Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 28
Festa no Céu


Notas iniciais do capítulo

Oi, galera! Não postei ontem, desculpinha >< Bom, depois desse capítulo restarão apenas mais três #Buaaaaa
Eu fico triste com esses fins, mas eles tem que chegar /:
Como aviso inicial gostaria de dizer que a visão apresentada aqui sobre "Céu", é como eu acredito que seja, é claro que é apenas meu ponto de vista e eu sei que existem inúmeros outros e respeito a todos.
Então, boa leitura!



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Denise acordou meio confusa, não lembrava muita coisa, mas olhou em volta e se viu num lugar que só poderia descrever como... Claro! Não tinha outra explicação, aquilo ali era repleto de luz por todos os lados e todo o ambiente lhe transmitia força, renovação, já não sentia mais dor e medo, por mais que estivesse sozinha, sentia uma presença muito forte com ela, como se estivesse sendo observada.

– É o Pai de todos nós, Ele continua atento a você.

Ela virou depressa em direção ao som da voz. – Ângelo!

– Oi, Dê. – O anjo abraçou-a saldando calorosamente.

– Eu morri, não foi? – Ela perguntou de súbito.

– Ainda não, quer dizer, eu não sei... – responde coçando a cabeça.

– E mais uma vez para um anjo tá meio desinformado, né? – ele resolveu ignorar o comentário. – Onde eu tô?

– Ué, é óbvio, no céu. – respondeu feliz por poder dar essa resposta rapidamente. – Não quer dar uma volta?

– Claro, garoto, vamos! – E saiu puxando o anjo pelos braços, ele revirou os olhos, mas seguiu a menina que olhava a tudo maravilhada. – É... Perfeito! – Sorria grandiosamente, com os olhos brilhando em êxtase.

O lugar era um verdadeiro paraíso, embora não tivesse nada do que se considera mais valioso na Terra pela maioria dos homens, como riquezas e luxos, tudo era simples e belo, transmitia paz e equilíbrio, renovava a... Renovava o quê? Ela queria dizer ‘esperança’, mas aquela palavra já não lhe cabia, afinal, você sempre tem esperança naquilo que ainda virá e aquilo tudo já estava ali, bem na sua frente.

As pessoas lhe sorriam ao passar e acenavam, não havia pressa no caminhar de ninguém, os risos corriam soltos, todos faziam alguma coisa e a realizavam felizes, a menina nunca havia presenciado uma cena como aquela. Embora pudesse reconhecer os tons vivos das cores, ainda lhe soltava os olhos o brilho que cada espacinho emitia. Não sentia calor e muito menos frio, a temperatura era perfeita.

– Hoje eu sinto sol na pele, o suficiente para esquentar-me, assim como o vento que vem depois, para deixar tudo perfeito. – Disse Ângelo com um sorriso, como se lesse os pensamentos dela.

– Engraçado, eu sinto a mesma sensação daqueles dias que cai muita chuva e só resta aquele vento frio, sabe? Daí a gente se cobre e fica quentinho dentro do lençol.

– É diferente e adaptado para cada um aqui de acordo com seu gosto no momento. Tudo é feito para agradar, o Chefe considera que quem já está aqui, mesmo que tenha tido uma vida passageira boa, ainda assim sofreu com a maldade do homem, conviveu de alguma forma com a tristeza, as mazelas... Então, Ele gosta de lembrar constantemente que aqui tudo é diferente, sem sofrimento, um lugar confortável, mas considerando o que realmente importa.

– Ler um livro muito legal? Ver a chuva e sentir o cheiro da terra? Rir com os amigos e fazê-los rir também? Abraçar os pais? – quis saber Denise.

– Sim, acho que você demorou, mas acabou entendendo. – Falou contente o anjo.

– Sabe, foi meio complicado, parece que eu sempre soube o que importava, só não conseguia fazer, lá em... Baixo? – deu de ombros e continuou sem esperar a resposta. – É tudo diferente, o que parece convidativo e dá prazer nem sempre é bom, sabe? E é muito difícil resistir.

– Sim, eu sei. Mas lembra-te do que diz Mateus sobre a porta que conduz à vida, larga é a que te conduz à perdição e há muitos que optam por ela, é fácil, mas o caminho que te traz até aqui é estreito e apertado.

– Mas eu não vivi da maneira mais correta possível... – falou olhando para baixo.

– Há alguém te esperando ali na frente, acho que está na hora de saber o que te espera, o Chefe quer conversar com você.

