Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 29
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

E chegamos ao antepenúltimo capítulo da fic (':
Desde já gostaria de agradecer por vocês que vieram me acompanhando até aqui, me incentivando com visualizações, favoritos e comentários, eu realmente não esperava tudo o que recebi por essa ser minha primeira fic, rsrs'
Bom, tem recado especial nas notas finais do capítulo, não deixem de ler!
Beijos e boa leitura ♥



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– Eu tô tão mal assim, é? – falou preocupada. A mãe e o pai a esmagaram num abraço e alguém chamou os enfermeiros para lhe colocarem os aparelhos de monitoração novamente. Um a um os amigos foram lhe abraçando também, mas além da surpresa da garota despertar, o segundo lugar do ranking foi... O super beijo que o Xaveco lhe deu, um beijo de cinema! O pai da menina ficou olhando assustado, parece que queria dizer alguma coisa, mas a mãe tocou-lhe o ombro e balançou a cabeça, como se pedindo para ele relaxar.

– Nossa, amiga, quem diria hein! – falou Carmem com uma expressão de grande surpresa no rosto.

– É, Desinha, escondeu muito bem sua quedinha pelo colega aqui. – Toni deu tapinhos no ombro do Xaveco. Os meninos coraram.

Querendo tirar a atenção do beijo , Denise começou a falar sobre coisas estranhas que tinha passado ao dormir.

– Agora é sério, eu tive um sonho muito sinistro, tava meio embaçado, mas foi legal. Eu lembro que acordei e vi muita luz, acho que era o céu, mas acreditam que ao invés de ser recepcionada por um anjo lindo e perfeito fui recebida logo pelo Ângelo? Blééé, claramente me avacalharam até no sonho! – a turma inteira riu e foram surpreendidos por uma voz saída do nada.

– Quem tá claramente me avacalhando são vocês, né! – disse o anjinho aparecendo na sala do hospital. – E só pode ter sido um sonho mesmo, eu lembraria de ter te visto dando umas voltas pelo meu setor. – riu-se, é óbvio que recordava da visita, mas recebera ordens de não contar nada. – Eu sei que o papo tá bom, mas acho que tem alguém afim de dizer algo a vocês.

– É verdade mesmo! – disse DC dando um tapa na testa. – Conta logo, Ramona. – Todas as cabeças viraram em direção da menina que estava encolhida num canto sentindo-se intrusa naquela alegria toda.

– Eu não ensaiei uma forma melhor de dizer isso, mas queria que me prometessem que não perderão o controle com ela, acharemos outra forma, eu prometo. – falou atropelando as palavras, estava muito nervosa.

– Ela quem? – perguntou Mônica dando um passo a frente. A menina tirou o gravador do bolso e mostrou aos garotos.

– É melhor vocês ouvirem... – E apertou o botão de play da gravação, os meninos conheciam muito bem a voz que saia dele.

Todos ouviram com atenção todo o conteúdo, no fim não tinham dúvidas de quem causara a maior parte dos seus problemas, conheceram primeiro sobre a tal maldição, que atribuiu os sete piores pecados para cada um deles, souberam que aquilo não tinha sido o único responsável por seus erros, mas que contribuiu muito para afetar a vida da turma; escutaram aturdidos sobre a confusão que a bruxa fez com Cebola e Denise, sobre a troca de armas no plano de Carmem e Toni e até sobre outras pequenas coisas como chuvas que fizeram o Cascão ter menos vontade de ir à aula, comidas que se multiplicavam fazendo Magali sentir mais fome, coisas que davam errado para Mônica sempre estar nervosa com algo, entre outros problemas.

Viviane tinha plantado o mal nos garotos com a promessa de que se livrariam quando conseguissem superar, mas durante todos aqueles anos havia interferido em cada brecha que conseguia na vida dos meninos. Não é preciso dizer que a revolta foi geral, mas tinha alguém que fechava as mãos e ficava vermelha feito pimentão, Mônica queria acabar com a bruxa usando a maldição que ela mesma havia imposto. Já via a cena acontecer em sua cabeça, a vontade de acabar com Viviane era tão grande que a menina começou a sentir medo de si mesma, mas não foi o suficiente, ela já não ouvia as vozes ao seu redor, por causa daquela mulher tinha sofrido durante meses pelo Cebola, a maluca tinha interferido na vida de todos seus amigos, só trazendo problemas e ia pagar por isso.

