Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 25
Parabéns, Magá!


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente ♥
Gostaria de agradecer (novamente!) pelos comentários, visualizações, favoritos, enfim, pelo tempinho que vocês desprendem para ler minha fic, vocês são muito 10, viu? *-*
Espero que não estranhem capítulo grandinho de novo, é a empolgação de quando a gente tá no finalzinho da história, pois é, com esse postado vai faltar apenas uma semana pro fim >< Quem vai acompanhar até lá? o/ rsrs
Beijos e boa leitura :*



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A turma passou os quatro meses seguintes muito ansiosos para a chegada da viagem que já planejavam há meses, iriam todos para a casa de praia do Xaveco comemorar o aniversário de Magali. Quando a data enfim chegou era correria para todo lado, ligações, roupas perdidas, compras... Ufa! A vida da turminha virou uma loucura.

O combinado era que sairiam na madrugada de sábado, no mesmo dia do aniversário de Magali, 10 de maio, para chegar bem cedinho na praia e começar a organizar tudo, a volta seria no domingo, pois, na segunda a maioria trabalhava e estudava, mas um fim de semana de folga já estava valendo para os amigos que toda vez que se encontravam reclamavam de cansaço.

Todos iriam em três carros, Cas, Magá e Mô pegariam carona com o Cebola; Isa, Aninha, Nimbus e Xaveco no carro do Titi; e, por fim, Franja levaria Marina, DC e Ramona.

Mônica deixou sua coisas arrumadas na noite da sexta, mas já tinha conferido sua lista de coisas um monte de vezes.

– Camisetas, shorts, roupa da festa, pijama, biquine, calcinhas, sutiãs, toalha, repelente, óculos de sol, maquiagem, acessórios. – enumerava nos dedos. – É, acho que tá tudo aqui. – falou coçando a cabeça. As comidas e bebidas estavam na casa da Magá, quando eles passassem para busca-la colocariam tudo no porta-malas. As decorações ficaram a cargo de Marina, como Carmem não poderia mais ser responsável pelas músicas, Aninha e Isa separaram uma playlist legal e Cebola levaria seu violão.

A dentucinha se deitou na cama, olhou o relógio do celular, meia-noite, ainda faltavam quatro horas para a viagem, quando estava muito ansiosa por um evento não conseguia dormir de jeito nenhum. O toque da chamada de mensagem do whatsapp a fez dar um salto.

WHATSAPP ON

Cebola: E aí, já pensou? >

Mônica: KKKKKK Caraca, Cê, estamos a o quê? Uns cinco meses nessa? –‘

Cebola: Na verdade, cinco meses e quatro dias pra ser mais exato u.u

Mônica: Você não desiste, né?

Cebola: De ter seu perdão, nunca.

Mônica: Eu já disse que te desculpei, Cê...

Cebola: Mas ficar comigo que é bom nada, né?

Mônica: São coisas diferentes...

Cebola: Tudo bem, Mô, eu entendo... Espero que você não mude mais de ideia.

Mônica: Como assim?

Cebola: Bom... É que já faz algum tempo e eu acho que você não precisa que eu fique te incomodando, talvez eu precise te dar mais espaço, não sei... Talvez seja hora de você seguir sua vida e eu não quero atrapalhar.

Mônica: Eu posso sugerir uma coisa?

Cebola: Claro!

Mônica: Vamos curtir esse fim de semana com nossos amigos como antes, como se nada tivesse acontecido entre a gente... Quando voltarmos eu juro que te dou minha resposta definitiva.

Cebola: Tudo bem, vou esperar.

WHATSAPP OFF

Os dois continuaram conversando sobre muitos assuntos, como não faziam há muito tempo, quando se deram conta já passava das três da manhã, se despediram rápido e cada um fez os últimos preparativos para a viagem. Menos de uma hora depois ouviu a buzina do lado de fora da casa, seus pais haviam se acordado para despedir-se da filha, a levaram até a porta e seu Souza foi até o carro deixar a mala da filha, aproveitou para dar um oi pro ex-futuro-genro.

A menina sentou-se no banco da frente, ainda tinham que passar na casa da Magá e do Cas para poder encontrarem-se na esquina da padaria com os amigos dos outros carros. Quando estavam todos reunidos partiram com o carro do Titi na frente, pois o Xaveco mostraria o caminho.

Cebola era o último da fila de veículos, pelo retrovisor viu Magali ressonando com a cabeça encostada no peito de Cascão, o amigo dormia com o fantasma de um sorriso no rosto, o cinco fios sorriu também, os dois estavam felizes juntos; virou para o lado e observou Mônica também sorrindo olhando para o casal do banco de trás.

– Você não quer dormir um pouco? Já tá quase amanhecendo. – disse à menina que já começava a dar umas pescadas.