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Ângelo deixou Denise na porta de uma sala, a menina bateu e entrou, fechou os olhos de tão forte a luz que emanava dos fundos do lugar, não conseguia ver a fonte da iluminação, mas não sentia-se preocupada e tão rápido quanto o incômodo começou, terminou, o que não queria dizer que toda a claridade tivesse diminuído, apenas tinha se acostumado, soou uma voz grave.

– Denise Gonzaga Gomes, mais conhecida como Dê ou Maria Creusa. – Sorriu sabendo que ela não poderia vê-lo.

– Aaaaan? Maus aí, Grande Chefe, mas Maria Creusa morreu! – Assim que disse levou as mãos a boca, tinha que aprender a controlar sua língua.

– E você também, minha filha.

– Então foi isso, eu morri mesmo?

– Bem, eu ainda não decidi exatamente sobre isso. – Ela ficou calada. – Muito bem, você aprende rápido, mas gostaria que dissesse tudo o que quer, com respeito, é claro.

– Com todo o respeito, mas se o Senhor não se decidiu, porque não me deixou mais um pouquinho lá em baixo enquanto pensava nisso? – falou corando.

– Eu sei que é difícil aceitar se separar tão cedo dos que ficaram, mas eu lhe digo, filha, um dia todos estarão juntos novamente. Mas não é apenas isso que quer saber, certo? – instigou-a a continuar.

– E não é que o Senhor me conhece mesmo! – falou sorridente, tinha que ter respeito, mas isso não significava que não se sentisse a vontade com o Pai, lhe tinha como um amigo, o maior amigo de todos. – Bom, e-eu não fui a pessoa mais correta na minha vida na Terra, então... – emudeceu.

– Não entende o porquê está aqui? – ela assentiu com a cabeça. – Eu conheço cada um dos meus filhos e filhas, alguns podem pensar que me arrependi de dar o livre arbítrio a vocês, mas eu vos digo que não. Vocês têm o direito de escolher a mim ou não, muitas vezes acham que não me querem, mas a possibilidade de mudar através das escolhas foi um grande dom que vos deixei; muitos de vocês precisam chegar à beira do precipício para decidirem vir a mim, mas o importante é que consigam.

– Mas e-eu...

– Você mudou, Filha, durante sua enfermidade você reconheceu o que fazia de errado, sentiu a necessidade de pedir perdão e não porque temia a morte, mas sim por temer partir com o peso de coisas ruins, necessitava de... Perdão! E os maiores ofendidos por seus atos lhe perdoaram. Ninguém ouviu sua oração final, a não ser eu, pois foi direcionada para mim, apenas agradeceu a dádiva concedida por seus amigos e aceitou o que eu decidisse de bom grado.

– Mas eu esqueci de Lhe pedir perdão. – respondeu de cabeça baixa.

– Não, querida, você pediu. Ao se arrepender do que fez de errado com cada um dos seus amigos, arrependeu-se de desviar do meu caminho, as falhas que cometeu com eles sempre atingiram a mim, quando lhe perdoaram, também a perdoei.

– E agora o que acontece? – perguntou a menina.

– O que você quer que aconteça? – Denise sentiu-se perdida, não esperava uma pergunta feita para responder a sua, mas disse:

– Que seja feita sua vontade! – E se curvou ao Pai.

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Pareceram horas, mas ao olhar para baixo viu os amigos e os pais chorando em seu leito, os enfermeiros retiravam os fios da máquina que a mantinha viva, mas espera, o que estava fazendo naquela maca? O que estava fazendo fora dela mesma? Como se a resposta tivesse ali, desceu de encontro a si mesma, sabia que ao chegar não lembraria de nada, no máximo um sonho, mas foi.

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Tinham lhe retirado os fios, resolveu espiar por uma frestinha dos olhos, todo mundo estava chorando, será que estava tão mal assim? O Xaveco tinha sentado no chão e enchia suas mãos de lágrimas, ainda a segurava não acreditando que a garota escapara. Durante aqueles meses em que ela se manteve afastada da turma, ele tinha sido o único a ultrapassar suas defesas e era somente com o garoto que mantinha contato, fizeram planos, ele se apaixonara pelas conversas, ficaram a primeira vez na sua casa de praia e agora a menina se fora.

Denise não estava entendendo muita coisa, mas resolveu começar a tentar.

– Qual é, gente, porque tudo isso? Eu ainda não morri, viu? Quanto agouro! – Olhou com cara espantada a todos.


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Notas finais do capítulo

Eu sinceramente espero que tenham gostado, reitero novamente que a visão apresentada acima está de acordo com que acredito, espero não desrespeitar ninguém!
Super beijos