Passou feito um furacão, atropelando todos no seu caminho, chegaria à Viviane e a faria sofrer, implorar por clemência. Mas antes mesmo de dobrar um dos corredores no hospital sentiu uma queimação horrível no peito, bem difícil de suportar, daí vieram as tosses e sentiu-se tonta, se não fosse o Cebola correr atrás dela, provavelmente não teria a pegado quando foi ao chão, o menino sentiu o pulso da dentucinha, estava mais acelerado que deveria, por sorte já estavam no hospital, gritou por ajuda que chegou bem depressa.

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Mônica despertou, mas não quis abrir os olhos, apenas ficou consciente das vozes ao seu redor, ouvia o barulho de algo pingando e máquinas, ainda estava no hospital, não lembrava de muita coisa. Cebola! Reconheceu a voz do garoto bem próxima de onde estava, sua mãe e seu pai também estavam por ali, o que tinha acontecido?

Tentou olhar para eles, mas suas pálpebras pesavam como cimento, por mais que tentasse, seu corpo não reagia ao comando. Droga! Era horrível sentir-se daquela maneira, como se estivesse presa dentro de si mesma, resolveu se concentrar em uma só coisa, algo fácil. Sentiu as macias mãos de sua mãe lhe acariciarem os cabelos, deu-lhe forças, alguém segurava sua mão, teve consciência da textura da mão que segurara tantas vezes antes, Cebola, sim, era ali que ia tentar. Relaxou e fez força para mover os dedos, foi um movimento rápido, mas o menino sentiu, apertou de volta sorrindo e disse em seu ouvido: - Tô aqui, eu te amo.

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Ângelo voou assim que as coisas se acalmaram no hospital, tinha que passar um relatório urgente ao chefe. Ao ser recebido, prostrou-se diante de seus pés e contou-lhe sobre tudo o que vira na Terra, não se surpreendeu quando obteve como resposta que Ele era ciente sobre tudo, afinal, onisciente, onipotente e onipresente, “Dã!”, pensou. Finalmente recebeu carta branca, era hora de parar a bruxa antes que algo pior acontecesse.

O Anjo desceu voando o mais rápido que podia, irrompeu no porão de Viviane, onde sentiu que estaria, a mulher realmente se encontrava ali com seu gato Bóris, fazia uma espécie de porção mágica e claramente se queixava da turma do Bairro do Limoeiro, claro que não cumpriria o que disse à filha.

– O que você quer aqui? – disse virando-se rapidamente ao perceber a presença de alguém. – Ah, é você! – replicou com desdém e voltou sua atenção à porção, mas um pouco preocupada.

– Que já sabíamos sobre suas armações com a turma era óbvio, mas eles se livrariam de sua maldição com o passar do tempo.

– Então pra quê me perturbas? Deixe-os virarem-se sozinhos!

– Bem que você queria, não é? Jamais deixou de rondá-los, sempre a procura de algo para interferir, nunca os deixarias em paz.

– Hunpf! Você fala como minha filha ingrata. – disse a mulher soltando um suspiro raivoso.

– Veja, Viviane, isso já passou dos limites e agora eu devo fazer alguma coisa.

– Fazer o que? – falou virando-se rapidamente.

– Você interferiu em algo que Deus deu aos seres humanos, no seu livre arbítrio, confundiu-os para fazer sua vontade e isso não poderá mais acontecer.

– E-eu...

– Silêncio! – Uma aura de luz branca preencheu toda a sala e Ângelo continuou. – Viviane, por seus maus usos de poder, sua interferência no livre-arbítrio e problemas que causou, lhe sentencio a vinte anos sem magia, confiscarei todos os seus livros e caso os procure, sua pena aumentará. Não restará um grama de mágica no seu corpo e se insistir isso será para sempre.

A mulher caiu de joelhos no chão com a cabeça baixa, seus cabelos negros arrastavam no piso sujo e ela pôde sentir exatamente quando o poder começou a abandonar seu corpo, em poucos minutos estava uma mulher normal, ao olhar na direção onde o anjo estava, percebeu que ele já havia deixado o local. Era o fim de suas maldades.


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Notas finais do capítulo

Eu disse que tinha um recadinho especial pra vocês, né?
Bom, como eu não vou mesmo conseguir ficar longe de minhas estórias, queria informá-los que uma nova fic já começou a tomar forma UHUUUUL õ/ Alguém se empolgou? Não? Só eu? Obg, dnd rsrs'
Na verdade, ficaria muito feliz e honrada se conseguisse que vocês me acompanhassem na nova jornada da turma. Aviso o dia do lançamento no fim dessa fic!
Super beijos, seus lindos :3