– Negativo! Eu sou sua copilota, não posso te deixar dormir, lembra? – respondeu Mônica rindo.

– Como sempre foi... – falou mais para si mesmo do que para a menina, encarando o sol que nascia colorindo o céu com um cor de rosa fraquinho.

==

Três horas de viagem depois os amigos chegaram à casa do Xaveco, o caseiro tinha deixado tudo limpo e arrumado esperando os visitantes, eles descarregaram os carros e já foram guardando na geladeira e freezer tudo o que precisava.

As garotas começaram a preparar a comida para a noite e não deixaram os meninos ficarem de bobeira, deram uma série de tarefas desde arrumar os quartos e deixar as bagagens, até mesmo a cortar frutas e legumes para mais tarde.

Marina deixou o peru no forno, era a última coisa que tinham que fazer, além disso, passaram o dia todo beliscando as comidinhas de mais tarde. Como tinham saído muito cedo todos estavam extremamente cansados, então decidiram dormir um pouco antes da noite cair. Os casais Titi, Aninha e Franja, Marina dormiram juntos num quarto com duas camas de casal. Isa, Xaveco, Nimbus, DC e Ramona se acomodaram no quarto com um triliche e uma cama de casal. Sobrou o quarto com duas camas de casal, Mônica olhou desesperada para Magá percebendo a intenção da turma.

– Tudo bem, amiga, eu durmo com você. – disse Magali rindo e revirando os olhos.

– Cumasim?! – protestou Cascão olhando rapidamente para a Magá. – E-eu pensei que...

– Não pensou nada, Cas, vâmo, Mô. – e saiu puxando a amiga para o quarto. Cebola respirou fundo e olhou para o amigo sujinho com cara de “fazer o quê!”.

Mônica estranhou a amiga ter aceitado tão rápido, desconfiada soltou logo assim que chegaram no quarto:

– Qual foi dessa rapidez toda hein?

Magá corou, mas respondeu: - Ai amiga... É que faz uns cinco meses que eu tô nesse rolo com o Cascão... Mas nada de assumir namoro! – falou com uma carinha triste.

– Daí você não quer aumentar o contato, isso?

– É né... Não sei o que ele quer de verdade... – Mô interrompeu logo a fala da amiga sabendo o que estava por vir.

– O Cascão não está te cozinhando só pra querer... é... isso aí que você sabe! Ele só deve ser o mesmo bocoió de sempre e nem percebeu que esqueceu de fazer o pedido.

– Será? – perguntou a menina insegura.

– É claro, Magá! E se isso te incomoda tanto pede você. – sugeriu dando de ombros.

– Fala sério, eu não seria atirada assim!

– Eeeeeeeei! Eu pedi o Cê em namoro. – falou se fingindo de ofendida.

Elas riram e deitaram-se, como o calor estava insuportável resolveram ligar o ar-condicionado, logo depois os meninos bateram na porta e entraram, olhavam para as duas com cara de enterro, puxaram as camisas pela cabeça eviram ambas suspiraram vendo os músculos; os garotos sabiam o efeito que tinham em cada uma, (Isso mesmo, bitches, perderam!) mas preferiram fingir não perceber e se jogaram na cama.

– Chega pra lá, Careca! Fica do seu lado da cama, viu? – disse Cascão tacando um travesseiro entre o amigo e ele.

– Eu que te digo! Nem vem pra cá, chulé. – respondeu rindo. O silêncio reinou na casa inteira.

Por volta das cinco horas da tarde Magá acordou com um pouco de frio, tinham deixado a temperatura do quarto muito baixa. Quando olhou para a cama ao lado teve uma grata surpresa, cutucou a amiga com o cotovelo e levou o dedo à boca em um gesto de pedir silêncio, as duas riram baixinho, o Cas e o Cê estavam abraçados, um de frente para o outro, dormindo feito anjinhos. Pé ante pé elas pegaram o celular na mesa de cabeceira e tiraram uma foto, com o flash os meninos acordaram-se e ao perceberem suas posições pularam da cama rapidamente, muito envergonhados.

As duas meninas dobravam-se rindo, os dois perceberam que elas tinham o celular nas mãos, não iriam deixar provas daquele momento vergonhoso, cada um foi atrás de uma das garotas e eles passaram a correr pelo quarto tentando apagar as fotos. Magali logo se deixou ser pega e já estava no maior amasso com o Cas; Mônica deu um super trabalho para o Cebola, o menino estava quase desistindo quando resolveu se jogar em cima da amiga e eles caíram na cama rindo, seus rostos ficaram bem próximos e eles se olhavam sem tirar o sorriso dos lábios.

– TÁ QUEIMAAAAAAAAAAANDO! – assustaram-se com os gritos femininos vindo do lado de fora, saíram a toda velocidade do quarto e sentiram o cheiro forte de queimado que vinha da cozinha.

