente ><
Beijinhos ♥



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Limoeiro, 19h30min, domingo.

O dia no bairro do Limoeiro não poderia estar mais sinistro, nuvens carregadas trovejavam e relampeavam rasgando o céu com um brilho prateado e fazendo com que a noite parecesse dia com aquele clarão. As pessoas estavam todas escondidas em suas casas e colocavam até seus animais de estimação para dentro em dias como esses. Uma rajada de vento fazia com que poeira e folhas ganhassem vida e rodopiassem pela rua que estaria solitária se não fosse uma única silhueta que vinha cambaleando rua acima.

– Polcalia! Dloga de vida! Só a Mô pra me fazer vir à casa dela essa hora com esse tempo. Eu sei que eu tinha prometido que a gente ia se ver, mas não disse que viria mesmo com um furacão se formando! Eu só vim mesmo porque se deixar de cumprir com a palavra a Mô vira uma fera e da próxima vez que eu apareço... Picadinho de Cebola!

Cebola chegou à porta da casa de Mônica e tocou a campainha. Esperou longos segundos e decidiu tocar novamente. Mais espera! Decidiu tocar uma última vez e ouviu trovões que não vinham da rua, mas sim de dentro da casa.

– INFEEEEEEERNO! Quem é esse sem educação que não espera quando alguém grita “Já vai!”? – disse a Mônica abrindo a porta – Hãm? Você, Cebola?

– Ué, a gente tinha combinado de se ver hoje não foi? E eu não escutei por causa do barulho dos trovões aqui fora... – disse corando o Cebola.

– Bem, eu achei que você não seria louco de sair de casa com esse tempo e...

– O QUÊ?! Você semple faz um infelno se eu me atlaso ou falto encontlos e agola faz pouco caso com a minha chegada! Ola, Mô, eu espelav...

Mônica interrompeu a fala do Cebola com um beijo, que logo começou a corresponder com intensidade... Intensidade de mais, como sempre!

– Cê, calma! Eu realmente não quis parecer insensível, me desculpe, não precisa ficar nervoso. Vem, entra! Já que você veio, vamos assistir a um filme juntos, comprei Jogos Esfomeados e deve ser bem legal.

Mônica pegou nas mãos de Cebola e saiu o puxando escada abaixo para o porão feito de sala de jogos. Havia um sofá-cama pequeno com várias almofadas em frente a uma tv bem grande que foi ligada assim que eles se acomodaram.

O filme começou e realmente era interessante, mas pelo visto os dois jovenzinhos não estavam tão interessados nisso. O garoto tentava a todo custo passar pelas barreiras do corpo de Mônica, mas quanto mais avançava, parecia que surgiam mãos além das duas que ela já tinha para impedir as investidas.

Como Cebola já conhecia muito bem sua namorada, colocou uma das mãos em seu pescoço e outra a começar a acariciar suas costas, aos poucos Mônica foi ficando mais calma e ficando mais receptiva aos beijos. Ele se perguntava como sempre esquecia isso e partia rápido de mais para tentar a segunda base, mas era um desejo mais forte e surgia de um lado seu que considerava sombrio e sempre tentava prender, porém, às vezes aflorava num momento mais quente como aquele.

“Calma, Cebola, com calma...” Ele pensava e seu corpo tentava reagir a esses comandos. Foi acariciando o cabelo da amada e virando a cabeça para ter acesso à seu pescoço; começou a beijar bem ali, dando mordidas de leve e em seguida beijos. Mônica se derretia aos encantos do garoto e também começou a reagir, devagar, foi descendo as mãos pelo peitoral do Cê e ao ganhar um beijo mais quente arranhava por cima de sua blusa; desceu mais um pouco e encontrou a barriga, já apontando com os músculos recém-adquiridos com o início da academia.

A boca do Cebola desceu um pouco mais pela clavícula da menina, um caminho feito de doces beijos, do jeito que ela desejava, seria do jeito dela, pois, ele precisava conseguir chegar lá. Sua mão também foi descendo pela barriga da Mô e sentiu que se arrepia e tremia nervosa. “Será que vai ser agora? Por favor, por favor, não me deixa na mão agora...”, ele baixou um pouco mais e colocou os dedos na altura do curto short jeans; enfim escorregaria para onde queria sentir há tanto tempo, então Mônica voltou com suas cinquenta mãos e segurou a dele.