– Desculpa, Magá, acho que esquecemos o peru... Ele tá tostadinho! – falou Marina muito envergonhada.

A galera inteira caiu na risada, o prato principal seria justamente a única coisa que as meninas mais sabiam cozinhar, o peru, porque era parecido com frango, com arroz, farofa, salada e frutas, mas pelo visto teriam que esquecer a parte da proteína. Como ninguém mais ia dormir, foram todos para a praia na frente da casa organizar as tochas, esteiras, flores e luzes para mais tarde, as meninas se encarregaram da decoração e os meninos da fogueira e da montagem do som, depois foram arrumar-se para aquela noite.

A noite chegou rápido e logo todos estavam reunidos ao redor da fogueira, as meninas estavam só de saião e parte de cima do biquíni, todos usavam colar de flores e as garotas enfeitavam os cabelos com elas também. Cebola tocava o violão e a turma acompanhava as canções soltando a voz, comiam os salgadinhos, bebiam os refris e sucos, devoravam as frutas, é sempre bom estar com quem se ama.

Era chegada a hora do parabéns, as meninas tinham improvisado um bolo para Magá e quando todos estavam ao redor da mesa para começar o “Parabéns à você”, eis que surge uma voz conhecida.

– Alokaaa! Quer dizer que ninguém ia me esperar mesmo? – disse Denise soltando as malas e abrindo os braços.

Fazia meses que a turma só falava com Denise pelo celular ou redes sociais, por isso, quando a viram ali correram para abraçar a amiga. Mô estava feliz com o retorno da Dê, mas quando viu o Cebola abraçando a menina surgiram velhas lembranças e a dentucinha ficou um pouco para baixo, mesmo assim não queria estragar a noite de ninguém, preferiu fingir que nada estava acontecendo. Com a turma um pouquinho mais completa, todos cantaram parabéns para Magali e continuaram se divertindo ao som da playlist escolhida pela Isa até as primeiras horas da manhã.

==

Todos já estavam dentro da casa, a maioria dormindo, mas Denise tinha estendido uma canga na areia e continuava a observar o sol nascer, como era magnífico! Sentiu alguém se sentar do seu lado e sorriu ao ver Cebola olhando para o horizonte, os dois amigos ficaram calados curtindo a beleza da natureza, até que o menino quebrou o silêncio.

– Que bom que você deu um jeito de aparecer, a gente sentiu sua falta, sabia?

– Corta essa, gato, eu tinha muita coisa pra fazer, minha vida não é fraca como a de vocês! – respondeu rindo e desconversando ao mesmo tempo.

– Xaveco abriu o quarto dos pais dele só pra você ficar, tá importante, né? Será que alguém tem interesse de dar uma fugidinha pra lá quando todo mundo estiver dormindo? - falou o menino sugerindo o surgimento de um novo casal na turma.

– Fala sério, Cê, eu e o Xaveco somos só amigos, nada mais. – falou rindo e dando um soco fraco no braço do amigo.

– Eu percebi o jeito que ele te olha...

– E eu percebi o jeito que você e a Mônica se olham também. Ainda estão nessa lenga? - Cebola deu de ombros, o que a menina acreditou que era um sim. - Se quiser eu posso falar com ela, não me custaria nada.

– Não, não, esquece. Acho que a Mô já tomou a decisão dela, só me cabe aceitar.

– Você vai desistir assim fácil?!

– Fácil? Eu tô nessa batalha há meses, Denise! E nada mudou. Pelo menos ela ainda é minha amiga.

– Isso é ridículo, ninguém pode desistir quando a causa é justa. – falou a menina, mais para si mesma do que pra ele.

– Nem vem, você desistiu da turma assim que a bomba estourou, Dê!

– Eu não me afastei por isso...

– Ah não, e foi por que então?

– É complicado...

– Conta, ué, eu tento entender. – falou curioso.

– Eu estava doente... Quer dizer, eu tô doente!

– Como assim? O que tem?

A menina ficou calada, respirou fundo para responder: - Eu fui diagnosticada com leucemia... Só não estava preparada para contar pra galera da turma, mas agora já estou, só não vou contar aqui, claro, não quero estragar o fim de semana de ninguém. Contei pra você porque já sei que tá na merda mesmo...

O menino ficou sem reação, sabia que Denise estava querendo tirar o foco, mas tudo aquilo era muito importante, como ela tinha escondido tudo de todos? Como não pensou em nada que pudesse dizer, simplesmente passou o braço ao redor dos ombros da ruiva, abraçando-a; ela, pela primeira vez, deixou as lágrimas caírem nos ombros de um amigo.

Dentro da casa outra pessoa chorava, Mônica, alheia a conversa dos dois, via a cena e entendia tudo errado mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Eu espero, de coração, que vocês tenham tido paciência para chegar até aqui (hehe') e gostado do capítulo >