– CÊ, NÃO! AÍ NÃO! EU JÁ DISSE VÁRIAS VEZES E NÃO VOU REPETIR! – Mônica até tentou reprimir a raiva, sabia como ficava se cedesse à ela, mas acabou ficando no meio termo e deu a bronca.

O corte do momento fez baixar o clima da sala, Cebola puxou suas mãos das de Mônica e ficou em silencia olhando pra tv, mas sem conseguir ver nada. Percebendo que fora dura mais do que queria, tentou remediar um pouco a situação:

– Cê, me desculpa... E-eu não me sinto preparada pra isso ainda... Você sabe... Bem, eu...

Mas era realmente tarde.

– Tudo bem, me desculpa você, vamos voltar pro filme.

Eles passaram o resto do filme calados, ninguém tentou puxar conversa, até que o silêncio foi interrompido por seu Souza que desceu pra avisá-los que o Cebola não poderia voltar pra casa, já que a chuva tinha realmente caído e ninguém deveria sair para rua com aquele tempo. Explicou também que já havia falado com o Cebola pai e que ele havia dito estar tudo bem no fato do filho dormir fora nessa noite.

Os jovens assentiram e Mônica avisou ao pai que não demoraria pra subir, apenas ia se despedir do namorado. Seu Souza saiu para dar privacidade a eles, odiava ver sua menininha aos beijos!

– Olha, Cê... Eu não sou obrigad... – Cebola interrompeu a fala da baixinha antes que aquilo virasse uma briga.

– Mô, você sabe que eu nunca tive a intenção de te obrigar a nada, mas queria que entendesse que eu tenho minhas necessidades e está ficando cada vez mais difícil de controlar. Estou tentando, Deus sabe que estou! Mas não sei por quanto tempo. Desculpa por estar assim, só que não consigo fingir estar bem. Não quero que se sinta pressionada, eu disse que iria esperar e vou. Enquanto puder... – acrescentou mentalmente.

Dizendo isso deu um beijo em Mônica e ela entendeu que era a deixa para ir para seu quarto. Despediu-se com um boa noite e desligou a luz, não era a primeira vez que Cebola dormia em sua casa, então ele sabia onde encontrar os travesseiros e lençóis.

Quarto da Mônica, 23h15min, domingo.

Mônica virava de um lado pro outro na sua cama, sem conseguir pegar no sono ainda lembrando-se da discussão no porão. Ela sabia que o Cebola não havia dito nada daquilo com a intenção de pressioná-la a tomar uma decisão, ele a conhecia a tempo suficiente para saber que não faria nada que não quisesse e que preferia terminar o relacionamento à fazer algo que não estivesse preparada. Então aquilo só podia significar uma coisa: não era um blefe, uma mentira ou um plano como ele costumava a fazer na infância. Tudo era sério, ele necessitava do que ela ainda não queria lhe dar. A verdade a atingiu em cheio e lhe caiu uma lágrima carregada de medo por saber que o relacionamento construído a tanto custo poderia chegar ao fim. E foi com esse sentimento que pegou no sono.

POV CEBOLA

A casa estava silenciosa e eu a conheço como a palma das minhas mãos; meus pés fazem o exato e conhecido caminho até o quarto da Mônica. A porta está aberta e eu entro sorrateiramente para não acordá-la. Tão linda dormindo, mas parece que algo a incomoda nos sonhos, sei que esteve chorando... Por minha causa! Eu realmente não queria lhe causar nenhuma dor, mas já não sei o que fazer ou falar, estar perto dela desperta um lado em mim que, confesso, me causa um pouco de pânico. Não sei o que vim fazer aqui! Vê-la assim, indefesa e calma, me dá vontade de agarrá-la aqui mesmo...

POV NARRADOR

O garoto a olha em sua camisola e para seus olhos em sua bunda coberta apenas por um pequeno pedaço de tecido vermelho que era sua calcinha. Ele se aproxima cada vez mais e um brilho sinistro passa em seus olhos que de repente ficam negros como aquela noite. “(...) O pecado da luxúria, o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material, prazeres carnais e sexualidade extrema.”


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Notas finais do capítulo

Acredito que, se conseguir, terminarei um capítulo ainda hoje e o postarei pra vocês. Então: Não me abandonem, por favor! rsrs'

Espero muuuuuito que tenham gostado, beijinhos



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